domingo, 31 de março de 2013

As razões para a tranquilidade do governador Eduardo Campos diante do desafio de 2014



O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), passeia mais ou menos tranquilo sua candidatura a presidente em 2014 por três razões:
1. Seu partido, apesar das resistências dos renitentes irmãos cearenses Ciro e Cid Gomes, está vendo na candidatura do pernambucano para aumentar sua representatividade nacional e seu poder de barganha federal e nos Estados.
Com o “carro-chefe Campos”, o PSB acredita que em 2014 poderá eleger mais governadores do que tem hoje e aumentar suas bancadas na Câmara, no Senado e nas Assembleias Legislativas.
Mesmo não ganhando o Palácio do Planalto, Campos e o PSB poderiam sair credenciados para 2018 com um excelente cacife.
2. Para os tucanos, a presença de Eduardo Campos na disputa seria a garantia já de um segundo turno, ainda mais se Marina Silva também confirmar sua presença.
O PSDB acredita que Campos tirará mais votos de Dilma do que de Aécio, principalmente no Nordeste.
Além disso, mesmo governista no momento, o governador de Pernambuco será um candidato de oposição ao Palácio do Planalto, mais um do qual Dilma, o PT e os aliados precisarão se defender.
3. Para o PT, pelo menos nesta primeira fase, a presença de Campos no grid de largada presidencial é tida como útil porque, segundo os petistas, ele disputa uma faixa do eleitorado com Aécio Neves – e tiraria votos do tucano e até possíveis aliados do mineiro, com o PPS e os rebeldes do PMDB.
Racha inclusive em Minas, onde o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, é do PSB, mas foi eleito com a ajuda de Aécio. E pode rachar até em São Paulo, onde os socialistas se dão muito bem com o governador Geraldo Alckmin.
Em principio, pelo menos, não é interesse de Lula e Dilma que Eduardo Campos saia da raia. Lá na frente se verá.
A rifa de Lula
A melhor prova disso é que Lula já está rifando a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Rio, pelo PT.
Ele prometeu ao PMDB fluminense e ao governador Sérgio Cabral que não pisará no Estado durante a eleição.
Do blog Política & Economia Na Real, do jornalista José Márcio Mendonça e do economista Francisco Petros.

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