quinta-feira, 28 de março de 2013

Protestos tumultuam sessão da Assembleia Legislativa do Ceará


A sessão de ontem da Assembleia Legislativa foi marcada por protestos e tumultos em virtude da discussão acirrada sobre o requerimento de autoria da deputada Eliane Novais (PSB), que solicita a revisão da eleição do presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP). Durante a votação, manifestantes, na galeria da Casa, davam grito de ordem, principalmente aos parlamentares que se posicionavam contra ao requerimento.

Segundo Novais, o requerimento tem como objetivo solicitar que o Partido Social Cristão escolha outro parlamentar para presidir a Comissão, já que, de acordo com a deputada, ele não preenche os critérios necessários para o cargo, “por haver elementos que depõem contra ele, como ser homofóbico, racista, machista e de responder a processos como estelionatário”.
A parlamentar criticou a resposta de Feliciano de que só sairia morto da Comissão. Segundo Novais, “ele demonstra falta de espírito público, indo na contramão de tantos protestos e mesmo sabendo que a população é contra a sua permanência”.

Dois pesos...
Os deputados Fernando Hugo (PSDB) e Ely Aguiar (PSDC) criticaram o requerimento da deputada socialista, uma vez que, segundo eles, a Assembleia Legislativa do Ceará não tem competência de interferir na eleição realizada dentro da Comissão de Direitos Humanos na Câmara Federal.

Os parlamentares indagaram ainda o porquê da socialista não ter feito um requerimento para reivindicar a renúncia dos deputados José Genoíno (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), envolvidos e condenados  por terem participado do mensalão. Os petistas citados compõem outra importante comissão da Câmara Federal, que é a de Constituição e Justiça.

“É preciso olhar para os dois lados”, disse Ely Aguiar, ponderando que, “são dois pesos e duas medidas”. Para Ely, “faz-se um requerimento solicitando que seja reconsiderada a posse do Feliciano, e faz outro também para que seja reconsiderada a posse dos dois facínoras, Genoíno  e João Paulo Cunha,  que eu votarei a favor”, declarou.

EM DEFESA
Em defesa de Feliciano, a deputada Silvana (PMDB) disse que o presidente da Comissão, por ser pastor, está sofrendo preconceito e perseguição religiosa. “Eu vejo que estão tentando é desviar o foco.

Ele mal começou a trabalhar e está todo mundo dizendo que ele é homofóbico. Lá na Câmara, tem deputado cassado, condenado pelo mensalão por desvio de verbas públicas, mas está no mandato, e esta realidade não se discute”, defendeu, assegurando que “se a qualquer momento ele demonstrar que foi homofóbico ou racista na sua atuação na Comissão, eu sou a primeira a repudiar a atitude dele”. (Rochana Lyvian, da Redação)

O Estado CE

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