quarta-feira, 18 de julho de 2012

PT quer estimular Assembleia de GO a cassar governador

Setores do PT querem encaminhar documentos da CPI do Cachoeira contra o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) à Assembleia Legislativa do Estado para articular o impeachment do tucano.
Divididos sobre uma nova convocação do governador à comissão, integrantes do PT defendem ações "mais contundentes" no lugar de um novo depoimento.


"O PT pode isoladamente fazer um pedido de impeachment na Assembleia, qualquer partido pode fazer isso", disse o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA).
"Alguns acham que o remédio mais correto seria aplicar em Perillo o mesmo remédio aplicado em Demóstenes [Torres, senador que cassado na semana passada], só que em outra esfera", completou.
A ordem entre os petistas é não barrar uma nova convocação de Perillo e, ao mesmo tempo, agir para que as denúncias não fiquem circunscritas à comissão.
A ideia é também municiar a Procuradoria-Geral da República para que o órgão amplie foco de investigação sobre o governador de Goiás.
Perillo voltou ao foco da CPI depois da divulgação de relatório da Polícia Federal que mostra que o tucano recebeu propina para liberar verbas para a construtora Delta, da qual o empresário Carlinhos Cachoeira é sócio oculto. As informações foram divulgadas pela revista "Época", no fim de semana.
O relator da CPI, deputado Odair Cunha (MG), admite a reconvocação do tucano, mas disse que seu eventual indiciamento será definido ao fim das investigações.

DEFESA
 
Em defesa do governador de Goiás, a cúpula tucana fez um ato de desagravo ontem.
"O objetivo do PT é criar uma cortina de fumaça para esconder o óbvio: em 30 dias, os petistas vão ser investigados por formação de quadrilha", disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), em referência ao julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, em agosto.
O presidente do PSDB disse que Perillo explicou ao partido "todas as questões levantadas contra ele até agora", e por isso o partido considera desnecessário que retorne à CPI. "Não venham para cima dele com investigações furadas."

Folha

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