O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), poderia estar recuando e deixando de lado sua pretensão de ser candidato à Presidência da República nas eleições de 2014. O socialista estaria sofrendo uma forte pressão de seu partido, inclusive, alguns governadores da legenda teriam declarado que, na próxima eleição, devem subir no palanque da presidente Dilma Rousseff (PT). Quem defende a tese da possível desistência é a colunista Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (14).
Informações de bastidores dão conta que a cúpula do PT teria recebido do PSB o recado de que Campos ainda quer ser candidato, mas a “empolgação” esfriou. A resistência entre governadores da legenda à candidatura, antes explicitada de forma clara apenas por Cid Gomes, do Ceará, aumentou. A pressão do governo e do PT sobre eles também.
“O governador Camilo Capiberibe, do Amapá, por exemplo, recebeu recado do PT: o partido, que fez aliança com ele em 2010 e indicou a vice de sua chapa, pode abandonar seu barco se Campos sair candidato. Há alguns dias, Capiberibe disse à coluna: ‘Não pretendo abrir mão da aliança com o PT, a não ser que venha uma imposição’. Ainda que Campos saia candidato, ele abrirá palanque também para Dilma Rousseff”, defende a coluna.
A pressão também aumentou na região Nordeste, campo político em que o governador de Pernambuco tem mais força. O governador do Piauí, Wilson Martins, também do PSB, disse preferir que o partido só tenha candidato à Presidência em 2018. E na Paraíba ficaria praticamente sepultada a possibilidade de o governador socialista Ricardo Coutinho formar aliança com partidos da base de Dilma - como PT, PMDB e PP, que tem o paraibano Aguinaldo Ribeiro no comando do Ministério das Cidades.
Nesta segunda-feira (13), Eduardo Campos recebeu o presidente nacional do PRB, o deputado e pastor Marcos Pereira. O parlamentar disse, após o encontro, que “o viu muito mais comedido do que propriamente em campanha, como a gente vê na imprensa”.
Pernambuco.com
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