Indefinido, confuso e contraditório o panorama político pré-sucessório. Não há informação abalizada e tudo se comenta em termo de “consta”. O que está sendo revelado agora, mais tarde pode evoluir para uma situação inteiramente contraditória. Candidatos para serem homologados em convenções existem dois definidos: Eunício Oliveira, pelo PMDB e Nicolle Barbosa, pelo PSB.
Os demais disputam referendo em seus partidos. A situação mais controversa envolve o candidato do governador que não é o mesmo do Pros, mas será com toda certeza. O partido tem os seus espaços minados pelos pretendentes avançando para o campo das agremiações aliadas, onde qualquer manifestação de apoio terá peso de ouro para o ato político que precederá o anúncio do nome a ser consagrado candidato oficial. São muitas as versões do “consta”.
A mais forte delas aponta para o deputado Zezinho como candidato de Cid Gomes. O presidente da Assembléia Legislativa, segundo “consta”, tem o apoio da maioria dos partidos aliados em documento escrito e assinado. Centralizar o poder desta decisão sem deixar margem para abalos será a tarefa do irmão mais velho do governador. Nada se faz no governo e no Pros sem passar por Ciro Gomes, para desespero do vice-governador que não aprecia seus conselhos. A sua escalada para substituir o governador foi interrompida por veto confirmado na grosseira declaração de Ciro à imprensa: a que se referia aos “aventureiros”. Outro “consta” avaliza Izolda Cela em primeiro plano e Mauro Filho, em segundo. A ex-secretária de Educação é a candidata do Conselho da Família e dos marqueteiros, e seria o “tertius” para acomodar uma situação que amansaria os pretendentes políticos da casa. A dúvida é como Domingos Filho receberia essa escolha.
O vice-governador é um guerreiro aliado à casa, mas não é propriamente da casa para se contentar com uma solução que o alije da disputa com simples agradecimentos por serviços prestados. Isso também conta dos anais.
Por Fernando Maia
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