domingo, 18 de maio de 2014

O drible na Voz do Brasil

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) vai intensificar nas próximas semanas a pressão para que a Câmara dos Deputados vote, antes da Copa do Mundo, o projeto de lei que flexibiliza o horário do programa “A Voz do Brasil”.

A campanha “A voz que eu quero ouvir”, lançada em março, propõe que o programa que há 79 anos é transmitido de segunda a sexta-feira, de 19h às 20 horas, seja veiculado pelas emissoras entre 19h e 22 horas. A mudança possibilitaria a narração ao vivo de seis partidas marcadas para as 18h ou 19 horas.

O motivo alegado pelas emissoras é de que um terço das 64 partidas do Mundial será realizado em dias úteis, o que impossibilitaria a cobertura completa, sem a interrupção do programa do Governo Federal. Em cinco datas, os horários dos jogos coincidem com o início do programa.

“Não queremos que o programa acabe, e sim que a transmissão seja em horários alternativos, pois 1.227 emissoras em todo o País compraram a preços altos os direitos de exibir os jogos da Copa e vão ter que veicular apenas uma parte deles”, explica Luis Roberto Antonik, diretor-geral da Abert.

Pelo projeto de lei nº 595/03, de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), a emissora escolheria um horário fixo na grade de programação para transmitir o programa. O PL foi aprovado no Senado, mas aguarda apreciação na Câmara dos Deputados. “Os políticos precisam ver com urgência essa questão da flexibilidade, e não é só por causa da Copa. Às 19 horas, as pessoas estão voltando para casa e não têm acesso às notícias locais ou ao entretenimento. O rádio presta um serviço ao público e faz falta ao ouvinte”, destaca Carmen Lúcia Dummar, presidente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert).

“Com a possibilidade de transmissão em diversos horários, ganha a população, que tem o direito de escolher o que ouvir, e ganha também o poder público, pois seu programa estaria no ar em três horários diferentes”, conclui. O Povo

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