Um dia após Cid Gomes (Pros) confirmar que continua no governo até o fim de seu mandato, o pré-candidato do PMDB à sucessão estadual, Eunício Oliveira, afirmou que disputa deste ano “não vai ser eleição de poste”. A declaração, feita em entrevista neste sábado à Rádio Verdes Mares AM, acaba sendo “recado” para Cid - que hoje não possui candidato natural à sucessão.
“Essa eleição não vai ser eleição de poste. As pessoas já tiveram muitas decepções por candidatura imposta, tirada de bolso do colete. Acho que o coronelismo passou. Graças a deus isso está sendo banido do Brasil”, disse Eunício, destacando atuação dele próprio como senador da República.
“Eu concordo quando ele (Cid) diz que o Ceará precisa de alguém que tenha relações com o poder central, em Brasília. Mas veja, de R$ 13 bilhões de recursos federais que o Estado recebeu, quase R$ 6 passaram pelas mãos do senador Eunício Oliveira. Fomos nós que pedimos empréstimo e entregamos na mão do governador”, disse o senador.
Eunício reforçou ainda que permanência de Cid “nada mudou” na pretensão do PMDB em ter candidato. “O PMDB não depende da opinião de um ou outro partido. Se aliança não for possível, veremos o que fazer, mas a aliança que o PMDB sabe que pode sim definir é a aliança com o povo”, disse, afirmando que decisão final sobre a questão será definida em 30 de abril.
Apesar das declarações com forte tom de tensionamento entre PMDB e Pros no Estado, Eunício afirmou que o seu partido aguarda “com tranquilidade” definições de Cid até o fim de abril - sem qualquer rompimento na aliança. “PMDB não vai romper, não vai trair, mas se acontecer do outro lado, o PMDB vai aceitar e ir cuidar da sua vida”, disse. O Povo
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