Mais de 900 pessoas morreram desde 2002 na defesa do ambiente, metade delas no Brasil, mas apenas 10 foram condenadas pelos crimes, afirma um relatório da ONG britânica Global Witness divulgado nesta terça-feira (15) em Londres.
As disputas por terra aumentaram e por consequência a violência. No total, 908 pessoas morreram entre 2002 e 2013 em 35 países, segundo o documento da Global Witness, publicado poucos meses depois do 25º aniversário do assassinato do ativista Chico Mendes.
O ano com mais mortes no período foi 2012, com 147. Em apenas 1% dos crimes, os responsáveis foram detidos, julgados e condenados.
O Brasil é o país mais perigoso do mundo para os ativistas, com 448 mortes. Em seguida aparecem Honduras, com 109, e Filipinas, com 67.
"Isto mostra que nunca foi tão importante proteger o meio ambiente como agora, e que nunca havia sido tão letal", disse Oliver Courtney, da Global Witness, que se define como uma organização que deseja "mudar o sistema expondo os interesses econômicos que se escondem por trás dos conflitos, da corrupção e da destruição do meio ambiente".
"Não há sintomas mais evidentes da crise no meio ambiente no mundo que o aumento de assassinatos de pessoas comuns, que defendem o direito a suas terras. No entanto, o problema, que cresce rapidamente, passa em grande parte despercebido e os criminosos quase sempre saem impunes", disse Courtney.R7
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