sábado, 21 de setembro de 2013

Carne abatida nas “moitas” ameaça Crateús de doença grave

Há muito tempo que a cidade de Crateús deixou de comer carne abatida em abatedouro. O tipo de abate feito no município chama-se “moita”. Diferente do abatedouro, o gado morto na “moita” não passa por nenhum critério de higiene ou de inspeção sanitária. Assim, ninguém sabe, ao certo, que tipo de carne está comendo em Crateús. Ela tanto pode ser saudável quanto doente. Se for saudável ainda corre o risco de ser contaminada por causa do tipo de abate que sofre, o transporte sem os cuidados devidos e a inspeção indispensável; se estiver doente o risco é muito grande porque aquele que se alimenta dela pode ser contaminado por uma doença grave: o botulismo.
SEM PREVISÃO
O mais complicado nisso é que a cidade de Crateús não tem qualquer previsão para sair dessa situação absurda, dizem seus moradores. Para que o abatedouro entre em funcionamento, é exigido uma série de condicionantes para mantê-lo em atividade. Dentre eles estão a logística do abate, a distribuição da carne, o acondicionamento, a conservação, embalagem, transporte em veículos apropriados com pessoal especializado no manuseio do produto e os postos de venda devidamente licenciados pela Semam, Semace e o Serviço de Inspeção Federal.
A única saída para Crateús seria a retomada dos boxes da Feira Livre e do Mercado Antônio Pierre que pertencem ao município e não a particulares. A intenção seria a de transformar o Antônio Pierre em um mercado moderno para carnes, aves e peixes além de hortifrutigranjeiro. Mas os entraves são muitos. Enquanto isso, o Abatedouro Público Municipal de Crateús já começa a ser consumido pelas intempéries sem ninguém fazer nada para mudar isso. (Com a colaboração de Amaury Alencar).

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