quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Conselho de Ética aprova cassação do deputado André Vargas

A cassação do mandato do deputado federal André Vargas (PT-PR) foi aprovada por unaminidade pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, nesta quarta-feira (20), por ter quebra de decoro parlamentar ao ter atuado na intermediação junto ao Ministério da Saúde em favor do laboratório Labogen, do doleiro Alberto Youssef, preso em março por participação em esquema de lavagem de dinheiro. O parecer do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) enfatizou ainda o alto custo da alocação da aeronave usada por Vargas – cerca de R$ 105 mil –, quantia que foi financiada pelo doleiro.  "O deputado André Vargas insere-se no contexto de uma imensa rede criminosa especializada na lavagem de dinheiro e na evasão de divisas como o agente responsável por abrir as portas de órgãos da administração pública para que a Labogen pudesse voltar a atuar no mercado bioquímico, principalmente em parcerias com o próprio governo", diz a conclusão do parecer de Delgado. O advogado de Vargas, Michel Saliba, afirmou que a decisão foi exagerada e que os prazos foram atropelados. “As testemunhas foram ouvidas antes de o acusado defender-se e o deputado teve seu pedido de oitiva recusado pelo conselho, fatos que comprometem a constitucionalidade de todo o processo”, sustentou. A defesa de Vargas pode recorrer da decisão do conselho, no prazo de cinco dias úteis contados a partir de amanhã (21), à CCJ. O recurso tem efeito suspensivo. Informações da Agência Senado.

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