Única candidata sem experiência na política entre as três opções que o bloco de oposição trabalha para a sucessão estadual, a empresária Nicolle Barbosa (PSB), presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), defende que o bloco priorize a discussão de valores, e não de popularidade, na hora de escolher quem enfrentará o candidato do governador Cid Gomes (Pros).
“A oposição está dizendo que vai fazer uma pesquisa... Pesquisa quantitativa não interessa, porque nome novo não vai pontuar nunca. É importante que a pesquisa seja em cima do perfil de gestor que o povo quer”, disse Nicolle ao O POVO.
A empresária refere-se à pesquisa que está sendo planejada pelo quarteto formado por PSDB, PSB, PR e PRB para orientá-los na escolha de um candidato contra Cid. As opções trabalhadas pelo bloco são Roberto Pessoa, ex-prefeito de Maracanaú, o vereador de Fortaleza Capitão Wagner (ambos do PR) e Nicolle.
A empresária ingressou no PSB em outubro a pedido do governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos, depois que Cid e seu grupo saíram da agremiação para entrar no Pros. Segundo ela, atual presidente do PSB de Fortaleza, “a politica no Brasil faliu. As pessoas não acreditam mais em quem tem mandato, em quem já é político. E eu me incluo nisso, porque me considero parte da sociedade civil que está extremamente insatisfeita. As pessoas querem um novo sem demagogia, um novo mesmo, com vontade”.
Isolamento
Ao lado de Sérgio Novais, presidente estadual do PSB, Nicolle tem participado de encontros pelo interior do estado para divulgar seu nome e colher informações sobre anseios locais.
Nicolle diz ter concluído, com base nessas experiências, que “isolamento da sociedade” é o maior defeito do governo Cid Gomes. “Existe um hiato enorme separando o que o governo faz e as demandas da sociedade”.
“As pessoas querem ser ouvidas, querem participar do processo (...) Não é só fazer grandes obras. O que vejo quando viajo é que a vida das pessoas não melhorou. Temos que libertar as pessoas para que elas se desenvolvam economicamente também”.
O Povo
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