quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Líder denuncia falhas na gestão de Luizianne

O líder do prefeito na Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Evaldo Lima (PCdoB), ex-secretário da administração da prefeita Luizianne Lins (PT), disse ontem que o trabalho desenvolvido na Secretaria de Educação do Município, é de resgatar a confiança do cidadão no ensino público tendo em vista que, em oito anos (na gestão de Luizianne), segundo ele, a rede pública de ensino de Fortaleza perdeu 54 mil estudantes.

Conforme o parlamentar, as escolas municipais possuem hoje 186 mil estudantes matriculados. Há oito anos, ressalta, esse número era de 240 mil. "Em oito anos a educação de Fortaleza se desgastou e amargurou um descrédito imenso", registrou. Para atrair novamente os alunos para a salas de aula, destacou o vereador, a Prefeitura está investindo na Educação.

Faz parte desse investimento, de acordo com ele, um novo cardápio, novo fardamento, material didático individual, novos ônibus com conforto e acessibilidade exclusivamente para transportar as crianças, dentre outras medidas, além do compromisso do prefeito com o ensino em tempo integral.

Esse ponto gerou bastante discussão no plenário da Câmara, quando a Secretaria Municipal de Educação informou que vai acabar com o tempo integral nas creches municipais para o Infantil III. Segundo Evaldo Lima, essa não é uma mudança definitiva. De acordo com ele, essa decisão é para dar oportunidade a milhares de outros fortalezenses que não encontram vagas nas creches de Fortaleza, deixando claro que o Infantil I e II vão continuar em período integral.

Contempladas

Essa mudança provisória, segundo o líder governista, vai criar 2.871 novas vagas nos Centros de Educação Infantil que já funcionam regularmente neste ano. De acordo com Evaldo Lima, o total de crianças em idade de creche atendidas pela rede municipal passará de 12.069, em 2013, para 14.940, em 2014.

"Isso representa um aumento de 20% no atendimento de novas crianças que antes não conseguiam estar na creche. Por que essas mães que serão contempladas com essa mudança não podem ter direito a deixar suas crianças em uma creche da prefeitura? Se não há vagas para todos, devemos simplesmente ignorar a necessidade de todas essas famílias? Não", defendeu.

Todavia, de acordo com a oposição, essa mudança é ilegal. A vereadora Toinha Rocha (PSOL) afirmou que desconhece creches que não funcionem em tempo integral, pelo simples fato de que os pais não têm onde deixar seus filhos, enquanto estão trabalhando. Já para o vereador João Alfredo (PSOL), foi uma das piores medidas adotadas pela atual gestão, acreditando que o mínimo que o Governo poderia fazer era retroceder nessa ideia. "É cruel, atinge a dona de casa e os seus filhos, atinge os dois. Como vai fazer? Pedir para uma vizinha, deixar de trabalhar para poder cuidar das suas crianças?", perguntou.

O líder governista negou qualquer ilegalidade, atestando ser uma mudança legítima e que não fere as exigências da legislação atual. "Está em completo acordo com a Resolução 002/2012 do Conselho Municipal de Educação e a Resolução 005/2009 do Conselho Nacional de Educação".

Evaldo informou que há um compromisso da gestão em expandir o número de creches. Segundo ele, no início do ano, a cidade contava com 101 creches municipais, após 10 meses de gestão foram inauguradas quatro unidade e, até 2016, serão entregues outras 125 creches. 

Diário do Nordeste

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