sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A verdade dos mortos-vivos

Uma bomba pode explodir na Comissão Nacional da Verdade (CNV) e o caso vir à tona. A representação no Brasil do Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil), ligada à OEA, prepara documento a ser entregue à CNV, no qual pede que cessem os trabalhos de cinco pesquisadores à procura de sobreviventes da Guerrilha do Araguaia. Eles têm notícias de pelo menos dois que mudaram de nome, porque colaboraram com os militares, e estão sob proteção. A CNV informou que ainda não recebeu a carta.
Esconderijo
Anos atrás, o ministro Jarbas Passarinho revelou que Luiz Renê, do PCdoB, foi abrigado no MEC, após dado como ‘morto’. Foi pedido do Gal. Antonio Bandeira.

Mistério
A Cejil faz o lobby a pedido da irmã de Renê, Elizabeth Silveira. Há suspeita de que ele vive no MT. A família não tem notícias, Elizabeth não pode falar com a coluna ontem.

Os 20
Seriam 20 os ‘mortos-vivos’ da época. A Cejil representa famílias dos desaparecidos do Araguaia no regime militar. Procurada, a ONG não se manifestou por ora.

Contra-ataque eleitoral
As bancadas católica e evangélica do Congresso, e a Associação Provida, que fizeram lobby contra, prometam retaliação à presidente Dilma na campanha do ano que vem. Ela sancionou ontem, sem vetos, o PCL 3/2013 que determina a médicos a ‘profilaxia da gravidez’ para vítimas de estupro. A turma vai fazer panfletagem nas ruas em 2014.

Operação abafa
Foi a ProVida que em 2010 fez campanha nacional contra Dilma quando ela se enrolou na questão de ser contra ou a favor do aborto. Distribuiu milhões de folhetos país afora, e obrigou o comitê petista a realizar operação abafa junto aos cristãos. 

Por Leandro Mazzini
Da Coluna Esplanada

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