sábado, 29 de junho de 2013

'O que muda um país é o fim da impunidade', diz prefeito do Rio

Dedicado a "administrar a crise" desde que os protestos tomaram conta da cidade e do país, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) vai contra a corrente que aposta na reforma política como resposta à insatisfação generalizada e diz que o melhor caminho seriam medidas concretas de combate à corrupção. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Paes, que participou no início da semana, em Brasília, da reunião extraordinária convocada pela presidente Dilma Rousseff com prefeitos e governadores, fez uma crítica indireta à demora do governo em reagir. "Estava me agoniando a ausência da presidenta", afirmou.

Embora tenha propostas de mudanças no sistema eleitoral e aprove a ideia do plebiscito, Paes diz que a prioridade deve ser outra. "O que muda um país é o fim da impunidade. No Brasil há uma lerdeza. Aqui há uma sensação de impunidade muito grande, que desacredita as instituições, tende a uma generalização. Tenho minhas teses, como o voto distrital misto, mas não acho que seja resposta para crise de representatividade. Não acredito nesse modelo como transformador da política brasileira", afirmou.

Para Paes, a reunião com a presidente foi importante para que ela compartilhasse a responsabilidade pelas falhas do poder público apontadas nas mobilizações. "Ela precisava fazer aquele gesto. Ninguém foi ali para fazer debate nem esperava isso. Ali se dizia o seguinte: temos um problema que é brasileiro, que pertence a todos. Não é um problema do (Fernando) Haddad ou do Eduardo Paes, que, a pedido do Guido Mantega, atrasaram o aumento da passagem de ônibus. Meu movimento claramente com o Haddad foi dizer isso não são os vinte centavos. As pessoas estão nas ruas por vários motivos. Então, precisava, sim, a presidenta da República fazer o movimento que fez", disse o prefeito. Veja

Nenhum comentário:

Postar um comentário