domingo, 30 de junho de 2013

Pesquisa eleitoral confirma queda de Dilma Rousseff e embate com Marina Silva em 2014

Depois de três semanas de manifestações de rua em todo o país, a presidente Dilma Rousseff é a pré-candidata que mais perdeu apoio na corrida pelo Planalto.
Sua taxa de intenção de votos cai até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno.
Para piorar a situação da presidente, seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, se mostrou bem mais resiliente à insatisfação geral dos eleitores com os políticos.
Além de ter perdido só dez pontos percentuais, o petista ainda ganharia no primeiro turno a eleição hoje em um dos cenários apresentados.
Há um crescente movimento dentro do PT que pede a volta de Lula em 2014.
O Datafolha foi à ruas na quinta e na sexta-feira. Entrevistou 4.717 pessoas em 196 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O cenário hoje mais provável para a sucessão inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Nessa simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto nos dias 6 e 7 deste mês. Agora, desceu para 30%. Esse é o mesmo percentual da aprovação de seu governo, apurada no mesmo levantamento e divulgada ontem pela Folha.
Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%.
Os três adversários juntos pularam de 36% para 47%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina.
Impressiona o aumento de eleitores sem candidato --que dizem não saber quem escolher ou que afirmam votar em branco, nulo ou nenhum. No início do mês, eram 12%. Agora, são 24%.
No outro cenário no qual Dilma aparece como candidata é incluído também o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa --que tem negado intenção de disputar eleições.
Nessa hipótese, a petista tem 29% e há três nomes empatados em segundo lugar: Marina (18%), Aécio e Joaquim (15% cada um). Campos pontua 5%.
Lula é testado em duas simulações. Numa delas, vai a 45%. Nesse cenário, Marina, Joaquim, Aécio e Campos somam juntos 43% e ficam empatados tecnicamente com o ex-presidente. Haveria possibilidade de segundo turno.
Em outra cartela, quando o nome de Joaquim não é incluído, Lula tem 46% contra 37% de Marina, Aécio e Campos somados -aí o petista venceria no primeiro turno.
No geral, é possível dizer que os votos perdidos por Dilma foram, em parte, herdados por Marina e Joaquim. Um outro segmento de ex-dilmistas preferiu fazer um "pit stop" no grupo dos que
não têm candidato. Aécio e Campos não se beneficiaram da desidratação de Dilma.
Outro indicador duro com a atual presidente é na pesquisa espontânea, aquela na qual o entrevistado não é confrontado com uma lista de nomes. A petista já havia caído de 35% para 27% de março para o início de junho. Agora, bateu em 16%. Lula se manteve estável, com 6%. Joaquim Barbosa, que nunca aparecia na pesquisa espontânea, surge com 2%.
Há oscilações nas intenções de voto quando se comparam as taxas do interior do país e de áreas urbanas. Dilma vai melhor no interior. Folha

sábado, 29 de junho de 2013

Oposicionistas falam sobre queda da popularidade de Dilma Rousseff

A oposição não vê motivos para festejar a queda acentuada de Dilma de olho em 2014. "A gravidade do momento é tal que tanto o governo como a oposição não podem pensar em si próprios", avaliou o presidente do Democratas, Agripino Maia (RN). "Com a eclosão das manifestações, o jogo zerou. A oposição sempre pregou no deserto e, de repente, essa mobilização dá à oposição a perspectiva de se preparar para um bom embate", afirmou o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).
O presidente do Democratas, senador Agripino Maia (RN), disse que o resultado da pesquisa é uma "constatação clara" dos equívocos da gestão petista. "Acabou este tempo de governar em nome da reeleição", disse, ao cobrar de Dilma "humildade de mudar" e ao ressaltar que a oposição está disposta a conversar com a presidente em torno do pacto lançado semana passada. Os oposicionistas, porém, são contrários à realização do plebiscito para se fazer uma reforma política. Agripino Maia defende melhorias na gestão fiscal e uma forte atuação para debelar o câmbio e a inflação altas no País.
O líder do PSDB do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), avaliou a queda de popularidade da presidente como um "tombo catastrófico, um sinal amarelo". Para ele, Dilma desperdiçou a capacidade de liderança que tinha para fazer reformas importantes, como a tributária, enquanto ainda apresentava elevados índices de aprovação. "A capacidade de atuação agora fica mais difícil. Ela não atuou quando tinha gordura para queimar. Mas ainda há tempo, desde que se disponha a fazer a atribuição dela e não perca seu tempo com manobras políticas como a do plebiscito", afirmou. Estadão

Ato pede melhorias na educação em Juazeiro do Norte

A população de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, voltou a fazer protestos de rua nesta sexta-feira. Cerca de duas mil pessoas fizeram uma caminhada pelas principais vias da cidade pedindo melhorias nos serviços de saúde, educação e segurança, além de garantia de emprego.
O protesto seguiu pelas ruas de forma pacífica e ordeira e não foram registradas ocorrências. “Queremos mais educação na nossa cidade para as escolas terem mais educação e melhorar o salário dos professores, eles merecem”, diz a estudante Eliza Bernardes.
Por precaução, a prefeitura teve a segurança reforçada. “Foi uma manifestação pacífica, graças a Deus”, diz o guarda municipal. Além da prefeitura, outros prédios públicos, como Câmara Municipal e sede da Previdência, tiveram segurança reforçada.

O protesto terminou em frente à agência bancária onde o prefeito da cidade, Raimundo Macedo, foi sitiado na manifestação de 18 de junho. Na ocasião, cerca de sete mil pessoas encurralaram o prefeito em represália à lei que reduzia benefícios salariais dos professores. Nesta sexta-feira, o prefeito afirmou que iria criar uma nova lei restabelecendo os benefícios.
As pessoas dizem que vão continuar os protestos até que outras reivindicações sejam atendidas. “As manifestações são legítimas e pacíficas. A gente luta pelo passe livre e em apoio aos protestos que ocorrem no sudeste e sul do país e principalmente pelas pautas concretas que estão aqui em Juazeiro do Norte, como foi a redução do salário dos professores, a questão do transporte sucateado que tem, as escolas rurais estão sendo fechadas e todas as outras pautas”, resume a estudante Tatiane Soares. G1

PT, PDT, PCdoB e PSB defendem plebiscito com fórum

Os presidentes do PT, PDT, PCdoB e o vice-presidente do PSB se reuniram hoje em São Paulo para firmarem apoio à proposta de um plebiscito sobre a reforma política e traçarem estratégia para defender a ideia. Além Rui Falcão, do PT, Carlos Lupi, do PDT, Renato Rabelo, do PCdoB, e Roberto Amaral, do PSB, também participaram da reunião o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que compõe a executiva nacional do PT, e o presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro.
Eles decidiram criar um fórum onde serão debatidas as ideias em torno do plebiscito, inclusive as que forem apresentadas pelos demais partidos da base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff. Os quatro partidos pretendem começar uma campanha nacional a favor do plebiscito e irão se reunir com frequência para discutir o assunto – o próximo encontro será em Brasília, no dia 3. “Na reunião vamos discutir o que vai constar no plebiscito, as perguntas que deverão ser apresentadas”, disse Paulo Teixeira. “O fórum é inicial dos quatro partidos, mas vamos ouvir outras entidades e outros partidos”.
O fórum criado hoje também deverá ser utilizado para consultar as ideias dos movimentos sociais e do movimento sindical sobre o plebiscito e sobre a reforma política. Pretende-se ajudar a definir as questões que vão balizar a consulta popular, mas não entrar em detalhes sobre a reforma para não criar confusão na população.
Os quatro partidos também definiram que vão apoiar que a reforma inclua financiamento público exclusivo de campanha e voto proporcional em listas que serão elaboradas pelas agremiações partidárias. A ideia de que a consulta popular seja feita por meio de um referendo, que foi apresentada esta semana pela oposição, foi rechaçada pelos presidentes dos quatro partidos.
“A proposta do plebiscito já foi acordada com a presidenta e dez partidos da base, então nós queremos manter o que foi proposto pela presidenta. Além disso, nós entendemos que devemos consultar o povo antes [de fazer a reforma]”, defendeu Teixeira. Agência Brasil

'O que muda um país é o fim da impunidade', diz prefeito do Rio

Dedicado a "administrar a crise" desde que os protestos tomaram conta da cidade e do país, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) vai contra a corrente que aposta na reforma política como resposta à insatisfação generalizada e diz que o melhor caminho seriam medidas concretas de combate à corrupção. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Paes, que participou no início da semana, em Brasília, da reunião extraordinária convocada pela presidente Dilma Rousseff com prefeitos e governadores, fez uma crítica indireta à demora do governo em reagir. "Estava me agoniando a ausência da presidenta", afirmou.

Embora tenha propostas de mudanças no sistema eleitoral e aprove a ideia do plebiscito, Paes diz que a prioridade deve ser outra. "O que muda um país é o fim da impunidade. No Brasil há uma lerdeza. Aqui há uma sensação de impunidade muito grande, que desacredita as instituições, tende a uma generalização. Tenho minhas teses, como o voto distrital misto, mas não acho que seja resposta para crise de representatividade. Não acredito nesse modelo como transformador da política brasileira", afirmou.

Para Paes, a reunião com a presidente foi importante para que ela compartilhasse a responsabilidade pelas falhas do poder público apontadas nas mobilizações. "Ela precisava fazer aquele gesto. Ninguém foi ali para fazer debate nem esperava isso. Ali se dizia o seguinte: temos um problema que é brasileiro, que pertence a todos. Não é um problema do (Fernando) Haddad ou do Eduardo Paes, que, a pedido do Guido Mantega, atrasaram o aumento da passagem de ônibus. Meu movimento claramente com o Haddad foi dizer isso não são os vinte centavos. As pessoas estão nas ruas por vários motivos. Então, precisava, sim, a presidenta da República fazer o movimento que fez", disse o prefeito. Veja

Dilma Rousseff não assistirá final da Copa das Confederações no Maracanã

Convidada oficialmente para a abertura e encerramento da Copa das Confederações, a presidente Dilma Rousseff não assistirá do estádio do Maracanã à final da competição, disputada entre Brasil e Espanha, às 19h deste domingo (30), segundo a ESPN. A emissora informou que a ausência da chefe do Executivo Nacional à última partida do torneio foi confirmada pela assessoria do Palácio do Planalto. Na abertura, a presidente foi vaiada pela torcida no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter chegou a falar sobre a possível ausência de Dilma nesta sexta-feira (28). “Não sou profeta, não posso prever [se ela vai]”, declarou o suíço, de forma ríspida. Antes desta sexta, a presença da presidente era considerada como certa pela entidade máxima do futebol. 

O país das oportunidades perdidas

Em 1941, o escritor austríaco Stefan Zweig, exilado aqui durante a Segunda Guerra, publicou um livro que deu ao Brasil a famosa alcunha de país do futuro. Naquela época, quase 70% da população vivia no campo e metade das exportações era de produtos agrícolas. De lá para cá, a economia nacional deu saltos, ganhou destaque mundial e ofereceu à sociedade o melhor nível de vida de sua história. Mesmo assim, os brasileiros ainda não chegaram à terra prometida, embora não tenha faltado chances para isso. Pior: pagam caro hoje pela crise de confiança no futuro. Há várias situações nas quais o governo ignorou nos últimos anos vantagens próprias do território e do perfil populacional, além de raros momentos favoráveis da conjuntura externa. Se os tivesse levado em conta, importantes avanços poderiam ter ocorrido e as badaladas conquistas nas áreas social e econômica seriam consolidadas. 

A espetacular onda de crescimento global verificada na primeira década do século, com grande fluxo de capitais especulativos e forte valorização dos alimentos e dos minerais vendidos ao mundo pelo Brasil, foi a folga perdida para a administração federal realizar reformas estruturais. Boa parte do desequilíbrio das contas externas e do desconforto fiscal da União é resultado dessa negligência diante da chamada bonança externa. Da mesma forma ocorreu com a janela aberta pelo bônus demográfico — como é classificado o período no qual a proporção de gente em idade ativa é bem maior em relação aos dependentes de auxílio previdenciário. Essa seria uma chance para ajustar as contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no vermelho há 15 anos, que corre o risco de acabar sem ser em nada aproveitada. 

Os disparates se repetem no dia a dia dos negócios do país, como recursos hídricos cada vez mais escassos se perdendo no esgoto e toneladas da safra recorde de grãos se espalhando pelas estradas esburacadas. É também de impressionar que a mais promissora zona agrícola do planeta, o Mato Grosso, apenas consegue armazenar um quinto da sua produção. Apesar de Zweig e outros analistas vislumbrarem infinitos alvos para o Brasil se desenvolver econômica e socialmente, a história mostra que a desatenção com as oportunidade de hoje cobram muito caro amanhã. O economista, diplomata e ex-ministro do Planejamento, Roberto Campos, apontou a classe dirigente como o maior gargalo do progresso nacional. Numa frase, ele resumiu bem as sucessivas frustrações com os cochilos do gigante: "O Brasil não perde a oportunidade de perder oportunidades". Oxalá os protestos populares que ganham as ruas possam produzir mudanças também na forma de se planejar o futuro. Em vez de o populismo abusar dos dias de fartura, em nome dos índices eleitorais, a racionalidade de Estado deveria estar presente, desarmando bombas e adubando o sucesso duradouro. Correio Braziliense

Aprovação a gestão Dilma tem maior queda e vai a 30%, aponta Datafolha

A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu para 30%, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (29) pelo jornal "Folha de S.Paulo". O número de eleitores que consideram o governo bom ou ótimo caiu 27 pontos percentuais desde o início dos protestos no país. Há três semanas, a aprovação era de 57%. De acordo com o instituto, é a maior queda de popularidade registrada desde o início da gestão Dilma.
A pesquisa foi realizada na quinta (27) e sexta (28) com 4.717 pessoas, em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. É a segunda vez desde que a presidente assumiu o cargo, em 2011, que sua avaliação cai acima da margem de erro da pesquisa. Em março, o índice de aprovação do governo atingiu 65%.

O percentual de pessoas que consideram a gestão Dilma ruim ou péssima passou de 9% para 25%, segundo a pesquisa. A nota média da presidente, numa escala de 0 a 10, caiu de 7,1 para 5,8.
Os entrevistados pelo Instituto Datafolha também avaliaram o desempenho da presidente em relação aos protestos. O levantamento apontou que, para 32%, a postura de Dilma foi ótima ou boa. Outros 38% julgaram como regular e 26% avaliaram como ruim ou péssima.
Diante das manifestações em centenas de cidades brasileiras, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento na TV no dia 21 de junho e propôs aos 27 governadores e aos 26 prefeitos de capitais convidados por ela para reunião no Palácio do Planalto, no dia 24, a adoção de cinco pactos nacionais: por responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte, e educação.
Plebiscito
A pesquisa Datafolha mostra ainda que 68% dos entrevistados apoiam a ideia de um plebiscito para consultar a população sobre questões ligadas à reforma política. Outros 19% disseram que Dilma agiu mal ao propor a ideia, e 14% não souberam responder.
O instituto diz ainda que 73% dos pesquisados são favoráveis à criação de uma constituinte para elaborar uma reforma política. Sobre esse tema, 15% mostraram-se contrários à proposta.

Economia
O Datafolha também avaliou a expectativa dos entrevistados em relação à inflação: 54% acham que o índice vá aumentar. No último levantamento, 51% afirmaram acreditar no aumento. Para 44% o desemprego vai crescer, enquanto na pesquisa anterior o índice era de 36%. Segundo o instituto, 38% acreditam que o poder de compra do salário vai cair, aumento de 11 pontos percentuais em relação ao último levantamento. G1

O golpe do PT ?

É claro que a reforma política é fundamental para avançarmos no processo democrático, e não é à toa que há anos buscam-se fórmulas para aperfeiçoar nosso sistema político-partidário, responsável principal pelas distorções na atividade política. Quando os manifestantes nas ruas dizem que não se sentem representados pelos partidos políticos, e criticam a defasagem entre representante e representado, estão falando principalmente da reforma política. Mas há apenas uma razão para que o tema tenha se tornado o centro dos debates: uma manobra diversionista do governo para tentar assumir o comando da situação, transferindo para o Congresso a maior parte da culpa pela situação que as manifestações criticam. O governo prefere apresentar o plebiscito sobre a reforma política como a solução para todos os males do país e insistir em que as eventuais novas regras passem já a valer na eleição de 2014, mesmo sabendo que dificilmente haverá condições de ser realizado a tempo, se não pela dificuldade de se chegar a um consenso sobre sua montagem, no mínimo por questões de logística. 

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, convocou para terça-feira uma reunião com todos os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para começar a organizar a logística para um possível plebiscito. Ao mesmo tempo, a diretoria de Tecnologia do TSE já começou a estudar qual a maneira mais rápida de montar uma consulta popular nas urnas eletrônicas. Só depois dessas reuniões, o TSE terá condições de estimar o tempo previsto para implementar o plebiscito, e até mesmo sua viabilidade, já que o sistema binário (de sim ou não) pode não ser suficiente para a definição de temas tão complexos quanto o sistema eleitoral e partidário. Mas já há movimentos dentro do governo no sentido de que o prazo mínimo de um ano para mudanças nas regras eleitorais, definido pela Constituição, seja reduzido se assim o povo decidir no plebiscito.

Ora, isso é uma tentativa de golpe antidemocrático que pode abrir caminho para outras decisões através de consultas populares, transformando-nos em um arremedo de república bolivariana. A questão certamente acabará no Supremo, por inconstitucional. A insistência na pressa tem boas razões. O sonho de consumo do PT seria mudar as regras do jogo com a aprovação das candidaturas em listas fechadas, em que o eleitor vota apenas na legenda, enquanto a direção partidária indica os candidatos eleitos. Como o partido com maior apelo de legenda, o PT teoricamente seria o de maior votação. Mas, se as mudanças não acontecerem dentro do cronograma estabelecido pelo Palácio do Planalto, será fácil culpar o Congresso pela inviabilização da reforma política, ou o TSE. Já no 3º Congresso do PT, em 2007, o documento final - que Reinaldo Azevedo, da "Veja", desencavou - defende exatamente os pontos anunciados pela presidente Dilma em seu discurso diante dos governadores e prefeitos. Ela própria admitiu que gostaria que do plebiscito saíssem o voto em lista e o financiamento público de campanha.

Até mesmo a Constituinte exclusiva, que acabou sendo abortada, está entre as reivindicações do PT desde 2007. "Para que isso seja possível, a reforma política deve assumir um estatuto de movimento e luta social, ganhando as ruas com um sentido de conquista e ampliação de direitos políticos e democráticos", diz o documento do PT. Para os petistas, "a reforma política não pode ser um debate restrito ao Congresso Nacional, que já demonstrou ser incapaz de aprovar medidas que prejudiquem os interesses estabelecidos dos seus integrantes". A ideia de levar a reforma para uma Constituinte exclusiva tem como objetivo impedir que "setores conservadores" do Congresso introduzam medidas como o voto distrital e o voto facultativo, "de sentido claramente conservador", segundo o PT. De acordo com o mesmo documento, "a implantação, no Brasil, do financiamento público exclusivo de campanhas, combinado com o voto em listas preordenadas, permitirá contemplar a representação de gênero, raça e etnia". Portanto, a presidente Dilma está fazendo nada menos que o jogo do seu partido político, com o agravante de ser candidata à Presidência da República na eleição cujas regras pretende alterar. Os pontos-chave 1 O governo apresenta o plebiscito sobre a reforma política como a solução, mesmo sabendo que dificilmente haverá condições de ser realizado a tempo 2 O sonho do PT seria mudar as regras do jogo com a aprovação das candidaturas em listas fechadas 3 Já no 3º Congresso do PT, em 2007, o documento final defende exatamente os pontos anunciados por Dilma. O Globo 

60 professores efetivos da UECE tomam posse segunda-feira (1º)

Tomam posse nesta segunda-feira, dia 1º de julho, os 60 novos professores efetivos de Cursos de Graduação da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A solenidade será presidida pelo Magnífico Reitor, Prof. José Jackson Coelho Sampaio, às 10h, no Auditório Paulo Petrola. Os novos docentes estão lotados nos Centros e Faculdades e vão atender a uma demanda emergencial em todos os Cursos de Graduação distribuídos entre os dois campi da UECE na capital e nos seis campi do interior do Estado. Em Fortaleza, os novos professores foram vinculados a todos os cursos que constituem os seguintes Centros: de Humanidades (CH), de Ciências da Saúde (CCS), de Estudos Sociais Aplicados (CESA), de Ciências e Tecnologia (CCT), de Educação (CED) e Faculdade de Veterinária (FAVET).

No Interior do Estado, os novos professores foram vinculados a todos os cursos que compõem as seguintes Faculdades: Filosofia Dom Aureliano Matos (FAFIDAM), em Limoeiro do Norte; Faculdade de Educação Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC), em Quixadá; Faculdade de Educação de Crateús (FAEC), Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (FECLI), Faculdade de Educação de Itapipoca (FACEDI) e nos cursos do Centro de Ciências e Tecnologia (CECITEC), na cidade de Tauá.

 
O Reitor chama a atenção que os professores, ora empossados, estarão atendendo uma carência emergencial a partir da vacância no quadro efetivo da FUNECE/UECE, gerada em consequência de óbitos e das exonerações ocorridas durante o início de 2007 até o dia 31 de julho de 2012.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Prefeito de Solonópole fala sobre B.O realizado contra o deputado Carlomano Marques

O prefeito de Solonópole, Webston Pinheiro (PRB), fez boletim de ocorrência na noite desta quinta-feira, 27, em Maranguape, contra o deputado estadual Carlomano Marques (PMDB).

Segundo o gestor de Solonópole, o deputado disparou com uma arma de fogo em direção ao chão, mas não foi atingindo por pouco. “Foi um situação que jamais imaginei passar, o Carlomano estava visivelmente fora de si e graças a uma mulher que o acompanhava, percebo que não aconteceu algo pior”, disse em entrevista ao blog.

Esta foi a notícia que circulou em vários veículos de comunicação e teve uma grande repercussão nas redes sociais, escute a entrevista na íntegra com o gestor de Solonópole:

Não conseguimos um contato com o Deputado Carlomano Marques até o momento.

PRB está insatisfeito com Cid Gomes


O Partido Republicano Brasileiro (PRB) está insatisfeito com o Governo do Estado e com o Prefeito de Fortaleza e anuncia neutralidade quando das votações de mensagens encaminhadas pelo Poder Executivo do Ceará e da Capital. A informação é do vice-presidente estadual da legenda, deputado Ronaldo Martins. Ele afirmou que a sua legenda não está sendo reconhecida pelo aliado que está no poder, o PSB.

Deputado Ronaldo Martins, líder do PRB na Assembleia, fala da insatisfação do seu partido com o tratamento recebido do PSB FOTO: JOSÉ LEOMAR

"Não posso esconder que estamos insatisfeitos com o comportamento do Governo do PSB em Fortaleza e no Ceará. Não foi reconhecido todo o trabalho que fizemos para a eleição do prefeito Roberto Cláudio e do governador Cid Gomes. Mas não tem problema, o PRB vai ficar neutro. E nós vamos trabalhar para o crescimento do nosso partido no próximo ano", declarou.

Apesar das reclamações do parlamentar, os outros integrantes da bancada, na Assembleia, têm aprovado as matérias do Governo do Estado e muitas das vezes, elogiado os feitos do Poder Executivo Estadual nas mais diversas áreas. O PRB, atualmente, na Assembleia, é composto por quatro parlamentares: Ronaldo Martins, Manoel Duca, Mailson Cruz e Ana Paula Cruz. Essa última, inclusive, assumiu no lugar de Ivo Gomes, que se licenciou para ser secretário de Educação em Fortaleza.

Ronaldo Martins, que é o líder da legenda na Casa, chegou a dizer que existe uma inversão de prioridades por parte do Governo do Estado ao insistir na construção do Acquário Ceará, um discurso bem parecido com o da oposição. "Eu vi no Hospital Geral de Fortaleza, dezenas de pessoas no chão e não podemos pensar em fazer Copa do Mundo para inglês ver, enquanto o povo está sem educação e sem saúde. É muito triste. Quando tiver tudo bem, poderemos investir para trazer turistas para cá", disse.

O presidente do PRB de Fortaleza, vereador Gelson Ferraz, confirma o discurso do deputado. "A gente observa que muitos partidos foram contemplados com alguma coisa e até aqueles que não apoiaram ele. E nós que tivemos uma pareceria desde o primeiro instante com o PSB, até agora nada", completou. Diário do Nordeste