terça-feira, 28 de abril de 2015

Agenor Neto diz que o setor estadual de saúde está na UTI

Agenor Neto diz que o setor estadual de saúde está na UTI
O deputado Agenor Neto (PMDB) destacou, em pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (28/04), o quadro de saúde do Ceará. Segundo o parlamentar, o setor está “na UTI” e a origem do “caos estaria na falta de gestão e recursos”. O deputado denunciou o atraso nos repasses de recursos aos consórcios municipais e informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Iguatu não recebeu sequer o previsto para dezembro.
O deputado culpou o governador Camilo Santana pelo atual estado da área médico-hospitalar. Agenor Neto considerou ainda que a presidente Dilma Rousseff também “enganou” o Estado, transferindo cerca de R$ 1 bilhão a menos do que o previsto. “O governador precisa vir a público explicar o que está acontecendo”, afirmou.
Agenor Neto frisou que não se trata de obras em atraso, mas vidas de pessoas que estão sendo sensivelmente prejudicadas. “Quase 10 mil pessoas em Iguatu foram às ruas, para mostrar toda a indignação do descaso com a saúde da população e demais áreas da administração pública, como a educação”, comentou. De acordo com o deputado, as obras para as instalações do campus universitário de Iguatu estão atrasadas há sete anos.
“No último dia 20, tivemos audiência no Ministério Público, e a promotora Isabel Porto deu prazo até o dia 30 para o Governo do Estado se pronunciar e resolver a situação do Hospital Regional, que atende 10 municípios e é bancado só pela Prefeitura de Iguatu. O executivo municipal não tem mais como suportar sozinho as despesas de mais de R$ 8,4 milhões anuais ”, acrescentou. Ele salientou que, se a situação não for sanada, o Governo terá de assumir integralmente o hospital, já que a Prefeitura abdicará da gestão.
Agenor Neto pediu ao líder do Governo, Evandro Leitão (PT), o diálogo entre o Governo e Prefeitura até o dia 30, conforme determinado pela audiência no MP. Ele salientou que o hospital atende uma população de cerca de 500 mil pessoas, que serão prejudicadas caso não seja encontrada a solução para o problema. “A situação está insustentável”, pontuou.
Em aparte, o deputado Tomaz Holanda (PPS) informou que solicitou, em requerimento, a presença do secretário Carlile Lavor para explicar a real situação da área de saúde no Estado. Segundo ele, há Unidades de Pronto Atendimento com 113 pacientes em corredores, que estão se transformando em UTI. “Falta até insulina nos centros de atendimento ao diabetes”, assinalou.
O líder do Governo, Evandro Leitão (PDT), disse que é necessário fazer uma análise crítica da conjuntura nacional. Ele salientou que a tabela do SUS paga valores extremamente baixos. “Além disso, até o sistema privado de saúde está levando 60 dias para marcar um simples exame. É inadmissível que o Governo do Estado, após entregar 1.100 leitos públicos, assista ao fechamento de aproximadamente mil leitos privados. Está na hora de o Governo Federal também ser cobrado pelos prefeitos”, disse. JS/AT

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