segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Desemprego aumenta no interior do Ceará

As cidades do Interior cearense sofrem não só com a seca, mas com a queda no emprego formal, resultado da retração econômica, que tende a se agravar no próximo ano. O mercado de trabalho apresenta dados negativos e a taxa de desemprego, que chega a 9,5%, deve atingir os dois dígitos em 2016. Os setores da indústria (calçado e têxtil), comércio e construção civil lideram as estatísticas negativas.
O Ceará segue a tendência nacional e o ano de 2015 fechará com saldo negativo, tendo desempregado mais do que contratado. De janeiro a outubro deste ano, a diferença entre demissões e contratações chega a 18.942, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Não há perspectiva de reversão dessa tendência. Ao contrário, a situação tende a piorar, segundo avaliação de economistas e técnicos que analisam o mercado de trabalho.
"O desemprego chegou a um índice elevado, com forte tendência de alcançar dois dígitos em 2016 e isso é preocupante", observou o coordenador de Estudos e Análises de Mercado do Instituto do Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Erle Mesquita.

A tendência é de piora do cenário para 2016, em particular o primeiro trimestre, que historicamente apresenta desaquecimento das atividades produtivas industriais e do varejo. "No último trimestre do ano, para o quadro, está favorável, mas está piorando", diz Mesquita. No Ceará, o acumulado do ano até outubro é de 364 mil desempregados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário