segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A crise da segurança pública em Iguatu e região Centro-Sul

A região Centro Sul enfrenta atualmente diversas situações de violência e criminalidade. Diversos municípios travam uma luta com o Governo do Estado para assegurar melhores condições e estruturas para combater, ou pelo menos amenizar, a situação, reivindicando aumento do contingente policial, mais equipamentos e, em alguns, até a construção de cadeias públicas e delegacias regionais.

Em outros, é preciso implantar ou melhorar o serviço de policiamento civil, com a implantação de delegacias ou disponibilização de delegados e agentes civis. A população de diversos municípios está assustada com a retomada da onda de violência, devido à ação audaciosa de elementos que estão praticando furtos e assaltos a mão armada a estabelecimentos residenciais e comerciais, em plena luz do dia, além de arrombamentos a estabelecimentos públicos e praticando homicídios.

Em Catarina, o reduzido contingente policial reforça a situação de insegurança dos moradores. Pedro Roberto de Oliveira, morador do município, denuncia que a situação de insegurança é um fator preocupante que deixa a população intranquila.

 “Nós estamos aqui vivendo nosso dia a dia como reféns dos bandidos, temos medo até de ficarmos muito tempo na rua, não temos mais a tranquilidade de sentar na calçada de nossas casas porque tememos ser assaltados ou mortos. Eu já fui vítima de assalto a mão armada, levaram alguns bens que eu tinha. Os comerciantes então trabalham assustados, sempre que chega alguém de fora em nossa cidade, já tememos que possa ser assaltantes que venham promover arrastões, ou mesmo cometerem homicídios”, disse o popular.
Em Saboeiro também enfrenta um grande desafio: o uso e tráfico de drogas tomou conta da cidade, que, nos últimos dois anos, tem presenciado diversos crimes com requinte de crueldade.

Até menores de idade consomem drogas livremente nas ruas, e mesmo com ações intensas da Polícia Militar, a população enfrenta medo constante. A delegacia civil não possui delegado, nem funciona aos finais de semana, dias em que as ações delituosas se intensificam. Também são registrados em Saboeiro muitos assaltos, furtos e roubos.
O chefe do destacamento policial de Saboeiro, cabo Almeida, diz que precisa contar com a ajuda da população, que, por medo, se omite a fazer denúncias, e não colabora com a polícia.
Em Antonina do Norte sofre também com muitos assaltos, roubos e furtos. Um fato agravante é que o município não tem cadeia pública. Os detentos têm que ser levados para o presídio de Araripe, a uma distância de 170 quilômetros.
Em casos de flagrantes, os boletins de ocorrência têm que ser feitos em Iguatu. O contingente policial, portanto, é pequeno, e tem que se ausentar muito do município, deixando a população desassistida nesses períodos.
Aqui em Iguatu neste final de semana teve início uma rebelião dos presos na Delegacia Regional, após uma tentativa de fuga frustrada pelos inspetores, o delegado Jerffison Pereira falou sobre o caso e afirma que a situação está insustentável.

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