sábado, 20 de setembro de 2014

PMDB mais uma vez será o grande vencedor nestas Eleições

Independente de quem venha a ganhar a eleição presidencial em outubro, PT, PSDB ou PSB/Rede, se alguém tinha dúvida de como seria a atuação do PMDB no próximo governo, esta foi dissipada pelo candidato a vice na chapa de Marina Silva, Beto Alquerque. Com PT e PSDB já se sabe como será. Mas ao dizer que ninguém governa sem o PMDB, durante entrevista há alguns dias, Albuquerque joga por terra o voluntarismo da sua própria candidata, quando ela propõe expurgar dentro do cenário da nova política, figuras que a sociedade rejeitaria no Congresso Nacional.

Ora, a fala de Albuquerque, aliás, devíamos ouvi-lo mais para entender o que seria um possível governo Marina, é a mais transparente afirmação da impossibilidade de transformar o modelo vigente por meio do diálogo republicano. O PMDB, que não disputa a eleição presidencial com candidato próprio, continuará sendo governo sejam quem for o eleito, porque é a representação pura da sociedade brasileira, com seus erros e virtudes. A diferença em relação aos demais partidos, é que o PMDB não escamoteia sua posição, como PT, PSDB e agora PSB/Rede o fazem.

Partido com maior capilaridade no país, o PMDB não prega a purificação da política, muitos menos vive alardeando a ética em vão. Além disso, mais importante do que determinadas figuras de proa da agremiação, o que vale no PMDB é o método. Erra redondamente quem acha que tirando determinados caciques, modificará esse método. O PMDB assume que nasceu para ser governo e será governo de uma forma ou de outra, ao contrário de alguns partidos que hipocritamente tentam vender ao eleitor ideias que não se concretizarão. No caso do PSB, não custa lembrar que Eduardo Campos prometia, se eleito, despachar o PMDB para a oposição.

Se há restrições ao PMDB na opinião pública, é impossível negar que sem o partido, seja com os bons ou ruins, continuará sendo o grande fiel da balança no Congresso Nacional. Não se governa sem esse partido, e quem tentar confrontá-lo está fadado ao fracasso. Esse é o modelo político que nós temos, e não adianta PT, PSDB ou PSB/Rede quererem jogar para a plateia.
Luiz Henrique Campos /jornalista do O POVO

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