segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Médica se recusa a atender um policial armado

Uma médica que trabalha em  Mulungu, no Maciço de Baturité, se recusou a aplicar uma injeção em um soldado da Polícia Militar por ele estar portando uma arma de fogo. O fato ocorreu nesta segunda-feira (15), dentro de um hospital público, e movimentou as redes sociais com protestos e comentários acerca da polêmica sobre o uso da arma de fogo em locais públicos e particulares.O soldado teria ido até o hospital para tomar uma injeção, mas a médica informou que só iria atendê-lo se deixasse a arma em outro local. O motivo seria o constrangimento causado pela presença de uma pessoa armada dentro do consultório. O comandante da área foi até o local e pediu explicações acerca do caso.

Nas redes sociais, a profissional divulgou "Meu direito de me recusar a atender um paciente em uma situação que me deixe desconfortável. Armas versus o direito e o dever de portar a arma dele em serviço. Pedi ao policial para deixar a arma com algum colega e pelo semblante não gostou, mas voltou sem a arma. Daqui a pouco entra o comandante que me interroga sobre o motivo e respondi que me deixava extremamente desconfortável, daí só entendia que dois homens grandes na minha frente e um deles interrogando o motivo do meu desconforto e tentando me convencer que estão a servigo da gente e da população. Eu sei, mas não muda o fato que eu fico nervosa e o coração vai a mil. Depois do interrogatório e discurso atendi o policial sem a arma", publicou no Facebook.

Procurada pela reportagem, a médica informou que não pretendia comentar sobre o caso, pois não se trata de um problema referente ao porte de arma, mas referente a uma questão pessoal de ficar desconfortável com a arma de fogo dentro de um ambulatório pequeno.De acordo com informações do Relações Públicas da Polícia Militar do Estado do Ceará, tenente-coronel, Fernando Albano, o comando da PM poderá se pronunciar sobre o caso na terça-feira (16).

DN

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