terça-feira, 28 de abril de 2015

PT diz receber com indignação a desfiliação de Marta Suplicy

O Partido dos Trabalhadores (PT) disse em nota que recebeu com “indignação” a carta da senadora Marta Suplicy, que oficializou nesta terça-feira (28) sua saída do partido. Segundo o texto, as razões da saída da senadora se devem à “ambição eleitoral e a um personalismo desmedido”. “O PT recebe com indignação a carta da senadora Marta Suplicy oficializando sua desfiliação do PT. Apesar dos motivos enunciados, entendemos que as razões reais da saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um personalismo desmedido que não pôde mais ser satisfeito dentro de nossas fileiras. Por isso, resolveu buscar espaços em outros partidos”, diz a nota, de acordo com a Agência Brasil. No texto – assinado pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, pelo presidente do diretório estadual paulista, Emidio de Souza, e pelo presidente do diretório municipal de São Paulo, Paulo Fiorilo – o partido afirma que nunca cerceou atividades partidárias ou parlamentares da senadora e destaca que Marta foi prestigiada pela militância e pela direção do partido, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e duas vezes nomeada ministra. “Lamentavelmente, a senadora retribui, com falta de ética e acusações infundadas, a confiança que o PT lhe conferiu ao longo dos anos. Ao renegar a própria história e desonrar o mandato, Marta Suplicy desrespeita a militância que sempre a apoiou e destila ódio por não ter sido indicada candidata à Prefeitura de São Paulo em 2012”, diz o comunicado. A nota critica a falta de coerência da senadora e diz que Marta age de forma oportunista. “Finalmente, é triste ver que a senadora jogue fora a coerência cultivada como militante do PT e passe a se alinhar, de forma oportunista, com aqueles que sempre combateu e que sempre a atacaram”.

Agenor Neto diz que o setor estadual de saúde está na UTI

Agenor Neto diz que o setor estadual de saúde está na UTI
O deputado Agenor Neto (PMDB) destacou, em pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (28/04), o quadro de saúde do Ceará. Segundo o parlamentar, o setor está “na UTI” e a origem do “caos estaria na falta de gestão e recursos”. O deputado denunciou o atraso nos repasses de recursos aos consórcios municipais e informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Iguatu não recebeu sequer o previsto para dezembro.
O deputado culpou o governador Camilo Santana pelo atual estado da área médico-hospitalar. Agenor Neto considerou ainda que a presidente Dilma Rousseff também “enganou” o Estado, transferindo cerca de R$ 1 bilhão a menos do que o previsto. “O governador precisa vir a público explicar o que está acontecendo”, afirmou.
Agenor Neto frisou que não se trata de obras em atraso, mas vidas de pessoas que estão sendo sensivelmente prejudicadas. “Quase 10 mil pessoas em Iguatu foram às ruas, para mostrar toda a indignação do descaso com a saúde da população e demais áreas da administração pública, como a educação”, comentou. De acordo com o deputado, as obras para as instalações do campus universitário de Iguatu estão atrasadas há sete anos.
“No último dia 20, tivemos audiência no Ministério Público, e a promotora Isabel Porto deu prazo até o dia 30 para o Governo do Estado se pronunciar e resolver a situação do Hospital Regional, que atende 10 municípios e é bancado só pela Prefeitura de Iguatu. O executivo municipal não tem mais como suportar sozinho as despesas de mais de R$ 8,4 milhões anuais ”, acrescentou. Ele salientou que, se a situação não for sanada, o Governo terá de assumir integralmente o hospital, já que a Prefeitura abdicará da gestão.
Agenor Neto pediu ao líder do Governo, Evandro Leitão (PT), o diálogo entre o Governo e Prefeitura até o dia 30, conforme determinado pela audiência no MP. Ele salientou que o hospital atende uma população de cerca de 500 mil pessoas, que serão prejudicadas caso não seja encontrada a solução para o problema. “A situação está insustentável”, pontuou.
Em aparte, o deputado Tomaz Holanda (PPS) informou que solicitou, em requerimento, a presença do secretário Carlile Lavor para explicar a real situação da área de saúde no Estado. Segundo ele, há Unidades de Pronto Atendimento com 113 pacientes em corredores, que estão se transformando em UTI. “Falta até insulina nos centros de atendimento ao diabetes”, assinalou.
O líder do Governo, Evandro Leitão (PDT), disse que é necessário fazer uma análise crítica da conjuntura nacional. Ele salientou que a tabela do SUS paga valores extremamente baixos. “Além disso, até o sistema privado de saúde está levando 60 dias para marcar um simples exame. É inadmissível que o Governo do Estado, após entregar 1.100 leitos públicos, assista ao fechamento de aproximadamente mil leitos privados. Está na hora de o Governo Federal também ser cobrado pelos prefeitos”, disse. JS/AT

Transmitir HIV deliberadamente poderá virar crime hediondo

A Câmara dos Deputados analisa projeto para tornar crime hediondo a transmissão consciente e deliberada do vírus HIV, que leva à AIDS. Trata-se do Projeto de Lei 198/15, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que tem o mesmo teor do Projeto de Lei 130/99, que acabou arquivado sem votação no começo deste ano.
Os crimes hediondos são considerados de maior potencial ofensivo e, por isso, tem regras mais severas. A prisão, por exemplo, será sempre iniciada no regime fechado. Os condenados por esses crimes também não podem receber graça ou anistia.
A transmissão proposital do HIV voltou à discussão no começo de 2015, depois de denúncias de grupos de pessoas contaminadas que se dizem “carimbadores” e espalham o vírus sem avisar os parceiros.
Pompeo de Mattos avalia que essa conduta tem de ser punida com rigor. “O portador do vírus da AIDS que têm conhecimento de sua doença deve ser responsabilizado com o rigor das penas da lei, caso transmita conscientemente a doença para terceiros”, disse.
Tramitação
A proposta está sendo analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive quanto ao mérito. Depois será votada pelo Plenário.

Governador anuncia reajuste de 13,01% para professores da rede estadual

Neste Dia Internacional da Educação, 28 de abril, o governador Camilo Santana homenageou os professores de todo o estado atendendo a uma antiga demanda da categoria: anunciou reajuste que iguala o salário dos profissionais no Ceará com o piso nacional da categoria. A proposta corrige o vencimento básico do magistério em 13,01% e beneficia 48.842 professores da rede estadual. O projeto de lei foi apresentado em coletiva de imprensa realizada ne terça-feira (28), no auditório do Palácio da Abolição, e será encaminhado no mês de maio para aprovação dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa.
"Ao longo das últimas semanas, nós viemos mantendo diálogo franco e aberto com os representantes da categoria, buscando construir as condições para que, mesmo neste ano de dificuldade fiscal, pudéssemos honrar o compromisso de assegurar o piso nacional dos professores. É uma conquista histórica, justamente reivindicada por esses profissionais, que dedicam a vida a cuidar da nossa juventude e construir um estado melhor", elogiou o governador.
Das negociações com a categoria, o valor será pago retroativo ao mês de janeiro de 2015. O governador ainda se comprometeu em fortalecer o diálogo para viabilizar a continuidade da valorização da carreira de professor, criando condições para a progressão funcional.
Outros benefícios
O percentual total de 13,01% foi alcançado incluindo o reajuste de 6,45% da tabela já concedido pelo Governo do Estado aos professores no início deste ano. Também nos primeiros meses de 2015, o governador Camilo Santana enviou projeto de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa, que concede vale alimentação aos professores temporários, na mesma forma e valor dos professores efetivos. Autorizou ainda a prorrogação do concurso público para o magistério estadual e a nomeação de 212 novos concursados.

Temer quer que reforma política reduza número de partidos

O vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, disse nesta terça-feira (28) que espera que a reforma política possa reduzir o número de partidos no País, “até para facilitar a governabilidade”.

“Atualmente, temos uma atomização partidária e intrapartidária, com muitas divergências internas dentro das legendas, como ocorre dentro do meu próprio partido”, afirmou, em audiência pública das comissões especiais que analisam propostas de emenda à Constituição (PECs 344/13, 352/13 e outras) e projetos de natureza infraconstitucional (que não mudam a Constituição) sobre reforma política.

Temer defendeu o voto majoritário para a eleição de deputados, sistema conhecido como “distritão”. Por esse sistema, seriam eleitos os candidatos mais votados em cada estado, sem se levar em conta os votos no partido. “Quem deve governar sempre é a maioria representativa do povo”, ressaltou.

Ele salientou que, se for adotado o voto majoritário, não haverá mais coligações de legendas para as eleições para deputado, o que ajudará a reduzir o número de partidos. Segundo ele, os partidos perderam, ao longo do tempo, sua identidade programática e hoje há homogeneidade de ideias entre as 32 legendas registradas no Brasil.

Entendimento

Porém, conforme Temer, é preciso verificar qual sistema eleitoral tem mais apoio na Casa. “Se os partidos não se entenderem em torno de um modelo, não conseguiremos os 308 votos necessários para essa reformulação política”, avaliou.

Para ele, os termos da reforma têm de ser dados pelo Congresso Nacional, sem que prevaleça a reforma ideal dele ou de qualquer outro presidente de partido. Temer acredita que sua presença nas comissões da Câmara que discutem a reforma política, assim como a dos presidentes de outros partidos, é simbólica e demonstra, mais do que nunca, a necessidade de a Casa aprovar mudanças neste momento.

Na visão dele, o Legislativo deve eleger três ou quatro temas prioritários para conseguir aprovar uma reforma possível, ainda que seja necessário juntar teses de diferentes partidos, formulando sistemas mistos.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Mercado estima inflação de 8,25% até o fim do ano

Agência Brasil (Brasília) – Analistas e investidores do mercado financeiro preveem que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feche o ano em 8,25%. A estimativa está no boletim Focus divulgado semanalmente pelo Banco Central. Para o Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas no país –, a perspectiva permanece pessimista, com queda de 1,1% e diminuição na produção industrial de 2,5%.
Para o câmbio, a projeção até o fim do ano é que o dólar chegue a R$ 3,20, e a taxa básica de juros fique em 13,25% ao ano. Houve leve elevação na estimativa para os preços administrados, aqueles monitorados pelo governo como luz e combustíveis, que passou de 13% para 13,1%, em 2015. A expectativa para a dívida líquida do setor público em proporção ao PIB foi mantida em 38%.
Nas contas externas, a expectativa para o déficit em conta-corrente aumentou de US$ 77 bilhões para US$ 78 bilhões, com o saldo da balança comercial em US$ 4,17 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos estão estimados em US$ 57 bilhões, de acordo com o boletim Focus.

Procuradoria denuncia Vaccari e Duque por 24 operações de lavagem de dinheiro

A força-tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato entregou à Justiça nesta segunda-feira (27) nova acusação formal contra o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos delatores da investigação sobre corrupção na estatal. Segundo o Ministério Público Federal, a denúncia foi oferecida pela prática de lavagem de dinheiro, por 24 vezes, no total de R$ 2,4 milhões, entre abril de 2010 e dezembro de 2013. Vaccari e Duque estão presos.
Segundo a denúncia, uma parte da propina paga para Renato Duque, então diretor de Serviços da Petrobras, foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude Ltda., a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT). Os procuradores da força tarefa da Lava Jato sustentam que existem, ainda, “vários indicativos de ligação da Gráfica Atitude com o PT”.
Os procuradores relatam na acusação entregue à Justiça Federal que para conferir uma justificativa econômica aparentemente lícita para os repasses da propina, empresas do grupo Setal, Setec e SOG, assinaram dois contratos, em 1º de abril de 2010 e em 1º de julho de 2013, respectivamente, com a Gráfica Atitude Ltda.
“Contudo, a Gráfica jamais prestou serviços reais às empresas do grupo Setal, emitindo notas frias para justificar os pagamentos” afirmam os procuradores. “A responsabilidade criminal de pessoas vinculadas à Gráfica será apurada em investigações próprias.”
Segundo o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Força-Tarefa Lava Jato, “embora a denúncia envolva um partido político, o esquema era pluripartidário”.
“Já foram denunciados, anteriormente, operadores vinculados às diretorias controladas pelo PP e pelo PMDB. A partidarização do olhar sobre as investigações prejudica os trabalhos, porque tira o foco do que é mais importante, que é a mudança do sistema, o qual favorece a corrupção seja qual for o partido”, afirma a Procuradoria. “Por isso o Ministério Públcio Federal apresentou as dez medidas contra a corrupção e a impunidade.”
Vaccari permanece preso, à disposição da Justiça Federal. O procurador da República Roberson Pozzobon, que também integra a força-tarefa, ressalta que essa e outras prisões são essenciais para proteger a sociedade. “Os presos continuaram praticando crimes até 2014, de modo profissional e ignorando o avanço das investigações. Caso sejam soltos, estarão em posição de continuar a praticá-los, pois são donos e dirigentes de empresas com grandes contratos com o poder público, ou mantêm milhões em propinas no exterior que poderão ser escondidas ou gastas.”
O Ministério Público Federal pediu a condenação dos réus à restituição de R$ 2,4 milhões, bem como ao pagamento, a título de indenização, de mais R$ 4,8 milhões.
A pena para o crime de lavagem de dinheiro é de três a dez anos de prisão. Segundo a Procuradoria, a pena aplicada será aumentada de um até dois terços “em razão da reiteração dos crimes e de terem sido praticados por organização criminosa”.
(Fonte: Estadão Conteúdo)

Primeiro teste caseiro de HIV começa a ser comercializado no Reino Unido



O primeiro teste caseiro que permite saber em 15 minutos se uma pessoa foi infectada com o vírus HIV começou a ser vendido nesta segunda-feira (27) no Reino Unido. O teste, da companhia Bio Sure UK, pode ser comprado pela internet. Ele funciona de maneira similar ao de gravidez, ao medir os níveis de anticorpos no sangue. Entretanto, os especialistas advertem que, se o exame der positivo, o teste precisa ser confirmado por médicos. Mas eles ressaltam que o exame ajudará as pessoas a obter um tratamento rápido, caso tenham sido infectadas com o vírus. O dispositivo permite analisar uma pequena gota de sangue extraída pela pessoa e, após 15 minutos, aparecerão duas linhas de cor roxa se o teste der positivo. Nesse caso, o fabricante recomenda comparecer a uma clínica especializada em doenças sexualmente transmissíveis. Os especialistas afirmam, no entanto, que embora o resultado seja negativo, não quer dizer que a pessoa esteja livre do vírus já que os anticorpos são gerados três meses depois da infecção. A responsável da entidade benéfica Terrence Higgins Truste, Rosemary Gillespie, que apoia pessoas com Aids, expressou sua satisfação pelo acesso da população a este teste. "Fizemos campanha durante muito tempo para conseguir uma legislação que permita contar com testes caseiros de HIV, algo que foi conquistado em abril de 2014, portanto é fantástico ver estes primeiros exames", afirmou Gillespie.

Partidos se desconectam do eleitor e Internet vira parlamento

A presidente Dilma Rousseff avalia se fará na próxima sexta-feira o tradicional pronunciamento de 1º de maio. Teme haver um novo panelaço virtual convocado pela internet e que se materializa com o liga-desliga de luzes nas cidades e pessoas batendo panelas nas varandas.
No país em que os partidos estão cada vez mais reduzidos a atividade meramente congressual, que poderia também se dizer dedicados a seus interesses burocráticos, a desconexão entre os objetivos partidários e os anseios da sociedade ficou tão grande que já tem cientista político achando que a internet pode se tornar o único canal de conexão efetivo entre o governo e a
sociedade.
De tal forma que o que a onda de menções no Twitter, Facebook, Instagram e Linked-In seu tornariam tão efetivas que seria melhor o governo “filtrar” o que a sociedade deseja primordialmente e assumir essas bandeiras que de tão representativas obrigariam os partidos a serem forçados a referendá-las.
Naturalmente, e felizmente, estamos longe de uma sociedade governada por uma Democracia Digital Direta (sempre passível de manipulações cibernéticas e de robôs de cliques), mas o alerta sobre a fragilidade do Parlamento e sua desconexão com a sociedade é oportuno.
O problema não é a presidente da República, com apenas 120 dias de governo, não poder se dirigir aos seus concidadãos para falar dos temas mais importantes para nossa economia sob pena de não ser ouvida. O problema é ver os partidos não serem capazes de captar essa insatisfação para sua ação no Congresso.
Ou, como ficou mais constrangedor: não terem condições de erguer suas bandeiras nestas manifestações sob pena de também serem expulsos. E não estamos falando aqui do PSDB, mas dos partidos de esquerda que são tradicionalmente contra o governo do PT. Da mesma forma que o PT, em tese, o partido da presidente ser obrigado a “subcontratar” militantes para
levantar bandeira em manifestação em que a audiência é altamente constrangedora pela falta de legitimidade.
Esse quadro é novo e ao mesmo tempo preocupante. Assim como os movimentos ainda não foram capazes de definir um foco de reivindicação objetiva que lhe permita uma ação no
Parlamento, não há, hoje, uma proposta honesta do PSDB para a crise porque ele não conseguiu capturar a frustração dos cidadãos pelo seu comportamento ambíguo e flácido no
Congresso.
O PSDB não tem uma proposta de governo melhor porque tem medo de assumir as medidas que o governo do PT está tomando e porque teme a repercussão negativa nas ruas e na Internet.
Dito de outra forma: o PSDB não tem coragem cívica de assumir o Programa de Ajuste do Governo Dilma, que na campanha foi seu, porque teme ser criticado nas ruas e nas redes sociais.
Por outro lado, o PT insiste em manter seu programa quando em quatro anos ele fracassou. Ou alguém acha que não foi exatamente por defender as teses econômicas do PT que Dilma Rousseff afundou o país numa crise que, hoje, o governo dela não sabe como resolver sem que adote as teses do PSDB que hoje não tema coragem defendê-las?
O mais grave é que nesse quadro o Congresso Nacional simplesmente não toma conhecimento do que acontece nas ruas, ou no cyberespaço. Ele foi cuidar de sua agenda doméstica e de interesses proto-grupos que se aproveitam dessa desconexão para apresentar uma pauta que está a quilômetros dos temas de interesse da sociedade dentro desta crise.
Claro que a eleição de um personagem como Eduardo Cunha ajuda a montar uma pauta que inclui temas como regulamentação da terceirização, a redução da maioridade penal, da flexibilização do porte de armas com mudanças no Estatuto do Desarmamento e o chamado Estatuto da Família.
Rigorosamente nenhum desses temas está na ordem do dia do país. Na verdade, eles são a expressão dos interesses mais medíocres do Congresso. Mas, eles vão entrar na ordem do dia
porque interessam a grupos que não estão interessados em ter qualquer conexão com a sociedade, mas com os seus interesses diretos. Mas, o Eduardo Cunha “amarrado em nome de Jesus” põe essa pauta na ordem do dia.
Dito de outra forma: o Congresso vai por um caminho e a sociedade nas ruas e na internet vai por outro. E os partidos que poderiam defender as teses de verdadeiro interesses imediato da sociedade não se atrevem a ir às ruas ou a TV defendê-las por terem medo do feedback e de uma maior interlocução com o cidadão. Ou alguém acha que o pedido de aumento no repasse ao Fundo Partidário em 2015 de R$ 289 milhões para R$ 867,5 milhões tema ver com o momento atual?
Não se sabe se a presidente Dilma Rousseff vai à TV falar do desafio que se tornou manter o nível de empregos e da necessidade de um ajuste que vai exigir sacrifícios de todos os
brasileiros. Mas, sabemos que não terá qualquer repercussão no Congresso, que está tão interessado no 1º de maio quanto aquele trabalhador que só se interessa pela data porque, ela
sendo numa sexta-feira, vira um feriadão.
Blog do Jamildo

domingo, 26 de abril de 2015

Gabinete Itinerante do deputado Agenor Neto movimentou Quixelô

Gabinete Itinerante do deputado Agenor Neto movimentou Quixelô
A cidade de Quixelô recebeu na manhã deste sábado (25) a primeira edição do Gabinete Itinerante, uma iniciativa inédita do deputado estadual Agenor Neto. Ação tem como objetivo ouvir a população, debatendo os problemas e as reivindicações dos municípios da região Centro Sul e outras localidades onde o parlamentar foi votado. “O nosso objetivo é ouvir a população e realizarmos um mandato em sintonia com a necessidade das pessoas, contribuindo para a solução de problemas comunitários e trabalhando para o desenvolvimento da região”, disse o parlamentar.
O evento, realizado no auditório da Câmara Municipal, contou com a participação de políticos, lideranças comunitárias, empresários, entidades de classes, além da população em geral, que apresentou demandas no setor da saúde, da educação, abastecimento de água, entre outros. "Quero que a população do Centro Sul saiba que agora ela tem um representante com voz firme na Assembleia Legislativa do Ceará preocupado em resolver os problemas da região". O vereador da cidade de Quixelô, Samuel Araújo (PPL), participou do evento e elogiou a iniciativa do deputado de sair da Assembleia para ouvir as demandas da população. “É uma ação que deve servir de exemplo para outros parlamentares votados em nossa região. Isso mostra o compromisso que o deputado Agenor Neto tem com as pessoas mais necessitadas do nosso município de Quixelô", disse.
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O prefeito de Iguatu Aderilo Alcântara esteve presente ao evento, e disse que a função do representante público é estar perto das pessoas, ouvir suas demandas e sugestões e encontrar formas de resolver os problemas da comunidade. “Quero parabenizar o deputado Agenor Neto por mais esta ação inédita. Isso mostra o compromisso e a vontade de transformar a vida das pessoas que mais precisam", disse. A próxima ação do Gabinete Itinerante do deputado Agenor Neto acontecerá nas cidades de Cariús, Irapuan Pinheiro e Solonópole. As datas ainda não estão confirmadas.
Assessoria

Quanto custa uma democracia?

O momento pede sacrifício geral e, em nome dele, claro que pareceu fora de hora a decisão dos parlamentares de emendar a proposta original e praticamente quadruplicar o dinheiro destinado aos partidos no Orçamento da União de 2015. Agora, é preciso que a sociedade entenda de maneira mais objetiva que manter uma democracia tem custos. O debate sobre a necessidade de termos partidos fortes, orgânicos, que funcionem, passa por uma outra discussão, ainda não feita, sobre as fontes de financiamento para construção do modelo perfeito que todos acabamos idealizando.
O escândalo da hora, que tem impactado de maneira direta a Petrobras e atinge um conjunto importante de segmentos políticos, nos desdobramentos da operação Lava Jato, apenas reforça a convicção de que algo precisa ser feito para reduzir, ou acabar, a linha de promiscuidade entre os partidos políticos e setores da iniciativa privada que terminam sendo chamados a financiá-los. No final, temos visto, a conta acaba sendo apresentada ao cidadão, na forma de superfaturamentos de obras públicas, desvios e outros artifícios criminosos que podem ser resultado da inexistência de regras claras quanto ao ônus financeiro de manter o País sob um ambiente livre e democrático.
Gualter George /O Povo

Gastos com ações de mídia do governo Dilma chegaram a R$ 3,7 bilhões em 2014



Dados divulgados pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) nesta sexta-feira (24) revelam que a administração pública federal gastou R$ 3,74 bilhões em ações de mídia - o que inclui publicidade e patrocínios - ao longo de 2014. Ministérios, autarquias e empresas públicas do governo Dilma Rousseff (PT) gastaram, ao todo, R$ 2,32 bilhões com investimentos publicitários. O valor é 5,7% menor que os gastos em 2013, quando somaram R$ 2,46 bilhões. No entanto, comparado com o último ano eleitoral, em 2010, quando a administração pública havia destinado R$ 2,09 bilhões ao mercado da publicidade, o montante é 11% maior, em valores corrigidos. Para ações de patrocínio estatal em áreas como esporte, teatro e meio ambiente o governo destinou outro R$ 1,42 bilhão. No último ano, a internet, pela primeira vez na série histórica do governo, passou a ser a segunda que mais recebe verbas publicitárias federais. A televisão, contudo, continua a ser o veículo com mais investimentos: foram gastos R$ 1,55 bilhões com propagandas, o que representa 66% do montante destinado aos meios de comunicação, que incluem internet, mídia externa, rádio, jornal, revista, cinema e outdoor. Apesar da determinação do Superior Tribunal de Justiça, a Secom decidiu não divulgar informações detalhadas sobre quanto cada empresa de comunicação recebeu, especificando os valores despendidos por órgãos das administrações direta e indireta.