segunda-feira, 30 de março de 2015

Reforma política? Que tal começar pelo fim dos políticos profissionais?

Como todos sabem, as relações entre deputados e senadores com o governo federal não andam lá essas coisas. Principalmente depois das revelações da Operação Lava Jato, sobre o envolvimento de vários políticos em esquemas de desvios bilionários da Petrobras, é importante rever vários aspectos da legislação do nosso sistema político.
Um dos pontos importantes dessa reforma deve ser o de impedir que um político fique praticamente “dono” de sua cadeira no Legislativo ou no Executivo, criando mandatos praticamente vitalícios. Afinal de contas, mandato não é ofício e muito menos uma espécie de cargo hereditário.
Querem alguns exemplos? O senador Renan Calheiros, atual presidente do Senado, já está em seu terceiro mandato consecutivo. Antes, foi duas vezes deputado federal. Nisso, já está no Congresso há 32 anos, desde 1983. Na Câmara, destaque para o ex-presidente da Casa e atualmente sem mandato Henrique Eduardo Alves, com incríveis 11 mandatos consecutivos. Ou seja, 44 anos ininterruptos no centro do poder. Sem falar de um dos políticos mais longevos que tivemos, o atualmente aposentado José Sarney. Entre cargos de senador, governador e até presidente, ficou nada menos que 59 anos no poder. Impressionante.
Para coibir situações como essas, que deturpam a relação entre sociedade e seus representantes políticos, alguns grupos defendem a adoção de normas que restrinjam o período dos parlamentares no poder. Um deles é o Partido Novo, atualmente em processo de registro no Tribunal Superior Eleitoral. O futuro partido afirma que vetará aos seus filiados eleitos para o Poder Legislativo que se candidatem a mais de uma reeleição consecutiva para o mesmo cargo, para evitar o que chamam internamente de “carreirismo político”. Para eles, o importante é “motivar o cidadão a atuar na política com honestidade e visão de longo prazo“. Que sirva de exemplo para as outras agremiações políticas.
Já um jurista de São Paulo, Luiz Flávio Gomes, decidiu levar adiante duas propostas que limitam a reeleição em cargos no poder Legislativo e no Executivo. O seu “Movimento Fim do Político Profissional” defende nada menos que apenas um mandato possível para cargos do poder Executivo, ou seja, prefeito, governador e presidente. E no máximo dois mandatos para vereadores, deputados estaduais e federais, e senadores. Em resumo, o movimento defende que se proíba a reeleição para todos os cargos do Executivo e apenas uma reeleição no Legislativo. Na prática, proíbe o político profissional, aquele viciado em mais representar a si mesmo e a seus grupos de interesse do que a nós, cidadãos eleitores, que os elegem e pagam seus salários.
Com a crescente insatisfação da sociedade com os seus representantes políticos, vale a pena considerar e apoiar essas opções. Afinal, como já se diz por aí, a verdadeira reforma política nunca vai ser realizada pelos próprios políticos. É hora dos cidadãos atuantes “saírem às ruas” e apoiarem propostas que realmente possam transformar a atual cultura política no país.
Vale conhecer a proposta e participar.

Por Jorge Maranhão/Congresso em Foco

A frase do ministro

“A presidente Dilma tem imagem de quem dialoga e delega pouco, e isso é ruim para a imagem de um presidente na Democracia”. Reneto Janine, filósofo e professor de Ética da USP, 20 dias antes de ser nomeado ministro da Educação.

Síndrome de Down

O Dia Internacional da Síndrome de Down será lembrado amanhã, às 15 horas, na Assembleia Legislativa. A iniciativa é do líder do Governo, Evandro Leitão (PDT).

Projeto prevê plebiscito para obras do Governo

Começou a tramitar na Assembleia Legislativa, o projeto de lei do deputado Audic Mota (PMDB) que estabelece a realização de plebiscito para as obras do governo do Estado superiores a R$ 150 milhões. A consulta ocorreria nos municípios ou regiões impactados de forma direta pela obra.De acordo com Audic, a consulta seria realizada pela Assembleia, no prazo de noventa dias de antecedência do início da ação. “Obras e serviços de grande vulto que não obtiverem votos favoráveis a sua execução, não poderão ser contempladas na lei orçamentária”, diz a proposta.

Fies passa a exigir média mínima no Enem

A partir desta segunda-feira (30) o estudante que tiver média inferior a 450 pontos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não poderá se inscrever para uma bolsa do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além da média mínima, o candidato também não pode ter nota 0 na redação. As inscrições seguem até o dia 30 de abril.
Em fevereiro foram abertas as inscrições para novas adesões ao Fies, mas sem a obrigatoriedade da nota mínima. Era preciso apenas ter feito o Enem para solicitar o financiamento. Não estão sujeitos a essa regra os professores do quadro permanente da rede pública matriculados em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia.
A regra de exigir a média mínima no Enem foi estabelecida em portaria do Ministério da Educação, publicada em dezembro de 2014, e gerou descontentamento entre estudantes e representantes de instituições privadas de ensino superior. Instituições estimam que a mudança reduzirá em pelo menos 20% o número de contratos do Fies.
A estudante Kamila Monteiro, de 18 anos, obteve média de 426 pontos no Enem e conseguiu o contrato do Fies antes da aplicação da nova regra. Ela avalia que os estudantes de escola pública como ela serão prejudicados com a mudança.
“Dizem que é para melhorar a qualidade do ensino, mas quem está em escola pública tem dificuldade para fazer a prova do Enem. Então, é preciso começar melhorando a qualidade do ensino médio e não dificultar a entrada no ensino superior”, diz Kamila que vai cursar psicologia em uma instituição de São Paulo.
O Ministério da Educação descarta a possibilidade de abrir mão da exigência defendendo que a mudança foi feita em prol da qualidade do ensino superior e que o diálogo com as entidades é permanente.
O Fies financia de 50% a 100% das mensalidades, dependendo da renda familiar mensal bruta. É destinado a alunos matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos, oferecidos por instituições cadastradas no programa e que tenham obtido resultados positivos nas avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.
Entre as mudanças feitas pelo ministério no Fies estão também a alteração de doze para oito nas parcelas de repasse de recursos para as instituições privadas, e percentual máximo de reajuste para mensalidades no caso de aditamentos de contratos.
Agência Brasil

A fúria de Cid Gomes

Até os aliados mais próximos acreditavam numa retratação de Cid Gomes. O que se viu foi o oposto: o ex-governador não apenas confirmou sua fala da semana anterior, ao dizer que o parlamento abriga “300 ou 400 achacadores”, mas desafiou os deputados do alto da tribuna e apontou para o próprio presidente da casa, Eduardo Cunha, intitulando-o líder desse grupo. Passado o turbilhão dos fatos e o afastamento do ministério, a questão a martelar na cabeça de muita gente é: o que teria motivado Cid Gomes nesse dia de fúria? Nessa altura do campeonato podemos apenas especular. 
Mesmo reconhecendo as dificuldades num ano de múltiplos ajustes, Cid Gomes, um político experiente e articulado, acreditava que seria o titular de um ministério forte – ledo engano. A sua pasta foi a que mais sofreu no processo de cortes, além de investimentos paralisados, alguns programas centrais da área como o Pronatec e o Fies estão enfrentando crise. Se decidisse ficar onde estava o desgaste seria maior. Somado a isso, lembramos que há pouco tempo teve frustrado a sua ideia de criar um novo partido, com o objetivo explicito de minar o poder do PMDB e ampliar a sua própria liderança.
Dessa forma, orientado pelo irmão, Ciro Gomes, a quem já confessou ser o seu conselheiro, o sobralense ousou, descumpriu a ordem da presidente e passou a construir a imagem de um antipolítico, que, ao contrário da maioria, mantém a coerência, não se apega a cargos e tem uma missão maior que seus interesses particulares. Não se trata aqui de discutir a veracidade dessa imagem, mas se questionar onde isso o levará: ao enfrentar publicamente o maior partido do país, Cid Gomes, nesse momento de crise política, pode se tornar uma referência nacional de político moderno e engajado na transformação do sistema político ou ter começado a pavimentar seu ostracismo. A depender diretamente das relações da presidente com o PMDB daqui para frente. 
Cleyton Monte
cleytonvmonte@gmail.com
Doutorando em Sociologia / UFC

Justiça obriga Ibope a abrir 'caixa-preta' da audiência para o SBT

Após 14 anos de disputa judicial, o SBT conseguiu finalmente VENCER o Ibope, e a empresa de pesquisas terá de abrir sua "caixa-preta". A Terceira Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) recusou recurso do Ibope e manteve, em decisão final, sentença de 2003 que obriga o instituto a revelar dados confidenciais de sua metodologia de aferição de audiência, principalmente da chamada "real time", em tempo real. O processo acaba de ser declarado "transitado em julgado", ou seja, não cabem mais recursos. O SBT aguarda apenas o cumprimento da sentença.
A briga começou em 2001. O SBT questionava a medição de audiência minuto a minuto, quando em 12 de agosto daquele ano foi punido pelo Ibope com a suspensão de 24 horas do serviço. Na época, o Ibope argumentou que a emissora havia violado as regras de divulgação dos números. A rede de Silvio Santos sentiu-se lesada e processou o Ibope. Além de questionar a punição, pediu acesso aos dados confidenciais da medição.
Em 2003, o SBT obteve a primeira vitória. O instituto foi condenado pela Justiça paulista a pagar R$ 30 mil por dia para a emissora caso não mostrasse a "forma, a metodologia e os elementos utilizados em todos os mecanismos para pesquisa de audiência e apuração de resultados".
O Ibope recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve a sentença. O instituto, então, apelou ao STJ, em Brasília. Em dezembro, a Terceira Turma, formada por cinco ministros, rejeitou o recurso do Ibope. No dia 19 de fevereiro,o STJ declarou o processo "transitado em julgado", ou seja, não é mais possível recursos.
Enquanto brigava com o Ibope na Justiça, o SBT chegou a OFERECER DINHEIRO a quem revelasse possuir um peoplemeter, aparelho que mede a audiência em tempo real. Em São Paulo, há cerca de 930 aparelhos instalados em sigilo em domicílios escolhidos pelo Ibope. No Brasil, são cerca de 6.000. Com a sentença, o SBT espera agora ter acesso à localização dos peoplemeters para verificar se a amostra do Ibope realmente representa as classes sociais e sua distribuição geográfica.
Ainda na gurerra com o Ibope, em 2004 o SBT financiou a criação de um instituto, o Datanexus, mas cancelou seis meses depois porque os resultados eram os mesmos. Ao lado da Record, Band e RedeTV!, a rede está bancando a instalação no Brasil do instituto alemão GfK, que começa a medir audiência oficialmente em abril.
Segundo o Ibope, a medição de audiência é auditada e segue padrões e normas internacionais para garantir a qualidade do serviço. O instituto proíbe a divulgação de números em tempo real pelas emissoras para não influenciar o público.

Após 30 anos de filiação, senador ameaça sair do PT e diz que 'população se sente enganada'

Filiado há 30 anos no Partido dos Trabalhadores, o senador Paulo Paim (RS) demonstrou descontentamento com a política econômica adotada pelo governo Dilma Rousseff (PT), em entrevista ao site da revista VEJA, e disse estar disposto a deixar a legenda caso não haja negociação sobre as questões que envolvem o pacote de ajuste fiscal elaborado pelo ministérios da Fazenda e Planejamento. Recentemente, Paim apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consultas sobre regras de migração partidária e admitiu que pode se filiar ao PMDB, PDT ou PSB e até mesmo fundar uma nova sigla, caso o governo aprove, no Congresso Nacional, medidas que endurecem as regras para concessão de benefícios trabalhistas. "Eu fiquei constrangido e perplexo com as duas medidas provisórias que tiram direito dos trabalhadores. E essa não é uma reação só minha, é de todas as centrais, de todas as confederações, sindicatos, associações de trabalhadores, que não concordam com o que o governo fez", lamentou o senador. Paim avalia que o governo Dilma deve ficar "em uma situação muito difícil se não buscar uma saída negociada nessas medidas trabalhistas". "Queiramos ou não, a população se sente enganada. Essa população que tanto nos apoiou e que sempre votou no PT se sente enganada", afirmou o petista.

PT e PMDB o fim da união ?

O desgaste na relação entre PMDB e PT no cenário político nacional não promete trégua nos próximos meses. Nem mesmo a futura nomeação do peemedebista Henrique Eduardo Ales (RN), para o ministério do Turismo, deve acalmar os ânimos do partido responsável por várias derrotas do governo Dilma Rousseff, nas últimas semanas. 

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou ao O POVO que a perspectiva para os próximos meses é de distanciamento entre os partidos. “A tendência é que o PMDB se distancie do PT e se aproxime das ruas. Quem criou o problema (crise) foi o governo”, alegou. O peemedebista disparou, ainda, que “se a presidente achar que vai conquistar o PMDB com cargos está equivocada”.

A declaração do senador veio após os institutos de pesquisa Datafolha e CNT indicarem uma forte queda na aprovação de Dilma. Os números indicam o pior momento do PT à frente do governo durante os 12 anos que está no poder.
Líder do governo na Câmara, o deputado federal José Guimarães (PT) avalia, por outro lado, que a chegada de Henrique Alves para o primeiro escalão federal pode ajudar o governo politicamente. “Ajuda a consolidar a base na Câmara. Além disso, ele é um quadro para ajudar o governo”. A indicação do ex-deputado do Rio Grande do Norte tenta apaziguar os ânimos com o presidente Cunha que é próximo a Alves. 
Derrotas
Dilma tem enfrentado dificuldades para aprovar projetos governistas nas duas casas legislativas que têm Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) como presidentes. Medida Provisória (MP) que revê desonerações da folha de pagamento para vários setores da economia, enviada pela presidência ao Senado, foi devolvida pelo presidente Renan alegando falta de diálogo.

Em outro episódio, a Câmara aprovou, em fevereiro, a obrigatoriedade para liberação de recursos para as emendas dos parlamentares. A medida gera um custo para os cofres públicos de R$ 9,69 bilhões por ano.

Tentando evitar uma nova derrota para deputados e senadores, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem realizado reuniões com a base e oposição para contar com o apoio dos parlamentares e aprovar o pacote que reajusta os gastos do governo.
 O POVO

domingo, 29 de março de 2015

Ódio ao PT não se trata de fenômeno recente

O ódio ao PT está vivendo o seu auge, mas, não se trata de fenômeno recente. Nasceu com a fundação do partido e foi se estruturando, ganhando os diversos interstícios da sociedade, organizando-se em discurso, em manifestações claras e abertas, como as que ocorreram no último 15 de março. E quais são as bases desse ódio? Poderia dizer que há raiz histórica e uma raiz mais de superfície, gestada na própria conjuntura em que o PT se fez governo.

Falando das bases históricas desse antipetismo, diria que o partido, no seu nascedouro, encarnava a antítese da maioria dos partidos brasileiros que disputavam o poder. Açambarcava militância advinda das classes trabalhadoras, mas, apoiada pela maioria dos intelectuais de esquerda. Organizava-se em torno de um líder metalúrgico, carismático, que organizou as grandes greves do setor nos anos oitenta.

Nessa fase do PT, havia antipetismo claro, da classe política de centro e de direita, da imprensa conservadora, das classes ricas e das classes assalariadas, que historicamente sempre temeram o comunismo e seus mitos. Em 2003, inicia-se o primeiro governo petista, e, o magistral espetáculo da posse do presidente Lula gera uma curta lua de mel entre o partido, a imprensa e a opinião pública. Logo se inicia o trabalho lento mas sistemático da mídia, no sentido de construção de uma visão negativa do partido, das suas medidas de apoio aos pobres, de revitalização do poder do estado frente aos negócios e serviços essenciais, num claro distanciamento dos governos FHC, responsáveis pela instituição do neoliberalismo no país.

Os governos Lula, se conseguem vitórias surpreendentes no tocante à diminuição da pobreza e mesmo de desenvolvimento do país, o fazem a custo muito alto. Envolvem-se nos escândalos de corrupção, e, perdem bolsões significativos da militância clássica e de simpatizantes. O presidente governa sob ataque cerrado da imprensa conservadora, que vai insuflando nas camadas da sociedade, larvas de ódio novo contra o partido.

Iniciada a primeira fase da era Dilma, a mídia conservadora, colocada no centro das relações com a sociedade, como o grande partido opositor, persiste no plano de insuflar a ira e a desqualificação da gestão petista. O #VemPraRua e o #NãoVaiTerCopa, movimentos apoiados pelo discurso midiático, são exemplos flagrantes dessa guerra comunicativa contra o partido, além da cobertura sistemática do julgamento dos réus do mensalão, combustível para alimentar o ódio contra o PT nas redes sociais.

Sim, estamos vivendo o auge desse processo, e não há como prever quem ganhará esta guerra. Num flagrante descuido com sua comunicação, o PT governa sob ataque cerrado, de uma persistente campanha midiática que vem ganhando adeptos de todas as classes sociais.

Joana Belarmino
joanabelarmino00@gmail.com
Jornalista e professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba

Grupo de Marina vai pedir registro da Rede até o final de abril

A Rede Sustentabilidade, grupo político da ex-senadora Marina Silva, pretende dar até o final de abril o último passo para se transformar oficialmente em um partido político. O comando da futura sigla programou para o próximo mês a entrega das assinaturas que faltam para ter seu registro oficializado pela Justiça Eleitoral.
Pela legislação, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem 30 dias para confirmar a criação da legenda após a solicitação.
Segundo integrantes do grupo, a Rede ainda precisa comprovar a validade de 32 mil assinaturas de um universo de cerca de 500 mil que são exigidas pela Justiça para a formação do partido.
Porta-voz da Rede, Bazileu Margarido, afirmou neste domingo (29) que serão entregues 80 mil assinaturas – uma sobra de 48 mil para evitar contratempos.
Em outubro de 2013, Rede teve o registro de criação do partido negado pelo TSE por não ter obtido reconhecimento do número mínimo de assinaturas para sua constituição. A decisão levou Marina e aliados a migrarem de última hora para o PSB, onde acabou disputando a presidência da República, ficando como terceira colocada.
Marina deve ficar filiada ao PSB até a obtenção do registro da Rede. A ideia é de que o partido já possa disputar as eleições municipais de 2016.
A direção do grupo esteve reunida neste fim de semana, em Brasília, e voltou a descartar que será atingida pela nova lei sancionada, na semana passada, pela presidente Dilma Rousseff que dificulta a criação e fusão de legendas. Pela norma, serão aceitas assinaturas de eleitores que não sejam filiados a um partido.
O porta-voz afirmou que 450 mil assinaturas já foram reconhecidas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e a maior parte das 80 mil do futuro lote que será repassado à Justiça também foi protocolada nos cartórios antes da nova legislação.
“A lei não pode incidir sobre essas assinaturas. A gente pode ter um problema muito pontual que a nosso ver não compromete o processo”, disse Margarido.
O entendimento jurídico da Rede, porém, não é unânime. O especialista em direito eleitoral Alberto Rollo afirma que a tramitação do pedido de registro não é garantia de que a nova lei não afetará o partido de Marina. “Teria que já ter sido concedido o registro”, disse. Para ele, o TSE ainda deve discutir se aplicará ou não a nova lei.
De acordo com o dirigente, a Rede não considera necessário questionar a lei no STF (Supremo Tribunal Federal).
Na Folhapress

Opinião: sou defensor da redução da maioridade penal

Inegavelmente, há no Brasil um clamor social em busca da redução da maioridade penal. As medidas sócio-educativas não estão surtindo efeito para retirar o adolescente do mundo do crime. Apavorada com os índices de violência e de criminalidade, quase 90% da população brasileira é favorável à redução da maioridade de 18 para 16 anos de idade. Ou até mesmo mais abaixo do que isso. Crimes bárbaros estão sendo cometidos por menores e chocando a opinião pública. A mídia a cada dia noticia fatos cada vez mais aterrorizantes na incontrolável e crescente violência urbana.
“Na verdade, o tema é bastante polêmico e deve ser profundamente discutido, porém, não tem a atenção necessária por parte do Poder Legislativo, visto que o índice de reincidência dos menores infratores é assustador e que o tipo de infrações consideradas graves cresce consideravelmente por parte dos adolescentes com mais de 14 anos, e em diversos casos, numa idade bem inferior. Portanto, é notória a necessidade de uma atitude decisiva, ou ao menos amenizadora, para dar resposta à sociedade”, diz Paulo César Ferreira, advogado e presidente da Comissão Criminal da OAB/RN.
“Contrariu sensu”, pelo menos dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes e Marco Aurélio de Mello, são contrários à redução da maioridade penal. Defendem uma aplicação mais efetiva do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) a fim de evitar novas infrações por meio da melhoria das unidades de internação, ação que resultaria na efetivação do processo de ressocialização.

Sou defensor da redução. E justifico. Afinal, esqueçamos os discursos!
Com a polêmica estabelecida, a desinformação e a incompetência imperam na desinformação para a sociedade. Até agora não se viu um defensor da redução da maioridade penal reportar-se ao fato de que no Brasil já tivemos maioridade penal aos 09 anos de idade. Isso mesmo, aos 09 anos de idade!

Com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, o tempo exigiu uma nova legislação penal. E em 1890, o Brasil passou a ter o seu primeiro Código Penal Republicano, que disciplinou a inimputabilidade absoluta aos 09 anos completos, sendo que aqueles acima desta idade e menores de 14 anos estariam submetidos a analise do discernimento, ou seja, existia a verificação da aptidão para se chegar à conclusão se o menor tinha ou não a capacidade de distinguir o bem do mal.

A primeira legislação penal brasileira foi o Código Criminal do Império, que adotou a imputabilidade penal aos 14 anos. Nos casos em que o agente infrator não possuísse discernimento do ato criminoso, o limite não excedia o máximo de 16 anos de idade. É, portanto, a história a nos ensinar que devemos mudar de postura.

Em 1921, com a edição da Lei n. 4.242/21, iniciou-se uma verdadeira “anarquia” na legislação brasileira na questão da inimputabilidade penal, que autorizou o governo a criar um serviço de assistência ao menor desviante. Ou seja, o menor de 14 anos autor ou cúmplice de crime ou contravenção não se submetia a processo-crime, mas a processo especial. Cinco anos depois, em 1926, editou-se o Código de Menores, impondo ao menor de 14 anos internação em casa de educação ou preservação, ou ainda com a possibilidade de submeter-se à tutela de alguém idôneo até os 21 anos de idade.

Com a evolução da sociedade, no qual se insere a capacidade de discernimento das pessoas, sobretudo de crianças e adolescentes, com o desenvolvimento sócio-econômico do país, nosso parlamento ao invés de progredir na reedição de leis avançadas, fez foi regredir, quando em 1940 aprovou o atual Código Penal elevando a maioridade do brasileiro para 18 anos, tornando-o inimputável e sujeito às normas estabelecidas em legislação especial.

E pasmem! Para a justificativa dessa norma no vigente Código Penal adotou-se o sistema biológico para a responsabilização criminal do infrator. Implica isso dizer que, as crianças e adolescentes antes de 1921 e 1926 eram mais inteligentes e desenvolvidas intelectualmente do que as nascidas e criadas de 1940 até os dias atuais. Um contrasenso, claro!
Em toda a história de política criminal no Brasil o “discurso da prevenção ao crime” foi sempre considerado fajuto, demagogo. No campo do controle social, nada funciona na prática no sentido da reeducação do menor infrator. Basta se buscar na história que desde 1926 - quando foi editado o primeiro Código de Menores - que o país vive e convive com essa polêmica e que tem somente se agravado a cada ano na busca da ressocialização do preso, menor ou não, tudo porque o sistema penal brasileiro não cumpre sua tarefa, não faz sua parte.

No Império, em 1888, por exemplo, antes da República, portanto, a maioridade começava aos 09 anos. No início da República, aos 14 anos. Na época, os adolescentes somente adquiriam a capacidade de discernimento acima dessas idades. Em 1940, no entanto, os menores de 18 anos de idade ficaram penalmente inimputáveis porque o atual Código Penal presume que as pessoas, antes dessa idade, ainda não atingiram a plena capacidade de entendimento e autodeterminação. Ora, ao invés de progredir-se, regrediu-se! A lei passou a estabelecer para os adolescentes infratores medidas sócio-educativas.
Hoje, os menores são capazes de se organizar e cometer os mais diversos crimes bárbaros e cruéis, ao ponto de chocar toda uma nação. E o mundo, em muitos casos! Portanto, devem ser plenamente aptos a responder por seus atos. “Tendo o agente ciência de sua impunidade, está dando justo motivo à imperiosa mudança na idade limite da imputabilidade penal, que deve efetivamente começar aos dezesseis anos, inclusive, devido à precocidade da consciência delitual resultante dos acelerados processos de comunicação que caracterizam nosso tempo”, advoga Miguel Reale.

A grande maioria dos juristas entende que o menor, hoje, aos 16 anos, tem capacidade e discernimento para votar, amancipar-se, quando for o caso, e praticar outros atos da vida civil, entendendo-se, pois, que não é mais possível sustentar o argumento de maturidade como critério cronológico para a não redução da maioridade penal. “As leis brasileiras “in casu” são falhas e ultrapassadas. Hoje, os menores de 18 anos têm o mesmo grau de consciência de qualquer adulto, pois qualquer pessoa que comete crimes com requintes de crueldade, seja menor ou maior, sabe muito bem o que está fazendo e, portanto, merece punição a altura”, argumenta o ex-deputado federal José Luiz Clerot.

Hoje, como se sabe, a maioridade penal é fixada aos 18 anos. No entanto, ressalta Francisco de Assis Toledo, em sua obra “Princípios Básicos de Direito Penal”, nada indica que essa idade seja um marco preciso no advento da capacidade de compreensão do injusto e de autodeterminação. É, entretanto, um limite razoável de tolerância recomendado pelo Seminário Europeu de Assistência Social das Nações Unidas, de 1949, em Paris, tanto que podemos afirmar ser o limite de 18 anos praticamente regra internacional, sendo adotado pela maioria dos países, ou com pequenas variações para mais ou para menos.

por Miguel Dias Pinheiro, advogado

Início de "Babilônia" é pior resultado da Globo em 50 anos

Espera-se que "Babilônia" se recupere, mas uma comparação de audiência consolidada entre seus 10 primeiros capítulos e todas as novelas anteriores não deixa dúvidas: a atual novela das 21h da Globo vai registrando o pior desempenho desde a inauguração da emissora --embora lidere com folga o ibope em São Paulo e no país, é bom lembrar.
Do capitulo 1 ao 10 "Babilônia" tem 42,5% de share (participação nas TVs ligadas) e 27,7 pontos de média (e isso pode ainda cair mais um pouquinho, pois no último sábado marcou só 25 pontos no ibope prévio).
Cada ponto vale por 67 mil residências sintonizadas, cada uma com, em média, três pessoas diante da TV, na Grande São Paulo.
"Império", antecessora de "Babilônia", até então era dona do título de pior começo, com 49,8% de participação e 31,5 pontos no mesmo período (veja abaixo).
A novela de Aguinaldo Silva, porém, acabou tendo alguma recuperação e terminou, na média geral, não como a pior novela, mas a "vice-pior" de todos os tempos na emissora, nessa faixa.
Espera-se agora o mesmo para "Babilônia", de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga.
Veja a seguir como foi o resultado da atual e das últimas seis novelas do horário nobre:
Babilônia: 27,7 pontos (42,5%)
Império: 31,5 pontos (49,8%)
Em Família: 32,2 pontos (52,2%)
Amor à Vida: 34,5 (54,9%)
Salve Jorge: 32,2 pontos (53,3%)
Avenida Brasil: 35,5 pontos (58,4%)
Fina Estampa: 37,8 pontos  (57,4%) 

BOL

"Sem educar não se avança", diz novo ministro da Educação

Novo ministro da Educação, o filósofo Renato Janine Ribeiro usou sua página em uma rede social para comentar a nomeação, anunciada anteontem, dia 27, pelo Planalto. "Por enquanto, agradeço a todos! E espero que a educação constitua um destes pontos que permitam unir o País, gente de um lado ou de outro mas que sabe que sem educar não se avança." Ribeiro, que é professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP), disse que recebeu o convite em uma ligação do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que o chamou para Brasília discutir o cargo. "Aceitei. Cancelei alguns compromissos - um deles seria participar da performance, longa mas que deve ser fascinante, da Marina Abramovic no Sesc. Fui recebido por ele e pela presidenta, com quem tive longa conversa", escreveu em seu Facebook. Além de ter 45 anos de carreira na USP, Ribeiro já foi diretor de avaliação da Capes, órgão responsável pela pós-graduação no País. À frente do ministério, ele terá como principal desafio a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), segundo especialistas ouvidos pelo Estado. O plano foi sancionado no ano passado e impõe metas que devem ser atingidas até 2024. Outro desafio é a diminuição orçamentária na pasta, que já tem causado reclamações de instituições privadas, que reclamam de atrasos nos repasses para o financiamento estudantil (Fies) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Empreg (Pronatec). O senador Cristóvão Buarque, ex-ministro da Educação, em rede social, é da mesma opinião. "Trata-se de um dos melhores filósofos do Brasil, e mostra que a presidente Dilma não colocou outra vez o MEC entre as pastas sujeitas a negociações partidárias nem se submeteu às exigências das corporações universitárias." A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, classificou a nomeação como "altamente técnica". Para ela, o novo ministro deve ficar perto da presidente, mas com autonomia. "A principal pauta é a regulamentação do PNE. Ele vai precisar transitar bem no Legislativo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Região Nordeste deve ser mais afetada por cortes orçamentários do governo, diz jornal

A região Nordeste do Brasil deve ser a mais afetada pelos cortes e redução de investimentos realizados pelo governo federal neste ano, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Após o período de expansão em empregos, renda e programas sociais nos governos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2010, projetos de desenvolvimento anunciados nos últimos anos para a região apresentam desaceleração. De acordo com a publicação, no Pólo Industrial de Camaçari, na Bahia, não há nenhum novo projeto em vista. A fábrica de carros da JAC Motores, que teve pedra fundamental lançada em 2012, na cidade baiana, não dá sinais de progresso. Em seis meses, o estaleiro Enseada Paraguaçu, no recôncavo baiano, fruto de uma sociedade entre Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki anunciou mais de cinco mil cortes de empregados. A reportagem também des7 taca o andamento de obras de infraestrutura como a transposição do rio São Francisco e a ferrovia Oeste-Leste (Fiol). No período de doze meses, o saldo líquido de empregos formais na região Nordeste apresentou queda de cerca de R$ 30 milhões. Enquanto a inflação, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, registrou uma alta de 12% na região. Pesquisa Datafolha divulgada no dia 18 de março apontou que 68% dos nordestinos esperam tem visão pessimista sobre o ano de 2015.

Padre é afastado do sacerdócio após aparecer nu em fotos divulgadas no WhastApp

A Diocese de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, informou nesta sábado (28) o afastamento de um padre que teve fotos em que aparece nu divulgadas no WhastApp, aplicativo de troca de mensagens pela internet. De acordo com os bispos responsáveis pela Igreja local, as fotos teriam sido divulgadas por uma mulher que declarou ter se relacionado com o padre de 40 anos pelo menos três vezes através de redes sociais. "Estamos investigando a gravidade do assunto, mas apenas o ato dele ter tirado a foto já é matéria contra o mandamento da Igreja Católica, constitui crime e exige punição", afirmou o Bispado de Campos dos Goytacazes. Segundo o site G1, os moradores da cidade de Miracema, no Noroeste do Rio de Janeiro, ficaram "chocados" com as fotos, que começaram a circular na última semana.

Conheça a montanha russa mais rápida e maior do mundo

O parque de diversões Carowinds, localizado no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, inaugurou neste sábado (28) a montanha-russa mais alta e rápida do mundo. Batizada como Fury 325, o brinquedo alcança uma velocidade de até 150 quilômetros por hora, tem vagões com capacidade para 32 pessoas e um percurso de quase dois quilômetros que simula "o voo espontâneo de uma vespa". No brinquedo, os passageiros chegam a uma altura de 98 metros, que equivale a um prédio de 30 andares, e fazem o trajeto em 3 minutos e 25 segundos. "Estamos fazendo história hoje e dando mais uma razão de orgulho aos moradores das Carolinas", disse o vice-presidente e gerente geral do parque, Mike Fehnel. A construção da nova atração do parque custou 50 milhões de dólares e, de acordo com o parque, pelo menos 50 pessoas trabalharam no projeto da Fury 325.

sábado, 21 de março de 2015

Marta Suplicy confirma saída do PT e ida para o PSB

Em sua festa de aniversário de 70 anos, na noite desta sexta-feira, 20, em São Paulo, a senadora paulista Marta Suplicy, ex-prefeita da capital, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que vai deixar o PT e se filiar ao PSB. Indagada sobre a data do anúncio oficial da mudança, ela respondeu: "Vai ser no momento que eles (do PSB) acharem que tem de ser". Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, já está tudo certo na legenda para receber Marta e a filiação deve ocorrer o mais rápido possível. "Pra gente, quando antes, melhor." A disposição do PSB de lançar Marta à Prefeitura de São Paulo no ano que vem foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo no início de março. A cúpula de seu futuro partido se destacou na lista de convidados da festa. Em contrapartida, o senador Delcídio Amaral (MS) foi o único filiado ao PT a aparecer no evento, no salão de festas do prédio onde vive o namorado de Marta, Márcio Toledo, nos Jardins, zona sul da capital paulista. Além de Siqueira, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o senador Fernando Bezerra (PE) e o presidente do diretório paulistano, vereador Eliseu Gabriel, foram convidados. Do PMDB estavam presentes o vice-presidente da República, Michel Temer, com a mulher, Marcela, o ex-senador José Sarney e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Também foram ao aniversário o ex-ministro e atualmente advogado de empreiteiras envolvidas na Lava Jato Nelson Jobim, o ministro do Supremo Gilmar Mendes, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e a senadora do PP gaúcho Ana Amélia. Quem estava bem à vontade era o cabeleireiro Celso Kamura, que atende tanto Marta quanto a presidente Dilma Rousseff. Aliás, foi apresentado a Dilma por Marta. Da oposição compareceram Roberto Freire e Soninha Francine, do PPS, e o deputado Rodrigo Garcia, do DEM, atual secretário de Habitação do Estado. Aguardado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não apareceu, mas o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Arnaldo Jardim, marcou presença. O PSDB foi representado pelo ex-presidente do partido em São Paulo José Henrique Reis Lobo. O prefeito da capital, Fernando Haddad, do PT, não foi convidado para a festa.



Papa Francisco pede para almoçar com prisioneiros gays, transexuais e portadores de HIV

O papa Francisco pediu para almoçar neste sábado (21) com 90 prisioneiros de uma cadeia próxima a Nápoles, na Itália. Entre os presos estão gays, transexuais e portadores de HIV. O encontro não estava no cronograna operado por bispos italianos, segundo informações da Época, mas o líder católico fez esse pedido especial e abriu espaço na agenda. A atitude é semelhante àquela que ele tomou semanas depois de ser escolido papa, quando lavou os pés de muçulmanos e mulheres encarceirados. 

Petrobras bate recordes em produção no pré-sal com 555 mil barris por dia em fevereiro

A produção da Petrobras na camada pré-sal das bacias de Santos e Campos bateu novos recordes em fevereiro. No dia 26, foram produzidos para a estatal 555 mil barris por dia (bpd) e a produção operada, que inclui a parcela operada para empresas parceiras, chegou a 737 mil bpd. A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras, no mesmo mês, por outro lado, caiu 1,5% e registrou 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) - em janeiro, o patamar registrado foi 2,845 milhões. A redução nos volumes produzidos deveu-se, principalmente, às paradas programadas para manutenção das plataformas P-19, no campo de Marlim, e P-58, no Parque das Baleias, ambas na Bacia de Campos; e do FPSO Cidade de Angra dos Reis, no campo de Lula, em Santos. Do total registrado em fevereiro, 2,612 milhões boed foram produzidos no Brasil e 189 mil boed, no exterior.

Sistema do Fies registra mais de 196 mil novos contratos; MEC vai garantir todas as renovações

O Sistema do Fundo de Financiamento Estudantil (SisFies) registrou mais de 196 mil solicitações de novos contratos no primeiro balanço de adesões, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). Estes estudantes estão com as vagas reservadas e devem agora validar as informações nas instituições de ensino e contratar o financiamento com os bancos. O ministro interino, Luiz Cláudio Costa, observa que o número de contratos é alto quando comparado à oferta dos demais processos seletivos da pasta no primeiro semestre: 205 mil vagas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e 213 mil bolsas no Programa Universidade para Todos (ProUni). De acordo com o MEC, não há um número limite de novas vagas, mas um limite financeiro para contratações e por isso estão sendo priorizados nas novas adesões cursos com nota 5 - que serão totalmente atendidos. Para os financiamentos de graduações com notas 3 e 4, serão considerados alguns aspectos regionais, com prioridade para localidades e cursos que foram historicamente menos atendidos. A partir de 30 de março, entram em vigor as novas regras do Fies, que terão como critério para obter financiamento a pontuação mínima de 450 pontos na média das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não ter tirado zero na redação. Atualmente não há exigência de nota mínima. O prazo para solicitar novos financiamentos e renovar contratos vai até 30 de abril. Além dos novos contratos, o MEC diz que vai garantir todas as renovações do Fies, conforme publicado pela Agência Brasil. A maior parte dos cerca de 1,9 milhão de contratos existentes já fez o aditamento (que inclui etapas na universidade, no sistema online e no banco), mas ainda há 228.154 contratantes que estão na primeira fase do processo. Nesta semana, o SisFies passou a aceitar os cadastros dos reajustes das mensalidades nas instituições acima de 6,4% para as renovações e passou por melhorias.

População mundial deverá enfrentar déficit de 40% no abastecimento de água

A população mundial deverá enfrentar um déficit de 40% no abastecimento de água até 2030, caso não tome medidas drásticas para melhorar a gestão do recurso natural. Essa é a conclusão do Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água 2015 das Nações Unidas, Água para um Mundo Sustentável, lançado na última sexta-feira (20), em Nova Délhi, na Índia, pela Unesco. O relatório, que faz parte das ações atreladas ao Dia Mundial da Água, comemorado domingo, aponta medidas para que a comunidade internacional elabore um novo programa de desenvolvimento. Segundo o relatório, 748 milhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a água potável. Por outro lado, a água nunca foi tão consumida. Até 2050, a agricultura, área que consome mais água, deverá produzir 60% mais alimentos do que hoje. O estudo destaca ainda que a demanda por bens manufaturados vai aumentar, pressionando ainda mais os recursos hídricos. A estimativa é de que, até 2050, a demanda mundial de água pela indústria tenha um aumento de 400%. O estudo chama a atenção para o grande volume de água usado para geração de energia e destaca a necessidade de estímulos a fontes renováveis, como subsídios para as fontes eólica e solar. O objetivo do relatório é estabelecer metas sobre temas como governança e qualidade da água, gestão de águas residuais e prevenção de desastres naturais. O relatório da Unesco destaca as iniciativas de um programa batizado de Rio Rural, realizado no norte do Estado fluminense. O programa, que até 2018 receberá recursos do Banco Mundial, é voltado para a produção agrícola na região. "Em partes do norte do Estado do Rio, políticas rurais do passado priorizaram a monocultura do café e da cana-de-açúcar, além da pecuária. O desmatamento e a exploração não sustentável resultaram em degradação do solo e em esgotamento dos recursos hídricos", informa o relatório. O documento também destaca que, desde 2006, o programa Rio Rural trabalha para reverter a situação, com suporte para que pequenos agricultores adotem sistemas produtivos ecológicos.



Papa Francisco diz que pena de morte é fracasso do Estado de Direito

O papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (20) que "a pena de morte é o fracasso do Estado de Direito", em uma carta que entregou ao presidente da Comissão Internacional contra a Pena de Morte, durante audiência no Vaticano. Francisco, que se reuniu com Federico Mayor Zaragoza e uma delegação da comissão, agradeceu no documento "o compromisso por um mundo livre da pena de morte e pela contribuição para o estabelecimento de uma moratória universal das execuções, tendo em vista a abolição da pena capital". Na carta, o papa afirma que para o Estado de Direito "a pena de morte representa um fracasso, porque obriga a matar em nome da justiça" e porque "nunca haverá justiça com a morte de um ser humano". Francisco lembrou que "a pena de morte perde toda a legitimidade devido à seletividade do sistema penal e perante a possibilidade do erro judicial". A pena capital é "um recurso frequente de regimes totalitários e grupos de fanáticos, usado para o extermínio de dissidentes políticos, de minorias e de qualquer pessoa considerada perigosa, ou que possa ser percebida como ameaça ao poder ou à consecução dos seus fins", destacou.

Estado Islâmico reivindica ataque que matou pelo menos 142 pessoas no Iêmen

Quatro homens-bomba detonaram explosivos dentro e fora de duas mesquitas na cidade de Sanaa, capital do Iêmen, durante esta sexta-feira (20). De acordo com O Globo, o ataque matou pelo menos 142 pessoas e deixou outras 350 feridas. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ato através do Twitter. A ação aconteceu por volta do meio-dia, durante orações nas mesquitas xiitas de al-Badr e al-Hashahush. Segundo a Casa Branca, ainda não há indícios de que o EI tenha sido responsável pelo ataque. "Estamos investigando a mensagem assumindo a autoria pelo braço iemenita do Estado Islâmico. Os EUA estão tentando descobrir se o grupo tem uma estrutura que o permita coordenar este ataque. O EI agride por propaganda, mas todos os países da região estão ameaçados pelo grupo", diz nota do governo americano. 

Força-tarefa do Ministério Público estuda punição a partidos políticos envolvidos na Lava Jato

A força-tarefa do Ministério Público que atua na Operação Lava Jato estuda a possibilidade de punir partidos políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. Até o momento, os partidos com maior envolvimento no esquema de desvio na estatal são PP, PMDB e PT, segundo o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, delatores da Lava Jato. "Se há algum partido que se vale de recursos não contabilizados de caixa 2, além das sanções eventualmente atribuídas aos candidatos, há que se prever também um mecanismo de responsabilização das próprias agremiações partidárias", defendeu o subprocurador-geral da República, Nicolao Dino. De acordo com informações da Istoé, a proposta do MP, que será enviada como anteprojeto de lei ao Congresso Nacional, é que partidos possam ser responsabilizados com multa ou até cancelamento do registro - esta última nos casos de condutas de responsabilidade do diretório nacional. A proposta determina que os partidos sejam multados com valor entre 10% e 40% dos repasses do fundo partidário relativos ao exercício no qual ocorreu o crime, mas os repasses também podem ser suspensos. A responsabilização dos partidos, pela proposta do MPF, é objetiva, ou seja, não depende da comprovação de culpa na irregularidade.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Xuxa teria sido a pivô para a saída de Ivete Sangalo da Globo

A cantora Ivete Sangalo será substituída por Sandy como jurada do reality show Superstar, da Globo. No entanto, de acordo com o site Notícias da TV, a rescisão do contrato não foi amigável. De acordo com a publicação, a baiana teria se desentendido com a emissora por causa da amizade com Xuxa Meneghel.

Quando a apresentadora deixou a Globo pela Record, a nova casa de Xuxa exibiu um vídeo em que Ivete a parabeniza pela contratação. O vídeo foi exibido pelo Domingo Espetacular e, nele, a cantora diz que a Record é "uma casa querida". "Alô, Record, que sorte, agora vocês têm a loira mais amada do Brasil", disse. Apesar da saída da Globo, Ivete continua no comando do programa Superbonita, no canal pago GNT.


Bancada evangélica do Congresso Nacional propõe boicote a novela Babilônia

Uma nota assinada pelo deputado federal João Campos (PSDB-GO) e apoiada pela Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional repudia o beijo gay exibido na novela Babilônia, da TV Globo, e propõe um boicote a narrativa escrita por Gilberto Braga. De acordo com o Terra, o texto foi divulgado nesta quinta-feira (19) e classifica o beijo protagonizado pelas atrizes Fernanda Montenegro e Nathália Timberg como um dos "estupros morais impostos pela mídia liberal" exibidos pela novela. Campos é pastor evangélico e também foi o autor do projeto conhecido como 'cura gay', que já foi arquivado. “Assim como outras anteriormente exibidas pela Rede Globo, Babilônia tem a clara intenção de afrontar os cristãos em suas convicções e princípios, querendo trazer, de forma impositiva, para quase toda a sociedade brasileira, o modismo denominado por eles de ‘outra forma de amar’, contrariando nossos costumes, usos e tradições", afirma a nota, destacando que as atrizes tem 85 anos e um “reconhecido talento e conceito artístico”.

A língua e o Dedo de Cid Gomes o derrubaram

O dia de ontem foi histórico na Câmara dos Deputados em vários aspectos. Não tenho conhecimento de que, na história do Poder Legislativo, uma autoridade do Poder Executivo já tenha se referido daquela forma aos parlamentares. O ex-ministro Cid Gomes (Pros) foi corajoso, certamente. A fala tornou sua situação política insustentável. Por isso, fato também inusitado, quando abandonou o plenário já era ex-ministro de fato. Cruzou a rua e foi ao Palácio do Planalto para formalizar o inevitável.


Cid abandonou a sessão para a qual havia sido convocado - coisa que já era inédita em mais de duas décadas - depois de ser chamado de palhaço pelo deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ). Exigiu respeito, teve a palavra cortada e ainda foi repreendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): “Vossa excelência nem parlamentar é pra interferir dessa forma”, disse o peemedebista. Era demais para quem, como governador, nunca teve problema real com o Legislativo. A insatisfação dos parlamentares derrubou, de forma quase imediata, um dos mais importantes ministros do governo. Também não é algo que se possa considerar rotineiro na política.


Foi por uma trapalhada verbal que o ex-governador cearense se tornou um dos ministros de mais efêmera passagem da história do Poder Executivo no Brasil. Não que tenha dito algum absurdo. É senso comum o clientelismo, o fisiologismo, o patrimonialismo, o jogo de interesses e chantagem que compõe as relações políticas. Quando governador, Cid teve alguns entreveros com sua bancada federal. Sabe do que está falando. O problema foi ter ficado nesse senso comum.


Pela posição que ocupava até ontem, Cid precisaria ir além, ser mais profundo e específico. Não apenas generalizou – o que já seria ruim. Na sua contabilidade de “300 a 400”, colocou na maioria do Congresso Nacional a pecha de “achacadores”. Não deixou margem para dúvida de que, em sua opinião, são eles que comandam o Poder Legislativo brasileiro. E sobretudo na base aliada do governo do qual fazia parte.


E teve razão na cobrança o líder peemedebista Leonardo Picciani (RJ): a fala de Cid foi sem consistência e sem dar nomes. Os deputados se mostraram chocados, mas sabem que o ministro não fala de algo irreal, absurdo. Para ser dito, entretanto, precisa ser provado. E precisa ser nominado. Sem isso, é apenas desaforo.


CID FICOU SEM MARGEM PARA RECUO

Cid argumentou que não falou a frase em público. Mas é o cruel ônus do mundo de hoje: tudo se grava, tudo é difundido. Uma vez que sua manifestação foi divulgada, ele tomou a única atitude que caberia: admitiu o que disse. A partir daí, poderia ter recuado, pedido desculpas. Fez isso com meias palavras. Pediu perdão àqueles em quem não cabia a carapuça. Assim, manteve o ataque a outros tantos. Foi corajoso, mas inviabilizou a permanência.

O ex-governador procurou demonstrar respeito pelo Legislativo. Mas completou: “O que não quer dizer que concorde com a postura de alguns, de vários, de muitos”. E disse haver oportunismo. Apontou para o presidente Eduardo Cunha e nele personificou a crítica de achacador. Àquela altura, com dedo em riste, devia se saber ex-ministro. Ao falar dos membros da base aliada que pressionam o governo, exortou: “Larguem o osso. Saiam do governo. Vão para a oposição”. E mais: cobrou à Câmara que investigasse quem custeou as despesas da comitiva de deputados médicos que foi a São Paulo na semana passada, para conferir se ele estava mesmo doente e impossibilitado de comparecer.


Os deputados já estavam furiosos e ficaram ainda mais, como seria previsível. Líderes de PMDB, DEM, Solidariedade, PSC, o líder da oposição e outros mais cobraram a saída imediata dele do ministério.


Foi constrangedor o silêncio da base aliada. Afora Domingos Neto, cearense e líder do Pros, ninguém partiu em sua defesa. A própria oposição cobrou do líder do PT que se posicionasse em defesa do ministro. Ao falar depois que Cid já se retirara, o líder governista José Guimarães (PT) informou que o ex-governador havia ido ao Palácio do Planalto se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT). E disse que não podia analisar qual era o cenário.

Os governistas não tinham argumentos para defender Cid. E, se tivessem, não seria inteligente fazê-lo, diante da fragilidade da base aliada e da crise política.


O FUTURO DE CID

Perante a opinião pública, Cid Gomes não se saiu mal. Falou o que muita gente pensa. Diante dos parlamentares, quem se pretendia o articulador de um novo grande bloco para dar sustentação à base aliada sai com as pontes queimadas, implodidas, destruídas. No Ceará, segue um líder político de primeira grandeza, embora seja o caso de se observar qual será a posição da bancada federal. Um bom punhado dos deputados cearenses querem lhe ver pelas costas.

Para o futuro, Cid mantém a força estadual. Perde, porém, o espaço que lhe daria projeção nacional. Fica sem visibilidade. Provavelmente, irá para os Estados Unidos, conforme era seu plano. Mas, certamente, voltará. Talvez para 2018.



Até lá, deverá enfrentar os processos que Eduardo Cunha anunciou que irá mover, tanto como pessoa física quanto em nome da Câmara.


O presidente da Câmara que, aliás, já apresentou queixa-crime contra o irmão de Cid, Ciro Gomes, por ter sido chamado, anos atrás de “relator dos trambiques que se fazem nas medidas provisórias”.

Erico Firmo/O Povo

Lula x Mercadante, a luta!

Tem digitais do ex-presidente Lula a gritaria da base governista para que a presidente Dilma demita o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que coordena a interlocução com o Legislativo. Parte do PT – os Lulistas – e todo o PMDB querem a vaga por dois motivos. Primeiro, porque a articulação com Mercadante e Pepe Vargas (Relações Institucionais) está um desastre. E segundo porque interessa ao próprio Lula neutralizar Mercadante, um potencial candidato a presidente em 2018, quando Lula tentará voltar.


Todo-poderoso
No jantar que teve com a presidente Dilma no Alvorada, Lula deixou entrelinhas que Mercadante é uma ameaça imediata a ela própria. Com muito poder concentrado.


Barba x Bigode
Lula e Mercadante já não se tratam mais como antes há meses. Quando o ex-presidente percebeu as iniciativas do ministro para concentrar poder e o projeto 2018.

Blog Esplanada



E o dólar sobe...

O dólar comercial fechou em alta de 2,56%, a R$ 3,297 na venda nesta quinta-feira (19), maior valor desde 1º de abril de 2003, quando valia R$ 3,304. Com isso, a moeda interrompeu uma sequência de três quedas seguidas. De acordo com a Exame, a valorização do dólar acompanhou a tendência do mundo todo, mas, no Brasil, pesaram também as tensões políticas. O avanço se intensificou depois que a presidente Dilma Rousseff (PT) informou que não vai fazer uma reforma ministerial em seu governo. O operador de câmbio de um importante banco nacional disse à agência de notícias Reuters que a declaração frustrou a expectativa dos investidores, que era a de que mudanças no Executivo poderiam atenuar a rebeldia no Congresso.

Facebook vai permitir transferências financeiras entre usuários

A partir dos próximos meses, o Facebook vai permitir que seus usuários não só troquem mensagens através do aplicativo Mensager, mas também transfiram dinheiro entre eles. O novo serviço vai chegar primeiro nos Estados Unidos e só depois deve estar a disposição de outros países. Segundo o site da revista Exame, em cada conversa particular haverá um símbolo de cifrão e a partir dele serão feitas as transferências. Cada usuário poderá definir uma senha específica para usar o serviço. Ainda de acordo com a Exame, por enquanto ele não funciona com cartões de crédito e PayPal. Para enviar e receber dinheiro, as pessoas vão precisar informar o número do cartão de débito e a compensação acontecerá em até três dias úteis.

Zavascki promete analisar pedido de investigação contra Dilma apresentado pela oposição

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, garantiu ao líderes da oposição na Câmara dos Deputados Arthur Maia (SD), Rubens Bueno (PPS), Bruno Araújo (Minoria), Mendonça Filho (DEM) e Carlos Sampaio (PSDB) que irá analisar com celeridade o pedido de investigação da presidente Dilma Rousseff (PT). O pedido foi apresentado pelos partidos em reunião na noite da última quarta-feira (18), um dia após Zavascki negar o pedido de investigação da presdente Dilma, protocolado pelo PPS na última sexta-feira (13). O ministro disse que irá encaminhar o caso para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifeste. "Ao interpretar o artigo 86 da Constituição, entendemos que a chefe do Executivo não pode ser responsabilizada por atos alheios ao seu mandato, mas pode ser investigada. Mesmo porque, se formos esperar terminar o mandato para se iniciar a investigação, certamente estarão perdidas as provas e a investigação ficará totalmente prejudicada. Nossa interpretação é que, de fato, ela deva ser investigada agora", declarou Arthur Maia.

Líder do governo indica vice-governadora do CE para substituir Cid

O líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), sugeriu à presidente Dilma Rousseff o nome da atual vice-governadora do Ceará, Izolda Cela (Pros), para substituir Cid Gomes (Pros) no Ministério da Educação (MEC). De acordo com o parlamentar, Izolda é um "grande quadro" pois tem "história e legado" na área da educação. Ligada a Cid, Izolda foi secretária da Educação quando o ex-ministro governou o Ceará e é responsável pela implantação do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), criado em 2007. Bastante elogiado pelo governo federal, o programa serviu de inspiração para a presidente Dilma criar, em 2012, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). "O governo está avaliando, mas evidentemente o Ceará tem sugestões, e Izolda é um dos nomes que apresentei", afirmou Guimarães ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O nome da atual vice-governadora chegou a ser cotado para assumir o MEC durante a reforma ministerial do ano passado. Na época, Cid declarava que pretendia trabalhar no Banco Mundial, nos Estados Unidos, após deixar o governo cearense.Fontes afirmam que Cid já teria apresentado o nome da correligionária durante a conversa nesta quarta-feira (18) com Dilma na qual pediu demissão. A assessoria do ex-ministro, contudo, nega a informação. Izolda é de extrema confiança de Cid e foi colocada na chapa para concorrer a vice na chapa do governador Camilo Santana (PT) por articulação do próprio ex-ministro. Essa ligação com Cid pode gerar resistência ao nome de Izolda entre partidos da base aliada, como o PMDB - o líder da legenda no Senado, Eunício Oliveira, é adversário político do ex-ministro no Ceará. "Quem indica e demite ministro é a presidente, não é nenhum partido", ameniza Guimarães.



quarta-feira, 18 de março de 2015

Lula convoca grande reunião com a cúpula do PT

A pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT convocou, nesta quarta-feira (18), seus dirigentes para uma grande reunião em São Paulo.

Além da cúpula do partido, os presidentes estaduais foram chamados para o encontro, que acontecerá no dia 30 num hotel da capital.

O objetivo, diz o email de convocação, é "discutir as tarefas do PT na atual situação política". "A reunião também será para preparar o partido para atuar na agenda de mobilização dos movimentos populares em defesa da democracia e das conquistas sociais nos governos de Lula e Dilma", diz.

Leia a convocação:

*

Aos
Membros da Comissão Executiva Nacional
Presidentes de Diretórios Estaduais do PT

Companheiras e companheiros,

Dia 30 de março realizaremos uma reunião com a presença do ex-presidente Lula, cujo objetivo é fazer uma discussão das tarefas do PT na atual situação política. A reunião também será para preparar o partido para atuar na agenda de mobilização dos movimentos populares em defesa da democracia e das conquistas sociais nos governos de Lula e Dilma. É fundamental que os presidentes (as) estaduais reúnam-se antes com as direções estaduais.


Após atuação de Cid Gomes na Câmara e demissão, Dilma diz que ‘não esperava isso’

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse que “não esperava” que o agora ex-ministro da Educação, Cid Gomes, fizesse “isso” –  em referência à discussão acalorada na Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (18). “Não precisava ter sido assim”, afirmou a mandatária, de acordo coluna Radar Online, da Veja. A conversa confessional de Dilma aconteceu no Palácio do Planalto, onde ela recebeu Cid.

País fecha 2.415 vagas de emprego em fevereiro

O país fechou 2.415 vagas de emprego em fevereiro deste ano, pela série sem ajuste sazonal, resultado bem pior que a geração de 260.823 em igual mês do ano passado, mas melhor que a eliminação de 81.774 postos em janeiro de 2015. O dado do mês passado é o pior para meses de fevereiro desde 1999, quando foram fechados 78 mil postos. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quarta-feira, 18, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo negativo ficou dentro do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de fechamento de 23.500 vagas a abertura de 118.500 postos de emprego, e abaixo da mediana, positiva em 30.000. O setor de serviços foi o responsável pela maior geração de vagas formais de trabalho em fevereiro, com um saldo positivo de 52.261 postos, segundo dados do Caged. A indústria de transformação gerou 2.001 vagas no mês passado. O comércio puxou o saldo para baixo com o fechamento de 30.354 postos em fevereiro. No mês, a construção civil fechou 25.823. A agricultura, por sua vez, extinguiu 9.471 postos no mês.

Após demissão, Cid Gomes admite que criou "dificuldades"

 Ao explicar seu pedido de demissão, o ministro da Educação, Cid Gomes, disse que sua postura na Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira “cria dificuldades” para a base do governo. Cid pediu demissão à presidente Dilma Rousseff (PT) depois de atacar o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dizer que parlamentares “oportunistas” da base do governo deveriam “largar o osso”.
“A minha declaração, e mais do que ela, a forma como eu coloquei a minha posição na Câmara, é óbvio que cria dificuldades para a base do governo. Portanto, eu não quis criar nenhum constrangimento e pedi demissão, em caráter irrevogável, agradecendo a ela (Dilma)”, disse Cid enquanto deixava o Palácio do Planalto.
“Já falei com ela. Eu disse para ela que lamentava muito, que tinha muito prazer (no trabalho). Disse que acreditava nela e continuo acreditando. Continuo confiando na presidente Dilma. Agora, a situação, a minha presença no ministério ficou em situação de indisposição com boa parte da base que apoia o seu governo”, completou o ministro.
De acordo com o ministro, não houve “margem” para que a presidente insistisse na sua manutenção no cargo. “Eu não dei margem para isso. Disse ‘presidenta, lamento muito, agradeço, mas estou aqui entregando o cargo’”, afirmou. Em nota, o Planalto disse que Dilma "agradeceu a dedicação" de Cid à frente da pasta.
“Achacadores”
Cid foi à Câmara prestar esclarecimentos sobre uma declaração que deu na Universidade Federal do Pará de que haveria entre 300 e 400 deputados federais “achacadores” – para ele, esses parlamentares apostam na fragilidade do governo para ganhar vantagens. Hoje, Cid pediu desculpas a quem tenha se ofendido, mas partiu para o ataque: apontando para Cunha, respondeu uma afirmação do peemedebista, que havia classificado o ministro como “mal-educado”. “Prefiro ser acusado de mal-educado que ser acusado de achaque”, disse no plenário.

Sobre as declarações, o ministro disse que “não podia agir diferente”. “Na situação em que eu me encontrei, sendo convocado pela Câmara e questionado de declarações que eu havia feito em local reservado, eu não podia agir diferente se não confirmar aquilo que disse, aquilo que penso pessoalmente”, afirmou. “Embora como ministro eu tenha sempre procurado ter uma relação respeitosa, é necessário, é imposição do cargo, pessoalmente eu falei a minha opinião.” Terra

Cid pede demissão do cargo de Ministro

O ex-governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), apresentou à presidente Dilma o pedido de demissão do cargo de Ministro da Educação nesta quarta, 18.
Cid solicitou o abandono do cargo logo após se retirar da sessão geral da Câmara dos Deputados sobre esclarecimentos às acusações de "achaque" por parte de parlamentares ao Governo dilmista.
 "A minha declaração na câmara, é obvio que cria dificuldades para a base do governo. Portanto, eu não quis criar nenhum constrangimento. Pedi demissão em caráter irrevogável".
 A demissão de Cid foi proferida no Plenário da Câmara pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Comunico à Casa o comunicado que recebi do chefe da Casa Civil comunicando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", disse Cunha. Durante discurso, Cid chegou a apontar o dedo ao presidente da Câmara acusando-o de ser um dos "achacadores".
O Palácio do Planalto distribuiu nota oficial dizendo que "o ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff". A nota diz ainda que a presidente Dilma "agradeceu a dedicação dele à frente da pasta".
O POVO


Procurador da Câmara vai à Justiça cobrar de Cid Gomes nomes dos "achacadores"

Procurador da Câmara, o deputado Claudio Cajado (DEM-BA) disse que entrou com um processo extrajudicial e dois judiciais contra o ministro da Educação, Cid Gomes. Ele quer que o ministro reconheça a autoria da fala em que se refere a deputados como “300 ou 400 achacadores”, indique quem seriam tais parlamentares e quais os malfeitos imputados a eles.
Cajado minimizou a defesa de Gomes, segundo quem as declarações sobre "achacadores" refletem a sua opinião pessoal, não sua posição como ministro. “O senhor foi ao Pará como ministro, participar de um ato oficial, usando avião da FAB. Não pode se furtar de ter dito [a fala contra o Congresso] investido na função do ministro”, afirmou o deputado.
Cajado disse ainda que, se não apontar os crimes e os culpados, Cid Gomes é cúmplice dos malfeitos. “Se se calar, o dinheiro continuará com os achacadores, e o senhor será réu”, cobrou.
O deputado Julio Lopes (PP-RJ) disse que o ministro da Educação presta um desserviço ao vir à Câmara com um discurso de confronto e afronta. “Compareceu acompanhado de uma claque, que não sabemos de onde veio, não para se desculpar, mas compareceu a esta Casa para nos afrontar”, criticou. Lopes acusou ainda o ministro de tentar uma “nobre saída” ao deixar o ministério com o discurso de herói, porque afrontou o Parlamento.