segunda-feira, 18 de maio de 2015

Lula monta seu "grupo para o futuro"

O ex-presidente Lula tem repetido que descarta a hipótese de concorrer à Presidência num cenário como o atual. Mas, por via das dúvidas, arregimentou uma equipe para pavimentar uma eventual candidatura em 2018.

Batizado de "grupo para o futuro", o time foi montado em 2014 e tem se reunido semanalmente no Instituto Lula, seu escritório político. Além de assessores da entidade, o conselho de Lula inclui os prefeitos Fernando Haddad (São Paulo) e Luiz Marinho (São Bernardo) e os secretários municipais Alexandre Padilha (Relações Governamentais) e Arthur Henrique (Trabalho).

As reuniões contam ainda com a participação do empresário Josué Gomes, presidente do grupo Coteminas, do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. Até janeiro, quando assumiu o Ministério do Planejamento, Nelson Barbosa foi assíduo participante. Agora, sua presença foi reduzida.

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, é um conselheiro eventual. Lula conduz o debate baseado em pilares que define como marcos de sua administração: desenvolvimento social, estabilidade, direitos humanos e política externa.

Insatisfeito com a articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff, repete que não tem condições de disputar a Presidência sem propostas. E admite não ter ainda essas respostas. Segundo aliados, Lula está apreensivo quanto ao destino do PT. (Folhapress)

Tremores deixam 8,5 mil mortos e atingem recorde

O número de mortos no Nepal nos dois terremotos que atingiram o país ultrapassou 8.500 pessoas, o que faz do desastre o mais fatal já registrado no País. Equipes de resgate ainda realizavam ontem buscas por dezenas de desaparecidos em vilarejos remotos. Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o país no dia 25 de abril e matou milhares de pessoas e demoliu milhares de casas, a maioria em áreas rurais, sem acesso a cuidados de emergência.
Um segundo terremoto foi registrado na terça-feira, a 76 quilômetros ao leste da capital Katmandu, no momento em que os nepaleses começavam a se recuperar do devastador sismo.O total de mortes decorrentes dos dois terremotos chega a 8.583, disse neste domingo último boletim do governo nepalense.

O mais fatal terremoto que já fora registrado no país -em 1934- matou ao menos 8.519 no Nepal, bem como milhares mais na vizinha Índia. O primeiro-ministro do Nepal, Sushil Koirala, disse ontem a jornalistas que pelo menos 58 estrangeiros morreram nos dois terremotos registrados no país. (das agências de notícias)

FHC irá dizer que corrupção começou com Lula



Apesar de ter afirmado que a movimentação em torno de um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff era “precipitado”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) será o autor da fala mais dura do programa de TV de seu partido, que irá ao ar nesta terça-feira (19). Segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, FHC afirma que “não se pode responsabilizar apenas a atual presidente”e que “todo esse esquema de corrupção começou com o ex-presidente Lula”.  

Roberto Jefferson deixa prisão para cumprir pena em casa

O ex-deputado Roberto Jefferson saiu do Instituto Penal Francisco Spargoli Rocha, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, às 11h03 deste sábado. Ele foi autorizado pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a cumprir o restante de sua pena em regime aberto, após ser condenado no julgamento do mensalão do PT. 
Roberto Jefferson deixou o Instituto Penal acompanhado da filha, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), de dois sobrinhos e também da companheira Ana Lúcia. Segundo a filha Cristiane, ele foi levado para um apartamento alugado pela família, de cento e poucos metros quadrados, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Lá, vai morar com a companheira Ana Lúcia, com quem está há 11 anos, e pretende oficializar o casamento no próximo dia 29, em Três Rios, no interior fluminense.
A filha explicou que a razão para ele morar no Rio de Janeiro e não em sua casa em Levy Gasparian (no interior do estado), onde ele estava até ser preso, é para ficar mais perto do escritório de advocacia, no centro do Rio, e também para facilitar seu acompanhamento médico.
Ao ser abordado pela imprensa, o ex-deputado disse que pagou pelo que fez e estava bem aliviado ao poder voltar para casa.
Condenado a 7 anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ele começou a cumprir a pena em fevereiro do ano passado em uma prisão em Niterói.

domingo, 17 de maio de 2015

TJ determina que Facebook tire do ar fotos íntimas de mineira que vazaram na internet



O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou, por meio da 9ª Câmara Cível, que o Facebook Serviços Online do Brasil tire do ar as fotos íntimas de uma jovem mineira expostas no aplicativo Whatsapp pelo seu ex-namorado, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, limitada a R$ 50 mil. O caso aconteceu em 2014. Embora o Facebook tenha recorrido da decisão, alegando ser parte ilegítima no processo, já que a aquisição do Whatsapp ainda não havia sido concluída, e que não teria capacidade técnica e material para tomar qualquer providência em relação ao aplicativo, o desembargador Amorim Siqueira, relator da ação, ponderou ser notória a aquisição do Whatsapp pelo Facebook e confirmou a decisão liminar concedida pela 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude.

Deputado diz "todo poder emana de Deus"e é expulso do PSOL



O PSOL expulsou dos seus quadros o deputado federal Cabo Daciolo (RJ) pelas atitudes que o parlamentar tomou no exercício do seu mandato. A expulsão ocorreu na noite deste sábado (16), quando 54 integrantes do diretório nacional votaram pela expulsão do deputado. Apenas um integrante votou a favor da permanência dele nos quadros do partido. O diretório decidiu que não irá à justiça reivindicar o mandato parlamentar de Daciolo. Segundo a Agência Brasil, a decisão foi baseada em parecer da Comissão de Ética do partido, acionada pelo diretório do Rio de Janeiro, que propôs a expulsão do deputado argumentando que ele tinha tomado atitudes em desacordo com o estatuto e o programa partidário. De acordo com o PSOL, a notificação oficial ao deputado será feita ainda nesta semana. As atitudes tomadas pelo deputado que levaram a expulsão dele, segundo o PSOL foram: a apresentação de proposta de emenda à Constituição (PEC 12/15) que propõe alterar o trecho da Constituição que afirma que "todo poder emana do povo" por "todo poder emana de Deus", o que fere a concepção do PSOL na defesa do Estado laico, além da cobrança feita pelo deputado para que o partido se engajasse na defesa de policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, acusados pelo assassinato do ajudante de pedreiro Amarildo, morto em junho de 2013.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Eunício se reúne com Dilma Rousseff para debater a Saúde no Ceará

O senador Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado, se reúne nesta segunda-feira, 18, com a presidente Dilma Rousseff e o ministro-chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante, para tratar da situação da saúde no Ceará. A informação foi dada pelo peemedebista durante a posse do novo presidente do Banco do Nordeste (BNB), o cearense Marcos Holanda, na tarde desta sexta-feira, 05. Marcos Holanda foi indicado pelo senador Eunício Oliveira para o cargo.

Sobre o encontro com o ministro e a presidente da República, o senador informou estar preocupado com o Estado e os cearenses que necessitam da rede pública de saúde, por isso vai pedir que o Governo Federal busque uma solução e, se necessário, faça uma intervenção na saúde do Ceará. Para Eunício, a população não pode mais sofrer nos corredores dos hospitais, onde pessoas foram atendidas no chão, avaliando que essa situação já virou uma “vergonha nacional”. “Vou dar tudo de mim para ajudar a resolver esse problema”, assegurou.

De acordo com o senador, o principal gargalo da Saúde é a má gestão e não a falta de recursos. Ele informou que o Ceará recebeu 26% a mais de verbas do que nos anos anteriores. “Disseram que a saúde do Ceará tinha estrutura melhor do que São Paulo. Ou era uma grande mentiram que vendiam para iludir os eleitores cearenses, ou então em 120 dias o novo governador destruiu a saúde do Estado. Não é só a Saúde, nós temos problema na Educação, na Segurança Pública, e de Infraestrutura”, lamentou.

Eunício Oliveira também falou sobre a posse do novo presidente do BNB, destacando ser Marcos Holanda uma pessoa extremamente qualificada para o cargo. “Esse é um dia importante para o Ceará, quando um cearense assume a presidência de uma instituição importante para o nosso desenvolvimento, como é o caso do Banco do Nordeste. Estou muito feliz, escolha melhor não poderia ter sido feita, um técnico, professor, alguém da área específica. Tenho certeza que ele fará um grande trabalho como presidente do BNB”, ressaltou.

Durante a sua fala, no ato de posse, Marcos Holanda agradeceu a profunda confiança depositada nele pelo senador Eunício Oliveira, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Farei de tudo para corresponder essa confiança”, asseverou. Marcos Holanda é economista formado pela Universidade de Fortaleza (1984), engenheiro civil pela UFC (1983) e mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas – RJ (1987). Ele também foi fundador e primeiro diretor geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceara (Ipece).

Vídeo: Alexandre Padilha é hostilizado em restaurante em São Paulo


O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi hostilizado em restaurante no Jardim Paulista, em São Paulo, enquanto fazia uma refeição com um grupo de amigos, nesta sexta-feira (15/5). Um vídeo registrou todo o incidente.


Um homem pede a atenção de todos e afirma que Padilha é o responsável pelo gasto de R$ 1 bilhão com o programa Mais Médicos, no qual profissionais cubanos são "importados" para o país. O homem que ironiza o ex-ministro é Danilo Amaral,  ex-presidente da BRA Transportes e atualmente sócio da Trindade Investimentos. 

No vídeo, o ex-ministro bate boca com o Amaral, e contesta o valor anunciado como investimento no programa social, bastante contrariado. A reportagem procurou a Trindade Investimentos e não obteve retorno e Padilha não foi encontrado.

Correio Braziliense

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Copa América divulga música oficial da competição; ouça


A organização da Copa América, que será realizada entre os meses de junho e julho, no Chile, divulgou na última terça (13), a música oficial da competição. Com o nome de "Al sur del mundo" (Ao sul do mundo), a canção é interpretada pelo grupo chileno 'Noche de Brujas' e se inspira nos países participantes da Copa e na paixão que o futebol desperta no continente sul-americano. 

"Para nós é um orgulho e uma tremenda honra, tanto como artistas como chilenos, ser escolhidos para interpretar o hino oficial da Copa América. Muitos colegas também enviaram propostas, então ter esta responsabilidade foi um enorme desafio, o qual encaramos com muita paixão e profissionalismo", disse o vocalista do Noche de Brujas, Héctor Muñoz, conhecido como "Kanela".

O Brasil está no grupo C da Copa América, com Peru, Colômbia e Venezuela. A estreia do time de Dunga na competição será no dia 14 de junho, contra os peruanos, na cidade de Temuco.Confira a música oficial da competição: 

Aníbal x Eunício

O governador Camilo Santana quer apresentar à presidente Dilma a radiografia da saúde do Ceará, hoje exposta nacionalmente e em clima de caos. O líder do Governo na Câmara, José Guimarães, ficou de marcar audiência com o Planalto. Vertical

Número de assassinatos com arma de fogo no Brasil é o maior desde 1980

A edição 2015 do Mapa da Violência, divulgado nesta quarta-feira (13), apontou que o Brasil registrou, em 2012, os maiores números absolutos e taxa de homicídios desde 1980 --ano em que começou a ser feito o estudo.
O levantamento leva em conta dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Segundo o levantamento, 40 mil pessoas foram assassinadas por algum tipo de arma de fogo em 2012, uma taxa de 20,7 assassinatos para cada 100 mil habitantes. Os assassinatos por arma de fogo responderam por de 71% todos os 56 mil homicídios registrados no país naquele ano.
A taxa de 2012 é a maior da série histórica do Mapa da Violência, que começou em 1980 e vai até 2012 --ano mais recente com dados do sistema.  Até então, a maior taxa de homicídios tinha sido registrada em 2003 --ano de lançamento do Estatuto do Desarmamento--, quando ficou em 20,4 por cada mil.
Segundo o coordenador do estudo, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o período de queda da taxa de mortalidade iniciada em 2004, logo após a campanha do desarmamento, foi freada por medidas que deveriam acompanhar a entrada em vigor do estatuto não foram adotadas --e a violência armada voltou crescer no país nos últimos anos.
"Quando você vê um conflito, uma briga na rua com facas, por exemplo, a primeira medida a ser tomada é desarmar os envolvidos. Depois se vê o que se faz para resolver o problema deles. Mas desarmar não é resolver o conflito. No Brasil, primeiro começou a se desarmar, mas os conflitos seguiram. Então você não resolveu o problema. Seriam necessárias uma série de medidas, como melhoria no sistema penitenciário, que não foram feitas", afirmou.
O sociólogo disse que os dados preliminares de 2013 já mostram que o panorama não deve ser alterado e que a taxa de homicídios por arma de fogo deve seguir alta.
"Temos dados de alguns grandes Estados, mas não ainda de todo o país; mas já dá para perceber que esses números devem se manter, não há nada que aponte para uma redução em breve", disse.

Mortes violentas

Levando em conta os assassinatos, acidentes, suicídios e causas indeterminadas, entre 1980 e 2012, as armas de fogo foram responsáveis por 880 mil mortes no Brasil.
"Nesse período, as vítimas passam de 8.710 no ano de 1980 para 42.416 em 2012, um crescimento de 387%. Temos de considerar que, nesse intervalo, a população do país cresceu em torno de 61%", informou o texto do estudo.
O estudo apontou que a evolução da letalidade das armas de fogo não ocorreu de forma constante. O mapa mostra que, entre 1990 e 2003, o crescimento foi "sistemático, com um ritmo acelerado de 6,8% ao ano".
"Depois do pico de 39,3 mil mortes em 2003, os números, num primeiro momento, caíram para aproximadamente 37 mil, mas depois de 2008 ficam oscilando em torno das 39 mil mortes anuais para dar um pulo em 2012: 42,4 mil. O Estatuto e a Campanha do Desarmamento, com início 2004, constituem um dos fatores determinantes na explicação dessa mudança. Entre os jovens, o processo foi semelhante, mas com maior intensidade", explica o estudo.
Outra constatação é que as mortes por armas de fogo avançaram em direção ao interior do país.
"Se o país entre 2002 e 2012 registra um aumento de 11,7% no número de vítimas de armas de fogo, nas capitais houve uma queda de 1,6%", ressalta.
O levantamento também traz uma comparação das taxas de mortalidade por armas de fogo de 90 países ou territórios, o qual o Brasil ficou na 11ª posição.
A Venezuela lidera o ranking com taxa de 55,4 óbitos por armas de fogo. Coreia do Sul, Japão, Marrocos e Hong Kong aparecem com taxa zero de mortes por armas de fogo.

Diferenças regionais

O estudo aponta para a existência de vários "brasis" no quesito violência armada. Nos últimos anos, enquanto a região Sudeste apresentou redução nas taxas, Norte e Nordeste viram as mortes por arma de fogo explodirem entre 2002 e 2012.
"Pode ser observado o forte crescimento da mortalidade na região Norte --135,7%-- na década. Em menor escala, também no Nordeste o crescimento foi elevado: 89,1%. Na Região Norte, Pará e Amazonas atuam como carro-chefe desse crescimento, mais que triplicando o número de mortes por armas de fogo no período. Já no Nordeste, a maior parte dos Estados apresenta elevados índices de crescimento, com destaque para o Ceará e o Maranhão", aponta o mapa.
As regiões Sul e Centro-Oeste tiveram crescimentos mais moderados nas taxas, de 34,6% e 44,9%, respectivamente.
Já o Sudeste foi a única região a evidenciar queda na década, com diminuição de 39,8% na taxa. "Essas quedas foram puxadas, fundamentalmente, por São Paulo, cujos números em 2012 caem 58,6% com relação ao ano de 2002 e também Rio de Janeiro, com queda de 50,3%. Já Minas Gerais teve um significativo aumento de 53,7%", diz o estudo.
A liderança entre os Estados com mais mortes por arma de fogo continua sendo de Alagoas, com taxa de 55 por cada 100 mil, mais de 15 pontos à frente do segundo colocado, o Espírito Santo, que teve taxa de 38,3 por cada 100 mil.
Entre as capitais, Maceió também lidera, com taxa de 79,9 por cada 100 mil. Levando em conta os anos de 2002 e 2012, apenas 12 capitais conseguiram reduziram a taxa entre 2002 a 2012. O Rio de Janeiro foi a que teve a maior queda, de 68,3%. Já São Luís teve a maior alta: 316%.
O estudo também calculou as taxas de mortalidade nos 1.669 municípios com mais de 20 mil habitantes.
No caso deles, para evitar distorções, a média de mortes por armas de fogo considerada levou em conta os anos 2010 a 2012. O município de Simões Filho, na Grande Salvador, aparece com a maior taxa de mortalidade, tanto na população total, quanto entre os jovens: 130,1 e 314,4 óbitos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
UOL

Com apoio da CBF, clubes pedem em Brasília mudanças na MP do Futebol

Representantes de mais de 20 clubes de todas as séries do futebol brasileiro participaram esta semana de dois dias de audiências públicas no Congresso Nacional para discutir a Medida Provisória 671, conhecida como MP do Futebol. Apoiados pela CBF e por federações estaduais, que também estiveram presentes, dirigentes e advogados de times de todo o país voltaram a criticar o texto editado em março pela presidente Dilma Rousseff e pediram mudanças aos parlamentares. Eles admitem a necessidade da renegociação das dívidas com a União - estimadas em um total de aproximadamente R$ 4 bilhões -, mas argumentam as contrapartidas exigidas são intervencionistas e exageradas. 

As reuniões foram realizadas na comissão mista responsável por emitir um relatório sobre a MP que será levado para votação nos plenários da Câmara e do Senado. Na terça-feira, foram ouvidos os representantes de clubes das séries A e D. Nesta quarta, foi a vez dos times das séries B e C. Também foram ouvidos dirigentes de clubes que estão fora das quatro divisões nacionais e o coordenador de futebol feminino da CBF.
- Nenhum presidente quer fugir da responsabilidade, todos querem ficar em dia. Mas a medida confundiu dívida fiscal e tributos com moralização e intervencionismo. Isso não serve para solucionar nosso problema de agora. É preciso enxugar a MP - defendeu o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno.

Os clubes se uniram de uma forma que poucas vezes vimos para combater algo que é abusivo, busca atrapalhar ou modificar uma autonomia que está garantida pela Constituição. Dificilmente haverá adesão do jeito que está. A MP desvirtua a própria natureza do clube - afirmou o advogado do São Paulo, Gustavo Delbin.
As críticas dos dirigentes se concentram principalmente em três artigos da Medida Provisória. O quinto, onde são feitas exigências aos clubes que quiserem aderir ao refinanciamento como pagamento em dia de todas as obrigações trabalhistas e fiscais, contratação de auditoria independente, limitação de mandatos, proibição de antecipação de receitas de gestões futuras, limite de 70% do orçamento para gastos com futebol e obrigatoriedade de investimento em uma equipe feminina.
Outro artigo bastante criticado é o quinto, que prevê que os clubes que entrarem no refinanciamento só possam disputar competições organizadas por entidades que sigam uma série de regras como prestação de contas e demonstração contábil disponível na internet, limitação de mandatos, participação de atletas nos colegiados e rebaixamento de clubes inadimplentes.
Por último, o artigo oitavo também foi muito atacado pelos dirigentes. Segundo o texto, seria obrigatório que os clubes concentrassem todas suas operações financeiras em um único banco. 
- Da forma como está colocada a medida, conseguimos as CNDs (Certidões Negativas de Débitos) e falecemos em seguida. Não há viabilidade de um clube de futebol, por mais necessitado que esteja, aderir a medida da forma como ela foi colocada. Além da violentíssima intervenção nos processos internos do clube. Não tem como criar interferências nas instituições que promovem os campeonatos - afirmou o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.
As condições do refinanciamento foi outro ponto criticado por alguns dirigentes. Eles alegaram dificuldades em muitos clubes para cumprir com os prazos e valores mínimos exigidos pela MP. De acordo com o texto, os clubes teriam um prazo de 120 a 240 meses (20 anos) para quitarem seus débitos, com descontos nas multas e nos juros. Nos três primeiros anos, também seriam concedidas condições especiais, com a possibilidade de parcelas mensais de no máximo 0,5% do faturamento anual da instituição.
- Da foram como está posta, a Portuguesa não teria condições de aderir. Não temos como pagar valor superior ao fluxo de caixa que conseguimos gerar. Hoje, nosso patrocínio depende basicamente da generosidade de alguns empresários. Verba de TV, não temos na Série C. Os jogadores da base, a gente tenta segurar, mas está difícil. Com esse refinanciamento proposto na MP, a Portuguesa provavelmente fecharia as portas - afirmou o presidente da Lusa, Jorge Manuel Gonçalves.
Globo Esporte