O deputado Ely Aguiar (PSDC) declarou, no primeiro expediente da sessão plenária desta sexta-feira (17/02), ser contra o armamento da população como forma de proteção e combate à violência.
Para o parlamentar, cabe à Polícia e às Forças Armadas enfrentar os delinquentes. “Essa tarefa não é da população, é da nossa Polícia. Junto a isso, precisamos de uma lei forte. Nossa lei é muito frágil e oferece inúmeras oportunidades para burlá-la. Acho que o Congresso hoje está mais preocupado em proteger os que foram denunciados por crime contra o povo do que o próprio povo”, opinou.
Segundo Ely Aguiar, a violência no País só aumentará com o armamento da população, pois ela não tem o preparo das Forças Armadas. “Imaginem como acabarão as brigas por futebol, religião, entre casais? Se, nos Estados Unidos, onde as leis são cumpridas, as pessoas têm acesso e acontecem tantas tragédias, o que seria de nós?” questionou.
O deputado criticou ainda a falta de rigor das leis brasileiras e citou como exemplo o ataque à agência do Banco do Brasil de Saboeiro, na noite de quinta-feira, por 15 homens fortemente armados, ocasionando a explosão do prédio. De acordo com o parlamentar, o Ceará há muito tempo tornou-se um paraíso para bandidos, por falta de uma lei mais firme.
A solução, na visão de Ely Aguiar, está na educação - com a qual as pessoas tornam-se mais lúcidas e conscientes de seu papel enquanto cidadãs - além de um controle de natalidade, possibilitando uma qualidade de vida mais igualitária.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) concordou que é papel do Estado proteger a população e lembrou ainda do perigo de se armar o cidadão brasileiro. “Na cultura de violência em que vivemos, em que o indivíduo sob pressão já responde grosseiramente, isso não funcionaria”, alertou.
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