quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Tasso Jereissati: Amadurecer é mais do que envelhecer

Na política, como na vida, nada parece mais pedagógico do que uma derrota. Evidentemente que para quem se dispõe a tirar dela alguma lição, como aparenta ter sido o caso de Tasso Jereissati, que participou ontem da sabatina do Grupo de Comunicação O POVO com os candidatos ao Senado. O episódio de 2010, quando disputava reeleição e terminou “atropelado” na reta final da campanha por Eunício Oliveira e José Pimentel, deixou ensinamentos que foram úteis e estão sendo aplicados agora. Serviram-lhe, por exemplo, para apresentar as respostas possíveis diante das perguntas da bancada de jornalistas com potencial para criar embaraços políticos. 

É o que aconteceu ao se colocar em debate a mal resolvida relação dele com Ciro Gomes, que cresceu na vida pública graças à sua ação direta de apadrinhamento. A saída adotada foi falar sobre a força transformadora do poder, adotar uma linha de abordagem em tese para fazer uma critica que tinha endereço direto. Fosse Tasso ainda aquele de vitórias sucessivas, sem fracassos na trajetória, certamente viria uma resposta muito mais objetiva e clara, com nomes e, principalmente, sobrenomes. A idade amadureceu o ex-senador e hoje candidato, mas, certamente, o recado que o eleitor deu quatro anos atrás também serviu para fazê-lo entender que a política é um teste de “estômago” permanente para quem a exerce. Ou seja, a falta de poder também tem sua força transformadora. 

O Povo

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