O Comitê Paralímpico Internacional deve decidir, neste domingo, pelo banimento da Rússia dos Jogos do Rio, de acordo com informações obtidas pelo The Guardian. Depois da divulgação do relatório que revelou um sistema de doping patrocinado pelo Estado russo, o comitê suspendeu provisoriamente o país da competição, que será realizada de 7 a 18 de setembro.
Entre as demandas dos manifestantes, o parlamentar citou o acesso das comunidades ao Aquífero Jandaíra - manancial de águas subterrâneas -, que está, segundo ele, sendo explorado em especial pelo agronegócio. Também a melhoria da qualidade da água, já que, conforme informou, 22 poços pesquisados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) do Ceará no Vale do Jaguaribe estavam contaminados por agrotóxicos; e o saneamento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). “Não se fez, nos últimos meses, nenhum metro de esgoto na Região Metropolitana de Fortaleza. Quando capto esgoto, posso reutilizar essa água que é muito mais barato que a dessalinização”, avaliou.
Renato Roseno defendeu o fechamento das térmicas instaladas na região do Pecém, que hoje, de acordo com ele, consomem 900 litros de água por segundo. “Isso dá 10 vezes o consumo de uma cidade de médio porte. Não tem sentido manter essas térmicas abertas, produzem pouquíssimo emprego, tem subsídio fiscal, subsídio na tarifa de água e o povo morrendo de sede”, cmentou.
De acordo com o deputado, o Ceará tem hoje 72% da outorga de água bruta voltada para agronegócios, indústrias, o que contraria a lei de Política Nacional e Estadual de Recursos Hídricos. Segundo ele, a legislação diz que quando há escassez, a prioridade no uso da água é para o consumo humano e dos animais.
O parlamentar lembrou ao longo do século XX vários movimentos sociais do campo estiveram na Capital reclamando que a grande economia, as classes mais ricas se apoderaram da água e fizeram da seca um instrumento político. “Estamos em pleno século XXI convivendo com esse legado”, acrescentou.
Para Renato Roseno, políticas de convivência com a seca significam tecnologias de baixo custo, de armazenamento de água, de culturas adaptadas ao semiárido, ter uma produção de energia de base local, sobretudo a partir de energia solar; além de permitir que as universidades avancem nas pesquisas e que a economia local seja subsidiada pelo Estado. “Hoje o Estado subsidia a fruticultura irrigada que não tem a ver com a convivência com o semiárido”, disse.
LS/AT