segunda-feira, 30 de junho de 2014

Corporativismo na Câmara trava pedidos de investigação contra deputados

As representações contra escândalos de corrupção, fraudes com desvio de recursos públicos ou até quebras de decoro parlamentar por ofensas em plenário começam a empilhar nas gavetas na Corregedoria da Câmara. Apresentados por partidos ou deputados interessados em levar adiante as investigações, os pedidos caem no esquecimento antes mesmo de serem encaminhados ao Conselho de Ética para uma possível absolvição ou punição dos acusados. “As investigações não andam por causa do corporativismo. Sem a pressão da mídia, a tendência é o processo ficar mofando”, afirmou o líder do PSol, Ivan Valente (SP).
Levantamento obtido pelo Correio revela que, desde março de 2013, quando a Corregedoria Parlamentar foi institucionalizada por meio de resolução, 13 pedidos de investigações se acumulam à espera de um parecer do corregedor ou do crivo da Mesa Diretora para serem levados ao Conselho de Ética. Pelo regimento, a Corregedoria precisa do aval do presidente da Câmara para abrir sindicância ou inquérito, com vista à apuração de responsabilidades e à proposição das sanções cabíveis — que pode chegar até à cassação do mandato.

O vale-tudo para garantir minutos na TV

Com o fim do prazo para formar alianças marcado para hoje, os partidos travam frenética batalha para costurar acordo se garantir o maior tempo possível nos programas eleitorais. Dilma Rousseff ficará com quase 10 minutos, o triplo de Aécio Neves. Eduardo Campos terá pouco mais de 1 minuto

Lições da Copa

A Copa do Caos virou a Copa das Copas depois que a bola começou a rolar. Duas versões cujos fatos, de ontem e de hoje, confirmam, pelo menos em boa parte, o que se passa no país do futebol. Vamos por partes. Lula e Dilma saíram da retranca e partiram para o ataque. Com pose de campeões antecipados, batem nos que entoaram o coro do “Não vai ter Copa”, que está sendo “extraordinária”.(…)
Deu-se o contrário. O país entrou no clima de Copa. Quem já foi aos estádios, como eu, está adorando. À exceção de alguns incidentes aqui e ali, tudo está sendo um grande sucesso. Fora e dentro dos campos.(…)
Guiados pela política, certos grupos pregaram o desastre, tal como o PT do passado. Mas boa parte da mídia só cumpriu seu papel e expôs o improviso na preparação da Copa.(…)
O risco é repetirmos o engano de sempre. O desastre anunciado não se realiza e os erros são esquecidos. Tomara que a seleção não siga este rumo depois do sufoco de sábado.

Destino incerto de três estádios após a Copa

O apogeu durante a Copa, quando seus assentos foram disputados por milhares de torcedores, vai, em breve, virar apenas uma boa lembrança. Passada a euforia do Mundial, pelo menos três arenas construídas para os jogos, num custo total de R$ 2,8 bilhões, correm o risco de tornarem-se verdadeiros elefantes brancos. Superdimensionados, com capacidade muito maior do que exigem os campeonatos locais, os estádios de Manaus, Cuiabá e Brasília têm pela frente o desafio de continuarem tendo serventia no pós-Copa. O risco de ociosidade é grande: a Arena Pantanal, por exemplo, tem capacidade para 44 mil torcedores, mas os 46 jogos do campeonato mato-grossense deste ano atraíram apenas 36.397 pessoas, o que dá uma média de apenas 791 torcedores por partida. Os números são ainda piores se ficarem restritos apenas aos times da capital. O Cuiabá, que foi campeão estadual, teve uma média de 393 pagantes por disputa. Já o Mixto, clube mais tradicional da cidade, levou 910 pessoas aos seus jogos, em média.
Diante do problema, o governo do Mato Grosso estuda alternativas para o uso da Arena Pantanal. Na última sexta-feira, foi publicada no Diário Oficial do Estado uma portaria da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) criando uma comissão especial, encarregada de preparar um processo licitatório para que o estádio passe a ser operado pela iniciativa privada. O governo espera lançar o edital ainda este ano. E está esperançoso.
— Vai haver disputa. Isso eu lhe garanto — afirma o secretário Maurício Guimarães, referindo-se ao número de empresas que já estariam interessadas em participar da licitação, entre elas um grupo do qual fariam parte o ex-atacante Ronaldo Fenômeno e o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez.

Aécio passa madrugada em reunião para definir vice

Disposto a manter em segredo o nome do seu candidato a vice até os últimos minutos, o candidato do PSDB a presidente, Aécio Neves (MG) só deverá formalizar o convite ao escolhido na manhã desta segunda-feira. Ele chegou a Brasília no início da noite de domingo e passará a madrugada discutindo com o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso as vantagens e desvantagens de um paulista, nordestino ou uma mulher.
O nome que todos os tucanos apostavam neste domingo era o do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira. Mas Aécio sinalizou que ainda há espaço para surpresas e todos poderiam perder a aposta. O anúncio do vice e das coligações estaduais será feito por Aécio amanhã as 11 horas, em reunião da Executiva nacional do PSDB, em Brasília.

TCU indica prejuízo de pelo menos US$ 126 milhões na compra de Pasadena

Um relatório inédito da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) indica que os gestores da Petrobras causaram um dano de pelo menos US$ 126 milhões aos cofres da estatal por terem desconsiderado um laudo de avaliação da refinaria de Pasadena, elaborado por uma consultoria contratada pela própria companhia e com apontamento de um preço do empreendimento inferior ao que acabou sendo pago. O documento do TCU, obtido pelo GLOBO, cita ainda que a estatal declarou ter pago US$ 170 milhões pela metade de um estoque que não valeria US$ 66,7 milhões.
Os auditores do TCU consideram que, no caso dos estoques, há indício de irregularidade na maneira como a Petrobras tratou do assunto. A estatal informou ao mercado que pagou os US$ 170 milhões por estoques de produtos que estavam na refinaria na época da compra. Mas, ao analisar os detalhes do contrato, os auditores dizem que essa cifra efetivamente paga e declarada ao mercado não tinha relação com os estoques. Era de outra natureza, fazia parte de ajuste de preço na transação comercial.

Na convenção do PMDB, Agenor Neto confirma candidatura para Deputado Estadual

Agenor Neto, ex-prefeito de Iguatu foi apresentado oficialmente na convenção do PMDB neste domingo, 29, em Fortaleza como candidato a Deputado Estadual. O líder político da região Centro-Sul chegou ao local acompanhado por vereadores e lideranças de várias cidades.
Sempre muito festejado por onde passava, Agenor Neto foi requisitado constantemente por populares e outros representantes do PMDB. “É um dos melhores nomes do nosso partido nesta disputa por uma vaga na Assembléia Legislativa do Ceará, desejo toda sorte para o mesmo”, destacou o prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundão.
Outro que destacou a força de Agenor Neto foi o candidato a vice-governador, Roberto Pessoa, “ um amigo admirável, fez uma grande gestão como prefeito de Iguatu e possui um curriculum invejável para esta disputa”, argumentou.
Agenor Neto ao lado de amigos durante a convenção - foto: Alex Santana/Iguatu.net
E para finalizar, a nossa reportagem ouviu o candidato ao governo do Ceará, Eunício Oliveira que por alguns minutos destacou a liderança do companheiro iguatuense, “ é o meu vice-presidente da sigla que realizou uma das melhores gestões municipais do Brasil, uma pessoa íntegra que através da sua liderança e visão de futuro, irá nos ajudar e muito nesta caminhada. Um nome forte que será lembrado pelo Ceará”, disse.

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Torcida do Brasil no Mineirão tem maioria branca e rica, diz Datafolha

A percepção de pessoas que defendem que quem vai ao estádio, na Copa do Mundo, é a “elite branca” pode não estar tão errada. Em pesquisa realizada pelo Datafolha no jogo entre Brasil e Chile neste sábado (28), no Mineirão, 67% dos 693 entrevistados se declararam brancos e 90% pertencem às classes A ou B. Os porcentuais diferem do perfil da população brasileira, em que 41% se declaram pardos – contra 24% presente no estádio – e 6% pretos – no país, são 15%. O instituto de pesquisa também mediu a avaliação da presidente Dilma Rousseff, que foi pior do que a média geral. Quem acompanhou o jogo no estádio de Belo Horizonte considera a gestão ruim ou péssima (55%), quando em pesquisa realizada entre brasileiros no início de junho revelou que 38% das pessoas classificam o governo como regular e 33% como ótimo ou bom. Mesmo assim, 61% dos ouvidos na capital mineira disseram não concordar com os xingamentos na abertura do mundial. O torcedor que foi ao estádio também é bastante escolarizado (86% com ensino superior), tem média de 34 anos e é predominantemente masculina (75%). Praticamente metade dos presentes eram mineiros.

Sucessão no Ceará já começa em clima de acirramento

A história política cearense escreveu ontem algumas de suas principais definições para os próximos quatro anos. Em dia decisivo, Pros, PT e PMDB fizeram convenções que lançaram os candidatos das maiores alianças que disputam o governo do Ceará. Marcados por duros ataques entre antigos aliados, eventos de Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB) tentaram um jogar ao outro a pecha de “candidato dos poderosos”.
Em convenção da base aliada no Centro de Fortaleza, Cid Gomes (Pros) lançou oficialmente o petista Santana à sua sucessão. Não muito longe dali, evento da oposição no Benfica confirmou a já anunciada candidatura de Eunício. As vagas de vice-governador e senador seguem em aberto e serão divulgadas na tarde de hoje.
Apesar de nascida entre líderes que permaneceram aliados por mais de sete anos, disputa já deu sinais de que será das mais acirradas. “Aonde estão os barões da política do Estado do Ceará? Os milionários, boa parte deles que enricou da política? Tão do lado de lá.”, disse o governador Cid Gomes (Pros). O revide veio em mesmo tom: “Vamos dizer aos poderosos de plantão: não adianta juntar os poderosos ao redor sem juntar o povo”, afirmou Eunício.
O acirramento não parou por aí. Em seu discurso, Cid Gomes acusou adversários de estarem movidos pela “semente do ódio” e de “jogarem da cintura para baixo, na canela”. Eunício, por sua vez, destacou que “sempre teve carteira assinada” e que, ao contrário de seus adversários, não depende de governo para se manter financeiramente.
Troca de ataques ocorreu sobre palanques heterogêneos, unindo antigos rivais.

Chapas históricas
Com a candidatura do deputado estadual Camilo Santana, o PT terá seu primeiro postulante ao governo do Ceará desde 2002. O partido, que sempre concorreu pelo Estado mas que abriu mão das disputas de 2006 e 2010 para apoiar Cid, terá agora o apoio do governador para voltar às corridas pelo Executivo estadual. Com candidato petista, Cid terá na figura da presidente Dilma Rousseff seu trunfo para a campanha.

Já candidatura de Eunício terá, no apoio de Tasso Jereissati (PSDB) ao senador, a primeira aliança entre o “galeguinho” e o PMDB desde que ele trocou a legenda pelo PSDB, em 1989. Chapa PMDB e PR marca ainda reencontro de Tasso e Roberto Pessoa, antigos rivais no Estado.
O POVO

Mais de 500 mil casos de Dengue no Brasil

O Ministério da Saúde registrou, até o último dia 14, 590.004 casos de dengue no Brasil. Mas para infectologistas ouvidos pela Folha de S. Paulo o número pode ser até dez vezes maior do que os dados oficiais sugerem. No país, a notificação de casos suspeitos e confirmados da doença é obrigatória. Porém, há muita burocracia e, em algumas vezes, os exames comprobatórios nem ao menos são realizados. Isso faz com que as autoridades de saúde não consigam planejar adequadamente as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor. "Com registro correto, é possível direcionar as ações de controle do mosquito para uma região, avaliar tendência de crescimento ou declínio da doença, estruturar a rede de assistência e ver se os programas implantados estão dando resultado", diz Rodrigo Angerami, da Sociedade Brasileira de Infectologia. Para Luiz José de Souza, infectologista e presidente da Sociedade de Clínica Geral do Rio, as notificações estão muito aquém da realidade. "No atendimento público, são tantos casos de suspeita que os médicos não têm tempo para registrar todos. É preciso multiplicar por dez", diz. Outro problema é a semelhança dos sintomas com outras doenças e o tratamento simples, muitas vezes prescrito sem exames. Segundo o infectologista Filipe Prohaska, uma das fichas cadastrais tem mais de 60 itens. "Não há tempo para o médico fazer o atendimento e preenchê-la, com fila de espera de pacientes", reclama. O Ministério da Saúde nega que haja subnotificação e afirma que destinou R$ 363 milhões para o aprimoramento das atividades de prevenção e controle da doença nos municípios, dos quais R$ 53,6 milhões para sedes da Copa.

Coréia do Norte desafia a ONU

A Coreia do Norte lançou neste domingo (29) dois mísseis balísticos de curto alcance no mar, afirma da Coreia do Sul. A ação militar desafia uma proibição da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação aos testes de tais armas pelo país isolado. Os mísseis foram lançados na costa leste da península e voaram cerca de 500 quilômetros antes de cais no mar, aparentemente sem causar danos. Os testes de lançamentos, que são rotineiros na Coreia do Norte, foram realizados dias antes da visita oficial programada do presidente chinês, Xi Jinping, à Coreia do Sul. A China é o principal defensor do Norte, que também está sofrendo sanções por conduzir testes nucleares. O ministro das relações exteriores do Japão, Fumui Kishida, disse aos repórteres japoneses que quer levantar essa questão durante uma reunião prevista para a próxima semana, em Pyongyang. “Achamos que essa questão precisa ser tratada adequadamente durante as conversações governamentais,” disse aos repórteres. “Precisamos fazer uma exigência firme para que a Coreia do Norte siga a resolução do Conselho de Segurança da ONU e outros acordos”, reforçou. Informações do Ig.

Apenas 22% dos jovens mais pobres completam o ensino médio aos 19 anos

Aos 19 anos, jovens que já deveriam estar na universidade ainda não completaram o ensino médio, apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). E, entre os pobres, apenas 22,4% concluem a escola com essa idade, enquanto entre os 20% mais ricos, a porcentagem é de 84,1%. “Quanto menor a renda, maior a chance de uma criança nessa faixa etária não frequentar a escola”, diz Carlos Eduardo Moreno Sampaio, mestre em estatística e diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em artigo publicado no livro O Enfrentamento da Exclusão Escolar, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). No texto, Moreno ressalta que entre 60% e 80% das crianças e dos adolescentes de 4 a 17 anos que não frequentam a escola são de famílias pertencentes aos 40% mais pobres. Para ele, mesmo entre a população de maior renda, a taxa de progressão escolar está muito abaixo do ideal. Mas para ele, programas sociais como o Bolsa Família, e de ampliação da permanência na escola, como Mais Educação, têm contribuído para melhorar o cenário. “A escola tem papel central na superação desses desafios”, define. Informações do Ig.