segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Elmano de Freitas diz que recorrerá à Justiça


Sem a presença da prefeita Luizianne Lins (PT), sua principal apoiadora no pleito deste ano, o candidato derrotado à Prefeitura de Fortaleza Elmano de Freitas (PT) acusou a campanha do seu adversário, Roberto Claudio (PSB), de supostos crimes eleitorais que teriam sido cometidos durante a votação deste domingo (28).

Com 53,19% dos votos válidos, Claudio derrotou o petista, que obteve 46,81%.

Elmano atribuiu sua derrota a práticas como compra de votos e boca de urna. "Eu acho que pesaram muito mais essas práticas políticas atrasadas do que de fato os apoios alcançados", disse, em referência aos 14 partidos que apoiaram Cláudio.
Ao discursar para a militância que o aguardava em frente ao seu comitê, Elmano disse que ainda irá "brigar na Justiça" contra o candidato vitorioso.
Em nenhum momento Elmano mencionou o nome do prefeito eleito. Para o petista, sua disputa foi contra a família Ferreira Gomes, do governador Cid e do ex-ministro Ciro, ambos do PSB. "Em Fortaleza nós fizemos a disputa com a família Ferreira Gomes", disse.
"Nós ainda vamos questionar muita coisa que nós vimos hoje na eleição em Fortaleza. Nós temos a obrigação legal, jurídica, pela democracia, de mostrar ao povo do Ceará o que é que eles fizeram --a oligarquia de Sobral-- para ganhar a eleição de Fortaleza", afirmou em discurso.
Questionado pelos jornalistas sobre eventuais erros na campanha, Elmano disse ter subestimado que os adversários "fossem capazes de práticas políticas tão atrasadas". "Nós vamos brigar ainda na Justiça."
Sobre seu futuro político, Elmano disse apenas que essa decisão caberá ao partido, e que continuará advogando e militando para o PT.

Folha

PSB, DEM e PSDB lideram prefeituras de capitais do Nordeste


O PSB, DEM e PSDB, somadas as vitórias nos dois turnos das eleições, conquistaram, cada um, duas prefeituras de capitais nordestinas. O PSB venceu no Recife, com Geraldo Junior (primeiro turno), e em Fortaleza, com Roberto Claudio (segundo turno). O DEM venceu em Aracaju, com João Alves Filho (primeiro turno); e em Salvador, com ACM Neto (segundo turno). O PSDB conquistou as prefeituras de Teresina, com Firmino Filho (segundo turno), e Maceió, com Rui Palmeira (primeiro turno).

O PT venceu em João Pessoa, com Luciano Cartaxo (segundo turno); o PDT, em Natal, com Carlos Eduardo (segundo turno); e o PTC ganhou em São Luís, com Edivaldo Holanda (segundo turno).

Kassab ministro de Dilma ?


Dilma Rousseff e Lula têm dito aos mais próximos que Gilberto Kassab será ministro a partir do início do ano que vem. Há boa chance de Kassab parar no Ministério dos Transportes.
A propósito, Gilberto Kassab tem mais planos para 2013. Quer tentar uma fusão do seu PSD com o PP. Se bem sucedida, resultaria no maior partido da Câmara.
Por Lauro Jardim

Com vitória em SP, PT governará população maior que a do Canadá


Vitorioso em 634 municípios nas eleições deste ano, o PT deverá governar o equivalente a 19,7% dos brasileiros, de acordo com a estimativa da população feita pelo IBGE neste ano.

A vitória em São Paulo, município de 11,4 milhões de habitantes, responde por quase um terço dos 37,6 milhões de munícipes herdados pelos petistas.
Com isso, os prefeitos petistas administrarão a partir de janeiro mais munícipes do que os do PMDB, que venceram em 1.024 cidades (31,2 milhões de habitantes), e os do PSDB, que venceram em 704 cidades (25,8 milhões de habitantes).
A população que será governada por prefeitos petistas é maior que a do Canadá (35 milhões). A dos peemedebistas é maior que a do Peru (30,1 milhões). A dos tucanos, pouco superior à do Afeganistão (25,5 milhões).

Folha

Campanha vê Serra chateado com Haddad e assume erro do 'kit gay'


O coordenador de campanha do tucano José Serra, Edson Aparecido, fez um balanço da derrota do ex-governador para o petista Fernando Haddad nas eleições municipais de São Paulo. O deputado federal afirmou que a campanha "perdeu uma semana" falando sobre o polêmico "kit-gay" e admitiu que Serra ficou chateado com a atitude do futuro prefeito da capital paulista Fernando Haddad nos últimos momentos da disputa.

De acordo com Aparecido, o petista fez duras críticas a Serra, por volta das 18h, em uma entrevista cedida a uma rádio da cidade, quando, segundo o próprio coordenador da campanha, Haddad já estava praticamente eleito prefeito de São Paulo.
"Ele estava muito chateado com o Haddad porque, de forma desnecessária, ele voltou a fazer críticas ao Serra já no final da apuração. Praticamente eleito prefeito, foi socar o porrete no Serra. Ele atacou de novo o Serra hoje de tarde. Falei com Serra umas 18h e ele disse que o Haddad foi para a rádio atacar de novo. O gesto de quem ganha a eleição deve ser de unir a cidade, gesto de grandeza. O prefeito eleito não desceu do palanque, que é o estilo do PT administrar, dividindo a cidade. É uma pena, mas não sei se ele (Serra) ligou para o Haddad", afirmou.
Aparecido afirmou que Serra e o PSDB foram atacados pelo PT a todo momento e que os tucanos buscaram sempre fazer uma campanha "propositiva". "(Haddad) Disse que o Serra tinha feito campanha desonesta. Fomos atacados o tempo todo e no último debate também. Só sei que ele ficou chateado e que talvez esperasse do Haddad um gesto de grandeza", completou.
A respeito dos erros durante a campanha, o deputado federal ressaltou a insistência no tema "kit-gay", que são os kits anti-homofobia voltados para escolas públicas, criados pelo petista e pelo tucano. "No segundo turno, talvez perdemos uma semana decisiva onde podíamos ter entrado na questão do bilhete único e apontado o fim das Organizações Sociais proposta pelo PT. Patinamos uma semana discutindo um assunto que não era da nossa campanha, que foi o chamado 'kit gay', que virou personagem da campanha. Ele veio de fora e entrou no debate da cidade. Não era um assunto da nossa campanha", afirmou.

Terra

El País trata eleição de Haddad como vitória de Lula


A vitória do candidato Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo está na homepage do site do jornal espanhol El País, que traz ampla reportagem sobre o segundo turno das eleições municipais brasileiras, com destaque para o pleito na capital paulista. "Candidato de Lula arrebata Prefeitura de São Paulo do PSDB", diz a matéria.

"A prefeitura de São Paulo, a maior e mais importante cidade do Brasil, voltou a ser conquistada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, um candidato escolhido pelo ex-presidente Lula da Silva em uma operação arriscada - como foi a da presidente Dilma Rousseff, escolhida também por ele - venceu com ampla margem", salienta o texto, que analisa o xadrez político que a eleição de Haddad representa para o PT e para Lula.

"A estratégia de Lula foi apresentar um candidato que chamou de renovação: Haddad, de 49 anos, jovem, frente a Serra, de 70 anos e já no final de sua carreira política, em que disputou a Presidência contra Lula e contra Dilma, tendo sido premiado pela ONU por sua atuação como ministro da Saúde. A aposta não era fácil, porque São Paulo tem sido por 30 anos forte feudo do PSDB tanto na Prefeitura quanto no governo do Estado, que são fundamentais nas eleições presidenciais", diz o El País.

De acordo com a reportagem, Lula precisava "ganhar sua aposta" por dois motivos: pensando na reeleição da presidente Dilma em 2014 e para se livrar do "espinho" de ver fundadores e líderes históricos do PT, como José Dirceu e José Genoino, condenados por corrupção e formação de organização criminal pelo Supremo Tribunal Federal. "Lula considera que o resultado do mensalão foi uma forma de incriminar o partido e seus governos populares e chegou a dizer que as 'urnas absolveriam ele e seu partido", afirma o texto.
Fonte: Agência Estado

Abstenção no segundo turno chega a 19% e preocupa TSE

Seis milhões dos 31,7 milhões de eleitores aptos a votar no segundo turno das eleições municipais faltaram hoje (28) às urnas. Com quase 100% das urnas apuradas, o número indica que a abstenção no segundo turno ultrapassou 19%, três pontos percentuais a mais que o índice do primeiro turno, de cerca de 16%.

O aumento preocupa o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e será avaliado pela Justiça Eleitoral, disse a presidenta do tribunal, ministra Cármen Lúcia. “Agora cabe aos órgãos tanto da Justiça Eleitoral quanto aos  especialistas e cientistas políticos fazermos essa avaliação, porque qualquer aumento é preocupante. Toda abstenção não é boa”, ressaltou a ministra na entrevista coletiva em que fez um balanço da votação no segundo turno.
 
“É um dado sobre o qual nós todos vamos nos debruçar para termos verificação adequada do porquê, quais as causas e consequências, e as medidas que podem ser tomadas para convidar com mais eficácia todos os eleitores que desta vez se abstiveram de votar”, acrescentou.

Com mais de 99,6% das urnas apuradas em todo o país, o Maranhão foi o estado com maior índice de abstenção no segundo turno. Dos 678.070 eleitores que deveriam voltar hoje às urnas na capital, São Luís, única cidade do estado com segundo turno, 149.439 não compareceram, 22,04% do total. O Rio de Janeiro aparece em seguida, com 21,55% de abstenção e a Bahia, com 21,4%.


Ag. Brasil

No segundo turno, PSB venceu em todas as cidades onde disputou contra o PT

Eduardo acompanhou o segundo turno em casa, ao lado do prefeito eleito do Recife, Geraldo Julio, e outros aliados (Foto: PSB/Divulgação)


Se o PSB do governador Eduardo Campos (PSB) conquistou seu espaço no cenário nacional com o bom resultado que apresentou no primeiro turno das eleições municipais, a força da legenda consolidou-se no segundo round. Os socialistas venceram o pleito em todas as cidades nas quais disputavam contra o PT, do ex-presidente Lula. Aliados nacionais, PT e PSB romperam alianças em importantes cidades no pleito deste ano. No primeiro turno, os socialistas já haviam saído vitoriosos em embates importantes contra os petistas, como no Recife (PE) e em Belo Horizonte (MG).

Cotado para se candidatar a presidente em 2014, Eduardo Campos participou das campanhas nos principais locais onde o PSB disputou e disseminou uma imagem desvinculada da de Lula, seu padrinho político. Em alguns momentos, até "pautou" os petistas, como em Campinas (SP), por onde a presidente Dilma Rousseff e Lula só decidiram ir após uma passagem do socialista.

A vitória maior do PSB no segundo turno foi em Fortaleza (CE), onde a sigla elegeu Roberto Cláudio, com 53,02% dos votos, contra os 46,98% de Elmano de Freitas (PT). Por lá, a disputa era tão acirrada que uma pesquisa divulgada pelo Datafolha nesse sábado (27) apontava para um empate entre os dois postulantes. 

O rompimento do PT com o PSB na capital cearense ocorreu em um movimento semelhante ao do Recife. A atual prefeita, Luizianne Lins (PT), indicou a candidatura de Elmano, que foi rejeitada pelos socialistas, em especial pelo governador Cid Gomes, ligado a Eduardo. Com isso, a postulação de Roberto Claudio foi lançada e abarcou a aliança de 13 partidos, inclusive o PMDB, que indicou o vice da chapa, Gaudêncio Lucena. A aliança PT-PSB no Estado tinha eleito tanto o governador Cid Gomes como Luizianne.

A segunda vitória mais comemorada pela cúpula do PSB foi em Campinas (SP), quintal de São Paulo. Jonas Donizette (PSB) venceu a eleição com 57,69% dos votos válidos, enquanto Marcio Pochmann (PT) teve 42,31% (231.420). A cidade era mirada pelo PSB por ser o terceiro maior parque industrial do País.

Vitória também em Cuiabá (MT), onde Mauro Mendes (PSB) venceu com 54,5% dos votos válidos. Lúdio Cabral (PT) ficou em segundo lugar (45,4%).

Contando as capitais, mas já em disputas não contra o PT, o PSB também levou Porto Velho (RO) neste segundo turno. Entre as cidades menores, ainda angariou Duque de Caxias (RJ) e Petrópolis (RJ). Das sete cidades onde os socialistas disputaram neste domingo (28), só perderam em Uberaba (MG), para o PMDB, que era apoiado pelo PT, apesar de o candidato socialista também ter usado a imagem de Dilma. Lá, o deputado federal Paulo Piau (PMDB) teve 51,36% dos votos válidos e o deputado estadual Antônio Lerin (PSB), 48,64%.

No primeiro turno, o PSB já havia ganho disputas contra o PT no Recife (PE) e em Belo Horizonte (MG). Após o prefeito da capital pernambucana João da Costa (PT) ter sido rifado pelo próprio partido de tentar a reeleição, a Executiva Nacional da legenda impôs a candidatura do senador Humberto Costa (PT). Eduardo aproveitou a briga interna entre os petistas para lançar um nome próprio, seu ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Geraldo Julio (PSB). Com isso, rompeu uma aliança de 12 anos com o PT na cidade. Acabou elegendo Geraldo no primeiro turno com 51,15% dos votos. Humberto amargou o terceiro lugar (17,43%), atrás até do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) - 27,65%.

Já em Belo Horizonte, o socialista vitorioso foi Marcio Lacerda (PSB), uma aliança do PSB com o PSDB, principal partido da oposição ao governo federal. Ele disputou contra Patrus Ananias (PT), cuja candidatura foi uma aposta pessoal da presidente Dilma. Marcio Lacerda teve 52,69% dos votos, contra os 40,80% de Patrus Ananias.

Apesar de ter perdido as eleições no segundo turno para o PSB, o PT foi o partido que mais elegeu prefeitos nas 50 cidades onde houve nova votação, junto com o PSDB. Aos petistas coube a vitória na maior cidade do País, São Paulo, administrada por quase uma década pelo PSDB, e em mais sete municípios, entre os quais duas capitais, João Pessoa (PB) e Rio Branco (AC). Os tucanos, por sua vez, conquistaram nove municípios, sendo três capitais: Manaus (AM), Teresina (PI) e Belém (PA).

A disputa dos petistas em João Pessoa foi contra o PSDB. O deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) teve 68,13% e seu adversário, Cícero Lucena (PSDB), 31,87%. Por lá, o PSB manteve-se neutro.

Já em São Paulo, a vitória do ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) - 55,57% - sobre o ex-governador do estado paulista José Serra (PSDB) - 44,435 - teve o apoio do PSB, entretanto, Lula tratou de deixar Eduardo longe da campanha para ele não ter crédito na conquista. O PSB foi o primeiro partido a declarar apoio ao petista, aliás, Eduardo sempre cita este episódio quando é instado a falar sobre uma suposta crise com o PT. O governador de Pernambuco chegou a receber um telefonema de Haddad para que participasse de um evento no segundo turno, mas o tal ato não ocorreu, até porque, na última semana da eleição, as pesquisas de intenção de votos já apontavam vitória do ex-ministro com dez pontos percentuais de diferença.

Apesar dos fatos, Eduardo nega qualquer mal-estar com o PT e Lula. E também já disse que não falará agora sobre 2014. Pelo menos não publicamente. Como em todos os passos dados pelo socialista, o rompimento com o PT em cidades estratégicas foi milimetricamente calculado. E deu certo. Mais uma prova de que o governador não dá ponto sem nó.


Blog do Jamildo


domingo, 28 de outubro de 2012

Agilidade na apuração e tranquilidade na votação marcam as Eleições 2012

Em entrevista coletiva concedida na noite deste domingo (28), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, destacou a eficiência da Justiça Eleitoral na apuração dos votos do segundo turno das eleições municipais. “Mais uma vez conseguimos diminuir o tempo entre o final da eleição e a totalização dos votos”, ressaltou a ministra, informando que o município de Vitória-ES foi o primeiro a fechar a totalização, concluída em apenas 44 minutos. 
 
Segundo a ministra, as eleições transcorreram em clima de absoluta normalidade e os poucos incidentes registrados, em sua maioria referentes à boca de urna, estão se reduzindo espontaneamente a cada eleição. Para ela, o próprio cidadão está cobrando e adotando posturas mais corretas e rigorosas contra esse tipo de comportamento. “É um aprimoramento da própria sociedade. Já melhoramos muito, mas sempre temos muito mais a melhorar”, disse.   
 
A presidente do TSE agradeceu o empenho dos juízes e dos servidores da Justiça Eleitoral, elogiou a transparência e o profissionalismo da imprensa e enalteceu a participação do cidadão que compareceu às urnas e trouxe, mais uma vez, a representatividade e a legitimidade necessárias para que a democracia brasileira se consolide cada vez mais.
 
Entretanto, a ministra Cármen Lúcia lamentou o índice de 19% de abstenção no pleito deste domingo, índice quase 3% superior ao verificado no primeiro turno. Ela considerou a elevação da abstenção uma questão preocupante que precisa ser analisada pela Justiça Eleitoral e pelos cientistas políticos. 
 
“Devemos nos debruçar sobre esses dados para que tenhamos uma verificação adequada de suas causas e consequências, e quais as medidas que podem ser tomadas para convidar com mais eficácia todos esses eleitores que se abstiveram de votar nas eleições de 2012”.
 
Ela reiterou a meta do Tribunal de julgar todos os recursos pendentes até o dia 19 de dezembro, data-limite para a diplomação dos eleitos, e adiantou que caso seja necessário, serão convocadas sessões extraordinárias “para que a resposta que a sociedade espera seja dada a contento para todos”.
 
MC/LF

sábado, 27 de outubro de 2012

Ministra Cármen Lúcia destaca que o “eleitor brasileiro é livre e responsável”


“Sempre escolha o que você quer. Procure saber o que você quer da vida, porque é você que está fazendo a sua vida”. Esta foi a mensagem que a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, enviou aos eleitores brasileiros, após participar da cerimônia de verificação dos sistemas de recepção de votos de toda a Justiça Eleitoral
A ministra Cármen Lúcia destacou ainda que neste segundo turno mais de 31 milhões de eleitores de 50 municípios, divididos em 20 Estados brasileiros, irão ás urnas neste domingo (28/10). “O eleitor brasileiro é livre e responsável”, salientou a presidente do TSE ao firmar a expectativa de tranqüilidade ao longo a votação.
Verificação dos sistemas
Realizada na manhã deste sábado (27), a verificação dos sistemas que serão utilizados na recepção e na totalização dos votos da eleição de domingo mostrou que todos os sistemas instalados nos Tribunais Regionais eleitorais dos 27 Estados estão íntegros e são realmente de autoria da Justiça Eleitoral, ou seja, a verificação garantiu que não houve nenhuma interferência externa nesses sistemas e, portanto, estão prontos para as Eleições 2012. Esses sistemas foram “blindados” por meio de certificados digitais na ocasião da cerimônia de lacração.
O sistema de recepção recebe os boletins de urnas que contarão os votos e o sistema de totalização faz a contagem dos resultados da votação. As seções eleitorais são abertas para colher os votos dos eleitores a partir das 8h e fecharão às 17h (horário local) e, a partir do encerramento da votação, as seções eleitorais emitem os boletins de urna por meio de uma mídia digital que será levada até um ponto de transmissão - cartório eleitoral - e esse boletim chega ao TRE de cada Estado, de onde serão contados os votos pelos sistemas informatizados que foram testados hoje.
TSE

Romário prega união entre Estado e Prefeitura



O deputado federal Romário (PSB-RJ), considerado um dos maiores ídolos do futebol mundial, disse que o próximo prefeito de Fortaleza tem “obrigação” de estar de comum acordo com o governo do Estado. Em Fortaleza para subir no palanque de Roberto Cláudio (PSB), o “baixinho” aproveitou a passagem para visitar as obras de drenagem do Castelão, e fez duras críticas às ações da Copa do Mundo tocadas pela Prefeitura.
 Exaltando o andamento das obras no estádio, o parlamentar disse que faltou “competência” por parte da atual gestão municipal para as obras de mobilidade urbana em Fortaleza. “Estamos aí com um estádio pronto, mas infelizmente muitas pessoas não vão poder nem chegar nele, pela falta de competência da Prefeitura em ter feito sua obrigação, que são as obras de mobilidade”, diz.
O deputado ainda criticou a estrutura fornecida pela gestão Luizianne Lins (PT) para acolher o turismo movimentado pela Copa do Mundo em 2014. Segundo Romário, o prefeito do megaevento tem que “deixar a cidade nas condições ideais para os turistas chegarem”, o que não estaria, em sua opinião, acontecendo em Fortaleza.
 “E isso tudo eu falo do que vi. Estou acompanhando todas as obras da Copa, não foi ninguém que me disse não”, acrescento o ex-atleta e agora político.
 A visita do ídolo foi agendada pelo deputado federal Domingos Neto (PSB), que foi colega do ex-jogador na comissão de Turismo e Desporto da Câmara de Deputados. “Romário sempre foi um grande parceiro do governador Cid Gomes, e um nome que, além de mito do futebol, orgulha o PSB pelo mandato de deputado”, diz Domingos.

A passagem de Romário no Castelão foi acompanhada também pelo secretário Especial da Copa, Ferruccio Feitosa (PSB). “Romário representa bem a renovação política que desejamos para Fortaleza através do Roberto Cláudio”, diz.
Campanha
Na noite de ontem, o ex-jogador participou de comício de encerramento da campanha de Roberto Cláudio, no Conjunto Ceará. Segundo a coordenação de campanha do candidato, a visita é estratégia para “facilitar a divulgação de propostas” do PSB.
A visita de Romário não foi o primeiro investimento de Roberto Cláudio no mundo do futebol. No segundo turno, o candidato do PSB já havia reunido os presidentes dos dois maiores clubes cearenses, Osmar Baquit (PSD) - Fortaleza - e Evandro Leitão (PDT) - Ceará.
 Saiba mais
 No último dia previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização de comícios, a candidatura do PSB reuniu, além de Romário, mais de vinte partidos no palanque de Roberto Cláudio.
Estiveram presentes, além do governador Cid Gomes (PSB), os “ex-candidatos” André Ramos (PPL), Alexandre Pereira (PPS) e Valdeci Cunha (PPL). Antigos rivais políticos, Moroni Torgan (DEM) e Inácio Arruda (PCdoB) também subiram unidos no palanque do postulante do PSB.
O POVO

Confronto de projetos no debate em Fortaleza

Apostando que a discussão de propostas na reta final é fundamental para conquistar o eleitor indeciso, os candidatos a prefeito de Fortaleza, Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PSB), participaram, ontem, do último debate deste segundo turno, realizado pela TV Verdes Mares. O clima entre os postulantes foi de acirramento. Enquanto Roberto Cláudio apontava problemas na gestão do PT, Elmano de Freitas afirmava que o seu opositor representa uma ´oligarquia´, em claro confronto de projetos.

O candidato Roberto Cláudio foi o primeiro a chegar nas dependências do Sistema Verdes Mares. Momentos antes do debate, o pessebista lembrou que esta era a última oportunidade dos candidatos para apresentar as propostas à população. "Espero francamente que haja muito respeito e elegância porque, neste momento, quem merece ser respeitado é o eleitor de Fortaleza. A gente está a dois dias da definição do futuro da nossa cidade, da nossa gente", declarou.

Para ele, o debate foi importante para que o eleitor possa ter mais elementos e informação para fazer sua escolha. "Para tomar uma decisão sensata, serena e sábia", acrescentou. Roberto Cláudio argumentou que estão postos dois projetos: "Um que propõe legitimamente a continuidade do que está aí e o nosso projeto, hoje fortalecido por tantas candidaturas de valor que prestaram serviço no primeiro turno", disse. E completou: "Propomos uma grande aliança e a renovação da cidade".

O candidato Elmano de Freitas também considera o último debate importante para conquistar o eleitor indeciso. "Facilita para que o indeciso compare os dois candidatos e suas propostas e, com isso, tome decisão com maior profundidade e segurança". Ele analisa que, nesta reta final, há um percentual menor de indecisos, mas existe muita gente pensando em votar nulo.

"O que temos que fazer é cumprir nossa tarefa de apresentar propostas concretas para o povo de Fortaleza, a cidade que mais criou emprego com carteira assinada no Nordeste, que se tornou referência no turismo nacional. Nós vamos continuar para que a gente tenha uma educação melhor, para que a gente possa avançar no sistema de saúde, para que a gente tenha uma cidade como sonhamos. Isso fazemos passo a passo no processo que iniciamos em 2002, com a eleição do presidente Lula", disse.

Embates

Questionado sobre o acirramento e os embates incisivos observados na campanha deste segundo turno, o candidato Roberto Cláudio considerou a situação "natural" para a segunda etapa da eleição. "As contradições, as polarizações e as distintas visões aparecem agora no debate. Quando se tem dez candidaturas e há dificuldade de debater com profundidade os temas, certamente fica mais difícil de haver algum acirramento. No segundo turno, é mais comum discussões acaloradas, mas sempre em torno de problemas, de propostas e visões, sem ofender moralmente alguém", afirmou.

Ele avaliou ainda que o segundo turno foi marcado por um debate duro e contundente em torno de visões e de estilo das pessoas. "Mas só quem pode ser o juiz desse processo é o eleitor de Fortaleza", ponderou.

Já o petista Elmano de Freitas analisa os embates no segundo turno como um processo natural de duas candidatura que restaram. "Portanto, é normal que essas candidaturas se aprofundem e fiquem mais claras as divergências entre elas e as forças políticas que representam", opinou.

Por outro lado, o petista lamentou a postura que observa no seu adversário. "Lamento que tenha tido do nosso adversário uma postura de muito ataque e poucas propostas. Mas cada um faz a opção da estratégia que quer adotar e nós vamos até o final apresentando nossas propostas para melhorar Fortaleza", declarou.

Nesta reta final, Elmano disse estar animado com o que tem visto nas ruas. "Tem uma energia grande com o nosso povo, e é o que nos anima. Aliança com o povo de Fortaleza, somente ela pode nos dar a vitória. E é com ela que eu vou até o final", destacou o postulante.

Roberto Cláudio também avalia positivamente a reta final. "Estou muito grato por tudo que recebi das pessoas. Claro que quero um pouco mais: ser eleito prefeito de Fortaleza". Ao chegar no Sistema Verdes Mares, o pessebista foi recebido por apoiadores, dentre os quais estavam os candidatos no primeiro turno, Moroni (DEM) e Valdeci (PRTB), e o candidato a vice Alexandre Pereira (PPS).

Durante o primeiro bloco, foram feitas perguntas de temas livres, quando os embates foram mais incisivos. Elmano chegou a pedir direito de resposta no primeiro e no segundo bloco, quando eles questionaram sobre temas específicos, mas ambos foram negados. No terceiro bloco, os candidatos voltaram a perguntar sobre temas livres. Durante todo o debate, os dois se acusavam de "faltar com a verdade" e apontavam problemas nas gestões da Capital, administrada pelo PT, e do Ceará, pelo PSB. 


Diário do Nordeste