segunda-feira, 13 de abril de 2015

Governo do Estado forma 974 novos policiais militares nesta terça-feira (14)

O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e da Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP/CE), realiza a cerimônia de formatura de 974 novos policiais aprovados no Concurso Público para o ingresso no Cargo de Soldado da Carreira de Praças da Policia Militar do Ceará - 4ª Turma. A solenidade acontece nesta terça-feira (14), às 10 horas, no Centro de Eventos do Ceará (CEC), e contará com a presença do governador Camilo Sobreira de Santana e demais autoridades do Sistema de Segurança Pública do Ceará.
O Curso de Formação Profissional para o Cargo de Soldado da Carreira de Praças da Polícia Militar do Ceará (CFPCP/PMCE) – 4ª Turma teve início em setembro de 2014, totalizando sete meses distribuídos em 1.020 horas/aula, formatadas com base na Matriz Curricular da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (SENASP/MJ). O curso é dividido em três módulos: Ensino Fundamental, Ensino Profissional e Ensino Complementar.
Cada modalidade contemplou aulas teóricas e práticas abordando temáticas como Gestão de Conflitos e Eventos Críticos, Armamento (letal e não letal) e equipamento, Defesa Pessoal, Inteligência Policial, Estágio Supervisionado de Ação Policial, Os soldados militares recém-formados estão prontos para exercer de forma hábil as atividades inerentes à profissão, contribuindo para uma sociedade menos violenta.
Essa é a quarta turma de novos soldados da Polícia Militar, aprovados no concurso público lançado em 2011 pelo Edital nº01/2011. Durante todo o ciclo de capacitação, já foram nomea­dos 3.941 profissionais, divididos em quatro turmas, com 943, 1.097, 927 soldados formados, respectivamente.
Em março deste ano, o Governador Camilo Santana autorizou a convocação de mais 400 novos soldados militares, que passarão por todo o curso de formação na AESP, a fim de fortalecer ainda mais o trabalho realizado pela segurança pública no Estado.
Outros profissionais nomeados
Na última sexta-feira (10), o Governo do Estado realizou solenidade de nomeação de 54 policiais militares, três policiais civis e um agente penitenciário, no Palácio da Abolição. A solenidade foi comandada pelo governador Camilo Santana, que recebeu os novos integrantes do aparato de segurança pública do Estado. Os novos policiais foram aprovados nos últimos concursos de 2009 e 2011, mas não puderam assumir no período de convocação. Medidas judiciais posteriores deram a eles o direito de ingressar na corporação.
Os 58 novos profissionais tomarão posse de suas respectivas funções juntamente com os 974 integrantes da 4ª Turma do Curso de Formação Profissional para o Cargo de Soldado da Carreira de Praças da Polícia Militar do Ceará (CFPCP/PMCE), na cerimônia marcada para as 10 horas desta terça-feira, no Centro de Eventos do Ceará.
 Assessoria de Imprensa

"Sou contra a redução da maioridade penal", Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff se pronunciou como contrária a redução da maioridade penal, veja a postagem no seu perfil do Facebook:

'Nas últimas semanas, intensificou-se o debate sobre a redução da maioridade penal no Brasil de 18 anos para 16 anos de idade. Isso seria um grande retrocesso para o nosso País. Há poucos dias, eu reiterei aqui a minha posição contrária a esse tipo de iniciativa. E mantenho minha palavra.
Reduzir a maioridade penal não vai resolver o problema da delinquência juvenil. Isso não significa dizer que eu seja favorável à impunidade. Menores que tenham cometido algum tipo de delito precisam se submeter a medidas socioeducativas, que nos casos mais graves já impõem privação da liberdade. Para isso, o País tem uma legislação avançada: o Estatuto da Criança e do Adolescente, que sempre pode ser aperfeiçoado.
Acredito que é chegada a hora de ampliarmos o debate para alterar a legislação. É preciso endurecer a lei, mas para punir com mais rigor os adultos que aliciam menores para o crime organizado.
Eu já orientei o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a dar início a uma ampla discussão com representantes das entidades e organizações da sociedade brasileira para aprimoramento do Estatuto da Criança e do Adolescente. É uma grande oportunidade para ouvirmos em audiências públicas as vozes do nosso País durante a realização deste debate.
Mas, insisto, não podemos permitir a redução da maioridade penal. Lugar de meninos e meninas é na escola. Chega de impunidade para aqueles que aliciam crianças e adolescentes para o crime".

domingo, 12 de abril de 2015

Afinal, o que quer o PMDB ?

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) é hoje o que possui o maior número de prefeitos, de vereadores e de filiados. no País Tem a segunda maior bancada do Câmara, a primeira do Senado e a Presidências das duas Casas. Comanda seis ministérios, tem o vice-presidente e, agora, a articulação política do próprio governo. Se a presidente, Dilma Rousseff (PT), iniciou o mandato com movimentações para reduzir a influência do partido junto ao seu governo, chega ao quarto mês deste mandato vendo-o alcançar poder inédito.

“Ele (o PMDB) é o eixo central do governo”, afirma Valeriano Costa, cientista político da Unicamp. Para o professor, o fortalecimento do partido tem como principal responsável tomadas de decisões políticas erráticas por parte do governo. Ele cita como exemplo as movimentações do ex-ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), e do ministro da Cidades, Gilberto Kassab (PSD), para criar partidos que pudessem diminuir a dependência do governo em relação ao PMDB. Mas o principal fator teria sido a decisão de confrontar o candidato do PMDB para a Presidência da Câmara, Eduardo Cunha, lançando a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT). Isso teria aglutinado a legenda. “O PMDB se unifica na defensiva”, declara o professor.

Entretanto, Costa critica a tese de que estaríamos diante de um “parlamentarismo à brasileira”. Para ele, o que acontece é que finalmente o tal “presidencialismo de coalizão” teria honrado o termo “coalizão”. Antes, o Brasil teria tido um presidencialismo com feições imperiais. Agora, “o presidente não é mais o único jogador”.

O deputado federal Danilo Forte (PMDB) apresenta tese parecida. Segundo ele, não basta a articulação politica do governo mudar de mãos. É preciso que a própria formulação das políticas públicas inclua o Congresso. “Eu prefiro ser sócio da solução a padecer na crise”, diz.

Projeto nacional
A expectativa do deputado cearense é que, a partir de agora, as tensões com o governo entrem em uma fase de declínio, e que o partido consiga afinar o discurso em torno de uma “unidade nacional”. Isso, espera Forte, pode consolidar o PMDB como uma opção viável para disputar a presidência.

A tese da candidatura própria é defendida abertamente por caciques do partido, como o vice-presidente, Michel Temer, e o presidente estadual da legenda, Eunício Oliveira, que já possui 14 anos de diretório nacional. Entretanto, Josênio Parente, cientista político e professor da Uece, não crê que a possibilidade seja expressiva. “O PMDB, quando tem candidato, esbarra na realidade”, declara. Os casos de Ulysses Guimarães, candidato em 1989, e Oréstes Quércia, que concorreu em 1994, são apontados como exemplos.

O professor aponta a legenda como um partido de lideranças regionais, com força especialmente no Nordeste. E a variedade de interesses torna profundamente difícil alinhar o partido em torno de um discurso nacional. De forma mais eufemística, Eunício admite a multiplicidade de vontades dentro da sigla. “O PMDB é um partido que tem, no seu DNA, a liberdade”, declara.

Costa classifica a tese do candidato próprio como “ousada”. Ele identifica três grupos mais consolidados dentro do partido: o nordestino, liderado por Renan Calheiros e José Sarney, o “petista”, que tem no prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, seu maior expoente, e o paulista, antes liderado por Quércia e agora por Temer. E, de acordo com ele, “nenhum cacique permite que o outro se projete ao ponto de ser um candidato nacional”. (colaborou Isabel Filgueiras) O POVO

Aécio recua de encontro com Temer e FHC para não dar impressão de pacto com governo

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) negou um convite para participar do encontro entre o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), nesta segunda-feira (13). O encontro se justifica sob a ótica da reforma política, oficialmente. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, Aécio, que é presidente nacional do PSDB temia que sua presença desse um caráter de pacto entre governo e oposição à conversa. 

Fora Dilma é um feitiço do PT contra o feiticeiro

Os pesquisadores do Datafolha perguntaram: Considerando tudo o que se sabe até o momento a respeito da Operação Lava Jato, o Congresso deveria abrir um processo de impeachment para afastar a presidente Dilma da Presidência? A resposta foi eloquente: 63% dos brasileiros consultados responderam “sim”. Isso ajuda a entender por que desejo de puxar o tapete da presidente ganha as ruas.
Os petistas reclamam muito da atmosfera de fim do mundo que rodeia o Palácio do Planalto. Fariam um bem a si mesmos se examinassem o próprio passado. O ‘Fora Dilma’ não é senão um feitiço do PT virando-se contra o feiticeiro. No ano pré-eleitoral de 2001, a moda era o ‘Fora FHC’. Foi incorporado ao discurso de líderes do petismo. E ganhou as ruas nas faixas de uma CUT implacável com o governo.
Naquela ocasião, já estava claro, muito claro, claríssimo que atear fogo no cenário político não era um bom negócio para o PT. O partido chegara ao poder em alguns Estados e em vários municípios. No ano seguinte, Lula se tornaria presidente, prevalecendo sobre José Serra.
Desde então, o PT trocou o desejo de virar a mesa pelo hábito de sentar-se em torno dela. Perdeu-se num detalhe. Em vez de usar o tampo para recostar os cotovelos em rodadas de diálogo, usou-o para repartir dinheiro com pseudo-aliados. O fisiologismo e o patrimonialismo foram elevados à potência máxima. Deu no mensalão. Continuou compartilhando propinas. Deu no petrolão.
Aquele PT casto e imaculado morreu. E, suprema desgraça, não foi para o céu. Hoje, 75% dos brasileiros apoiam os protestos anti-Dilma, informa o Datafolha. Uma maioria ainda mais tonitruante de 83% diz acreditar que Dilma sabia da corrupção na Petrobras. Desses, 57% avaliam que ela deixou que a roubalheira progredisse. Outros 26% acham que ela nada podia fazer.
Meio tonto, o ex-PT aciona a ex-CUT e o notório MST para levar às ruas “exércitos” de militantes remunerados contra um golpe inexistente. Não há quarteis na jogada. E a multidão olha de esguelha para os políticos. Querem revogar o resultado eleitoral, insiste o ex-PT. E o Datafolha: 64% dos brasileiros acham que Dilma não será afastada por causa das denúncias de corrupção na Petrobras.
Quer dizer: por ora, há mais histeria do que estratégia na causa do impeachment. O brasileiro deseja. Mas sabe que a via democrática exige mais do que isso. De concreto mesmo apenas uma evidência: o ex-PT e suas ramificações sindicais e sociais tornaram-se forças minoritárias no asfalto. Natural. Na época do ‘Fora FHC’, diziam que o governo do presidente tucano achegara-se à gestão de Fernando Collor em matéria de corrupção. Hoje, Collor é sócio do petrobutim e frequenta a lista do procurador Rodrigo Janot.
Blog do Josias

sábado, 11 de abril de 2015

Lula, Aécio Neves e Eduardo Jorge no mesmo time

Na fila de cima, da esquerda para a direita: Maguito Vilela (GO), José Richa, Antonio Patriota (PE), não identificado, outro não identificado, Luiz Alberto Rodrigues, Lula, Cássio Cunha Lima (PB), Eduardo Jorge, não identificado, Paulo Delgado. Agachados: Lysâneas Maciel (RJ), Luis Gushiken (SP), Beto Mansur (SP), Valmir Campelo (DF), Aécio Neves (MG), não identificado, outro não identificado, Vitor Buaiz (ES), não identificado.
O ex-presidente Lula postou em sua conta do Facebook uma fotografia que reúne os deputados constituintes que elaboraram a carta de 1988. Curiosamente, quem também está no registro são os candidatos à presidência em 2014, Aécio Neves, PSDB, e Eduardo Jorge, do PV. Através da assessoria, Lula, perguntado em qual posição jogava, afirmou: “eu era o dono do time”. Ainda não conseguiu achar? Olha mais de pertinho:

Datafolha: 63% apoiam abertura de processo de impeachment, aponta Datafolha

A pesquisa também mostra que 64% dos entrevistados não acredita que Dilma será afastada em razão denúncias de corrupção da Lava Jato e que menos da metade dos entrevistados sabe que, caso Dilma saia, quem assume é o vice-presidente e que o vice é Michel Temer (PMDB).
A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 9 e 10 de abril com 2.834 entrevistas em 171 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Veja a seguir os resultados da pesquisa, divulgada pelo site da "Folha de S.Paulo":
Considerando tudo o que se sabe até o momento a respeito da Operação Lava Jato, o Congresso deveria abrir um processo de impeachment para afastar a presidente Dilma da Presidência?
- Sim: 63%
- Não: 33%
- Não sabe: 4%

Caso isso ocorra, assume seu lugar:
- O vice (sem citar o nome): 29%
- Michel Temer: 13%
- Aécio Neves: 12%
- Outros: 8%
- Não sabe: 39%

Caso isso ocorra, assume seu lugar (entre quem apoia o impeachment):
- O vice (sem citar o nome): 27%
- Michel Temer: 10%
- Aécio Neves: 15%
- Outros: 8%
- Não sabe: 40%

Caso isso ocorra, assume seu lugar (entre quem rechaça o impeachment):
- O vice (sem citar o nome): 33%
- Michel Temer: 19%
- Aécio Neves: 5%
- Outros: 9%
- Não sabe: 33%

Sabe quem é o vice-presidente?
- Michel Temer: 36%
- Outros: 1%
- Não sabe: 63%

Opinião sobre os protestos contra o governo Dilma
- A favor: 75%
- Contra: 19%
- Indiferente: 5%
- Não sabe: 1%

Acha que Dilma vai ser afastada por causa das denúncias de corrupção na Lava Jato?
- Sim: 29%
- Não: 64%
- Não sabe: 7%

Sobre a corrupção na Petrobras, você acha que Dilma:
- Sabia e deixou que ocorresse: 57%
- Sabia, mas não poderia evitá-la: 26%
- Não sabia: 12%
- Não soube responder: 5%

Em quem votaria para presidente caso houvesse novas eleições?
- Aécio (PSDB): 33%
- Lula (PT): 29%
- Marina Silva (PSB): 13%
- Joaquim Barbosa: 13%
- Outra resposta: 9%
- Não sabe: 3%

Cientista brasileira desenvolve aparelho que diagnostica câncer apenas com exame de sangue

A cientista brasiliense Priscila Monteiro Kosaka está desenvolvendo um sensor que garante ajudar no tratamento de câncer, já que detecta a doença antes de qualquer sintoma surgir e sem biópsia ou outros procedimentos invasivos. As informações são do portal Catraca Livre. O sensor ultrassensível precisa apenas de um exame de sangue para descobrir um câncer, através de uma técnica conhecida como bioreconhecimento. A inovação também poderá ser utilizada para auxiliar o diagnóstico de hepatite e Alzheimer. O sensor consegue detectar uma amostra muito pequena entre milhares de células. O sensor trabalha como um trampolim com anticorpos na superfície. Quando a presença do câncer é detectada, eles reagem e ficam mais pesados. Dessa forma, o dispositivo faz com que as partículas mudam de cor. De acordo com testes, o aparelho tem uma taxa de erro de dois a cada 10 mil casos e está sendo testado há quatro anos. O sensor ainda vai passar por algumas modificações para ser comercializado a baixo custo. No momento, a previsão é que as modificações sejam concluídas dentro de 10 anos. O objetivo é que ele seja usado em exames de rotina, dispensando a biópsia.

Barack Obama encontra Usain Bolt e publica foto com a comemoração da ‘flecha’

Em visita rápida a Jamaica, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se rendeu ao velocista Usain Bolt e tirou uma foto junto com o octacampeão mundial e hexa olímpico. Imitando a famosa comemoração da “flecha” do atleta, o norte-americano exaltou Bolt e se mostrou impressionado com a forma física do homem mais rápido do mundo. “Ninguém nunca foi mais rápido do que este homem, nunca... de todos os milhares de milhões de pessoas”, reiterou Obama. Após o encontro, o presidente dirigiu-se para a Cúpula das Américas, no Panamá, enquanto que Usain Bolt foi para o Rio de Janeiro onde disputará de m desafio em Copacabana.

Eduardo Cunha critica PT após protestos em João Pessoa

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez duros ataques ao PT após o protesto que terminou em tumulto na última sexta-feira (10) enquanto ele participava de uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Paraíba, em João Pessoa. Ao deixar o local sem ao menos conseguir discursar, Cunha atribuiu ao PT a organização do ato e disse que o PMDB não ia aceitar ser constrangido. "Quando eles vêm fazer baderna, eles têm um objetivo político. O PT não vai constranger o PMDB pelo País. O PMDB não vai aceitar ser constrangido pelo PT. Esse é o recado que nós estamos dando", afirmou. Questionado sobre se essas críticas teriam o aval do vice-presidente Michel Temer, que esta semana assumiu a coordenação política do governo com a missão de pôr fim à crise entre governo e PMDB, Cunha respondeu com uma ironia: "Vossa Excelência pergunte isso a ele". O presidente da Câmara também criticou o PT por defender o financiamento público de campanha, mas aceitar doações privadas. Ele afirmou ainda que as pessoas deveriam ter protestado e cobrado explicações quando o tesoureiro do PT, Cândido Vaccari, prestava seu depoimento durante a CPI da Petrobras, na última quinta-feira, 9. "Esses movimentos deveriam estar lá contestando e cobrando a apuração da corrupção e não estar aqui tentando impedir o debate da reforma política", disse. Cunha tem rodado o País para discutir temas como a reforma política nos Estados. Por onde já passou, foi recebido com protestos. No dia 27 de março, foi vaiado em São Paulo. Dias depois, o mesmo aconteceu no Rio Grande do Sul.

Aprovação do governo de Dilma Rousseff fica estável em pesquisa

A popularidade da presidente Dilma Rousseff parou de cair, segundo pesquisa do Datafolha publicada neste sábado, 11. Para 13% das pessoas ouvidas, Dilma faz um governo bom ou ótimo, a mesma porcentagem mostrada no levantamento de março, enquanto para 60% a administração é ruim ou péssima, apenas dois pontos a menos do que na pesquisa anterior. Também ficaram estáveis as expectativas dos entrevistados em relação à economia. Na opinião de 78% das pessoas ouvidas a inflação deverá aumentar no próximo período, para 70% o desemprego vai crescer e para 58% a situação econômica do País deve piorar. A pesquisa foi realizada nos dias 9 e 10 de abril com 2.834 pessoas em 171 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Um governo precisa falar ao seu eleitor

Levantamentos realizados em algumas capitais mostraram que as manifestações do dia 15 de março tinham parcela significativa da classe média e da elite. Em Porto Alegre, preponderaram os que ganham de 6 a 10 salários e mais de 10 salários (Instituto Índex e Instituto Amostra). Em São Paulo, de acordo com o Datafolha, os que ganham entre 10 a 20 salários e os que recebem mais de 20 salários representavam, juntos, 41%. Se adicionarmos os que ganham entre 5 e 10 salários, o número sobe para 68%. Não vi dados do Nordeste, mas seria interessante tê-los para fazer comparação A tirar pelas pesquisas, não é absurda a tese de que há parcela que tem ódio do PT pela promoção da inclusão social e garantia de direitos e programas que restringem privilégios, como cotas para negros nas universidades e Bolsa-Família. E também não é absurdo pensar que, depois da emergência da classe C, a estagnação da economia e dos ganhos sociais faria esta se revoltar contra o governo, exigir mais.
Entretanto, a última pesquisa do Datafolha mostra o aumento da reprovação de Dilma Rousseff em todas as classes e aponta que os mais descontentes ganham entre 2 e 5 salários. Muitas hipóteses podem ser tiradas daí. A primeira é que um governo precisa falar ao seu eleitor. Principalmente, se disser uma coisa na campanha e fizer outra. A segunda é que os discursos da classe dominante se reproduzem na dominada, como disse Marx e reiterou Pierre Bourdieu. Rejeito a segunda por estudos terem mostrado que não se confirma integralmente, ou seja, o cidadão não é ente passivo, receptor sem questionamento dos discursos dominantes. Aliás, quero ampliar o sentido do termo e falar de discurso dominante como preponderante em determinado momento. No vivenciado agora, “impeachment da presidente” e “corrupção petista é a maior” são os que ganham eco entre agentes sociais que não fazem parte do campo político.
Se Patrick Champagne (sociólogo francês que estudou o jogo político de formar a opinião) está certo e política é, antes de tudo, luta simbólica por imposição de sentido, Dilma não vem perdendo apoio do eleitorado apenas pelos atos que contradizem sua campanha, mas também por se esquivar de entrar na disputa discursiva e assumir o lugar de fala de quem pode dar explicações e mostrar ações relacionadas ao apoio nas eleições. Não adianta colocar a culpa em FHC pela corrupção levada adiante; pelas medidas que afetaram o direito dos trabalhadores no novo governo. O PT tem que fazer mea culpa ou se torna co-responsável pelos raivosos pedidos de impeachment, que chegaram a descambar até em pedidos de intervenção militar e “intervenção militar temporária”, diante do desconhecimento sobre os atos do regime autoritário no Brasil, incluindo a corrupção no período.
 Joyce Miranda Leão Martins
joycesnitram@yahoo.com.br /Mestre em Sociologia pela UFC. Doutoranda em Ciência Política pela UFRGS e pesquisadora-visitante da Universidad Complutense de Madrid (UCM) /O POVO