segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Vice de Eunício, Roberto Pessoa diz que Pros é "congregador de traíras"


Candidato a vice-governador pela chapa de Eunício Oliveira (PMDB), o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), questionou suposta ausência de ideologia do Pros – partido do governador Cid Gomes (Pros). Acusando a legenda de ter sido “feita para congregar traíras”, Pessoa criticou “incoerência ideológica” e acusou governo Cid de promover uma “ditadura” no Estado.

“O Pros não existe, só existe no Estado do Ceará. É partido feito para congregar esses traíras. No caso, Cid já teve oito partidos. Sabe quando você tem um boi, aí bota um ferro para passar para o dono? Então, eles têm oito ferros. Não têm coerência nenhuma e o Pros não existe, só pela máquina pública”, disse.

Roberto Pessoa destacou que candidatura de Eunício promete “diálogo”, ao contrário do que ocorreria na atual gestão. “Hoje é umaverdadeira ditadura (...) crítica deles só vem se disputa contra. Pode ser o maior ladrão do mundo, estando com ele é bom”, diz.

Roberto Pessoa ainda criticou o Ronda do Quarteirão, um dos programas carro-chefe da atual gestão na Segurança Pública. Segundo Pessoa, a ação seria apenas “político-eleitoreira”. “E você vê cada vez mais gente morrendo (...) é um governador desqualificado, porque não protege a vida dos habitantes”, disse.

O POVO Online entrou em contato com a assessoria de imprensa do Pros no Ceará. O partido ainda avalia como irá se pronunciar sobre o caso. 


Redação O POVO Online

Em Fortaleza, FHC diz que eleição hoje "é compra de voto" e acusa Dilma de "arrebentar" economia

Em passagem por Fortaleza, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta segunda-feira, 29, que Dilma Rousseff (PT) “merece um Nobel” por ter, segundo ele, conseguido “arrebentar o setor do petróleo, do etanol e da energia”. O tucano ainda afirmou que eleição no País hoje “é compra de voto”, e defendeu proibição da doação de empresas privadas para todos os candidatos.

“O governo hoje não tem capacidade de pôr em prática nem o que foi proposto por ele e autorizado pelo Congresso”, disse. A fala de FHC contra Dilma foi bastante aplaudida pela plateia. 

Defendendo necessidade de reforma política no País, Fernando Henrique afirmou que “não ter certeza” se o financiamento público de campanha pode ser uma saída, mas questionou doações de empresas privadas para todos os candidatos na disputa. “Quem dá para um, não pode dar para outro (...) A democracia hoje é financiada por empreiteiras, pelos bancos e quatro ou cinco empresas”.

FHC participou do evento “Brasil em Debate”, fórum promovido em parceria entre a Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE). O evento ocorre no La Maison Coliseu, no Papicu.


Redação O POVO Online

Senado vai gastar R$ 3,7 milhões em "modernizações"

Os 81 senadores vão ter direito, a partir do ano que vem, a notebooks individuais com telas "touch screen", novos painéis de votações no plenário e nas comissões, além de televisões de tecnologia "full HD" nos principais corredores da Casa. A aquisição dos equipamentos tem como objetivo "modernizar" a estrutura da Casa. Terá o custo de R$ 3,7 milhões.

Olha o IBGE aí gente !

Sindicância no instituto, após os erros nos resultados sobre a desigualdade no País, poderá lançar luz sobre um cenário de divergências internas, falta de estrutura e influência política em um órgão cuja sobrevivência depende de credibilidade

TSE proíbe propaganda de Dilma em prédios públicos

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Tarcisio Vieira determinou que a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) suspenda a projeção de propagandas eleitoras maiores que 4 m² sobre prédios. Com divulgação do número de votação e de ações do governo, os "outdoors eletrônicos" foram instalados em Brasília, São Paulo, Guarulhos (SP), Vitória, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. A decisão, em caráter liminar, atendeu a pedido de Aécio Neves (PSDB), sob o argumento de utilizaram a fachada de bens públicos e particulares, principalmente em pontos turísticos movimentados e com "forte e imediato apelo visual". O ministro Tarcisio Vieira acatou o argumento e afirmou que, além do "impacto visual significativo", a propaganda viola a legislação eleitoral e contraria o princípio do equilíbrio e a igualdade entre candidatos na disputa. Segundo a lei, são permitidos outdoors de no máximo 4 m². O ministro citou ainda o artigo que proíbe propaganda de qualquer natureza nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder Público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos.

Detalhes do debate com os presidenciáveis na TV Record

Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) buscaram uns aos outros nas perguntas e também foram os principais alvos dos questionamentos dos demais rivais durante o quarto debate entre candidatos a presidente da campanha eleitoral deste ano, organizado na noite deste domingo (28) pela TV Record.
O debate durou cerca de duas horas e reuniu sete presidenciáveis: Dilma Rousseff (PT),Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro(PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB). Foi dividido em quatro blocos, dois dos quais com perguntas entre os próprios candidatos, um com perguntas de jornalistas e outro destinado às considerações.
Pelo sorteio da ordem das questões, Dilma teve a oportunidade de perguntar duas vezes diretamente para Marina, que perguntou à petista uma vez. Numa das indagações formuladas por jornalistas, o questionamento foi dirigido à presidente, com comentário da candidata do PSB.
 
Dilma x Marina
O primeiro embate entre Dilma e Marina se deu logo na segunda pergunta do debate, quando a presidente questionou a adversária sobre as mudanças de partido – ela saiu do PT para o PV, sigla que deixou para tentar criar a Rede, e por fim ingresou no PSB – e sobre a posição em relação à votação no Congresso da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Marina afirmou que votou a favor da criação da CPMF e disse ter coerência nas posições que defende. 'Mudei de partido para não mudar de ideais e de princípios', declarou. 'Não faço oposição por oposição. Sei o que é melhor para o Brasil'.  Na réplica, Dilma se disse 'estarrecida' pelo fato de, segundo ela, Marina ter se 'esquecido' de que votou contra a CPMF.
Noutro embate, Marina chamou de 'fracasso' a política do governo para o etanol. Disse que, durante o governo da petista, 70 usinas foram fechadas e 40 estão em recuperação judicial. 'A política de etanol do meu governo é baseada naquilo que você é contra: o subsídio', afirmou, dirigindo-se a Marina. 'Temos um conjunto de medidas para reforçar o setor de etanol', respondeu Dilma.
A presidente quis saber ainda a opinião de Marina sobre o crédito concedido por bancos públicos e disse que a adversária não sabe qual é o montante de crédito concedido. Marina afirmou que é um 'boato' a versão de que pretende 'enfraquecer' os bancos públicos. 'Não só vou manter o crédito dos bancos públicos, como vou fortalecer os bancos públicos. Isso é só mais um boato em relação à nossa aliança', declarou. ''O seu programa de governo diz que a sra. vai reduzir o crédito para os bancos públicos', retrucou Dilma. Marina reagiu reafiirmando que essa versão é um 'boato'. 'O que vamos evitar é subsídio para empresários falidos, aqueles que são os ungidos [...] Não vamos é permitir que o recurso do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] seja usado para meia dúzia', declarou.
Aécio x Dilma
Aécio Neves foi alvo de perguntas de Dilma e Marina e conseguiu perguntar uma vez a Dilma. Também ouviu comentário de Dilma para uma pergunta feita a ele por um dos jornalistas.
O tucano aproveitou para criticar o governo ao ser questionado por Marina sobre a questão da energia. Ela quis saber o que Aécio pretende fazer, se eleito, para evitar um 'apagão' energético. Ele afirmou que não houve planejamento do governo nem investimento em linhas de transmissão. Marina disse que é preciso acabar com o 'improviso' e que o governo 'não fez o dever de casa' no setor de energia.
Dilma questionou Aécio sobre quais privatizações ele pretende fazer se for eleito e disse que o governo do PSDB tentou mudar o nome da Petrobras. Na resposta, Aécio disse que pretende 'reestatizar' a Petrobras e afirmou que as denúncias em relação à estatal 'não cessam'.
'É eleitoreiro falar que o sr. vai reestatizar. Vocês tentaram vender as ações a preço de banana', afirmou Dilma. Noutro momento, a presidente disse que o PSDB 'quebrou o Brasil três vezes' e 'desempregou'.
Corrupção
'Vou poupá-la do tema corrupção. Vamos falar sobre segurança pública', propôs Aécio ao perguntar para Dilma. Ela respondeu dizendo pretender ampliar as ações do governo federal nessa área, que é prerrogativa dos estados. Mas na réplica retomou o tema corrupção: 'Quero voltar ao tema corrupção. Na minha vida, tive tolerância zero com corrupção. Dei autonomia para a Polícia Federal prender Paulo Roberto e os doleiros todos', declarou.
Ao responder a uma pergunta de Pastor Everaldo, Aécio também criticou o pronunciamento de Dilma na abertura da Assembleia das Nações Unidas, na semana passada, em Nova York. Segundo ele, a presidente foi à ONU para fazer um 'autoelogio' do seu governo e propor diálogo com terroristas do grupo Estado islâmico, 'uma mancha na política externa brasileira'.
Alvos dos outros
Marina e Dilma também foram objeto de comentários em perguntas e respostas de outros candidatos. Levy Fidelix, por mais de uma vez, disse que Marina tem a companhia de 'sonegadores e banqueiros'. Dilma chegou a obter direito de resposta depois que Levy Fidelix e Pastor Everaldo debateram entre si o tema corrupção na Petrobras. 'Uma coisa tem de ficar clara: quem demitiu o [ex-diretor preso da Petrobras]  Paulo Roberto [Costa] fui eu. Eu fui a única candidata que apresentou propostas concretas de combate à corrupção', disse Dilma no tempo do direito de resposta.
Considerações finais
No último bloco, o das considerações finais, Dilma perguntou ao eleitor quem tem mais experiência e apoio político, quem enfrentou uma crise internacional e tem 'firmeza' para projetar o Brasil no cenário mundial. 'Peço que você reflita sobre todas essas questões. Tenho certeza que você vai fazer a melhor escolha', pediu.

Marina Silva afirmou que criará escolas em tempo integral e se comprometeu com o fim da reeleição. Reiterou que quer 'manter as conquistas e corrigir os erros'. A candidata disse que quer acabar com a polarização entre PT e PSDB, que, segundo ela, não têm mais condições de 'ouvir o Brasil'.
Aécio Neves disse ter se preparado para apresentar uma proposta de inflação controlada e retomada do crescimento. Segundo ele, o atual governo perdeu as condições de governar e Marina Silva ainda não reúne essas condições.
Pastor Everaldo se disse a favor da meritocracia, da liberdade da imprensa 'sem marco regulatório' e criticou o 'mar de corrupção'. 'Vote a favor da família', concluiu.
Eduardo Jorge afirmou que é o 'candidato do coração' das pessoas. 'Você tem que votar no que acha melhor, no que mais se identifica com vocês', afirmou.
Luciana Genro disse que é a 'única candidatura de esquerda coerente'. 'Para que as bandeiras sejam vitoriosas, precisamos do seu voto', pediu a candidata.
Levy Fidélix declarou que não é 'utópico' e que não vencerá as eleições. Criticou o pagamento de juros bancários e pediu 'consciência' a Dilma, Marina e Aécio. 'Apenas me coloco para 2018 como investimento, tá?', afirmou. G1

Eleições: os indecisos é que decidirão

A uma semana do primeiro turno, a eleição presidencial de 2014 já é a mais apertada da história desde a de 1989. Em todas as que vieram depois — de 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010 —, era possível dizer às vésperas do segundo turno, com razoável segurança, quem subiria a rampa do Palácio do Planalto. Mesmo na eleição de 1989, a única que pode se assemelhar à atual, o candidato do PRN, Fernando Collor de Mello, largou no segundo turno com folgados 9 pontos à frente do petista Luiz Inácio Lula da Silva — a diferença entre os dois só foi cair na reta final da segunda fase, para chegar à diferença de 1 ponto a alguns dias da votação decisiva. Agora, os levantamentos mostram que Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), a primeira e a segunda colocadas no primeiro turno, estão a uma inédita diferença de apenas quatro pontos para a petista no segundo turno, um empate técnico dentro da margem de erro, segundo o último levantamento do Datafolha, divulgado na sexta-feira passada.
Em um páreo tão disputado assim, em que qualquer pequena vantagem pode definir o resultado final, os olhos dos vitoriosos no primeiro turno se voltarão já na manhã de 6 de outubro para um pequeno grupo de eleitores: o dos indecisos — mais especificamente, aqueles que viram o nome de sua escolha sair derrotado da primeira fase e ainda não decidiram com quem ficarão depois. Cerca de 20% dos eleitores de Aécio e iguais 20% dos eleitores de Marina se encaixam nesse perfil — são, em sua maioria, mulheres e não sabem em quem votarão caso seu candidato fique de fora do segundo turno.
Esses 20% de “órfãos” indecisos do tucano representam um contingente de apenas 3% do eleitorado brasileiro. Os 20% que comporiam os órfãos indecisos de Marina, na hipótese de ela perder para Aécio, equivaleriam a 6% do total de eleitores. Os cálculos são do estatístico Neale El-Dash, diretor do site Polling Data. Nos dois casos, trata-se de um contingente pequeno de brasileiros. Mas, com a disputa cabeça a cabeça, quem conquistá-lo será o próximo ou — mais provavelmente — a próxima presidente da República. VEJA

Câmara Municipal de Fortaleza lirá discutir cassação de A Onde É

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), deverá se reunir após as eleições, para discutir o futuro político do vereador Antônio Farias de Sousa (PTC), mais conhecido como “A Onde É”, preso em flagrante  na última sexta-feira (26), na agência do Banco do Brasil, na Monsenhor Tabosa, por pegar para si o salário de R$ 1.900,00 de um de seus assessores. Antes de tornar-se vereador em 2012, A Onde É era entregador de pizza e foi eleito com uma votação expressiva com 6.042 votos.
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, vereador Adelmo Martins (PR), informou que o colegiado só irá se reunir, caso a Corregedoria da Casa encaminhe o caso para ser apurado. Diante da gravidade do caso, Adelmo ponderou que a Câmara deverá apurar os fatos e avaliar sobre a cassação do mandado do parlamentar. “Agora eu acredito que só depois da próxima semana que será discutido, em razão de alguns vereadores da Comissão estarem participando das eleições”, frisou.
O vereador A Onde É, é suplente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da CMFor. Até o fechamento desta edição, o vereador continua preso na Delegacia de Capturas, no Centro de Fortaleza. Na sexta-feira, A Onde É  havia sido encaminhado para o 2º Distrito Policial, no bairro Meireles, onde foi autuado em flagrante pelo crime de concussão, previsto no artigo 316 do Código Penal Brasileiro, que consiste em adquirir vantagem de algo para si ou para outros. O crime não prevê pagamento de fiança, e o denunciado pode pegar de 2 a 8 anos de prisão.
Durante a sua prisão, o vereador acompanhava um de seus assessores parlamentares e esperava que ele realizasse o saque de R$ 1.900, referente ao pagamento do mês, para ficar com a dinheiro. Momentos antes, a vítima havia feito uma denúncia na Polícia Civil, dando conta de que era a segunda vez que era obrigado a entregar a quantia, sob ameaça e intimidação do vereador.
Já o advogado do vereador, Leandro Vasques, afirmou ser o caso “um grande equívoco”, justificando que “A Onde é” recebia o dinheiro de um empréstimo de um homem que seria amigo em comum dele e de seu assessor parlamentar.
INVESTIGADO
No início de agosto, A Onde É foi investigado pelo Ministério Público Eleitoral e pela Polícia Civil. Em seu nome, o órgão pediu três mandados de busca e apreensão para a investigação de possível recebimento de parte dos salários de servidores da Câmara. Durante a investigação, a Procuradora de Crimes Contra a Administração Pública (Procap) chegou a  encontrar contracheques de servidores juntos a uma relação com o nome de cada um e o valor especificado para uma possível cobrança.

Agenda dos candidatos ao Governo do Ceará nesta segunda-feira(29)

Ailton Lopes (Psol) 

9h: reunião na Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (Adpec), em Fortaleza.

Tarde: reuniões internas. 

19h: roda de conversa sobre cultura no restaurante Mambembe.


Camilo Santana (PT)

13h30: carreata em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza.

16h30: gravação de programa na TV Jangadeiro. 

19h: encontro com lideranças políticas , em Fortaleza.


Eliane Novais (PSB) 
Reuniões internas


Eunício Oliveira (PMDB) 

Manhã - Reunião com coordenadores de campanha

Tarde - Gravação de programa eleitoral

20h - Encontro com representantes das igrejas evangélicas

Falta até bandeira para campanha de Marina Silva, diz coordenadora

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), coordenadora da campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência, afirmou que faltam recursos e estrutura para a coligação na corrida eleitoral.
Erundina participou na manhã de ontem (28) de uma carreata que começou na região do ABC e terminou com um comício no largo da Batata, na zona oeste de São Paulo. O comício, que não contou com a presença de Marina e do candidato a vice Beto Albuquerque (PSB), reuniu cerca de 50 pessoas. Ela disse ter percebido ausência de propaganda de Marina no trajeto até o comício.
“Se você percorre a cidade, a zona leste, a zona sul, você não vê uma imagem da Marina. Nos grandes corredores da cidade não temos material dela. É uma candidata invisível, porque não tem material, não tem estrutura, não tem recursos. Essa é uma realidade. Temos que transformar esse vazio com a presença da militância e a nossa presença”, afirmou.

Assaltado comitê de Padilha e Suplicy

O comitê de campanha do candidato a governador de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha, e a senador, Eduardo Suplicy, foi assaltado na manhã de ontem. A informação foi confirmada ontem. O comitê funciona na Avenida Brigadeiro Luís Antônio. De acordo com o PT, foram roubados celulares, um automóvel e cheques em branco. O boletim de ocorrência foi feito no 14º Distrito Policial.A Secretaria de Segurança disse que ainda não tinha informações sobre o ocorrido.

Houve momentos de tensão entre Camilo e Eunício Oliveira no debate da TV Diário

A proximidade do pleito para o Governo do Estado intensificou a condição emocional dos candidatos e aqueceu o debate realizado, ontem, pela TV Diário e retransmitido pela Rádio Verdes Mares. Logo na parte final, o representante do PSOL na disputa, Ailton Lopes, embargou a voz, nas considerações finais, e deixou o estúdio em direção ao banheiro visivelmente abalado. Ao entrar no camarote, o postulante começou a chorar, mas depois voltou para conceder entrevista à imprensa.
Durante o debate, os candidatos mais bem colocados de acordo com as últimas pesquisas eleitorais, Camilo Santana e Eunício Oliveira, também não foram cautelosos e partiram para o confronto direto. Logo no primeiro bloco em que foi permitida a elaboração de questionamentos entre os postulantes, o peemedebista direcionou a pergunta ao representante do PT na disputa.
Eunício Oliveira, ao fazer uma pergunta sobre segurança pública, tema previamente sorteado, o candidato Camilo Santana citou a importância das escolas em tempo integral como ação de combate à violência, mas logo dedicou à resposta para afirmar que o peemedebista estaria se aproveitando do tempo destinado ao horário eleitoral gratuito para acusar "covardemente" o petista de envolvimento no escândalo dos banheiros.
Covardemente
"Eu queria aproveitar essa oportunidade para dizer que, nos últimos dias, o senhor tem usado seu tempo de televisão para covardemente me acusar que eu estou envolvido no chamado escândalo dos banheiros. (...) Eu não era secretário das Cidades quando esse caso aconteceu, em 2010. Eu só assumi a Secretaria em janeiro de 2011 e fui eu, como secretário, que descobri o problema. Aliás, quem está sendo acusado, respondendo até criminalmente, são seus aliados", ressaltou ao fazer referência ao deputado estadual Téo Menezes (DEM) e ao ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Teodorico Menezes.
O candidato Eunício Oliveira, no entanto, rebateu o petista ao alegar que teria mostrado na propaganda eleitoral apenas que o TCE e o Ministério Público estariam investigando o caso.
"Eu nunca fiz uma acusação ao senhor e, muito menos, uma acusação leviana. (...) Quem faz acusações ao senhor é o Tribunal de Contas do Estado, quem está investigando o senhor é o Ministério Público. Nós somos os candidatos ao Governo do Estado e a população tem o direito de saber em quem vai votar no dia 5", frisou o peemedebista ao acrescentar ainda que Ciro Gomes é quem estaria fazendo acusações covardes contra ele.
Em seguida, Camilo Santana aproveitou a tréplica para destacar que, apesar de o Ministério Público tê-lo incluído no processo como secretário das Cidades, não estaria investigando se ele teve responsabilidade no escândalo dos banheiros.
A candidata Eliane Novais ainda endossou a polêmica em torno do tema ao lembrar que, na Assembleia Legislativa, Camilo Santana e nem o partido de Eunício Oliveira apoiaram a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que a Casa contribuísse para a investigação naquela época.
O clima de acirramento entre os candidatos também foi perceptível antes da realização do debate. Eliane Novais e Eunício Oliveira chegaram primeiro à TV Diário acompanhados de assessores. Em Seguida, Camilo Santana chegou ao lado do prefeito Roberto Cláudio e, por último, Ailton Lopes ao lado de correligionários dos partidos.
Os quatro representantes na disputa trocaram cumprimentos rápidos e pouco trocaram palavras, dedicando o momento anterior ao debate mais para a conversa com os assessores.
Blocos
O debate foi dividido em cinco blocos. No primeiro, os candidatos responderam ao questionamento feito pelo mediador, jornalista Edison Silva, acerca do que o próximo governante pode fazer para tornar a máquina pública mais eficiente no enfrentamento às principais dificuldades reclamadas pela população.
Enquanto Eunício Oliveira pontuou que o governante precisa estar mais atento ao combate ao desperdício diante da pobreza do Estado, Eliane Novais acusou a atual administração da falta de vontade política para o enfrentamento dos problemas, Camilo Santana apresentou um panorama geral dos principais resultados alcançados pela atual gestão e Ailton Lopes destacou que os demais concorrentes representavam a defesa de um mesmo modelo de desenvolvimento econômico que não atende aos principais interesses dos que vivem no Estado.
Nos demais blocos, os candidatos se dividiram entre respostas às perguntas formuladas pelos próprios representantes na disputa acerca dos temas de saúde, educação, infraestrutura e segurança pública, previamente sorteado.
O acirramento entre os candidatos continuou no debate acerca da Saúde, que gerou embates em mais de um bloco. Ailton Lopes criticou a proposta de Camilo Santana em criar um sistema de avaliação das equipes que atuam nas unidades de atendimento à população ao avaliar que o projeto é uma forma de culpar o servidor público pela baixa estrutura. Já Eunício Oliveira reclamou da atual administração de ter inaugurado unidades de saúde sem se preocupar com a valorização do profissionais do setor.
Postulantes avaliam como positiva a discussão na TV
Marcado pelo acirramento do fim da campanha eleitoral, os candidatos ao Governo do Estado avaliaram o debate promovido pela TV Diário, ontem, como positivo e esclarecedor para os eleitores cearenses nesta reta final da eleição.
Após deixar o debate abalado, Ailton Lopes (PSOL) concedeu entrevista à imprensa. Ele destacou a importância do debate e criticou os candidatos que usam o momento para brigar. "Todo debate é fundamental, porque a gente coloca as ideias, claro que algumas candidaturas preferem ficar se engalfinhando e, na verdade, é uma pena. Pedimos um voto consciente e útil".
Camilo Santana (PT) afirmou que o momento permitiu expor aos eleitores as propostas de cada candidato para os próximos quatro anos. "Quanto mais debates melhor para que a população possa conhecer as propostas dos candidatos, o que eles pretendem fazer nos próximos quatro anos para o Ceará, portanto está de parabéns o Sistema".
Para Eunício Oliveira (PMDB), a oportunidade forneceu ao eleitor informações sobre os postulantes para que se consiga fazer uma avaliação correta sobre cada um. "Esse debate tem esse papel de esclarecer a população, para que o eleitor possa tomar conhecimento do que pensa cada cidadão que esteja disputando o Governo do Estado e tenha todas as informações".
Eliane Novais (PSB) ressaltou que o debate lhe proporcionou a chance de mostrar a diferença da sua candidatura das demais. "Foi muito bom o debate, todos os candidatos estiveram presentes, muitas vezes não há vontade de participar".
Insultos e agressões físicas de manifestantes na rua
Enquanto o debate com os candidatos ao Governo do Estado acontecia nos estúdios da TV Diário, do lado de fora diversos militantes dos candidatos com mais intenções de votos nas pesquisas, Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB), lotavam os arredores do local com bandeiras e carros de som. Eles trocavam insultos, acusações aos candidatos e, em um certo momento, chegaram as vias de fato. A cena foi protagonizada por duas jovens que, após trocarem ofensas, foram ao chão se estapeando e puxando cabelo, mas logo foram contidas por seguranças e outros militantes.
A movimentação dos militantes que, em diversos momentos, foi marcada por clima de briga, também foi acompanhada por policiais militares posicionados nos arredores. Militantes, vestidos com blusas do candidato Eunício e com tampas de vaso sanitário nas cabeças, jogavam papel higiênico em militantes de Camilo e o acusavam de envolvimento no caso do desvio de kits sanitários. Eles também criticaram o governador Cid Gomes (PROS) o chamando de censurador. No ar, os dois candidatos trataram também desse assunto.
O grupo do petista revidava jogando água nos adversários políticos e gritando "Seja homem, senador", em referência a um vídeo do governador que circula na Internet. Os momentos foram acompanhados por membros e assessores da campanha de ambos candidatos. Poucos militantes de Ailton Lopes (PSOL) e Eliane Novais (PSB) estiveram nas proximidades da TV Diário.