terça-feira, 2 de julho de 2013

Júlio César pode ir ao Barcelona por R$ 8,7 milhões, dizem espanhóis

O goleiro brasileiro Júlio César pode reforçar o Barcelona, de acordo com o jornal esportivo espanhol Mundo Deportivo, da Catalunha. Em 2014, o clube perderá seu titular, Victor Valdés, que não renovará contrato. Assim, começa a buscar nomes para a sucessão – e o atual titular da Seleção Brasileira ganhou força após as exibições na Copa das Confederações.

Na lista de contratações, o brasileiro ainda não é uma prioridade – segundo a imprensa local, Pepe Reina (Liverpool) e Marc-André ter Stegen (Borussia Monchengladbach) ainda são os principais favoritos a reforçar a posição. No entanto, pesa a favor do brasileiro sua multa barata com o Queens Park Rangers: 3 milhões de euros (cerca de R$ 8,7 milhões).

Ainda de acordo com o periódico, o rebaixamento do clube londrino “precipitará sua saída com quase toda certeza antes do fechamento do mercado do meio do ano”. O goleiro, que chegou a ser especulado no Palmeiras no começo do ano, está na agenda também de outras equipes, como Milan, Roma, Arsenal e Flamengo. Terra

Classe média influenciou mais pobres, diz diretor do Datafolha

A queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff - de 27 pontos percentuais, depois da onda de protestos pelo país, de acordo com o Datafolha - pode ser atribuída à influência da classe média tradicional sobre os setores mais pobres da população. Essa é a opinião do diretor do instituto, Mauro Paulino, para quem o descontentamento dos estratos médios da sociedade, já detectado na pesquisa anterior, contagiou o segmento de renda mais baixa.
Paulino lembra que no levantamento feito nos dias 6 e 7 de junho, anterior às manifestações, a queda da presidente já havia sido alta em relação à pesquisa realizada em 20 e 21 de março, na faixa das pessoas de renda mais alta, que ganham mais de dez salários mínimos. A avaliação do governo havia saído de 67% de ótimo e bom para 43%, num declínio de 24 pontos percentuais. É um número semelhante à redução de 27 pontos no total da amostra, verificado agora. Mas como os mais ricos representam a minoria da população, a insatisfação não impactou o resultado geral, no qual Dilma havia caído oito pontos percentuais em relação ao levantamento de março.
Com os protestos, compostos majoritariamente por pessoas da classe média, é que os segmentos mais pobres teriam aderido à visão mais crítica. Na pesquisa do início de junho, a avaliação positiva da presidente entre as pessoas com rendimento até dois salários mínimos tinha caído, mas nem tanto, de 67% para 60%. Neste levantamento pós-manifestações, feito em 27 e 28 de junho, apenas 35% avaliaram o governo como ótimo ou bom. Ou seja, houve uma queda de 25 pontos percentuais - semelhante aos 27 pontos do geral e que reflete o peso populacional dos mais pobres.
"A classe média não tem peso populacional, mas tem grande influência. Foi o segmento que foi às ruas. Houve um efeito de pedra no lago, ajudado pela ampla divulgação dos canais de TV aberta, que dedicaram 140 horas de suas transmissões, em dez dias, para a cobertura das manifestações", afirma Paulino.
No primeiro dos grandes protestos em São Paulo, na segunda-feira, dia 17, 77% dos manifestantes tinham ensino superior completo ou incompleto enquanto a média da capital é de 24%.
O diretor do Datafolha afirma que o "gatilho", ou pano de fundo, para o descontentamento é a insegurança com o cenário econômico, que já aparecia na pesquisa de março. A expectativa de que o desemprego vai aumentar, por exemplo, vem crescendo. Em março, 31% concordavam com esta afirmação, o que subiu para 36% e 44%, nos levantamentos do mês passado.
O principal problema do país, no entanto, é a saúde, que saltou de 31%, em março de 2011, para 48% agora, bem à frente do segundo maior problema: a educação (13%).
"É quase um "top of mind". É algo que está aí gritando. Eu diria que se tivermos um chamado para manifestações nesta área, a revolta seria até maior, pois junta os mais pobres e a classe média, cuja qualidade dos planos de saúde vêm piorando", afirma Paulino. Valor Econômico

Felipe Scolari e Parreira em Fortaleza

O técnico da Seleção Brasileira, Luis Felipe Scolari, e o seu auxiliar técnico, Carlos Alberto Parreira, agendaram visita ao Ceará. Eles acertaram ontem com o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), José do Egyto, participação na 33ª Convenção Nacional dos Atacadistas e Distribuidoras. Os dois darão palestra abrindo esse encontro no Centro de Eventos, a partir das 14 horas do dia 5 de agosto. “Os dois vão expor experiência de como superar dificuldades e ser um vencedor”, explica Egito, adiantando esperar nessa convenção cerca de 30 mil convidados. No encontro, ainda, homenagem a Ivens Dias Branco, controlador do Grupo M. Dias Branco, que chega aos 60 anos de atividades, e fala de Deusmar Queiroz (Pague Menos), para jovens atacadistas. Coluna Vertical

PSB propõe fim da reeleição e mandato de 5 anos

Foto:Jadson Nobre
Em reunião realizada na noite desta segunda-feira, em Recife, o PSB, do governador Eduardo Campos (PE), propôs a realização do plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff para a reforma política em outubro de 2014, simultaneamente à eleição.

A tese do partido, que integra a base governista, tem como principal objetivo evitar que eventuais mudanças na legislação tenham efeito já para o pleito do próximo ano, que deve ter Campos como candidato ao Planalto.

Em documento sobre o tema, aprovado ontem, a sigla também propõe fim das coligações proporcionais. O item mais polêmico da proposta de Campos, contudo, é a previsão do fim da reeleição e instituição do mandato de cinco anos.



PRÉ-CANDIDATO

O governador de Pernambuco é um dos possíveis adversários de Dilma na eleição presidencial do ano que vem. Membro do PSB, um dos partidos que integram a base aliada do governo, ele vem dando declarações críticas à presidente nos últimos meses.

Um dos principais pontos de atrito entre Campos e o Palácio do Planalto é a proposta de lei em tramitação no Congresso que inibe a criação de partidos. Patrocinada pelo PT e pelo PMDB, ela dificulta o acesso de novas siglas ao financiamento público de campanha e ao tempo de rádio e TV na propaganda eleitoral gratuita.

O projeto é criticado por Campos e por outros possíveis adversários da presidente que queremampliar o número de candidatos na disputa para aumentar a chance de um segundo turno. Uma das prejudicadas pela proposta é a ex-ministra Marina Silva, que tenta viabilizar sua legenda para se lançar à Presidência no ano que vem.

"Lulismo combina esquerda com direita", avalia cientista político

O cientista político André Singer, porta-voz do ex-presidente Lula em seu primeiro mandato (2003-7), lançou ontem à noite em Fortaleza o livro em que analisa o sucesso eleitoral do petista na camada mais pobre da população: Os sentidos do Lulismo – Reforma gradual e pacto conservador. O subtítulo resume a fórmula tal como Singer a vê: melhorar a vida dos mais pobres sem fazer a revolução socialista que o PT propunha.

“O Lulismo é uma combinação inesperada de elementos de esquerda e de direita, na medida em que ele foi capaz de produzir uma redução importante da pobreza, que é a parte do programa de esquerda, mas sem nenhum tipo de ruptura com a ordem estabelecida, o que não fazia parte do programa original do PT”, disse Singer ao O POVO antes de apresentar seu livro no auditório do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc), no Benfica.

Lula e os mais pobres
Ao combinar as duas coisas, conforme Singer, o petismo, que antes tinha na classe média o seu eleitorado mais forte, foi ganhando votos entre os mais pobres, obtendo o apoio maciço destes à reeleição de Lula, quando o escândalo do mensalão já havia feito parte da classe média abandonar o barco. “É algo que eu creio estar muito presente no desejo do subproletariado: que haja mudança, mas sem uma radicalização política que fazia parte do programa inicial do PT”.

O resultado disso é um “reformismo fraco”, na visão de Singer, segundo quem o Lulismo independe da presença de Lula na Presidência da República. “Porque ele não é um fenômeno apenas de liderança carismática, ele é um fenômeno misto. Tem um aspecto de liderança carismática sobretudo no Nordeste e no Norte, mas no Sudeste e Sul não há uma ligação tão forte com a figura do Lula; eu diria que é uma ligação mais forte com o projeto político que ele representa”.
 SERVIÇO
 Os sentidos do Lulismo – Reforma gradual e pacto conservador
Companhia das Letras, 280 páginas. À venda nas livrarias Cultura e Saraiva. Preço: R$ 29,50
Autor: André Singer

Programa de fixação de médicos no interior do Brasil pagará R$ 10 mil

Estrangeiros e brasileiros que fizerem parte novo programa de fixação de médicos no interior do Brasil e nas periferias receberão R$ 10 mil, disse nesta segunda-feira (1º) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O valor oferecido pelo Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) é R$ 8 mil, mas o programa que dá pontos na prova de residência ao médico que se fixa em locais onde faltam médicos não deve aumentar a bolsa também segundo Padilha. No entanto, o novo programa de médicos no interior do Brasil ainda não tem número de vagas definido, embora o ministério trabalhe com um número próximo a 10 mil médicos.

Agora é tarde para Dilma ouvir oposição sobre reforma, diz FHC


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante o programa "Roda Viva", da TV Cultura

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff demorou para chamar a oposição para o debate sobre a reforma política. "Acho que a presidente Dilma deveria ter chamado a oposição logo. Agora é tarde, já está tudo cozinhado. Agora é tarde", afirmou em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura.
Dilma deve enviar nesta terça (2) ao Congresso a sugestão de realização de um plebiscito sobre o tema.

O ex-presidente afirmou também que foi procurado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), para conversar a respeito do assunto na última semana.
"O ministro da Justiça teve uma conversa comigo, não sei se a pedido da presidente Dilma. Mas não teve relação com a [assembleia] constituinte, nem tocou nisso. [...] Falou de plebiscito, não achei um bom caminho", afirmou FHC.
O fato de o governo federal ter procurado o tucano incomoda setores do PT ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na semana passada, Dilma propôs a convocação de uma assembleia constituinte para discutir exclusivamente a reforma política, como resposta à onda de manifestações que acontecem no país nas últimas semanas.
Diante da repercussão negativa, desistiu da proposta no dia seguinte. FHC voltou a criticar a proposta e defendeu que algumas das mudanças sejam feitas por meio de leis. "[Para a convocação da constituinte] você tem de ter uma ruptura. Mas não houve um ruptura, não se está pensando nisso."
"Tanto que a presidente Dilma recuou logo. Deve ter falado com quem entende, O que me chama a atenção é: por que não falou antes?"

O ex-presidente afirmou ainda que foi a reação de Dilma aos protestos que "chamou para o colo do governo" a insatisfação expressa pelas manifestações.
"A reação do governo chamou a si a questão. Porque nas ruas não estava a crise de legitimidade. Quando Dilma reage dizendo que há necessidade de reforma, chamou para o colo do governo a questão. Era de governadores, dos prefeitos. Puxou o problema."
Para o tucano, a diferença entra "a maravilha que você vê na propaganda" do governo e a vida cotidiana da população é um dos fatores que motivaram a onda de protestos.
"As pessoas querem melhorar a vida. E por mais que você diga que melhorou, não acreditam, porque a vida é dura. A vida para maioria da população não é a maravilha que você vê na propaganda. Há dissonância cognitiva. Bate uma na outra."
Disse também que um "fator novo" é que as pessoas passaram a exigir "modelo Fifa" para os serviços públicos. "Eu quero modelo de alta qualidade. Isso é novo. Não é só pobreza, os que estão subindo na viva querem modelo Fifa. E os pobres também. E isso é bom."
Sobre a reação de Dilma aos protestos, o tucano disse ainda que "faltou talvez conversar mais com o país". "E não fazer o que é moda, ler um texto que foi escrito por um marqueteiro. Mas eu não quero criticar, porque é uma situação difícil, não quero jogar pedra."
Para o tucano, "não é momento de partidarizar". "Quem tentar tirar proveito perde. É muito mais sério do que isso, mas é um bom momento para chamar a atenção de que nossas instituições não estão correspondendo."
FHC disse também que "quem mais perdeu" foi o governo. "Todos os demais ganharam um pouco". Folha

"Não farei demagogia de cortar gastas", diz Dilma Rousseff

Na primeira reunião ministerial do ano, em meio a uma onda de protestos no País e forte queda de popularidade, a presidente Dilma Rousseff reiterou ontem que é preciso aumentar investimentos em mobilidade urbana, saúde e educação - demandas das ruas -, mas disse que não fará demagogia para cortar gastos públicos e não apresentou nenhuma proposta concreta para reduzir despesas.
Mesmo sem citar diretamente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a presidente Dilma deu uma alfinetada no tucano ao afirmar que não reduzirá sua equipe. O governador anunciou na semana passada um corte de custeio da ordem de R$ 350 milhões e extinguiu uma das 26 secretarias.
"Eu não farei demagogia de cortar gastos que não ocupo, mas eu vou cortar gastos e também vou tentar olhar onde e em que setor é possível fazer isso", argumentou Dilma. "Cortar Bolsa Família jamais. Não esperem de mim reduzir gasto social. Não há hipótese disso."
Questionada diretamente sobre a demanda das ruas por mais gastos em setores públicos estratégicos e de onde a União tiraria esses recursos, Dilma afirmou que "esse é o dilema que existe todos os dias numa administração pública". "Basta ser eleito presidente, governador ou prefeito para lidar com o seguinte: tem que fazer o melhor possível com dinheiro do seu orçamento. Temos que priorizar, mas não há hipótese de reduzir qualquer gasto social do País", enfatizou.
A presidente insinuou que a saída é um investimento coletivo da União, Estados e municípios. "O povo nas ruas não pediu redução de gasto social", insistiu a presidente.
A oposição tem criticado Dilma por propor um plebiscito para impulsionar a reforma política sem antes se debruçar numa reforma administrativa e, por exemplo, reduzir o número de ministérios - hoje são 39 - nem reduzir outras despesas de custeio da máquina pública.
Padrão Felipão. "O povo, nas ruas, não pediu redução de direito social e o meu governo não fará isso", insistiu a presidente. "O meu governo é padrão Felipão", completou, numa referência à vitória da seleção brasileira na Copa das Confederações.
Dilma defendeu "tarifa única" para ônibus, metrôs e trens metropolitano e lembrou que a política de desoneração do governo abateu, em média, RS 0,22 no preço das passagens do transporte coletivo. Assim como fez na reunião com sindicalistas, ela disse não haver "tarifa zero" para transporte coletivo. Afirmou que "tudo sai do nosso bolso". "Todo subsídio sai da população. Ou a população paga como contribuinte, por meio de impostos, ou como consumidora de um serviço", disse ela.
Afável com os jornalistas, após cair 21 pontos na pesquisa Datafolha divulgada no sábado, Dilma mostrou outro estilo ao interromper a reunião ministerial: ela prometeu dar mais entrevistas e ser mais comunicativa. Não era costume da presidente falar com os jornalistas nesses encontros.
Além do Datafolha, pesquisas qualitativas que chegaram ao Planalto, recentemente, também mostraram insatisfação de várias camadas da população com o governo, principalmente por parte da juventude.
Acelerar. A presidente disse que cobrará mais rapidez por parte de todos os ministérios para execução de projetos em andamento. "É um processo de aceleração." Na prática, Dilma quer que todos as pastas apresentem uma agenda positiva. Ela também prometeu reforçar o diálogo e a interlocução com os movimentos sociais, com os partidos e com o Congresso, em busca de um pacto por melhores serviços públicos. Depois de conversar com governadores, prefeitos, parlamentares, líderes sindicais e representantes de movimentos sociais, Dilma receberá empresários.
Presidente se recusa a comentar quedas nas pesquisas
Eu nunca comentei pesquisa, nem em cima, nem embaixo. É um retrato do momento e a gente tem de respeitar. Eu recebo pesquisa pelo valor de face", disse a presidente Dilma Rousseff ontem ao ser questionada sobre as quedas de 27 pontos porcentuais de popularidade e de 21 pontos na intenção de voto, medidas pelo Datafolha no fim de semana.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, por sua vez, disse ter ficado "lisonjeado" com o índice de 15% das intenções de voto que alcançou num dos cenários do mesmo levantamento. Na semana passada, Barbosa defendeu a possibilidade de candidaturas avulsas, sem necessidade de filiação a partidos. O ministro aparece no Datafolha com 15%, empatado com Aécio Neves (PSDB) e atrás de Marina Silva (sem partido) e de Dilma, que, mesmo com os recuos, lidera a corrida presidencial. O Globo

Castelão só perdeu para o Maracanã


O total de ingressos comercializados nos três jogos realizados na Arena Castelão levou Fortaleza a ser a segunda cidade-sede com maior o número de entradas vendidas por pessoa na Copa das Confederações. De acordo com os dados extraídos das súmulas oficiais de cada partida do torneio da Fifa, 165.150 pessoas foram ao jogos na Capital nos dias 19, 23 e 27 de junho.

Os dados divulgados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) mostram que Fortaleza ficou atrás somente do Rio de Janeiro, com as 218.460 pessoas que foram ao Maracanã em três oportunidades (México x Itália, Espanha x Taiti e Brasil x Espanha). A lista em ordem decrescente é completada por Belo Horizonte (130.360) - Taiti x Nigéria, Japão x México e Brasil x Uruguai -, Salvador (119.025) - Nigéria x Uruguai, Itália x Brasil e Uruguai x Itália -, Recife (104.241) - Espanha x Uruguai, Itália x Japão e Uruguai x Taiti - e Brasília (67.423).

Em relação à média de público, a capital cearense desce uma posição entre as seis cidades-sede do evento-teste da Fifa. Isto porque o Distrito Federal, que só recebeu uma partida na competição (a abertura, com Brasil x Japão), ficou com a segunda colocação neste quesito, com 67.423 torcedores/jogo. Em primeiro, ficou também a capital fluminense e seus 72.820 pagantes por partida. Fortaleza (55.050) vem em seguida, acompanhada por Belo Horizonte (43.453), Salvador (39.675) e Recife (34.747).

Ocupação

Em termos de ocupação total de sua arena, a liderança ficou com Brasília. O estádio Nacional Mané Garrincha teve 99,13% de seus 68.009 lugares ocupados no primeiro jogo do evento. Na sequência, vieram Maracanã (99,03%) e Castelão (93,7%). Da quarta colocada em diante, nota-se uma grande diferença em relação às outras três. Talvez explicada pela presença de jogos menos atraentes, como Taiti x Nigéria, que deixou o Mineirão em último com 75,5% de ocupação. Em 4º e 5º, respectivamente, postulam Recife (81,09%) e Salvador (76,2%). Diário do Nordeste

Para Aécio, desgaste de Dilma fomenta 'volta, Lula' no PT

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, avaliou ontem que há no PT um clima em torno de uma eventual candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto, em 2014. Pela análise do tucano, cresce o que nas fileiras petistas estaria sendo chamado de "volta, Lula". O tucano considerou que esse movimento significa a "falência" do atual governo da presidente Dilma Rousseff. Aécio participou de palestra pelos 19 anos de criação do Plano Real, no Instituto FHC, em São Paulo.
- O PT está vivendo isso (o volta Lula). O instituto da reeleição obriga a reeleição, é quase compulsória. A não candidatura de alguém que está no cargo é, no mínimo, a falência daquele governo. Vem com um atestado de incapacidade de enfrentar o problema - disse o senador.
Ele avaliou que a realização de plebiscito para uma reforma política demonstra que a presidente enfrenta os atuais protestos de "maneira lateral". E tem, segundo ele, transferido ao Congresso a responsabilidade pela crise.
Segundo Aécio, o processo de reforma política deve ser feito com responsabilidade:
- Isso me parece, mais uma vez, uma manobra, como foi a da Constituinte exclusiva, instrumento para tirar do foco as questões centrais.
Aécio afirmou também que não foi convidado para reunião com Dilma. E considerou que o encontro com a oposição "perdeu o sentido". Para ele, a presidente já conversou com os que concordaram com sua opinião, e não está disposta a discutir com quem diverge de sua opinião.
- Nós estávamos dispostos a aceitar, mas no momento em que a presidente já teve o "amém" daqueles que costumam concordar com a posição dela, temos dúvidas de para que serviria essa reunião. Se for para discutir a pauta da oposição, poderíamos aceitar o convite. Se for para tirar mais uma foto ao lado dela, acho que ela tem coisas mais relevantes para fazer.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem, em entrevista ao programa "Roda viva", da TV Cultura, que Dilma decidiu tardiamente convidar a oposição para dialogar.
- Ela devia ter chamado a oposição antes para conversar. Agora é tarde.
Ele apontou a "falta de diálogo" como um erro de Dilma:
- Acho que faltou conversar com o país e não, o que é moda hoje, ler um texto de marqueteiro na televisão. O Globo

Congresso e Planalto em rota de colisão

A presidente Dilma Rousseff está efetivamente convencida de que só o plebiscito é capaz de levar o Congresso a fazer a reforma do sistema político, uma pauta travada desde a constituinte de 1988. O assunto já esteve por mais de uma vez na agenda de senadores e deputados, mas nunca andou porque não é do interesse do Congresso mudar as regras pelas quais foram eleitos os parlamentares. Principalmente com o jogo em andamento, como já ocorre agora em relação a 2014.
Essa é a razão pela qual a maioria dos líderes partidários é contrária à mensagem de convocação do plebiscito que a presidente Dilma deve enviar entre hoje e amanhã ao Congresso, como era previsto no plano de voo original feito no governo em resposta às chamadas "revoltas de junho". O governo tem pressa, mas o coronograma do Palácio do Planalto não é necessariamente o mesmo da Justiça Eleitoral e muito menos do Congresso. O TSE é quem implementa e o Congresso, quem convoca a consulta popular.
Na empreitada, a presidente conta com o apoio de seu vice, Michel Temer, que abraçou integralmente a proposta do plebiscito. Temer se posicionou contrariamente ao projeto de constituinte exclusiva (que nunca chegou a ser proposta nesses termos por Dilma), mas considera adequados tanto o plebiscito quanto o referendo sobre a reforma.
Temer: "Democracia não combina com demofobia"
Particularmente, prefere o plebiscito, pois assim "você ouve preliminarmente a voz das ruas". Ou seja, bastaria ao Congresso transformar em letra da lei o que a população decidir no voto. "Sem desfazer o referendo, o mais democrático é o plebiscito", diz o vice-presidente da República, ex-presidente da Câmara, presidente do PMDB, professor de Direito Constitucional da USP e autor de obra considerada referência sobre o assunto.
Na opinião do vice-presidente, a Constituição brasileira tem vários dispositivos de consulta popular que poderiam ser mais exercitados: o plebiscito e o referendo estão na ordem do dia. Mas há também os projetos de iniciativa popular como aquele que instituiu a lei da Ficha Limpa no país. "Democracia não combina com demofobia", diz Michel Temer.
O Congresso, sem dúvida, precisa de um empurrão para fazer a reforma política, muitas vezes pautada mas sempre adiada. Nem que seja para valer a partir de 2016 ou de 2018. Dilma pode mesmo ter ficado com a bandeira mais popular, quando se observa o rescaldo dos protestos, e mais adiante receber dividendos eleitorais, como acreditam colaboradores mais próximos. Ninguém sabe. Nem a presidente.
A oposição vê com reservas a imposição de uma pauta que até dias atrás não estava na agenda de ninguém. Ou que o governo aproveite o pretexto dos protestos para impor ao Congresso uma proposta de reforma política que o PT sempre tentou mas também nunca conseguiu aprovar.
Nos últimos dias, a oposição manteve-se em estado de alerta máximo, junto ao telefone ou observando cada mensagem de e-mail: não queria correr o risco de receber e não ver um convite da presidente para uma reunião sobre a proposta de convocação do plebiscito. À esta altura da disputa presidencial, que já está nas ruas, ninguém quer ser apanhado desprevenido. Talvez não seja realmente o melhor ambiente para uma reforma complexa.
Câmara e Senado, por seu turno, gostariam de inverter a mão do processo: em vez de a população dizer o que precisa ser mudado no sistema político (plebiscito, conforme sugeriu Dilma), deputados e senadores prefeririam primeiro votar a Proposta de Emenda à Constituição e submeter o texto aprovado (referendo), segundo líderes de bancada. Isso deixa nas mãos da classe política fazer a pauta dos assuntos sobre os quais a população deve deliberar. Algo assim: o eleitor gostaria de sugerir o fim do voto obrigatório, mas na relação do referendo só vai encontrar a pergunta sobre se o voto deve ou não ser em lista. Aberta ou fechada.
O que talvez não queria dizer muita coisa, como prova o referendo que rejeitou a parte do Estatuto de Desarmamento que proibia a comercialização de armas de fogo e munição, em 2005. No início, as pesquisas diziam que a população era a favor; depois, a permissão acabou mantida por folgada maioria.
Há um outro aspecto que também reuniria a maioria do Congresso, segundo os líderes de bancadas: a rejeição à proposta de que as mudanças devem valer já para as eleições de 2014. Candidatos a deputado estadual, deputado federal, senador e a governador já estariam em campanha no pressuposto de que as regras, para as eleições do próximo ano, serão as mesmas de 2010. Com um ou outro retoque, como sempre acontece, na lei eleitoral, o que já está sendo analisado na Câmara.
Para o Palácio do Planalto, o risco é o Congresso acabar com a reeleição já para a disputa de 2014. Isso, em tese, impediria que a presidente da República disputasse a reeleição. Mas o governo disporia de pesquisas segundo as quais a reeleição tem o apoio da maioria da população, que vê nessa possibilidade uma oportunidade de reiterar ou não o seu voto no governante. Uma espécie de "recall", como existe nos Estados Unidos e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, sugeriu em recente entrevista.
Apesar da queda de 27% na aprovação de seu governo, segundo medição do Datafolha, a presidente Dilma Rousseff, de fato, não foi a única a derreter nas pesquisas. Mas assumiu um risco calculado ao propor o plebiscito ainda na crista da onda dos protestos. Não havia nas faixas exibidas nas ruas pedidos eloquentes de reforma política. Mas é disso o que fala o grito de "abaixo a corrupção". Este sim, ouvido em alto e bom som.
Dilma pautou, e agora a palavra está com o Congresso. De acordo com os líderes, deputados e senadores prefeririam não mudar nada agora, mas, sendo inevitável, o ideal seria fazer a reforma para as eleições depois de 2014. Para já poderia se instituir a cláusula de barreira e a proibição de coligação nas eleições proporcionais, o que dificultaria a disseminação de partidos pequenos e sem representatividade, como atualmente. Valor Econômico

Manchetes dos principais jornais do Brasil e do mundo

Folha de S. Paulo
Caminhoneiros travam rodovias em nove Estados
Agora S. Paulo
Supremo dá correção maior para os atrasados do INSS
O Estado de S. Paulo
‘Não farei demagogia no corte de gastos’, diz Dilma
O Globo
Resistência a plebiscito de Dilma cresce no Congresso
Valor Econômico
OGX fracassa na Bacia de Campos e ação cai a R$ 0,56
Correio Braziliense
Dilma tem pressa para o plebiscito. E o Brasil?
Estado de Minas
De carona com os caminhoneiros
Diario de Pernambuco
E a greve continua…
Jornal do Commercio
Motorista mantém greve
Zero Hora
Ele voltou
Brasil Econômico
Petroleiras levam choque de realidade
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Militares egípcios dão ultimato a Mursi, cujos aliados veem “golpe”
The Washington Post (EUA)
Militares egípcios entram novamente na disputa política
The Guardian (Reino Unido)
Obama luta para limitar crise em meio a escândalo de espionagem na Europa
Le Figaro (França)
Espionagem americana: a cólera de Hollande
El País (Espanha)
Snowden agrava crise de espionagem ao pedir asilo à Rússia
Clarín (Argentina)
Afip admite que investiga filhos de Lorenzetti