sexta-feira, 22 de maio de 2015

"FHC não tinha direito de falar a bobagem que falou ontem à noite", diz Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu o ex-presidente Fernando Henrique e disse ter ficado “triste” pelas declarações do tucano no programa do PSDB exibido na noite da terça-feira (19).
Segundo Lula, se o ex-presidente quer falar de corrupção, ele precisa “contar ao País a história de sua reeleição”. Ontem, no programa do PSDB, Fernando Henrique afirmou que os desvios e maus feitos começaram no governo Lula e que “nunca se roubou tanto em nome de uma causa”. 
“Eu vi o programa do nosso adversário ontem, eu fico triste, porque um homem que foi presidente da República, letrado como ele é, não tinha do direito de falar a bobagem que ele falou”, disse Lula, durante evento promovido pela Contraf-CUT, na capital paulista .
“Se ele quisesse falar de corrupção ele precisaria contar para esse país a história de sua reeleição”, disse. Lula disse ainda que o seu antecessor não precisa contar diretamente a ele sobre as acusações de compra de votos para a sua reeleição, mas que ele precisa contar para as próximas gerações.
“Eu espero que com a mesma postura como que ele foi agredir o PT ontem à noite ele diga, se não quiser dizer para mim não tem problema, eu sei como é que foi, mas senta na frente do seu neto e conta para ele”, afirmou o petista. O ex-presidente disse ainda estar “assustado”, pois os adversários querem atacá-lo já pensando em 2018.
“Agora eles não querem mais atacar a Dilma, agora eles já estão pensando que tem de balear o Lula, pensando que o Lula vai voltar em 2018”, afirmou. “É um absurdo. Eu nem sei se eu vou estar vivo. Eles se enganam porque eu sei apanhar e não vou revidar”.
Lula disse ainda que as pessoas que hoje estão batendo panela deveriam saber que a democracia tem que ser respeitada. “Dilma foi eleita, quem não gostar e quiser eleger o seu que espere próximas eleições.”
Estadão

Renan e Cunha articulam comissão para criar lei de responsabilidade das estatais



Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se reuniram na manhã desta quinta-feira (21) e articularam a elaboração de um projeto para ampliar o controle sobre as despesas e investimentos das empresas estatais. Para propor uma Lei de Responsabilidade das Estatais, com base na lei de Responsabilidade Fiscal, uma comissão mista será criada e debaterá questões como limitação de endividamento, a regulação das despesas, investimentos das estatais, além de maior transparência sobre os gastos das estatais. Durante o encontro, parlamentares alegaram que a nova lei será uma reação do Congresso aos desvios ocorridos na Petrobras que vieram à tona com a Operação Lava Jato.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Apontado operador do PP, empresário é preso após PF encontrar munição de uso restrito



A 13ª fase da Operação Lava Jato, realizada na manhã desta quinta-feira (21) pela Polícia Federal, prendeu o empresário Henry Hoyer, apontado como operador de propina do PP no esquema de corrupção investigado pela PF. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, ele era alvo de um mandado de busca e apreensão, mas não havia decreto de prisão. Sua casa chegou a ser revistada pela PF na manhã desta quinta e ele foi detido após ser encontrada munição de uso restrito em uma das três armas antigas que ele guarda em sua residência. Henry, que é sócio de duas empresas e foi assessor do ex-senador Ney Suassuna (PSL-PB), foi identificado pelo doleiro Alberto Youssef como um dos personagens centrais da Lava Jato. Antes do depoimento de Youssef, seu nome também havia sido visto nas agendas do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. “Reunião com Maurício e Henry 6/9/12”, escreveu Costa em uma agenda de 2012 e 2013 apreendida pela PF.

Carlile Lavor reclama de "dificuldade de consenso" na administração da Saúde

A Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa realizou reunião ordinária na manhã desta quinta-feira (21/05) com a presença do ex-secretário de Saúde do Estado do Ceará (Sesa) Carlile Lavor, que fez uma balanço da gestão dele durante o período em que geriu a pasta, e analisou as razões da crise atual da saúde pública no Brasil.
O presidente do colegiado, deputado Carlomano Marques (PMDB), questionou ao ex-secretário se faltou autonomia para exercer o cargo. O parlamentar também perguntou se houve um descompasso entre o Governo do Estado e o Governo Federal em relação ao custeio dos equipamentos de saúde construídos na gestão do ex-governador Cid Gomes.
Carlile Lavor disse que não conseguiu coordenar as ações da secretaria da forma como desejava, devido a dificuldades em estabelecer consenso com os demais profissionais de saúde que compõem a pasta. “A área da saúde é um sistema imenso, com uma grande quantidade de profissionais e hospitais e, quanto mais graves os problemas, maior a necessidade de coordenação”, explicou o ex-secretário.
Ainda segundo ele, alguns médicos acreditam que a solução para a saúde passa pela construção de mais hospitais e equipamentos, enquanto que Carlile Lavor defende ações mais amplas e o fortalecimento dos serviços de atenção básica.
Carlile Lavor também avaliou como importante o fortalecimento e o aumento de repasses estaduais para os hospitais filantrópicos, já que o custo operacional deles  são menores que o dos hospitais públicos.
Em relação ao custeio dos equipamentos de saúde, o ex-secretário informou que a maioria dos acordos firmados entre o Estado e a União foram apenas verbais, intermediados pelo Ministério da Saúde, sem nenhuma oficialização.
Estiveram presentes ainda à reunião os deputados José Sarto (Pros), Audic Mota (PMDB), Roberto Mesquita (PV), Tomaz Holanda (PPS), Júlio César Filho (PTN), Dra. Silvana (PMDB), Carlos Felipe (PCdoB), Carlos Matos (PSDB), Walter Cavalcante (PMDB), Danniel Oliveira (PMDB), Leonardo Pinheiro (PSD), Elmano Freitas (PT), Evandro Leitão (PDT), Rachel Marques (PT), Antônio Granja (Pros) e Fernanda Pessoa (PR).
AL

Ceará terá que escolher entre Copa do Brasil e Sul-Americana, diz CBF em ofício

A dúvida que pairava sobre a participação do Ceará na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana foi esclarecida nesta quinta-feira (21) pela Confederação Brasileira de Futebol através de um ofício. Segundo a entidade, os clubes que tenham obtido vaga para a Copa Sul-Americana de 2015 só disputarão a referida competição caso não estejam classificados para disputar as oitavas de final da Copa do Brasil de 2015, conforme estabelece o REC da Série A, no seu artigo 6º. E que o critério se aplica aos clubes da Série A/15 como também aos clubes oriundos de conquista das copas regionais - Ceará pela Copa do Nordeste e Brasília/DF pela Copa Verde.
Este trecho final no ofício corrige um equívoco da própria CBF, que não havia ainda especificado a situação dos campeões regionais, no caso do Ceará, que por sua vez, desejava disputar as duas competições de forma simultânea e já havia procurado a entidade para uma posição.  Assim, após a definição da CBF, o Ceará terá que optar entre avançar na 3ª Fase da Copa do Brasil, quando enfrentará o Tupi/MG ou disputar a competição internacional, pelo conflito de datas, pois ambas serão disputadas de forma simultânea.

PMDB retoma agenda dos encontros Regionais em Camocim


O PMDB do Ceará realiza, neste sábado, dia 23, seu primeiro Encontro Regional em 2015. O evento acontece em Camocim e será capitaneado pelo presidente estadual, senador Eunício Oliveira, com a participação de lideranças e caravanas de várias cidades da região Norte, Inhamuns, Litoral Oeste, Centro-sul, Cariri e Região Metropolitana de Fortaleza. 
Agora em novo formato, inclusive utilizando as redes sociais para maior participação e interatividade do público, os encontros estaduais do PMDB tem o objetivo de debater demandas e soluções para melhorar o Ceará. De 2013 a 2014 o partido promoveu 12 encontros reunindo mais de 70 mil pessoas nos municípios que visitou.  
O evento também abrirá espaço para novas filiações ao partido. O Encontro Regional em Camocim está marcado para iniciar às 9 horas, no Lions Clube, rua Joaquim Távora, 782. 

Morre Zé do Rádio

Um dos torcedores mais célebres do Sport, Zé do Rádio, faleceu às 10h30 desta quinta-feira (21), no Hospital Português. Segundo o RHP, ele deu entrada no hospital ainda na madrugada desta quinta devido à parada respiratória. Foi reanimado e internado na Unidade de Recuperação Cardiotorácica (URCT). Teve nova parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Ivaldo Firmino dos Santos ficou conhecido em 2001, quando foi chamado pelo então técnico da Portuguesa de Desportos, Zagallo, de o torcedor mais chato do Brasil, através de um programa de TV, título de que ele se orgulha. Em 2016, ele entrou no Guiness Book. Nos jogos, ele sempre ficava ao lado do técnico adversário com um enorme rádio com som nas alturas.

Capacitação para Batalhão de Divisas no Ceará

A capacitação dos policiais militares que atuarão no efetivo da Célula do Batalhão de Divisas da Polícia Militar foi iniciada. Ao todo, são 101 oficiais e praças, que estão divididos em duas turmas do Curso de Policiamento de Divisas (CPD), realizado pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp). O treinamento terá duração de 23 dias, com 224 horas/aula.

Daniela Mercury beija esposa durante evento na Câmara dos Deputados



O deputado federal Jean Wyllys (Psol- RJ) comemorou nas redes sociais o beijo de Daniela Mercury e Malu Verçosa durante a abertura do 12º Seminário LGBT do Congresso Nacional, na manhã desta quarta-feira (20). Em postagem feita no Facebook, o parlamentar, que também é um dos organizadores do encontro, compartilhou a imagem do beijo dado na mesa dos palestrantes. "Nosso compromisso é confrontar o ódio com o sentimento da empatia. Esse é o objetivo desse seminário. Nós queremos construir as pontes e dizer a essas pessoas que não queremos alimentar o ódio, mas apenas fazer parte da comunidade de direitos nas nossas diferenças. Queremos responder a tudo isso com alegria, com afeto, com empatia", escreveu ele como legenda da foto no Facebook. No Twitter, Wyllys transcreveu também parte da fala da deputada federal e coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos e Minorias, Erika Kokay (PT-DF), que na ocasião declarou que "aqueles que se assustam com o beijo, se acostumam com a violência". Com o tema "Nossa vida d@s outr@s - "Empatia: verdadeira revolução", a abertura do evento também contou com a presença do Coordenador-residente da ONU Brasil. A primeira mesa do congresso, que acontece no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, até quinta-feira (21), teve como tema central as redes sociais: “Ódio nas redes” – Que sentimentos você propaga na web? Pare. Pense. Poste".

Brasileiros gastam 650 horas por mês em redes sociais



As 650 horas que os brasileiros gastam por mês em redes sociais representam uma média 60% maior do que a do resto do planeta e colocam o país na liderança mundial. Os dados são da pesquisa Futuro Digital em Foco Brasil 2015 (Digital Future Focus Brazil 2015), divulgada pela consultoria comScore. Atrás do Brasil estão Filipinas, Tailândia, Colômbia e Peru. Além das mais de 600 horas nas redes sociais, os brasileiros gastam 290 horas com portais de notícia e de entretenimento. A pesquisa mostra ainda que 38,3 milhões de pessoas no país acessam a internet por meio de smartphones e tablets. Outro dado colhido pelo comScore indica que postagens no Facebook com fotos e vídeos geram 83% de engajamento.

Ministro do STF arquiva inquérito contra deputado Marco Feliciano



O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (20) o arquivamento de um inquérito aberto para investigar o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) pela prática de discriminação ou preconceito religioso. Mendes acatou pedido pelo feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com a Agência Brasil, no ano passado, a PGR pediu ao Supremo a abertura de inquérito contra o deputado devido a um vídeo divulgado na internet no qual Feliciano declarou: "Eu profetizo a  falência do tema das trevas! Profetizo o sepultamento dos pais de santos, profetizo o fechamento de terreiros de macumba. Profetiza a gloria do Senhor na terra". No entanto, no dia 11 deste mês, a procuradoria reformulou seu entendimento e pediu o arquivamento do processo, porque não foi possível confirmar que o áudio corresponde à voz do parlamentar e estabelecer a data precisa da gravação. O ministro decidiu a questão com base na jurisprudência do Supremo, cuja fundamentação prevê que pedido de arquivamento da PGR deve ser acolhido sem questionar o mérito da decisão.

Barbosa critica Dilma por não vetar aumento do fundo partidário

O ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta feira, 20, que a presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu um 'erro político imperdoável' ao não vetar a lei aprovada pelo Congresso que aumentou os recursos destinados ao Fundo Partidário.
"Há cerca de um mês a presidente da República, em um gesto absolutamente insensato, deixou de vetar uma lei irracional votada pelo Congresso que aumentou o valor do fundo partidário. Essa verba do orçamento que banca as atividades dos partidos, essa verba era algo de duzentos e poucos milhões de reais, que já era uma quantia enorme, foi aumentada para 900 milhões de reais.A presidente da República deveria ter vetado, mas deixou passar, um erro político imperdoável", disse o ex-presidente da mais alta Corte judicial do País.
Barbosa participou em São Paulo do congresso da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Ele disse que "a corrupção pública é muito incentivada pelo modelo de organização da política que foi adotada".
"A evolução do sistema político brasileiro contribui para isso (a corrupção)", afirmou o ex-ministro. "Um sistema partidário fragmentado, sistema de partidos políticos destituídos de qualquer ideário, de qualquer conotação ideológica ou o que o valha. A atividade politica se tornou um meio para se atingir outros objetivos que não aquele de atender os interesses da coletividade. E impune".
Ele afirmou que "o esporte mais praticado pelo Congresso é a vontade de derrotar o Executivo nessa ou naquela proposta". Segundo Barbosa, o Congresso "em vez de contribuir propositivamente com políticas públicas, usa seu poder muito mais para chantagem, não é participativo" Em sua avaliação, "o Legislativo se acomodou ao presidencialismo de coalizão".
Ao criticar a ampliação dos recursos destinados ao Fundo Partidário, Joaquim Barbosa foi enfático. "Há hoje coisas inaceitáveis que o brasileiro sequer discute. A ideia de tirar uma parcela, uma fatia importante do orçamento público dedicada aos parlamentares para que possam usar lá em seus currais é algo absolutamente inaceitável."
"Eu vejo tudo isso com uma involução. O Poder legislativo, que é extremamente importante, está muito preocupado em se perpetuar nos cargos."
Da platéia que o aplaudiu demoradamente, o ex-ministro ouviu a pergunta. "O sr. vai nos dar o privilégio de se tornar candidato a presidente em 2018?". Ele disse que "tornar-se presidente de seu país é a honra suprema".
Em seguida, fez uma ressalva, em meio à ovação. "Mas, em primeiro lugar é preciso ter vontade e até hoje não tive essa vontade, é simples", disse Barbosa. "Pode ser que daqui a alguns anos, mas essa vontade até hoje não tive, não." Estadão