sábado, 25 de outubro de 2014

Sede da Veja é pichada em São Paulo


Em protesto contra reportagem da revista 'Veja', cerca de 50 pessoas picharam a sede da editora Abril em São Paulo e espalharam edições picadas da 'Veja' diante do prédio nesta sexta-feira (24). Na calçada e nas paredes da Abril foram escritas as frases 'Veja mente' e 'Fora Veja'.
Após a presidente Dilma Rousseff utilizar o horário eleitoral para criticar a reportagem publicada pela 'Veja', a revista divulgou nota em que negou ter aberto exceção ao antecipar sua distribuição para a antevéspera das eleições presidenciais deste ano.
'Em quatro das últimas cinco eleições presidenciais, VEJA circulou antecipadamente, no primeiro turno ou no segundo', diz o texto distribuído pela revista.
Segundo a nota, os fatos narrados na reportagem ocorreram na terça-feira (21), a apuração sobre eles começou no mesmo dia, mas a revista 'só atingiu o grau de certeza e clareza necessária para publicação' na tarde de quinta.
A 'Veja' também diz que Dilma, ao atacar a revista, criticou o 'mensageiro', mas que o 'cerne do problema' foi produzido pelos fatos 'degradantes' na Petrobras.
A revista termina dizendo que reconhece em Dilma uma defensora da liberdade de imprensa e que espera que essa qualidade não se abale quando são revelados fatos que lhe 'possam ser pessoal ou eleitoralmente prejudiciais'.

Na seção 'Carta ao Leitor' de sua edição desta sexta, a 'Veja' disse que 'não publica reportagens com a intenção de diminuir ou aumentar as chances de vitória desse ou daquele candidato', mas sim para 'aumentar o grau de informação de seus leitores sobre eventos relevantes'.   (Da Folha de S.Paulo)

Último dia de pesquisa contará com Datafolha, Ibope, Vox Populi, Sensus, MDA e Veritá

  1. Na reta final, seis institutos divulgarão levantamentos sobre a corrida presidencial no sábado, véspera do segundo turno. No final do domingo, provavelmente, se saberá se Dilma Rousseff (PT) será reeleita e ficará mais quatro anos no poder ou se Aécio Neves (PSDB) será o novo presidente da República. Uma nova pesquisa do Datafolha será revelada no sábado a ser realizada entre os dias 24 e 25 com 19.956 eleitores. Ela possui o número de protocolo BR-01210/2014. Confira o questionário. O Ibope, contratado pela Rede Globo e Estadão fará pesquisa entre os dias 20 e 25 com 3.010 eleitores. O número de protocolo é BR-01195/2014 e o questionário pode ser acessado por aqui. De acordo com a assessoria do Ibope, a princípio, a pesquisa será revelada no Jornal Nacional, da Rede Globo.

  2. O Vox Populi fará pesquisa com 2 mil eleitores no dia 25 em pesquisa que será divulgada no sábado. O número de protocolo é BR-01185/2014. O instituto também fará pesquisa boca de urna contratada pelo comitê eleitoral de Dilma Rousseff (PT) com 6.800 eleitores. Já o Sensus fará pesquisa com 2 mil eleitores entre a sexta-feira e a véspera da eleição e número de protocolo BR-01193/2014.
  3. O instituto MDA, contratado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) fará levantamento com 2.002 pessoas entre os dias 23 e 24, podendo ser divulgado no sábado. O número de protocolo é BR-01199/2014 e o questionário pode ser acessado aqui. Antes disso, o instituto fará pesquisa para presidente em Minas Gerais com 1.500 pessoas. Além dos tradicionais institutos, o Veritá fará pesquisa com 5.165 pessoas entre os dias 23 e 25 de outubro e número de protocolo BR-01205/2014. Confira o questionário.
  4. Infomoney

Agenda dos candidatos ao governo do Ceará


Camilo Santana (PT)
09h00 - Carreata em Fortaleza, com concentração na Av. Perimetral com Expedicionários
16h00 - Cariri em Crato - Juazeiro - Barbalha, com concentração no Centro do Crato

Eunício Oliveira (PMDB)
09h30 - Carreata em Fortaleza, com concentração na Lagoa do Opaia, na Vila União
17h00 - Carreata em Caucaia
18h00 - Carreata em Maracanaú

O programa é Minha Casa, Meu voto?

As inaugurações do programa Minha Casa, Minha Vida se transformaram em uma das principais armas eleitorais da campanha de Dilma Rousseff no segundo turno. Os eventos, com elogios à petista e ao investimento do governo federal em moradia popular, são comandados pelos ministros Gilberto Occhi (Cidades) e Miriam Belchior (Planejamento). Nas últimas três semanas, eles visitaram 21 cidades e entregaram ou assinaram contratos para a construção de mais de 16 mil apartamentos. A informação é de Bernardo Mello Franco, na Folha de S.Paulo deste sábado. Com mais detalhes:
Em Dourados (MS), no dia 18, Occhi deu os créditos à petista. "É mais um programa aprovado pela presidente Dilma e que a Caixa está fazendo."
No dia 29, em Abreu e Lima (PE), Miriam Belchior foi mais direta: "Trago um abraço muito apertado da presidente Dilma Rousseff a todo mundo que está aqui. É muito gratificante pra nós que estamos em Brasília fazendo as coisas andarem".
Após o ato de Dourados, Occhi negou interesse eleitoral à imprensa local: "Seria melhor que as casas já tivessem sido entregues, mas seria muito pior se esperasse a eleição passar para entregar. Isso aqui não tem nada a ver com campanha".
O Ministério do Planejamento diz que "as agendas são realizadas na medida em que empreendimentos ficam prontos". Segundo o Ministério das Cidades, a entrega é feita "de acordo com a conclusão da obra".

Eunício é recebido por multidão em Camocim


A bandeira nas mãos de dona Rosângela Silva, 42, ia e vinha acompanhando a música sobre a vida de Eunício 15. “Ele é um homem forte, ele é vencedor, sabe trabalhar...”, repetia ela, na porta de casa, empunhando, orgulhosa, a imagem do candidato, participando da imensa carreata noite desta sexta-feira, 24, em Camocim.
“Eunício é o melhor, honesto, trabalhador. Tem mãos limpas. Isso faz a gente ter certeza de que ele vai fazer de tudo pra melhorar a nossa vida. Candidato acusado de desviar dinheiro pra construção de banheiro, como o do lado de lá, não pode, né?”, argumentou a comerciante.
Dona Rosângela fez parte de uma enorme Onda Verde que coloriu as ruas do município da Região Norte. Ao ponto de a caminhada-motocarreata ter sido uma das maiores e mais calorosas atividades de campanha de Eunício. A cidade parecia em carnaval fora de época.
Seu Raimundo Lima, 45, foi um dos camocinenses que fez questão de sair de casa só para apertar a mão de Eunício e dar um abraço no candidato. “Ele ganhou aqui no primeiro turno. E vai ganhar de novo no segundo. Porque aqui ninguém vai deixar de votar nele e mudar de lado, não. Essa eleição é dele e não tem quem tire”, assegurou.

Camocim festejou a ida de Eunício para o segundo turno como o candidato da verdadeira mudança. E mostrou que, apesar de ser administrada por aliados da chapa governista, está mesmo é com o 15. 
“Se o Eunício se afastou dos Ferreira Gomes, a coisa lá não pode ser boa. O Eunício é homem de bem. É só olhar pra história de vida dele e comprovar isso. Não vê quem não quer. Por isso que ele tá pronto pra ser governador. E vai ser o melhor”, previu a comerciante Maria Antonieta, 37.
Na opinião dela e de seu Marcos Pereira, 41, as propostas de Eunício para a segurança e para os beneficiários do Bolsa Família são as melhores. O peemedebista vai ampliar o Raio, levando-o para o Interior, e vai conceder a 13ª parcela do Bolsa Família às 1,1 milhão de famílias cearenses que recebem o repasse do Governo Federal.
 “Se não fosse o Bolsa Família, tinha gente morrendo de sede e de fome no Interior. É esse dinheirinho que tá salvando muita gente do fato de esse governo que tá aí não ter se preocupado em construir açude pro povo. Como não morre de sede e de fome, tem gente sendo morta pela violência. Ele mandando o Raio pras cidades menores, vai melhorar muito”, acredita Marcos.
Entusiasmado com as manifestações de carinho, Eunício agradeceu o apoio recebido dos camocinenses tanto no primeiro turno quanto agora. 
“São atos de campanha como esse que me dão energia pra seguir em frente. Me dão a certeza de que os cearenses querem mudança. De que o verde da nossa candidatura é o verde da esperança. Cada olhar, cada aceno, cada sorriso, cada aperto de mão, cada abraço e cada palavra me impulsionam no rumo de um Ceará de todos”, disse, enquanto despedia-se ouvindo os gritos de "já ganhou, já ganhou" de uma multidão esperançosa.

Avaliação de Cid é melhor no Interior

A pouco mais de dois meses do fim de seu governo, Cid Gomes (Pros) tem desempenho considerado ótimo ou bom por 47% da população, segundo pesquisa O POVO/Datafolha. A avaliação positiva se mantém igual à observada uma semana antes e fica dois pontos percentuais acima da registrada na primeira pesquisa Datafolha do governo Cid, realizada em novembro de 2007, fim do primeiro ano da gestão do atual governador.
A avaliação considerada ruim ou péssima do governo Cid também se manteve estável desde a pesquisa da semana passada, em 15%. O percentual se manteve idêntico ao longo de toda a atual campanha para governador, desde a primeira rodada de pesquisa Datafolha, realizada em agosto.

A única oscilação na avaliação do governador observada desde a pesquisa da semana passada ocorreu entre eleitores que consideram a gestão Cid regular; passou de 34% para 33%, enquanto o índice dos que não souberam opinar passou de 4% para 5%.

Interior
O Interior puxa a avaliação positiva de Cid. O índice dos que consideram o atual governo ótimo ou bom chega a 53% nessa parte do Estado. Já em Fortaleza e na Região Metropolitana, o percentual de ótimo e bom é de 37%. Na Capital e no seu entorno, o percentual dos que consideram o governo Cid regular chega a 38%, um ponto acima do de ótimo e bom, o que configura empate técnico.

A aprovação a Cid é maior entre os homens (50% de ótimo e bom) e os mais ricos, com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos (58%). A margem de erro é de três pontos percentuais. O Datafolha ouviu 1.240 eleitores na última quarta-feira, 22. A pesquisa foi contratada pelo O POVO e Folha de S.Paulo. Os números de registro no Tribunal Superior Eleitoral são CE-00034/2014 e BR-01162/2014.

PT conseguiu: dividiu um Brasil

Ganhe ou perca as eleições o PT já cumpriu a sua missão: dividiu o Brasil em dois e institucionalizou o maniqueísmo como política de Estado.
Consegui industrializar o “nós” a ponto de transformá-lo em símbolo da vontade, da virtude, da generosidade, da luta contra o preconceito, da compaixão pelos pobres, da igualdade - cujo corolário definitivo não é nenhuma mudança de fundo na sociedade mas apenas executar um projeto de poder. Um aprendiz de PRI, a versão mexicana do poder pelo poder.
Conseguiu cravar no fantasmagórico adversário -“eles”- o exato oposto do que ele diz representar: a maldade, o egoísmo, o ódio, a luta de classes, o racismo, a homofobia e tudo que o imaginário possa estruturar como resumo do mal.
O PSDB, numa análise atilada do filósofo José Arthur Gianotti simplesmente perdeu a identidade como partido, por não ter conseguido se articular como oposição.
O PT conseguiu, através de seu agressivo discurso maniqueísta, empurrar para uma frente oposicionista informal setores dispersos da sociedade descontentes com a amoralidade difusa e macunaímica que marca o seu período de 12 anos no governo.
O Brasil foi levado a dividir-se politicamente e eleitoralmente não mais em PT e PSDB mas em PT e anti-PT.
À informal frente oposicionista juntaram-se setores da direita ideológica mas inorgânica, alguns direitistas caricaturais, os marinistas, defensores da sustentabilidade ambiental, e até mesmo uma Frente de Esquerda Democrática, formada por intelectuais gramscianos, esquerdistas desiludidos com o fisiologismo e jogo sujo do PT, que declararam em manifesto:
( “) Nas eleições de 2014, nos decepcionamos com o PT. A campanha petista no primeiro turno valeu-se de táticas e subterfúgios que desonram o bom debate. Caluniou, difamou e agrediu moralmente a candidatura de Marina Silva, sob o pretexto de que seria preciso fazer um “aguerrido” confronto político. Atropelou regras procedimentais e parâmetros éticos preciosos para a esquerda e a democracia. ( “)
E considere-se que quando os esquerdistas democráticos escreveram esse manifesto, Lula ainda não havia comparado o adversário aos nazistas e ao rei Herodes, em alguns de seus surtos de alucinação onde combate, como dom Quixote, os moinhos de vento que ele mesmo criou - aplicando provavelmente por instinto e não por conhecimento, o princípio leninista de “acusar os outros daquilo que você faz”.
O mais nocivo populismo caracteriza-se exatamente por interditar o debate substituindo-o, sempre que possível, por uma chuva de calúnias na cabeça do adversário, que passa a ser tratado não como um defensor de propostas diferentes, mas como um criminoso a ser eliminado.
Seja como for, o País que emergirá das urnas domingo será outro. Ou melhor, será um dos dois: ou aquele que procurará a modernidade livrando-se da canga do atraso e da mistificação ou aquele que fará das ilhas de atraso, da pobreza e do assistencialismo a reserva de mercado para garantir sua perpetuação no poder. Aos populistas e demagogos, nunca convém que os descamisados possam comprar suas próprias camisas.
Por Sandro Vaia/Blog do Noblat 

Eunício Oliveira diz que eleitor quer novo modelo de gestão

O postulante Eunício Oliveira (PMDB) afirma querer, nestes últimos dias de campanha, convencer o eleitor que ele representa a candidatura que defende uma nova forma de governar o Estado em oposição à atual gestão para garantir a vitória no segundo turno. O peemedebista espera atrair os votos dos ex-candidatos Ailton Lopes (PSOL) e Eliane Novais (PSB), ressaltando que, no primeiro turno, o apoio recebido por ele e os outros dois opositores ao Governo chegaram a 52% dos votos válidos.
"No dia 5 passado, a população foi às urnas e mais de 52% dos eleitores disseram que querem um novo jeito de governar o Ceará. Então, eu estou muito feliz e muito esperançoso que a população cearense vai pedir e está pedindo um novo jeito de governar (?) Eu quero um governo que não vi cuidar de prédios, mas de gente, que cuide de gestão, que economize quem paga imposto com salário pequeno e trabalho intenso" frisou o peemedebista.
Eunício Oliveira também participou, ontem, de uma carreata no município de Sobral, principal reduto eleitoral do governador Cid Gomes, mas ele negou que a escolha dessa cidade justamente na antevéspera do pleito tenha sido uma estratégia direta de atrair o eleitorado de Camilo Santana. De acordo com o peemedebista, a atividade foi programada para lá por se tratar de um dos maiores colégios eleitorais do Estado e decisivos na definição do pleito.
Sobral
"Nós andamos todo o Ceará e eu fui a Sobral mais de uma vez. É porque Sobral tem um número elevado de eleitores. Mas antes disso eu vou fazer uma entrevista cedo numa cadeia de rádio, vou a Crateús, uma cidade polo na Região Norte, onde encontraremos várias lideranças. Depois, vou a Camocim e, por último, a Sobral", alegou.
Para a reta final da campanha, Eunício Oliveira prometeu trabalhar o máximo possível até o momento em que a legislação eleitoral permitir para convencer os eleitores indecisos e atrair para a sua candidatura aqueles que enxergam a necessidade de mudar a gestão do Governo do Estado. "Vamos continuar trabalhando até o último momento possível que nos permite a lei eleitoral. Foi assim desde o começo e nós vamos concluir esse trabalho esperançosos, felizes e com a certeza de que o povo do Ceará vai escolher Eunício Oliveira para fazer um novo jeito de governar o Ceará", declarou.
Na avaliação de Eunício Oliveira, a população cearense tem uma lista de demandas que exigem a mudança na administração. Para ele, o Ceará precisa de uma gestão "que reabra o diálogo extinto no Ceará, que dê oportunidade às pessoas, que faça os concursos públicos necessários para a Cagece, para a Ematerce, que cuide das universidades estaduais, que faça um concurso público para os professores", acrescentou o pleiteante.
Diferentemente da estratégia adotada na reta final do primeiro turno, quando concentrou grande parte de seu discurso para acusar Camilo Santana de envolvimento no chamado "escândalo dos banheiros", o peemedebista preferiu não repetir esse planejamento nestes últimos dias de campanha ao justificar que não adiantaria mais como atração do eleitor voltar a abordar o assunto.
"Esse tema já foi muito debatido. A sociedade tomou conhecimento. Nós colocamos, inclusive, para que a sociedade fizesse a escolha sabendo quem era o candidato A ou o candidato B. Mas não adiantava eu ficar aqui batendo na mesma tecla. Esse assunto já é de conhecimento público e de toda a sociedade. O que eu quero é reafirmar os nossos compromissos e as nossas propostas para que o eleitor, no domingo, faça sua avaliação e escolha um novo jeito de governar", esclareceu.
Debate
Após o debate realizado na TV Verdes Mares, no fim da noite de quinta, Eunício Oliveira concedeu entrevista coletiva à imprensa e exaltou que a cobertura feita pelos veículos do Sistema Verdes Mares ajudou a levar ao eleitor espaço para o confronto de propostas entre os dois candidatos ao Governo do Estado.
"Acho que o debate é uma maneira democrática. É a forma que a gente tem, inclusive, de chegar à casa dos telespectadores. Aqui não foi transmitido apenas pela televisão, mas pelo sistema de comunicação como um todo. Então, as pessoas ouviram atentamente ao debate e vão, obviamente, escolher um novo jeito de governar", pontuou o peemedebista.
Diário do Nordeste

Justiça do Ceará bloqueia recursos para 10 prefeituras

O Tribunal de Justiça (TJCE) do Ceará determinou o bloqueio de bens das prefeituras de Aurora, Baixio, São Benedito, Baturité, Granjeiro, Groaíras, Ibiapina, Itatira, Jaguaretama e Alcântaras. O sequestro de bens chega a R$ 1,6 bilhão. O motivo é a falta de pagamento de precatórios.

O motivo para a decisão foi falta de pagamento de parcelas do regime especial relativa aos anos de 2011, 2012 e 2013, após os prefeitos, depois de pessoalmente intimados, não realizarem os depósitos devidos.
A maior dívida é da Prefeitura de Aurora, no valor de R$ 546,6 mil, seguida por Alcântara, com R$ 508,5 mil, e Granjeiro, com R$ 218,3 mil.

O regime especial de pagamento de precatórios criado pela emenda constitucional nº 62/2009 e a gestão, no Ceará, cabe ao TJCE. O POVO

Leia a íntegra da reportagem da VEJA sobre “Eles sabiam de tudo”

A Carta ao Leitor desta edição termina com uma observação altamente relevante a respeito do dever jornalístico de publicar a reportagem a seguir às vésperas da votação em segundo turno das eleições presidenciais: “Basta imaginar a temeridade que seria não publicá-la para avaliar a gravidade e a necessidade do cumprimento desse dever”. VEJA não publica reportagens com a intenção de diminuir ou aumentar as chances de vitória desse ou daquele candidato. VEJA publica fatos com o objetivo de aumentar o grau de informação de seus leitores sobre eventos relevantes, que, como se sabe, não escolhem o momento para acontecer. Os episódios narrados nesta reportagem foram relatados por seu autor, o doleiro Alberto Youssef, e anexados a seu processo de delação premiada. Cedo ou tarde os depoimentos de Youssef virão a público em seu trajeto na Justiça rumo ao Supremo Tribunal Federal (STF), foro adequado para o julgamento de parlamentares e autoridades citados por ele e contra os quais garantiu às autoridades ter provas. Só então se poderá ter certeza jurídica de que as pessoas acusadas são ou não culpadas.
Na última terça-feira, o doleiro Alberto Youssef entrou na sala de interrogatórios da Polícia Federal em Curitiba para prestar mais um depoimento em seu processo de delação premiada. Como faz desde o dia 29 de setembro, sentou-se ao lado de seu advogado, colocou os braços sobre a mesa, olhou para a câmera posicionada à sua frente e se pôs à disposição das autoridades para contar tudo o que fez, viu e ouviu enquanto comandou um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar 10 bilhões de reais. A temporada na cadeia produziu mudanças profundas em Youssef. Encarcerado des­de março, o doleiro está bem mais magro, tem o rosto pálido, a cabeça raspada e não cultiva mais a barba. O estado de espírito também é outro. Antes afeito às sombras e ao silêncio, Youssef mostra desassombro para denunciar, apontar e distribuir responsabilidades na camarilha que assaltou durante quase uma década os cofres da Petrobras. Com a autoridade de quem atuava como o banco clandestino do esquema, ele adicionou novos personagens à trama criminosa, que agora atinge o topo da República.

Assista o debate da TV Globo entre Aécio e Dilma na íntegra

Debate quente na TV Globo


No último debate da campanha presidencial, nesta sexta-feira à noite, na TV Globo, a troca de acusações que marcou a campanha veio logo no início do embate entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves(PSDB). O tucano, em sua primeira intervenção, disse que era alvo de boatos, como o de que tiraria do cadastro beneficiados pelo Bolsa Família, e lembrou o escândalo da Petrobras, com as denúncias veiculadas esta semana pela revista “Veja”, segundo as quais o doleiro Alberto Youssef acusou Dilma e e o ex-presidente Lula de saberem dos desvios na estatal.
— Essa campanha vai passar para a História como a mais sórdida. A calúnia e a infâmia foram feitas não só em relação a mim, em relação a Eduardo Campos, a Marina. Isso é um péssimo exemplo. A revista publica que um dos delatores disse que a senhora e Lula tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. A senhora sabia da corrupção na Petrobras?
Em resposta, Dilma acusou o tucano de fazer uma campanha “extremamente agressiva” contra ela e negou as denúncias. Afirmou que a revista faz “oposição sistemática” aos governos petistas e promove um “golpe eleitoral”.
— A “Revista Veja” não apresenta nenhuma prova do que faz. Manifesto a minha inteira indignação porque a revista tem hábito de, na reta final das campanhas, tentar dar um golpe eleitoral e isso não é a primeira vez. Fez em 2002, em 2006, em 2010 e agora faz em 2014. O povo não é bobo e sabe que está sendo manipulada essa informação porque não foi apresentada nenhuma prova. Irei à Justiça para me defender.

COMPARAÇÕES ENTRE GOVERNOS

Aécio manteve a ofensiva e, ao abordar os problemas de infraestrutura do país, criticou o governo federal por ter investido R$ 2 bilhões na construção do Porto Muriel, em Cuba, quando, disse, o país carece de investimentos em ferrovias e portos. Na resposta, Dilma usou a estratégia, repetida ao longo do debate, de comparar os governos petistas com os de Fernando Henrique Cardoso. Disse que a iniciativa será benéfica para empresas brasileiras e afirmou que o ex-presidente também financiou empresas para “colocar produtos em Cuba e Venezuela”.

Nas seguidas comparações que fez com governos tucanos, Dilma acusou o PSDB de ter deixado o Banco do Brasil com uma “grave dívida” e de ter quebrado a Caixa Econômica Federal e o BNDES.
— Vocês reduziram (os bancos) ao tamanho que achavam que devia ter — disse Dilma.
A presidente ouviu então de Aécio a acusação de que o PT aparelha a máquina pública.

— O Banco do Brasil tem 37 diretorias, um terço delas ocupadas por filiados do PT.
No debate econômico, Dilma disse que não era verdade que ela é a primeira presidente a a entregar um governo com a inflação maior do que recebeu:
— No últimos dez anos tivemos dentro dos limites da meta. Quem não mantinha (a meta) era o governo Fernando Henrique.
— Quer dizer que foi o PT que controlou a inflação e não nós? Tenho orgulho de ter um aliado como o Fernando Henrique, a quem a senhora teceu elogios.

PARTICIPAÇÃO DE INDECISOS

No segundo bloco, em que, pela primeira vez, eleitores indecisos fizeram perguntas diretamente aos candidatos, a discussão se voltou para a vida real, tornando o debate menos agressivo e mais propositivo. Logo na primeira pergunta, sobre os altos aluguéis, Dilma e Aécio foram obrigados a discutir a inflação, sem acusações mútuas.
Dilma aproveitou a pergunta para falar de um de seus principais programas, o Minha Casa Minha Vida, destacando que ele contempla quem ganha até R$ 5 mil, com faixas de subsídio. A candidata disse que seu compromisso é fazer mais três milhões de casas, ampliando as faixas de renda.
— Tenho certeza de que você poderá ser contemplado caso seja uma das pessoas sorteadas — disse Dilma, dirigindo-se ao eleitor.
Aécio procurou desconstruir os números oficiais. Disse que foi entregue apenas metade das três milhões de casas anunciadas. O tucano prometeu ampliar os programas de habitação no país.
A pergunta sobre educação proporcionou um confronto de realizações entre Dilma, no governo federal, e Aécio, no governo de Minas Gerais. No entanto, os candidatos convergiram sobre a necessidade de mais creches, melhora no ensino médio e na valorização dos professores.
Sobre o tema da corrupção, levantado por uma eleitora de Minas, Dilma concordou que a lei é branda para punir corruptos e corruptores e enumerou propostas que fez para endurecer a lei. Aécio disse que a eleitora expressava o sentimento de indignação de milhões de brasileiros com a corrupção e afirmou que algumas propostas listadas por Dilma tramitaram no Congresso, mas sem empenho do governo em aprová-las.
— Existe uma medida acima de todas as outras para combater a corrupção, tirar o PT do governo — afirmou o tucano.

‘MEU BANHO MINHA VIDA’

No terceiro bloco, em que os candidatos voltaram a fazer perguntas entre si, Dilma alfinetou os tucanos ao falar sobre a importância do planejamento e em seguida lembrou a falta de água em São Paulo, governada pelo PSDB. Aécio disse que faltou planejamento, mas do governo federal, que, segundo ele, não teria colaborado com o governo paulista. Citou o Tribunal de Contas da União (TCU), que teria acionado o governo federal por isso. Dilma procurou ser irônica e, após, dizer que água é responsabilidade dos governos estaduais, citou o humorista José Simão:
— Vocês estão levando o estado para ter o programa “meu banho minha vida”.
Aécio, que já havia citado o “Petrolão”, referência ao escândalo da Petrobras, lembrou o julgamento do mensalão e voltou a criticar o PT por tratar os petistas condenados como “heróis nacionais”. E perguntou a Dilma o que achava da condenação do ex-ministro José Dirceu. Sem responder diretamente ao tucano, a presidente lembrou o mensalão mineiro, no governo do tucano Eduardo Azeredo (a quem chamou de Renato Azeredo):


— O mensalão do meu partido teve condenados. No mensalão do seu partido, não teve condenados nem punidos — disse Dilma, lembrando outros escândalos envolvendo tucanos que, segundo ela, não tiveram punição, como Sivam e pasta rosa.
Aécio contra-atacou e disse que um dos principais envolvidos no mensalão mineiro é ligado ao PT:
— Walfrido Mares Guias foi coodenador de sua campanha em Minas — afirmou Aécio.

O GLOBO