quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Lucro do Banco do Brasil cai mais de 60% no segundo trimestre

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,829 bilhões no segundo trimestre de 2014 – 62,1% a menos do que o resultado registrado em igual período do ano passado (R$ 7,472 bilhões) e 5,6% superior ao primeiro trimestre de 2014 (R$ 2,678 bilhões). No primeiro semestre, o lucro chegou a R$ 5,506 bilhões – 45,1% menor do que o de igual período de 2013 (R$ 10,029 bilhões). A remuneração aos acionistas atingiu R$ 1,1 bilhão, montante equivalente a 40% do lucro líquido, sendo R$ 899,7 milhões na forma de juros sobre capital próprio e R$ 216,4 milhões em dividendos. Os ativos do banco atingiram R$ 1,4 trilhão em junho, crescimento de 15,4% em 12 meses e 2,3% em relação ao trimestre anterior, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito. Segundo a instituição, o banco é líder em ativos entre as empresas do setor financeiro da América Latina. A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias prestadas, atingiu R$ 718,8 bilhões em junho, crescimento de 12,5% em 12 meses e 2,8% em relação ao trimestre anterior. O financiamento imobiliário (saldo de R$ 32 bilhões) e crédito ao agronegócio (R$ 157,2 bilhões) registraram alta, em 12 meses, de 84,5% e 23,7%, respectivamente. No período, o BB manteve a liderança em crédito no Sistema Financeiro Nacional, com 21,3% de participação de mercado. O saldo de crédito concedido às empresas encerrou junho em R$ 335,3 bilhões – crescimento de 13,2%, em 12 meses, e 3,7% em relação ao trimestre anterior. O índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias representou 1,99% da carteira de crédito. No mesmo período, o sistema financeiro registrou índice de 3%.

Racionamento de água já atinge 24 municípios

Subiu para 24 o número de cidades em racionamento de água no Ceará. A contenção no fornecimento hídrico varia conforme o nível de reserva de cada localidade. A situação piora com mais dias sem chuva, para aumentar o volume dos reservatórios, que são mínimos: já são 103 açudes com menos de 30% da capacidade.
Desses, metade, ou 51 açudes, está com menos de 10% da capacidade, uma verdadeira situação de colapso de abastecimento. Amparados pelos órgãos técnicos, os municípios estão fazendo "o que podem".
Na semana passada, o Diário do Nordeste apontava que, pelo menos, quatro municípios já adotavam o racionamento de água como forma de evitar o colapso total nessas cidades.
As medidas de contenção são tomadas pela Companhia de Água e esgoto no Ceará (Cagece) e pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), órgãos gerenciadores em distintos municípios. A Cagece, que abastece a maioria dos municípios, têm ao menos 19 cidades sofrendo racionamento de água.
Embora esses órgãos tenham autonomia para decidir o racionamento, as decisões têm partido da reunião no Comitê Integrado da Seca, que reúne os diversos órgãos estaduais, municipais e federais envolvidos com a problemática.
Conforme o coordenador de Ofertas Hídricas da Secretaria de Recursos Hídricos do Estado (SRH), Gianni Lima, o racionamento está sendo iniciado nos municípios como medida preventiva. A situação tem exigido um esforço coordenado com Prefeituras dos municípios afetados, especialmente para o trabalho de conscientização do uso. O monitoramento é contínuo, e de acordo com os açudes que os abastecem, os municípios terão menos ou mais água.
A crise é generalizada, com menos intensidade apenas no Vale do Jaguaribe, que possui as maiores reservas do Estado, e na Região Metropolitana de Fortaleza, que é abastecida, na maior parte, pelas águas jaguaribanas. Ainda assim, o Açude Castanhão está com apenas 35% da capacidade de armazenamento.
Rotina
Assim como de seca o Nordeste entende, de racionamento, centenas de comunidades rurais do Ceará sabem há tempos e de forma rotineira. Mas a situação de escassez tornou-se tão mais drástica que são as áreas urbanas, nas sedes municipais, em crescente escala de falta d'água. Para Ricardo Adeodato, diretor de operações da Companhia de Gestão dos Recurso Hídricos (Cogerh), é o momento de economizar "mais do que nunca". Ele afirma haver segurança hídrica para 2015, mas a situação varia conforme a região das bacias hidrográficas. Adutora de montagem rápida, perfuração de poços e carros-pipas são as principais medidas adotadas para combater a falta d'água.
Embora já ocorram anos de seca e as medidas preventivas sejam adotadas, a solução ainda não chegou para todos os municípios, literalmente, à míngua.
Diário do Nordeste

Agenor Neto comemora chegada da Itaipava em Iguatu

Agenor Neto de passagem por Iguatu esteve ao lado do prefeito Aderilo Alcântara e por alguns minutos recepcionou os diretores da cervejaria Itaipava.

O ex-prefeito da Terra da Telha comemorou a instalação de um centro de distribuição da Itaipava, “ lutamos muito por este momento e agora vejo o meu amigo Aderilo Alcântara tendo esta conquista na sua gestão, são empregos diretos e indiretos gerados e com isso a garantia de uma renda fixa para centenas de iguatuenses”, disse.  

Veja a reportagem completa no www.iguatu.net




Perda nacional

O Brasil tem poucos quadros políticos de qualidade que possam almejar a Presidência. A morte de um jovem de 49 anos que já foi testado na administração pública, governou duas vezes um estado complexo e saiu com alta aprovação é perda de precioso patrimônio. Havia grande chance de que algum dia Eduardo Campos governasse o Brasil, independentemente do que ocorresse nesta eleição.
Pensar no futuro quando o presente é atravessado pela tragédia é um desafio. Mas é o que os partidos que concorrem à Presidência fazem desde o primeiro momento. A coalizão “Unidos pelo Brasil” terá que tomar uma decisão urgente no meio da comoção, que é escolher alguém para disputar as eleições.
O primeiro cenário que apareceu na mente de todos os analistas foi o da escolha de Marina Silva como candidata. Mas não é tão simples nem a única possibilidade. Há outras. Uma delas é a coalizão manter o PSB na vaga de candidato e procurar entre seus quadros alguém que possa ocupar o posto. A primeira possibilidade só se mantém se, nesses dez meses, Eduardo Campos e Marina tiverem conseguido superar as divisões que existem dentro do PSB.
É importante lembrar a natureza surpreendente do nascimento dessa aliança. Ela começa com um gesto de Marina Silva que, sem partido, vai até Eduardo e adere à candidatura dele. Naquela entrevista que concederam juntos, no sábado 5 de outubro, havia uma genuína surpresa em cada um e uma lufada de ar fresco na mesmice da política brasileira. Os gestos eram novos. O de Marina, de ir até ele; o dele, de abrigar a Rede Sustentabilidade. Foi o encontro de duas lideranças com muita força pessoal. Cada uma teve que trabalhar duramente para superar as divergências nos seus grupos políticos e para costurar a união dos dois movimentos.
Mudou tudo ao fim da manhã de ontem. Alterou a dinâmica da eleição e o tom da propaganda eleitoral que começa na próxima terça-feira. O grau de incerteza da eleição de 2014 subiu e vai ser mais difícil também encontrar a melhor forma de se comunicar com o eleitor neste curto período de campanha, de menos de dois meses, até o primeiro encontro com as urnas.
Eduardo Campos causava uma excelente impressão nos encontros que vinha tendo com empresas e líderes de diversos segmentos. Era fácil ouvir palavras de entusiasmo pelo aparecimento de um novo líder que falava bem, ouvia com atenção, mostrava-se preparado para o debate de questões com profundidade. Ele tinha a favor dele dados que agradavam. Melhora em todos os indicadores sociais do estado, queda de 10 pontos na mortalidade infantil e um crescimento de 17,7% da produção industrial do estado entre janeiro de 2007 a abril de 2014. A do Brasil cresceu 7%; a do Nordeste, 11%.
O Brasil tem essa escassez de bons quadros políticos por alguns motivos sobre os quais devemos refletir. A razão original, sem dúvida, é a ditadura. O longo período de cassações e autoritarismo interrompeu carreiras, desviou e dizimou lideranças e impediu o aparecimento de novos líderes. Depois disso, veio o descrédito com a política, pelos sucessivos casos de corrupção, e isso desestimula talentos jovens de seguirem o caminho da participação partidária. Os dois fatos juntos empobreceram a democracia brasileira. Ontem, o destino produziu um enorme desfalque no pouco que temos.
As duas razões que produziram essa escassez de quadros políticos nos levam a uma conclusão. Dado que o passado não podemos mudar — a ditadura ocorreu e deixou suas sequelas insanáveis, algo imutável —, temos que trabalhar para superar o desânimo que tem afastado os jovens da política.
Mirian Leitão

Eunício Oliveira comenta sobre pesquisa Datafolha

"A pesquisa aumenta a nossa responsabilidade e o nosso compromisso de, junto com a população, construir um novo jeito de administrar e de fazer política no Ceará. Mostra que ouvir as demandas e as sugestões da sociedade, como estamos fazendo desde o início, é o que o povo quer, chega de decisões de gabinete. E nos estimula a aumentar a mobilização e assim trazer novas ideias para o nosso Plano de Governo. O povo cearense está mostrando que quer participar, desde que seja ouvido e respeitado."

Irmão de Eduardo Campos assume defesa da candidatura de Marina

O advogado Antonio Campos, único irmão do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente de avião em Santos, nessa quarta-feira, 13, defende que a candidata a vice, Marina Silva, assuma a candidatura à Presidência da República pelo PSB. "Vou defender publicamente e dentro do partido essa posição", afirmou ele, em entrevista por telefone, ao jornal "O Estado de S. Paulo", nesta quinta-feira, 14.
"Marina vai agregar valor à chapa presidencial e ao debate no Brasil", afirmou ele, ao anunciar que até esta sexta-feira, 15, irá encaminhar uma carta ao partido explicitando sua defesa. "Se meu irmão chamou Marina para ser sua vice, com esta atitude ele externou sua vontade", afirmou Antonio Campos, confiante de estar defendendo a posição que o ex-candidato aprovaria.

Charge


Vem aí pesquisa sem Eduardo e com Marina...

Em meio à consternação com a morte de Eduardo Campos, o Datafolha registrou sua nova pesquisa presidencial.
Entre as 22 perguntas que os 2 884 eleitores entrevistados responderão, o Datafolha questiona o que o PSB deve fazer depois da morte do seu candidato ao Planalto: lançar Marina Silva na cabeça da chapa, não lançar nenhum candidato ou apoiar algum dos dez outros presidenciáveis.
O primeiro levantamento sem o nome de Campos e com o de Marina na cartela foi registrado hoje pelo Datafolha, que vai a campo entre amanhã e sábado para entrevistar 2 884 eleitores. O resultado sai na segunda-feira.
Por Lauro Jardim

Datafolha: Eunício tem 47%, e Camilo, 19%

O candidato da Coligação Ceará de Todos, Eunício Oliveira (PMDB), está em primeiro lugar na corrida ao Governo do Estado, de acordo com números da pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta quinta-feira. A pesquisa, publicada pelo Jornal O POVO, aponta Eunício com 47% das intenções de votos, ficando, em segundo lugar, o candidato da Coligação Para o Ceará Seguir Mudando, Camilo Santana (PT), com 19%. A candidata do PSB, Eliane Novais, soma 7% de apoio dos eleitores, enquanto Ailton Lopes, do PSOL, 4%. Com esses números, a eleição será encerrada no primeiro turno.
De acordo com o Instituto Datafolha, 13% dos entrevistados estão indecisos e 10% dizem que votam em branco ou irão anular o voto. A pesquisa ouviu 1.108 eleitores em 41 municípios entre a última segunda e o dia de ontem, quarta-feira.  A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os números CE-00013/2014 e BR-00356/2014, tem uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Eunício lidera, também, na pesquisa espontânea – 17%, contra 7%, de Camilo. Eliane Novais tem 1%, e Ailton Lopes não somou pontos. Mesmo não sendo candidato, o Governador Cid Gomes chegou a ser citado por 35 dos entrevistados.  O Datafolha ouviu, ainda, os eleitores sobre a rejeição dos candidatos ao Governo do Estado. Com a menor taxa de rejeição, está Eunício Oliveira (16%), seguido de Ailton Lopes (26%), Eliane Novais (28%) e Camilo Santana (30%).

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Sem Eduardo Campos como fica a corrida presidencial?

Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência da República, ex-governador de Pernambuco e ex-ministro, está morto. Tinha 49 anos. Um acidente aéreo, em circunstâncias ainda desconhecidas, pôs fim a uma trajetória exitosa. Há exatos nove anos, morria Miguel Arraes, seu avô, de quem era o herdeiro político. Querem saber? Pior para o país. O que vai acontecer agora? O resto é escuro.
Por mais que seja desagradável entrar neste tipo de conjectura, ela precisa ser feita.  Vamos ao que não pode ser feito: o PSB não pode, por exemplo, se coligar a uma nova frente partidária. Fica com uma de duas escolhas: ou lança uma candidatura ou não lança ninguém. Nessa segunda hipótese, mesmo sem coligação formal, seu tempo na TV não pode nem ser usado em defesa de outra candidatura.
A saída que parece natural — desprezados os fatores contrários, dos quais tratarei — é Marina Silva, que veio da Rede, mas está filiada ao PSB, se transformar na candidata do partido. Não custa lembrar que, na última pesquisa Datafolha em que seu nome foi testado, em abril, ela apareceu com 27% dos votos, contra apenas 14% de Campos. Isso não quer dizer que os números se repetiriam hoje. O tucano Aécio Neves, então, tinha apenas 18%; no mais recente Datafolha, está 20%. O ex-governador de Pernambuco havia caído na preferência do eleitorado e marcou apenas 8%. Se e quando o nome de Marina voltar a frequentar as pesquisas, o que vai acontecer?
A realização de um segundo turno sempre foi mais provável com Marina como candidata do PSB do que com Campos. E esse será certamente um fator muito forte a pesar em favor do seu nome. Mas a solução não é nada simples.
Campos e a líder da Rede conseguiram firmar um entendimento que transitava muito mais no terreno afetivo do que no das afinidades eletivas. A relação de Marina com o PSB chega a ser, em muitos casos, explosiva. Há mais divergências de ponto de vista do que convergências. O tempo na TV, destaque-se, é do partido. Com Campos vivo, sempre se apostava que os dois conversariam e que se chegaria a um consenso ao menos afetivo. Sem ele…
Não é só uma questão de agenda, não. Também há dificuldades nos Estados. Marina tentou implodir uma série de alianças feitas pelo PSB — e São Paulo é um exemplo claro disso. A dificuldade, em suma, está em o PSB ungir a candidatura de alguém que sabe não pertencer ao partido. Daqui a pouco, não é segredo para ninguém, ela ruma para a sua própria sigla e leva junto os membros da Rede que conseguirem se eleger.
Não há perspectiva de futuro que consiga, no entanto, nos tirar da perplexidade.
Por Reinaldo Azevedo

Eunício e Tasso cancelam ações desta quinta e sexta

A coligação “Ceará de Todos” comunica que, em virtude do falecimento do candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, e membros de sua equipe em acidente aéreo ocorrido nesta quarta-feira, 13, em Santos (SP), estão suspensas as atividades de campanha dos candidatos Eunício 15 governador e Tasso 456 senador previstas para esta quinta-feira, 14, e sexta-feira, 15.
 
A coligação "Ceará de Todos" solidariza-se com amigos, familiares e admiradores de todos os que precocemente foram vitimados nesta tragédia.

Veja a entrevista na íntegra de Eduardo Campos no Jornal Nacional