quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Vem aí pesquisa sem Eduardo e com Marina...

Em meio à consternação com a morte de Eduardo Campos, o Datafolha registrou sua nova pesquisa presidencial.
Entre as 22 perguntas que os 2 884 eleitores entrevistados responderão, o Datafolha questiona o que o PSB deve fazer depois da morte do seu candidato ao Planalto: lançar Marina Silva na cabeça da chapa, não lançar nenhum candidato ou apoiar algum dos dez outros presidenciáveis.
O primeiro levantamento sem o nome de Campos e com o de Marina na cartela foi registrado hoje pelo Datafolha, que vai a campo entre amanhã e sábado para entrevistar 2 884 eleitores. O resultado sai na segunda-feira.
Por Lauro Jardim

Datafolha: Eunício tem 47%, e Camilo, 19%

O candidato da Coligação Ceará de Todos, Eunício Oliveira (PMDB), está em primeiro lugar na corrida ao Governo do Estado, de acordo com números da pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta quinta-feira. A pesquisa, publicada pelo Jornal O POVO, aponta Eunício com 47% das intenções de votos, ficando, em segundo lugar, o candidato da Coligação Para o Ceará Seguir Mudando, Camilo Santana (PT), com 19%. A candidata do PSB, Eliane Novais, soma 7% de apoio dos eleitores, enquanto Ailton Lopes, do PSOL, 4%. Com esses números, a eleição será encerrada no primeiro turno.
De acordo com o Instituto Datafolha, 13% dos entrevistados estão indecisos e 10% dizem que votam em branco ou irão anular o voto. A pesquisa ouviu 1.108 eleitores em 41 municípios entre a última segunda e o dia de ontem, quarta-feira.  A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os números CE-00013/2014 e BR-00356/2014, tem uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Eunício lidera, também, na pesquisa espontânea – 17%, contra 7%, de Camilo. Eliane Novais tem 1%, e Ailton Lopes não somou pontos. Mesmo não sendo candidato, o Governador Cid Gomes chegou a ser citado por 35 dos entrevistados.  O Datafolha ouviu, ainda, os eleitores sobre a rejeição dos candidatos ao Governo do Estado. Com a menor taxa de rejeição, está Eunício Oliveira (16%), seguido de Ailton Lopes (26%), Eliane Novais (28%) e Camilo Santana (30%).

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Sem Eduardo Campos como fica a corrida presidencial?

Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência da República, ex-governador de Pernambuco e ex-ministro, está morto. Tinha 49 anos. Um acidente aéreo, em circunstâncias ainda desconhecidas, pôs fim a uma trajetória exitosa. Há exatos nove anos, morria Miguel Arraes, seu avô, de quem era o herdeiro político. Querem saber? Pior para o país. O que vai acontecer agora? O resto é escuro.
Por mais que seja desagradável entrar neste tipo de conjectura, ela precisa ser feita.  Vamos ao que não pode ser feito: o PSB não pode, por exemplo, se coligar a uma nova frente partidária. Fica com uma de duas escolhas: ou lança uma candidatura ou não lança ninguém. Nessa segunda hipótese, mesmo sem coligação formal, seu tempo na TV não pode nem ser usado em defesa de outra candidatura.
A saída que parece natural — desprezados os fatores contrários, dos quais tratarei — é Marina Silva, que veio da Rede, mas está filiada ao PSB, se transformar na candidata do partido. Não custa lembrar que, na última pesquisa Datafolha em que seu nome foi testado, em abril, ela apareceu com 27% dos votos, contra apenas 14% de Campos. Isso não quer dizer que os números se repetiriam hoje. O tucano Aécio Neves, então, tinha apenas 18%; no mais recente Datafolha, está 20%. O ex-governador de Pernambuco havia caído na preferência do eleitorado e marcou apenas 8%. Se e quando o nome de Marina voltar a frequentar as pesquisas, o que vai acontecer?
A realização de um segundo turno sempre foi mais provável com Marina como candidata do PSB do que com Campos. E esse será certamente um fator muito forte a pesar em favor do seu nome. Mas a solução não é nada simples.
Campos e a líder da Rede conseguiram firmar um entendimento que transitava muito mais no terreno afetivo do que no das afinidades eletivas. A relação de Marina com o PSB chega a ser, em muitos casos, explosiva. Há mais divergências de ponto de vista do que convergências. O tempo na TV, destaque-se, é do partido. Com Campos vivo, sempre se apostava que os dois conversariam e que se chegaria a um consenso ao menos afetivo. Sem ele…
Não é só uma questão de agenda, não. Também há dificuldades nos Estados. Marina tentou implodir uma série de alianças feitas pelo PSB — e São Paulo é um exemplo claro disso. A dificuldade, em suma, está em o PSB ungir a candidatura de alguém que sabe não pertencer ao partido. Daqui a pouco, não é segredo para ninguém, ela ruma para a sua própria sigla e leva junto os membros da Rede que conseguirem se eleger.
Não há perspectiva de futuro que consiga, no entanto, nos tirar da perplexidade.
Por Reinaldo Azevedo

Eunício e Tasso cancelam ações desta quinta e sexta

A coligação “Ceará de Todos” comunica que, em virtude do falecimento do candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, e membros de sua equipe em acidente aéreo ocorrido nesta quarta-feira, 13, em Santos (SP), estão suspensas as atividades de campanha dos candidatos Eunício 15 governador e Tasso 456 senador previstas para esta quinta-feira, 14, e sexta-feira, 15.
 
A coligação "Ceará de Todos" solidariza-se com amigos, familiares e admiradores de todos os que precocemente foram vitimados nesta tragédia.

Veja a entrevista na íntegra de Eduardo Campos no Jornal Nacional

Depois da morte de Campos, Marina não assume chapa automaticamente, diz Lei Eleitoral

A morte do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) na manhã desta quarta-feira (13/8), em acidente aéreo em Santos durante voo que seguia do Rio de Janeiro para o Guarujá,  no litoral sul paulista, não faz com que Marina Silva (PSB), candidata à vice-presidência, assuma a candidatura principal automaticamente.
O artigo 13 da Lei Eleitoral de 1997 estabelece que é facultado ao partido ou à coligação substituir o candidato que falecer, ou ainda for considerado inelegível ou renunciar. A redação do parágrafo 1º, artigo 13, da Lei  9.504/97, define também que a escolha do substituto será feita na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertence o candidato a ser substituído, e o registro do novo candidato deve ser feito em até 10 dias após a morte do candidato.
A Lei Eleitoral também prevê que  novo candidato deve ser escolhido por decisão da maioria absoluta dos órgãos de partidos coligados, “podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência”.
Segundo mensagem do twitter da Rede Sustentabilidade, grupo político ligado à Marina Silva, a candidata à vice-presidência segue para Santos. A rede ainda escreveu “todos estamos chocados com a morte de Eduardo Campos, em queda de avião hoje de manhã”.
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, informaram que cancelaram suas agendas de campanha eleitoral nesta quarta-feira. 

Eduardo Campos morre em queda de avião em São Paulo

O ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) morreu na manhã desta quarta-feira (13) na queda do jatinho que o levava para Santos, em São Paulo. Eduardo morreu no mesmo dia que o seu avô, Miguel Arraes, que faleceu em 2005. O candidato completou 49 anos nesse domingo (10).
De acordo com a Força Aérea, a aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu às 10h. “A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave”, diz nota da Aeronáutica.
“O avião saiu do Rio para o Guarujá para o candidato participar de uma palestra sobre a questão portuária. O tempo estava muito ruim e o avião arremeteu. Ele era muito jovem e determinado, com uma carreira muito extensa para a idade”, afirmou o presidente do PSB em São Paulo, Márcio França, que estava no aeroporto esperando a chegada dos aliados. Ele chegou a ver o avião arremetendo.
França confirmou que a mulher dele, Renata Campos, está em casa, no Recife. Eduardo deixa cinco filhos, sendo o mais novo o pequeno Miguel, que costumava viajar com ele durante a campanha.
Eduardo Campos teria entrevista coletiva na Praia do Mercado, seguida de curta volta de catraia (meio de transporte da região portuária). Às 12h, no Guarujá, participaria do seminário Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, no Hotel Sofitel Jequitimar. Às 14h30, em Santos, concederia entrevista à TV Brasil (Band).
Adversário de Eduardo Campos nas urnas, mas amigos na vida pessoal, Aécio Neves (PSDB) cancelou a viagem a Pernambuco, no próximo domingo (17). A presidente Dilma Rousseff (PT) também cancelou a agenda desta quarta-feira (13).
BIOGRAFIA - Eduardo Campos nasceu em 1965, neto de um grande nome da política nacional, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Iniciou a vida política ainda na década de 1980, ao lado do avô. Foi candidato a prefeito de Recife, já foi deputado Federal e ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro mandato do presidente Lula.
Em 2006 se lançou como candidato ao Governo de Pernambuco, numa campanha em que aparecia nas primeiras pesquisas em posições pouco favoráveis. Com o início da campanha foi ganhando espaço e desbancou Humberto Costa, candidato do PT, à época e chegou ao segundo turno, quando disputou e saiu vitorioso na disputa com Mendonça Filho (DEM).
Eleito para um segundo mandato em 2010, o governador apresentou a maior eleição na história da democracia brasileira: mais de 80% dos votos válidos para governador em Pernambuco foram para Campos.
O socialista, presidente do PSB, deixou cargo de governador no início de 2014 para se dedicar à campanha presidencial, entrando em embate direto com o PT, que começou ainda no pleito municipal de 2012, quando o partido socialista decidiu lançar candidato próprio para Prefeitura de Recife. Em novembro de 2013, o PSB resolveu entregar todos os cargos que ocupava no governo federal, deixando de vez a base governista.
Recentemente, Eduardo Campos desferia várias críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), porém sempre se mantendo com reservas ao falar do ex-presidente Lula, um de seus padrinhos políticos.
Campos se lançou candidato a presidente numa chapa com a ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva (PSB/REDE), terceira colocada na eleição presidencial de 2010, quando conquistou 20 milhões de voto.
Marina foi impedida de criar sua própria legenda por falta de assinaturas. A chapa de Campos e Marina aparece nas pesquisas de intenções de voto na terceira colocação.

Agenda dos candidatos ao Governo do Ceará para hoje

Ailton Lopes (Psol)
6h – Visita aos trabalhadores em canteiros de obras (concentração na sede do Sindicato da Construção Civil)
13h – Atividades com as trabalhadoras da confecção feminina (Praça do Jardim América)
16h – Plenária da juventude com Renato Roseno (Praça da Gentilándia)
20h –Panfletagem na entrada do jogo do Ceará no Estádio Castelão
Camilo Santana (PT)
7h – Entrevista ao Alerta Geral (Rede SomZoom Sat)
16h – Caminhada da Praça do Ferreira até Domingos Olímpio
18h30 – Inauguração do Comitê da Dilma, na Domingos Olímpio
Eliane Novais (PSB)
7h – Panfletagem na Avenida Beira Mar
11h30 – Visita ao Restaurante do SESC, articulada pelo candidato a Deputado Federal, Domingos Sávio
16h30 – Panfletagem e caminhada na Avenida Monsenhor Tabosa
Eunício Oliveira (PMDB)
Carreata com partida às 17h, do campo do C. Brasil, Jereissati II. Solenidade após a carreata, no Comitê do Eunício 15
Avenida Central, esquina com a Rua 10, Jereissati I

Profanação de assaltantes de bancos revolta católicos em Itapiúna

Itapiúna - Ataque Bancos 12.08.14 (10).jpg 2
Além do terror provocado por um grupo de aproximadamente oito bandidos na madrugada desta terça-feira, 12, quando explodiram as agências do Bradesco e do Banco do Brasil, a população de Itapiúna, principalmente os católicos, ficou revoltada com um ato de profanação praticado pelos criminosos. Eles deceparam as mãos da estátua do Menino Jesus de Praga, um dos mais reverenciados na cidade. A imagem fica na praça situada em frente a agência do Bradesco.

Para a agricultora Anunciada Ribeiro todo o dinheiro roubado pelos criminosos está amaldiçoado. Além de deixarem a cidade em pânico, com um tiroteio similar ao das guerras vistas na televisão, não precisavam cortar as mãos do protetor dos católicos. Ela lembrou que abaixo da imagem fica o cofre da paróquia. Como são ladrões poderiam somente roubar o dinheiro da igreja. “Tem até um cadeado na portinha, nos fundos da imagem do nosso santo”, comentou indignada.
Diário Sertão Central

"No Ceará ou Dilma vem para as duas candidaturas ou não vem", diz Rui Falcão

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, admitiu ontem, em entrevista ao O POVO, que não há previsão de participação da presidente Dilma Rousseff (PT) na campanha eleitoral do Ceará. O motivo é o racha da base aliada no estado, que colocou em lados opostos Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB) na briga pelo Governo. Apesar do assédio de ambos os lados, Falcão advertiu que, a princípio, Dilma não priorizará nenhum candidato. “Das duas uma: ou ela vem (pedir votos) para as duas candidaturas ou não vem”, avisou.

Tanto Camilo quanto Eunício declaram apoio à tentativa de reeleição de Dilma e dizem querer vê-la, junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seus palanques e programas de televisão.

Questionado se a regra da “neutralidade” valerá também para Lula, Rui Falcão disse que o petista-mor estará livre para definir sua agenda. Apesar disso, também não há perspectiva sobre uma possível vinda de Lula ao estado. “Ele está fechando agenda neste momento. Tem agenda para Pernambuco, Rio Grande do Sul, Bahia, mas não há definição para o Ceará”, disse o dirigente.

Falcão explicou que o PT nacional “observará o desenvolvimento da campanha” para decidir de que forma a dupla Dilma e Lula se envolverá no pleito cearense. A sigla está de olho, por exemplo, no comportamento de Eunício, que disputa ao lado de adversários históricos do PT, como o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), que este ano tenta voltar ao cargo. O dirigente petista disse que, apesar do distanciamento na disputa pelo governo, Dilma e Lula poderão pedir votos ao candidato a senador da chapa petista Mauro Filho (Pros). “Ninguém pediu, mas, em tese, é possível”.
O Povo

Domingos Filho no TCM

A indicação para que o vice-governador Domingos Filho (Pros) assuma a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) foi aprovado, ontem, na Assembleia Legislativa. Dos 46 deputados, 37 estavam presentes no momento da votação. Apenas, quatro votaram contra e uma abstenção foi registrada. A decisão será agora encaminhada para o aval do governador Cid Gomes (Pros). O cargo é vitalício e garante um salário superior a R$ 25 mil.
A matéria foi aprovada no primeiro dia de esforço concentrado da Casa, que, na semana passada, após reunião do Colégio de Líderes, aprovou que durante o período eleitoral haverá apenas uma sessão plenária por semana, às terças-feiras.
Domingos Filho foi sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça da AL e acompanhou a votação em plenário. Ao conversar com a imprensa, admitiu que o Tribunal precisa atuar de forma preventiva e apontou a necessidade de qualificação e capacitação do corpo de funcionários do órgão. “As prefeituras, por falta de corpo técnico, têm uma grande dependência dos escritórios de contabilidade e das assessorias. Pretendo sugerir, caso seja escolhido como conselheiro, que imponha a solidariedade do conjunto de gestores, assessores e contadores no que pese o julgamento das contas, assim como a capacitação de técnicos”, assinalou.
Questionado sobre a diferença entre os tribunais de Contas dos Municípios e do Estado (TCE), Domingos ressaltou a celeridade dos julgamentos das contas, visto que cada Tribunal tem sua demanda. “Temos que trabalhar agora para dar uma agilidade ainda maior, assim como mais competência, a esses julgamentos”, justificou. Durante toda a entrevista, o vice-governador evitou emitir opiniões sobre temas polêmicos.
ARRANJO POLÍTICO
A indicação faz parte do rearranjo político feito pelo governador Cid Gomes (Pros), antes da convenção partidária que indicou o petista Camilo Santana ao governo do Ceará, para acomodar os correligionários que disputavam indicação de candidatura ao Governo do Estado. Domingos Filho, assim como outros nomes do Pros, foram preteridos por Cid Gomes. Além do vice-governador, outros nomes estavam na disputa para suceder o chefe do executivo estadual, dentre eles: o presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque; o ex-ministro dos Portos, Leônidas Cristino; e o deputado estadual Mauro Filho, que foi indicado para disputar o Senado Federal. No caso de Domingo Filho, foi aberta a possibilidade de tornar-se conselheiro do TCM – cargo vitalício e com salário superior a R$ 25 mil.

CRÍTICAS
Deputados de oposição, por sua vez, criticaram o processo de escolha de Domingos Filho. Um deles foi à deputada Eliane Novais, candidata ao governo do Estado pelo PSB. Segundo ressaltou, “o método de escolha é a prova inconteste de abuso do Poder Público”, cobrando um posicionamento dos órgãos de fiscalização. “Isso é uma manobra eleitoral. A sociedade não tolera mais esse tipo de coisa. O que assistimos é a Assembleia praticando a velha política”, afirmou, criticando a mensagem do Governo que pede a abertura de duas vagas para a Agência Reguladora do Ceará (Arce), que, segundo ela, seria para amparar o ex-conselheiro Artur Silva, que pediu aposentaria para alocar Domingos no TCM.

Milhã: MPF propõe ação contra ex-prefeito acusado de corrupção

Milhã: MPF propõe ação contra ex-prefeito acusado de corrupção
O Ministério Público Federal (MPF) em Juazeiro do Norte ingressou com ação de improbidade administrativa e ação penal contra o ex-prefeito do município de Milhã (localizado a cerca de 300 quilômetros de Fortaleza), José Cláudio Dias de Oliveira, por irregularidades na aplicação de recursos para construção de escola pública da rede municipal. A má gestão da verba oriunda do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) resultou em prejuízo de cerca de R$ 953 mil aos cofres públicos.

As obras na escola do distrito de Carnaubinha foram iniciadas em janeiro de 2012, após depósito da primeira parcela dos recursos disponibilizados pelo FNDE em conta específica do convênio. A partir de março do mesmo ano, porém, o ex-prefeito passou a transferir parte dos valores repassados pelo FNDE da conta específica para diversas outras contas do município, onde teria livre movimentação dos recursos.
As transações irregulares foram feitas para efetuar pagamento de despesas de pessoal de todas as secretarias municipais, tendo por justificativa ter sido aquele “um ano muito difícil”, com perda de 45% de ICMS e de 25% do FPM, culminando com a não conclusão da escola.
Penas
Além do ex-prefeito de Milhã, também aparece como réu nos processos, o ex-secretário de Administração e Finanças do município, Francisco Alex Fabiano de Melo, responsável pela movimentação de contas. O MPF pede a condenação dos responsáveis pelo crime cometido e pelos atos de improbidade, sujeitando-os à prisão, ao ressarcimento integral dos prejuízos, ao pagamento de multa, à perda de funções públicas, entre outras sanções previstas em lei.