sábado, 28 de setembro de 2013

Criador do Pros diz ter gasto tudo e vive em casa de muro sem acabamento

Dono de um campo de grama sintética, de uma van, de uma casa simples e de uma ideia fixa há dez anos: ser dono de um partido político.
Esse é o perfil resumido de Eurípedes Júnior, 38, criador e presidente nacional do Pros, a mais nova legenda do país e que já atrai nomes como o governador do Ceará, Cid Gomes, de saída do PSB.
O sonho de Júnior, como é conhecido em Planaltina, cidade com 82 mil habitantes a 60 km de Brasília, foi realizado semana passada. "Muitos riam dele. Diziam que não tinha capacidade para isso", diz Regina das Chagas, secretária-geral da Câmara de Planaltina, presidida por Eurípedes de 2009 a 2010.
O sonho começou em 2003, segundo sua mulher, Sandra Caparrosa, 37, com quem é casado há 14 anos e tem uma filha. "Estou muito surpresa com tudo", diz Sandra, sentada no bar e restaurante que mantém em Planaltina, o "Biroska", a cerca de 500 metros da casa de muro sem acabamento onde vive com o marido, num bairro simples.
Buscou uma vaga de vereador em 2004, mas os pouco mais de 300 votos dos planaltinenses não foram suficientes. Mudou de tática: começou a doar bolas e outros acessórios esportivos para escolas locais, angariando simpatia da população e levando crianças para seu campo.
Com 810 votos em 2008, elegeu-se. Assim que assumiu, em 2009, virou o presidente da Câmara -hoje o Ministério Público cobra dele R$ 38 mil em salários pagos a mais para si mesmo e para os demais vereadores. Foi ali que achou a estrutura que precisava para criar a sigla.

No próprio gabinete, em meados de 2010, reuniu aliados, um advogado e pediu a assinatura de Regina das Chagas como secretária "emprestada": estava fundado o Pros, com ata e tudo.
Faltavam as assinaturas de 500 mil brasileiros. Ele passou a viajar o país. Segundo Regina, ele chegava a passar semanas fora de Planaltina.

"Ele sempre disse que queria ter um partido. Mas tinha que ser o dono, o presidente mesmo", diz Franciésio Nogueira, servidor da Câmara Municipal que o ajudou.
Ainda em 2010, tentou se eleger deputado estadual. Não conseguiu. Abandonou a Faculdade de Administração e passou a se dedicar somente à criação do partido.
Segundo Franciésio e Regina, com o apoio financeiro decisivo de "cinco empresários de São Paulo". "Eles doaram cinco carros pro partido, e um deles estava prometendo R$ 100 mil em dinheiro pra ajudar", disse Franciésio.

Mas Henrique Pinto, empresário da construção civil e agraciado com o título de presidente de honra do Pros, diz que a coleta de assinaturas foi bancada com recursos próprios. "Foi uma utopia, que nós fomos para cima com o coração e com a alma, na cara e na coragem", disse.
Na reta final, o partido contou com o apoio do empresário José Batista Júnior -que pertence à família que controla o grupo JBS- e de alguns governistas, já que deve seguir ao lado de Dilma.
Quem resume o caráter de investimento privado que tem a mais nova legenda é o próprio Júnior: "Vendi o que eu tinha. Vendi para poder fazer o partido. O pouquinho que eu tinha foi embora", afirma.

Folha

Sérgio Novais presidirá "novo PSB" no Ceará, anuncia Eliane


A deputada estadual Eliane Novais (PSB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta manhã de sexta-feira, 27, para informar que foi convidada pela direção nacional do partido para participar da “construção do novo PSB”. Isso, após a saída dos Ferreira Gomes.

Opositora à pratica política do governador Cid Gomes, a parlamentar comemorou a saída deles e aproveitou para conclamar os cearenses a se filiarem ao partido.

A deputada Eliane Novais também informou que, a partir de segunda- feira, o ex-deputado Sergio Novais, seu irmão, será o nome presidente da sigla no Ceará.


Blog do Eliomar

Prefeitura de Cariús - CE abre concurso público com mais de 190 vagas

A partir do dia 1º de outubro de 2013, a Prefeitura de Cariús, Estado do Ceará, receberá inscrições para o concurso público 001/2013 que visa o preenchimento de 199 vagas. O certame será executado pela empresa GR Consultoria e Assessoria.
Do total de oportunidades disponíveis, sete são reservadas para Pessoas com Necessidades Especiais (PNE), como pode ser visto a seguir:
  • Nível Fundamental - Auxiliar de Serviços Gerais (38 + 2 PNE), Contínuo (1). Gari (3), Maqueiro (2), Motorista Categoria B (3), Motorista Categoria D (4), Porteiro (2) e Vigia (9);
  • Nível Médio/Técnico - Agente Administrativo (8), Agente Comunitário de Saúde (6), Atendente de Saúde (6), Auxiliar de Saúde Bucal (5), Secretário Escolar (2), Técnico em Enfermagem (14 + 1 PNE), Técnico Agrícola (1), Tratorista I - Operador de Motoniveladora (1), Tratorista II - Operador de Retroescavadeira (1) e Tratorista III - Operador de Penes (1);
  • Nível Superior - Cirurgião-dentista Ortodontista (2), Cirurgião-dentista - PSF (2), Enfermeiro ESF (4), Fisioterapeuta (1), Fonoaudiólogo (1), Médico ESF (4), Médico Obstetra (1), Médico Pediatra (1), Nutricionista (1), Veterinário (1), Professor de Educação Básica - PEB II - Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental (40 + 2 PNE), Professor de Educação Básica II - Ciências da Natureza/Matemática (9 + 1 PNE), Professor de Educação Básica II - Cultura e Sociedade (6), Professor de Educação Básica II - Educação Física (3) e Professor de Educação Básica - Linguagem e Códigos (9 + 1 PNE).
Os salários variam de R$ 678,00 a R$ 6.309,60 para trabalhar em jornadas de 30 e 40 horas semanais.
Para participar da seletiva, os interessados devem se inscrever até o dia 11 de outubro de 2013, das 8h às 14h, na Biblioteca Municipal, que fica na Rua Raul Nogueira, sem número, bairro Esplanada. No local, será necessário apresentar os comprovantes da exigências contidas nos incisos I, II, III, IV, V, IX, X e XII do item 2.5 e comprovante de pagamento da taxa, que vai de R$ 40,00 a R$ 100,00 conforme o nível de escolaridade.
Os profissionais serão selecionados por meio de prova objetiva e prova de títulos, que devem ser realizadas em data, horário e local divulgados posteriormente.
Mais informações sobre este certame podem ser obtidas no edital completo, disponível no link abaixo.
Jornalista: Joana Medeiros

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dilma Bolada conversa com presidente Dilma em Brasília

Dilma Bolada, a famosa personagem fictícia da presidente da República, encontra-se agora com a verdadeira Dilma para uma entrevista.
A agenda era esperada por Jeferson Monteiro, autor da versão virtual da petista.
A presidente real aproveitou a reunião com o internauta para resgatar seu perfil no Twitter, desativada desde 2010.
Tanto o encontro quanto sua reaparição no microblog fazem parte de uma ação do Palácio do Planalto para promover mais ativismo digital do governo nas redes sociais. Nesta sexta-feira (27), o porta-voz da presidente, Thomas Traummann apresenta oficialmente o novo portal do governo.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Romário retorna ao PSB na condição de presidente do partido no Rio

O deputado federal Romário acertou na tarde desta quinta-feira, 26, seru retorno ao PSB, na condição de presidente do partido no Estado do Rio. O ex-jogador de futebol havia anunciado sua desfiliação do partido em 9 de agosto e estava sem partido desde então.
As condições para a volta de Romário foram construídas a partir da intervenção do PSB nacional no diretório do Rio de Janeiro, que estava sob o comando do prefeito de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), Alexandre Cardoso.
O agora ex-presidente do PSB-RJ foi afastado pela cúpula nacional por supostamente atuar dentro do partido contra os interesses da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República. Cardoso também é acusado de articular a saída de membros do PSB fluminense para siglas da base de apoio ao governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e induzir quadros interessados em ingressar no PSB a entrarem em outros partidos.
O novo comando do PSB do Rio, com Romário no comando, deverá ser formalizado junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na manhã desta sexta-feira.
Estadão

Ibope: Marina cai, Dilma cresce e abre 22 pontos

Pesquisa nacional Ibope em parceria com o Estado mostra que Dilma Rousseff (PT) abriu 22 pontos sobre a segunda colocada, Marina Silva (sem partido), na corrida presidencial. Em julho, a diferença era de 8 pontos. Desde então, a presidente cresceu em ambos os cenários de primeiro turno estimulados pelo Ibope, enquanto Marina perdeu seis pontos, se distanciando de Dilma e ficando mais ameaçada pelos outros candidatos.
No cenário que tem Aécio Neves como candidato do PSDB, Dilma cresceu de 30% para 38% nos dois últimos meses. Ao mesmo tempo, Marina caiu de 22% para 16%. Aécio oscilou de 13% para 11%, enquanto Eduardo Campos (PSB) foi de 5% para 4%. A taxa de eleitores sem candidato continua alta: 31% (dos quais, 15% dizem que votarão em branco ou anularão, e 16% não sabem responder).
O cenário com José Serra como candidato do PSDB não tem diferenças relevantes: Dilma tem 37%, contra 16% de Marina, 12% de Serra e 4% de Campos. Nessa hipótese, 30% não têm candidato: 14% de branco e nulo, e 16% de não sabe. Não há cenário idêntico a esse em pesquisa anterior do Ibope para comparar.
Nos dois cenários, Dilma tem intenção de voto superior à soma de seus três adversários: 37% contra 32% (cenário Serra) e 38% contra 31% (cenário Aécio). Isso indica chance de vitória no primeiro turno. Mas convém lembrar que praticamente 1 em cada 3 eleitores não tem candidato e ainda falta um ano para a eleição.
A atual corrida presidencial tem sido marcada por altos e baixos dramáticos. Em março, Dilma chegou a 58% de intenções de voto, segundo o Ibope. Despencou para 30% em julho, e, agora, recuperou um terço dos eleitores que perdera. Essas oscilações podem se repetir até a hora de o eleitor ir às urnas, em 2014.
O Ibope fez a pesquisa entre os dias 12 e 16 de setembro, em todas as regiões o Brasil. Foram entrevistados 2.002 eleitores, face a face. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, num intervalo de confiança de 95%.
Segundo turno. Não foi apenas no cenário estimulado de primeiro turno que Dilma se distanciou de Marina. Na simulação de segundo turno entre as duas, a petista venceria a rival por 43% a 26%, se a eleição fosse hoje. Em julho, logo depois dos protestos em massa que tomaram as ruas das metrópoles, Dilma e Marina estavam tecnicamente empatadas: 35% a 34%, respectivamente.
Segundo as simulações do Ibope, tanto faz se o candidato do PSDB for Aécio ou Serra. Se a eleição fosse hoje, a presidente venceria ambos por 45% a 21% num segundo turno. Contra Eduardo Campos, a vitória seria mais fácil: 46% a 14%. 
Estadão

'The Economist' questiona capacidade de reação do Brasil

De um foguete que apontava para o alto para uma aeronave desgovernada nos céus. Essa é a comparação feita pela capa da revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina, que chega às bancas neste fim de semana, tem na capa uma imagem do Cristo Redentor fazendo piruetas no céu do Rio de Janeiro com a pergunta: "Has Brazil blown it?". A questão pode ser traduzida como "O Brasil estragou?" ou "O Brasil se perdeu?".

A reportagem especial de 14 páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no País. "Na década de 2000, o Brasil decolou e, mesmo com a crise econômica mundial, o País cresceu 7,5% em 2010. No entanto, tem parado recentemente. Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes - em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos" diz a revista.

"Pode Dilma Rousseff, a presidente do Brasil, reiniciar os motores?", pergunta a publicação. "Será que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos oferecerão ajuda para a recuperação do Brasil ou simplesmente trarão mais dívida", questiona a revista. O conteúdo da revista ainda não está disponível na íntegra na internet.

Na capa, a Economist fez uma auto referência a uma capa da própria publicação que ficou conhecida no Brasil ao mostrar o mesmo Cristo Redentor decolando como se fosse um foguete. "O Brasil decola" foi capa da edição de 12 de novembro de 2009, quando a revista rasgava elogios ao País que, naquele momento, crescia rapidamente a despeito da crise financeira global.

Interferência

A reportagem afirma ainda que Dilma Rousseff tem sido relutante ou incapaz de enfrentar problemas estruturais do Brasil e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e mina a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica".

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do País, em referência ao baixo crescimento econômico. "A economia estagnada, um Estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", resume o editorial da publicação.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela The Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.

Problemas antigos

A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido "relutante ou incapaz" de resolvê-los e criou novos "interferindo muito mais que o pragmático Lula". "Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica incomodando publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juro. Como resultado, as taxas estão subindo atualmente mais para conter a inflação persistente", diz o texto. "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto.

Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes o País é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, lembrando que o País será um grande exportador de petróleo até 2020. The Economist elogia, ainda, a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de gás e petróleo em águas profundas. Além disso, a revista lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".
Fonte: Agência Estado

No Twitter, Deputado Federal dispara contra Ciro Gomes

Após o ex-ministro Ciro Gomes disparar contra a direção do PSB e o governador Eduardo Campos, pelo convite de ingresso na legenda feito aos seus rivais no Ceará, o líder da legenda na Câmara Federal, Beto Albuquerque (RG), utilizou a sua conta no Twitter (ver imagem acima) para rebater o ainda correligionário.
Ciro e o seu irmão, o governador Cid Gomes, estão de malas prontas para o recém-criado PROS. Os dois pretendem estabelecer um palanque para a presidente Dilma Rousseff no Ceará.
Blog Folhape

Brasil tem poucas razões para reeleger Dilma, diz The Economist

De um foguete, representado pelo Cristo Redentor, que apontava para o alto, imponente, para uma aeronave desgovernada nos céus, perto de colidir com o Corcovado. Essa é a comparação feita pela revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina questiona se o Brasil, de fato, "estragou tudo", depois de ter sido, por um breve período, a estrela dos emergentes. Segundo a reportagem, a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e minado a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica. A The Economist é categórica ao afirmar: "até agora, eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a Dilma um segundo mandato".

O especial de 14 páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no país. "Na década de 2000, o Brasil decolou e, mesmo com a crise econômica mundial, o país cresceu 7,5% em 2010. No entanto, tem parado recentemente. Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes - em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos", informa a revista, que já chegou a pedir, com certa ironia, a saída de Guido Mantega do ministério da Fazenda.

Em 2009, em meio à crise econômica mundial, a revista fez também um especial de 14 páginas para ressaltar os anos de bonança do país, reproduzindo a imagem do Cristo decolando como se fosse um foguete. À época, a economia brasileira patinava, ainda sofrendo o impacto da turbulência nos Estados Unidos. Contudo, indicadores macroeconômicos estáveis acabaram contando mais, para a Economist, do que a retração econômica de 2009, de 0,2%.

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do país, jargão usado para denominar situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas que não se sustenta. "A economia estagnada, um Estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", informa a publicação.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.

Problemas antigos - A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido "relutante ou incapaz" de resolvê-los e criou novos "interferindo muito mais que o pragmático Lula"."Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica, induzindo publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juros. Como resultado, as taxas estão subindo, atualmente, mais para conter a inflação persistente", diz o texto. "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto. A Economist chega a ironizar, chamando a presidente de 'Dilma Fernández', que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.

Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o país é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, que menciona também o petróleo da camada pré-sal. A publicação elogia ainda a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de óleo e gás em águas profundas. Além disso, lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".

A Economist afirma que a presidente Dilma ainda tem tempo para começar reformas necessárias, fundindo ministérios e cortando gastos públicos, caso esteja disposta a colocar a "mão na massa". Mas, diante do atual cenário, a revista afirma que, ainda que a presidente esteja com foco no possível segundo mandato, os "eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a ela a vitória".

Veja

Sete anos após rompimento, Tasso e Lúcio podem voltar a se aliar em 2014


O ex-governadorLúcio Alcântara (PR) afirmou, em entrevista ao Sistema Maior de Comunicação, na cidade de Quixeramobim, que tem pretensões de disputar vaga de deputado federal no próximo ano. Indagado sobre possível retorno deTasso Jereissati (PSDB) e conversas do PR com o PSDB em busca de uma aliança, Lúcio foi categórico:

"Eu não, mas Roberto Pessoa tem conversado com ele (Tasso). Até o momento não estou vendo que ele seja candidato a nada. Há possibilidade de termos uma coligação. Temos muito coisa em comum, mas não há nada decidido", disse.


Lúcio esteve em Quixeramobim nessa quarta-feira, participando da eleição da nova diretoria do PR na cidade, que agora tem como presidente o advogado Carlos Bolívar. Ele concedeu entrevista ao Programa Repórter Ceará.
Lúcio Alcântara foi eleito em 2002 como sucessor de Tasso Jereissati no Estado, mas os dois acabaram rompendo em 2006, quando Tasso resolveu apoiar a eleição de Cid Gomes (PSB) contra a reeleição de Lúcio.
com informações do Blog do Eliomar


PROS e Solidariedade receberão no mínimo R$ 600 mil antes de disputar qualquer eleição

Nos próximos 30 dias a infidelidade partidária está liberada. A criação de dois novos partidos, o Solidariedade e o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), criou também uma janela para o troca-troca partidário e provocou um turbilhão no Congresso Nacional. No dia seguinte à aprovação das novas legendas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem analisar denúncias de fraudes na coleta de assinaturas, o dia no Congresso foi de intensas negociações dos dirigentes para atrair deputados. A expectativa entre líderes dos mais diversos partidos é que entre 25 e 50 deputados — o que representa de 5% a 10% da Câmara — troquem de sigla nos próximos dez dias. O dia 4 de outubro é a data-limite para os que desejam disputar as eleições de 2014 estarem em sua nova casa.
Além de estimular a infidelidade partidária, as duas novas legendas, sem ter um só voto, nascem com promessa de cofres cheios e já começam a receber as primeiras parcelas dos cerca de R$ 600 mil do Fundo Partidário a que terão direito por ano. Idealizador do Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva, ex-PDT, mais conhecido como Paulinho da Força, era cumprimentado a cada cinco passos que dava na Câmara. Já meio comprometido com a candidatura a presidente do tucano Aécio Neves (MG), seu novo partido provavelmente será o maior beneficiário do troca-troca.
O Solidariedade, no entanto, surge forte apesar de Paulinho declarar diuturnamente que está rompido com a presidente Dilma Rousseff e que, pessoalmente, tem o objetivo de apoiar a oposição nas eleições do próximo ano. Ontem, Paulinho fez uma visita a Aécio, pré-candidato do PSDB à Presidência, para agradecer ao apoio dele na criação do partido. O senador tucano evitou, no entanto, falar em alianças.
— A minha tendência é ir para o oposição e apoiar Aécio Neves. Mas a minha prioridade agora é filiar deputados federais. Depois, vamos discutir isso. Não sei quem está vindo, então, não posso fechar essa posição agora. O que combinei é que cada estado poderá negociar com quem quiser — disse Paulinho.
— É o primeiro partido que consegue se estruturar sem a bênção do governo e isso deve ser saudado. A pluralidade faz bem à democracia. Alianças serão discutidas no tempo certo — afirmou Aécio.
O partido mais prejudicado pelo surgimento das novas siglas deve ser o PDT, de onde vem Paulinho. Pelas contas dos dirigentes do Solidariedade e do PROS, sete dos 26 deputados podem deixar o partido nos próximos dias. A conta ainda pode crescer caso a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, consiga ser legalizada. Isso porque o deputado Reguffe — parlamentar proporcionalmente mais bem votado do país nas eleições de 2010 — vem conversando sobre a possibilidade de mudança para a nova legenda. O presidente nacional do PDT,
Carlos Lupi, passou ontem o dia em reuniões. Indagado sobre a possibilidade de perder 30% de sua bancada federal, foi cético:
— Não tenho ainda o número.
Mas cuidado, tem mais fofoca do que tudo — afirmou Lupi.
Se o Solidariedade pode auxiliar a candidatura do PSDB, o PROS tende a servir de apoio para a redução de danos na candidatura de Dilma Rousseff após a saída do PSB do governo. O governador do Ceará, Cid Gomes, vem sugerindo aos deputados com quem tem ligação para que migrem para o PROS.
Apesar do trabalho de coletar e certificar meio milhão de assinaturas, a criação de partidos é um grande negócio. Caso não tivessem um deputado sequer, as novas legendas receberiam por mês cerca de R$ 50 mil por mês. É o caso do PPL, que sem nenhum parlamentar, obteve em 2012 R$ 605,7 mil. Esse valor cresce substancialmente à medida que as bancadas engordam. Com 16 deputados, o pequeno PSC recebeu no ano passado R$ 10,8 milhões. Detentor da maior bancada do país, o PT, que tem 88 deputados, obteve no mesmo período, R$ 52,9 milhões.
Além do dinheiro na conta, os novos partidos têm em mãos um trunfo decisivo nas eleições majoritárias: o tempo de televisão na propaganda gratuita de rádio e TV Na eleição de 2010, cada deputado federal garantiu à campanha presidencial quase três se gundos na propaganda eleitoral.
Ontem na Câmara, líderes de legendas afetadas insinuavam que parlamentares estariam recebendo ofertas financeiras para migrar para as novas legendas. Nenhum, no entanto, assumia publicamente a denúncia. Indagado sobre as insinuações, Manato (PDT-ES), que está de malas prontas para o Solidariedade, negou que haja dinheiro para os parlamentares, mas admitiu que o novo partido promete repassar verbas para os diretórios estaduais.
Todos os partidos repassam verba para o estadual. É para ajudar a pagar água, luz, aluguel. Não é para mim, é para o partido se manter. Isso é fofoca para denegrir a imagem das pessoas _ rebateu Manato. (Colaborou Simone Iglesias).

PSB tenta conquistar a petista Luizianne Lins

Vencida ontem a etapa dos expurgos no Rio, com a abertura de um processo de intervenção no diretório regional, e com a saída já acertada do governador Cid Gomes (CE) e de seu grupo político, o PSB parte para nova etapa de conquistar aliados e viabilizar palanques para o presidente do partido e pré-candida-to à Presidência da República, governador Eduardo Campos (PE). No Ceará, há uma queda de braço entre PT e PSB pela ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins. Nem Cid nem Cardoso foram à reunião em que Eduardo Campos avisou: — Ninguém é obrigado a ficar no partido. As pessoas podem fazer a disputa no voto, mas, se depois de derrotadas, não seguirem a decisão da maioria, não é um coletivo. Ou segue a decisão partidária, em respeito à democracia, ou então deixa o partido.
Isolada até agora pelo líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), Luizianne recebeu convite para ingressar no PSB e disputar o govemo do estado no ano que vem. Ela tem encontro marcado hoje no Rio, onde mora, com integrantes da Executiva Nacional do PSB,
Para tentar segurar à ex-prefeita no PT, a presidente Dilma Rousseff já teria oferecido, de acordo com pessoas próximas a Luizianne, assento nos conselhos de administração da Petrobras e do BNDES, cargo de comando numa subsidiária da BNDESPAR, no Rio, além de um cargo na Secretaria de Políticas para Mulher da Presidência da República, que tem status de ministério.
— Estamos conversando. Luizianne é guerreira, tem muito voto. E quer ver os Ferreira Gomes descendo a serra — disse Eduardo Campos a interlocutores ontem.
— Ela (Luizianne) está dando um tiro no pé se sair do PT. Quero que ela fique e aceite as regras — disse Guimarães.
Afilhado político dos Ferreira Gomes, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB), que derrotou o candidato apoiado por Luizian-ne, ironizou ontem o convite para filiação:
— Eu sucedi a Luizianne em sua trágica gestão, principalmente pela incapacidade de promover mudanças. Normalmente, o julgamento político é feito nas eleições.
Coube a Roberto Cláudio formalizar ontem, em reunião da Executiva Nacional do PSB, a intenção de Cid e seu grupo político de deixar o partido. Eles levam 38 prefeitos, quatro deputados federais e dez estaduais. Apoiadores da reeleição da presidente, a situação dos Ferreira Gomes ficou insustentável no PSB.
O Globo