quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Leônidas Cristino não será o candidato de Cid Gomes ao governo em 2014

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), excluiu o ex-ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino (PSB), da lista de possíveis candidatos ao governo do Estado nas eleições de 2014.
Durante reunião da Executiva Nacional do PSB, realizada nessa quarta-feira (18), em Brasília, o governador colocou Leônidas na lista dos seis deputados federais que ele pretende eleger no pleito do próximo ano.
Além do ex-ministro, Cid deseja manter os quatro assentos que o PSB ocupa na Câmara Federal – Ariosto Holanda, Domingos Neto, Edson Silva e Antônio Balhmann – e eleger o ex-prefeito de Ipueiras, Neném do Cazuza.
Seguem na lista dos que esperam a benção do governador Cid na sua sucessão: o deputado estadual Mauro Filho; o vice-governador do Ceará, Domingos filho; o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, José Albuquerque; o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; e o senador peemedebista Eunício Oliveira.
Histórico
Leônidas Cristino assumiu a SEP no início de 2011, em substituição a Pedro Brito, também indicado pelo PSB, e que hoje é diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A pasta foi criada em 15 de maio de 2007 pelo então presidente Lula e até hoje só foi liderada por integrantes do PSB.
O governador do Ceará, Cid Gomes, ajudou a pavimentar o caminho de Leônidas até ser selecionado como ministro.
Nessa quarta-feira (18), a Executiva Nacional do PSB entregou os ministérios da Integração Nacional e dos Portos, além da presidência da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
Ceará news 7

MP firma TAC com a prefeitura de Senador Pompeu sobre concurso público

                 O Ministério Público do Estado do Ceará firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de Senador Pompeu para acordar a realização de um concurso público para provimento de cargos efetivos no Executivo municipal. O documento foi assinado nessa terça-feira, dia 17, por iniciativa do promotor de Justiça Iuri Rocha Leitão.

           Pelas cláusulas do TAC, ficou decidido que o Município irá realizar um certame, homologá-lo, nomear e empossar os aprovados em um prazo máximo de 120 dias. Além disso, após a referida posse, devem ser exoneradas todas as 162 pessoas que foram contratadas em janeiro deste ano pela Prefeitura de forma irregular e também os temporários contratados depois dessa data. 

            Passados os 120 dias, a Prefeitura deverá comprovar junto à Promotoria de Justiça de Senador Pompeu o cumprimento das obrigações assumidas, sob pena de ser responsabilizada judicialmente. Além disso, em caso de descumprimento, fica fixada uma multa diária de R$ 5 mil, a ser paga pelo prefeito, Antônio Mendes de Carvalho.

            Depois que os aprovados assumirem seus postos no Município, ficará vedado à Prefeitura contratar servidores temporários, excetuando-se os casos de cargos comissionados ou as contratações previstas pelo artigo 37 da Constituição Federal.

            Vale ressaltar que, em 18 de fevereiro deste ano, o MP havia ajuizado uma ação civil pública contra a Prefeitura de Senador Pompeu para pedir a exoneração de todos os temporários. No mesmo mês, a Justiça concedeu uma liminar deferindo o pedido e concedendo um prazo de 180 dias para a exoneração. Por conta disso, o Município procurou o MP para negociar a resolução do problema e foi proposta pelo promotor de Justiça a assinatura de um TAC.

MPCE

PF faz operação para barrar quadrilhas contra previdência social de 15 prefeituras

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta manhã uma operação para desarticular quadrilhas que cometiam crimes contra entidades previdenciárias públicas de quinze prefeituras ao redor do país – a única capital é Manaus.  Ao todo, a PF tenta cumprir 102 mandados judiciais: cinco de prisão preventiva, 22 de prisão temporária e 75 de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Amazonas e Rondônia.
A investigação da PF, que já dura dezoito meses, aponta que 300 milhões de reais foram desviados por duas organizações criminosas. Elas atuavam em frentes distintas: uma desviava recursos das previdências municipais e a outra se encarregava da lavagem de dinheiro.
A Operação Miquéias é a primeira na história da PF contra este tipo de crime, segundo a assessoria de comunicação do órgão.
Esquema - Segundo a apuração, os criminosos usavam contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nome de laranjas ou testas-de-ferro, com intuito de ocultar os responsáveis pelas movimentações financeiras. Uma espécie de holding fazia um serviço de terceirização para lavagem de dinheiro obtido.
Depois de creditados nas contas bancárias das empresas, os valores circulavam pelas demais contas em poder da quadrilha até serem sacados em dinheiro vivo. Os “laranjas” e as “empresas” eram periodicamente trocados para despistar órgãos de fiscalização.
A PF diz que pelo menos três núcleos criminosos foram identificados. Eles recebiam apoio de policiais civis do DF, que, segundo os investigadores, faziam a “proteção” da quadrilha.
Segundo a PF, líderes da organização criminosa usavam lobistas para aliciar prefeitos e gestores dos regimes próprios de previdência social dos municípios para que aplicassem recursos em fundos de investimentos com papéis pouco atrativos, geridos pela quadrilha e com alta probabilidade de insucesso. Esses fundos eram formados por “papéis podres”, decorrentes da contabilização de provisões de perdas por problemas de liquidez e/ou pedidos de recuperação judicial dos emissores de títulos privados que compõem suas carteiras. Os prefeitos e gestores previdenciários eram remunerados com um percentual sobre o valor aplicado, segundo os investigadores.
Além de Manaus, os criminosos causaram prejuízos em Ponta Porã (MS), Murtinho (MS), Queimados (RJ), Formosa (GO), Caldas Novas (GO), Cristalina (GO), Águas Lindas (GO), Itaberaí (GO), Pires do Rio (GO), Montividiu (GO), Jaru (RO), Barreirinhas (MA), Bom Jesus da Selva (MA) e Santa Luzia (MA).
De acordo com a PF, quem for preso ou indiciado poderá responder por crimes de gestão fraudulenta, operação desautorizada no mercado de valores mobiliários, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Trezentos policiais foram destacados para a ação. A operação teve apoio do Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Veja

Ministério Público firma TAC com a CAGECE sobre a falta de água em Ipaumirim

 O Ministério Público do Estado do Ceará firmou na tarde de hoje, dia 18, um Termo de Ajustamento de Conduta com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). O objetivo é evitar a constante falta d´água no município de Ipaumirim, na região Centro-Sul do Estado. A população vem sofrendo com o problema desde outubro do ano passado. O documento foi assinado por iniciativa do promotor de Justiça Leonardo Marinho de carvalho Chaves.

Ficou definido que a empresa vai iniciar estudos geológicos do solo, com o objetivo de descobrir novos poços d´água na região, e realizar, até o dia 3 de dezembro deste ano, todas as obras e serviços necessários para amenizar o problema de abastecimento. Além disso, a Companhia se comprometeu a fazer obras emergenciais no Bairro da Fazendinha, que é a região mais prejudicada do Município, onde há mais de um ano não chega água. O prazo para esse feito é de 10 dias, a contar da assinatura do Termo.

O TAC definiu ainda que a Cagece deverá noticiar qualquer interrupção previsível no abastecimento de água com antecedência mínima de 24 horas, divulgando através de emissoras de rádio locais e outros meios. A Companhia sempre deverá informar aos consumidores os períodos mínimo e máximo de interrupção do serviço.
Em caso de descumprimento a qualquer uma das cláusulas do Termo, a empresa deverá pagar multa diária de R$ 1 mil.

MPCE

Operação da PF cumpre mais de cem mandados em nove estados

A Polícia Federal deflagrou no início da manhã desta quinta-feira (19) uma operação que cumpre 27 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão no Distrito Federal e  em nove estados do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Amazonas e Rondônia.
De acordo com a PF, o objetivo da operação, batizada de Miquéias, é desarticular duas organizações criminosas com atuações distintas: uma envolvida em lavagem de dinheiro e a outra acusda de má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas. Essa é a primeira operação da história da PF no combate a esta espécie de crime, segundo a corporação.
A PF informou que só no Distrito Federal 16 pessoas foram presas. Dois dos presos são delegados da polícia civil, que ainda não tiveram os nomes divulgados.
A investigação, de acordo com a polícia, começou há um ano e meio para apurar lavagem de dinheiro por meio da utilização de contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nome de “laranjas”.
A PF disse que detectou a existência de um "verdadeiro serviço de terceirização para lavagem do dinheiro proveniente de crimes diversos". Nos dezoito meses de investigação, a polícia estima que foram sacados mais de R$ 300 milhões de reais nas contas dessas empresas.
Nas investigações foi detectado também pela PF que policiais civis do DF eram responsáveis pela proteção da quadrilha.
A polícia descobriu ainda que a organização criminosa aliciava de prefeitos e gestores de Regimes Próprios de Previdência Social para que eles aplicassem recursos das respectivas entidades previdenciárias em fundos de investimentos com papéis geridos pela quadrilha, o que configurava o desvio dos recursos. Os prefeitos e gestores dos regimes próprios de previdência eram remunerados com um percentual sobre o valor aplicado.
De acordo com a polícia, foram confirmadas irregularidades especificamente nos Regimes Próprios de Previdência Social das seguintes prefeituras: Manaus/AM, Ponta Porã/MS, Murtinho/MS, Queimados/RJ, Formosa/GO, Caldas Novas/GO, Cristalina/GO, Águas Lindas/GO, Itaberaí/GO, Pires do Rio/GO, Montividiu/GO, Jaru/RO, Barreirinhas/MA, Bom Jesus da Selva/MA e Santa Luzia/MA.
Os presos devem responder por gestão fraudulenta, operação desautorizada no mercado de valores mobiliários, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
G1

Cid Gomes não descarta deixar o PSB

Ao sair da reunião da Executiva Nacional do PSB, na tarde de ontem, o governador Cid Gomes foi categórico sobre seu futuro político. Indagado se irá deixar o PSB disparou: “Vou pensar se saio do partido ou não”. E não quis se alongar mais sobre o que pretende fazer nos próximos 15 dias, quando acaba o prazo para a filiação partidária. Cid estava inconformado com a decisão do PSB de entregar os cargos de ministros da Integração Nacional e Portos e a presidência da Chesf à presidente Dilma.
Razão de ser
O governador Cid disse em entrevista que, no encontro do PSB, votou contra a saída do partido do Governo Dilma. E deu o motivo: “Há muito fígado e pouca razão para o que fizemos”. Eduardo havia dito que Cid tinha votado pela abstenção, mas o Governador pôs a verdade no lugar.
Discurso afinado
Durante as discussões internas no PSB, Cid foi duro ao condenar a devolução dos cargos a Dilma. Afirmou que ficaria com a vontade da maioria, pois “não sou quinta coluna”. Perdeu no voto, e cumpriu sua palavra. Defendeu que o ministro Leônidas Cristino entregasse o cargo.
Solitário
A Carta devolvendo todos os cargos do PSB à presidente Dilma foi entregue pessoalmente pelo governador Eduardo Campos. Cid achou o gesto um erro. Apoiou porque a maioria do PSB endossou. Mas, garantiu que não trincaria a decisão partidária, mantendo Leônidas no cargo.
Diálogo
Antes de comparecer à executiva do PSB, Cid telefonou para o ministro Aloísio Mercadante, anunciando que fecharia com a posição do PSB de devolver os cargos de ministros. Mercadante tentou demovê-lo para rachar o partido e manter Leônidas no Minis-tério dos Portos. Cid não topou.
Panos quentes
Eduardo Campos e a cúpula nacional do PSB concederam entrevistas, tentando evitar o rompimento do governador Cid com o partido. O deputado Márcio França destacou que Cid provou que era homem de partido e não negou fogo no momento em que o PSB precisou dele.
Proposta pronta
A presidente Dilma topa, se Cid assim quiser, nomear Bismark Maia para o lugar de Leônidas Cristino. A vaga deixaria de ser do PSB e passaria a ser do PSD de Cid, sigla onde Bismark estaria filiado. Cid terá que refletir se aceita. Essa definição passa por sua decisão em sair ou ficar no PSB. 
Opções para Cid
Chateado com a entrega dos ministérios do PSB ao Governo Dilma, Cid regressa à Fortaleza refletindo sobre os rumos que terá de seguir. Se resolver sair do PSB tem poucas alternativas: PSD (com riscos para seus aliados serem acusados de infidelidade) e o PROS (esse partido ainda não foi legalizado pelo TSE . Isso deve ocorrer na próxima semana).
Casa arrumada
A reunião demorou duas horas em Brasília. Nela, o governador Cid colocou cara a cara o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, e o senador Eunício Oliveira. No encontro, Cid olhou para Zezinho e destacou: não quero e nem aceito pressão para que nenhum aliado de Eunício deixe o PMDB para se filiar a qualquer partido de nossa base.
Desculpe a ignorância, afinal o governador Cid vai sair ou não do PSB?
*Com informações da coluna "... E Tem Mais!" do jornal Aqui Ce via Ceará News 7

Pelo face, Eduardo Campos já admite candidatura própria em 2014


Apos entregar os cargos no governo Dilma, o governador Eduardo Campos postou, em sua página no face, observações sobre o cenário de 2014. Veja abaixo.
"A decisão de entregar os cargos do Governo Federal abre no PSB a possibilidade do debate sobre eleições presidenciais. Vamos estudar o cenário político atual e, aí sim, tomar uma decisão.

Contudo, não há como negar: o desejo, hoje, é de candidatura própria do PSB em 2014". Leia mais aqui.
Blog do Jamildo

Senado aprova pena para uso indevido de vagas reservadas a idosos ou pessoas com deficiência física

O Senado Federal aprovou na noite desta quarta-feira (18) um projeto de lei que prevê a apreensão, com multa, de veículos que estacionem em vagas reservadas a idosos ou pessoas com deficiência física - além de prever que a infração seja considerada grave no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

O substitutivo do projeto, apresentado pelo ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA) e relatado no Senado pelo senador Aníbal Diniz (PT-AC), prevê ainda mais três alterações no código: revê a sinalização rodoviária indicativa de pronto-socorro, altera o rol de equipamentos de uso obrigatório em bicicletas e permite nova contagem do prazo para contestação de infração ou pagamento de multa após atualização do endereço do motorista junto aos departamentos de trânsito.

De acordo com o substitutivo, passa a ser válida a notificação devolvida por desatualização de endereço se o motorista não tiver comunicado a mudança dentro de 30 dias da devolução do documento. A proposta, porém, admite o reinício da contagem do prazo para apresentação de recurso ou pagamento de multa caso a atualização de endereço aconteça dentro desse período.

No que se refere a bicicletas, o relator dispensou a exigência de campainha e espelho retrovisor como itens de uso obrigatório pelos ciclistas. "Além de desnecessária, a exigência estaria onerando o custo de aquisição dos veículos, sem ganho aparente de segurança para o trânsito em geral e para o usuário de bicicletas em particular", diz o relatório do texto aprovado.

Senadores afirmaram que a aprovação se deu em razão de estar em curso a Semana Nacional do Trânsito. Devido às alterações, a proposta volta agora para a Câmara para ser analisada novamente pelos deputados.
Fonte: Agência Estado

Ex-prefeito de Reriutaba é acusado de improbidade administrativa

O Ministério Público do Estado do Ceará, através do promotor de Justiça Ítalo Souza Braga, propôs, nesta quarta-feira (18), uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Reriutaba, Osvaldo Honório Lemos Júnior. A ação requer a suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; pagamento de multa civil e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.
A Promotoria de Justiça instaurou um Procedimento Administrativo a partir de encaminhamento do Tribunal de Contas dos Municípios (TCE) dando conta da nulidade de contrato de trabalho da ex-servidora da Prefeitura de Reriutaba, Francisca Morena da Mota, contratada sem concurso público. O TCM foi provocado pela 29ª Vara do Trabalho de Tianguá, que comunicou a existência de contrato de trabalho celebrado entre o Município de Reriutaba em total desrespeito a Constituição Federal. Por sua vez, o referido órgão, após aplicar multa de R$ 1.064,10 no representado, encaminhou toda documentação a esta Promotoria de Justiça para que fossem tomadas as medidas cabíveis.
Conforme a sentença proferida pela 29ª Vara do Trabalho em Tianguá, a servidora pública foi contratada de forma temporária, sem concurso público, sendo admitida em 14 de fevereiro de 2005 e demitida em 30 de novembro de 2005, portanto, durante o mandato do requerido. Em razão de sua demissão, ingressou com reclamação trabalhista, a qual foi julgada parcialmente procedente, condenado o Município de Reriutaba ao pagamento de apenas parte das verbas pleiteadas, uma vez que a Justiça Trabalhista entendeu que o contrato celebrado entra à servidora e o município era nulo em razão da não realização de concurso público.
O relatório do TCM concluiu pela irregularidade na contratação de Francisca Moreno da Mota, por expressa desobediência ao art. 37, inciso II, da Carta Magna. Portanto, a contratação configura ATO NULO, não produzindo efeitos, salvo no que diz respeito aos depósitos do FGTS, sob pena de enriquecimento sem causa por parte da Administração Pública, conduta esta incompatível com os princípios da moralidade, probidade e boa-fé, basilares em qualquer Estado Democrático de Direito.
A conduta do gestor, além de grave infração à norma legal ou regulamentar, poderá também configurar crime de responsabilidade, nos termos do art. 1º, inciso XIII, do Decreto-Lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967, bem como ato de improbidade administrativa, consoante insculpido no art. 11, caput, da Lei Federal nº 8.429, de 02 de junho de 1992.
Fonte: ASI

Eunício Oliveira reafirma candidatura: “Sou candidato. Custe o que custar”

“Sou candidato ao Governo do Estado custe o que custar”. Assim se expressou Eunício Oliveira ao ser entrevistado, no último final de semana, em Tauá, na Região dos Inhamuns, pelo radialista Alverne Lacerda, da Rádio Trici FM, afiliada à Rede Somzoom Sat.
A manifestação do senador peemedebista ganhou destaque no noticiário político do Jornal Alerta Geral, comandado pelo jornalista Luzenor de Oliveria e transmitido a partir da Rádio FM 104.3 (Somzoom Grande Fortaleza) para outras 23 emissoras de rádio no Interior do Ceará.
As palavras de Eunício Oliveira foram feitas na terra do vice-governador Domingos Filho que, na última sexta-feira, entregou carta de desfiliação do PMDB. Domingos, como antecipou o Jornal Grande Porto, quer ser candidato ao Governo do Estado e, para esse sonho, precisava trocar de partido. O destino é uma incógnita: PSD , PSB, PS, etc.
A declaração do senador Eunício Oliveira pode ser interpretada como símbolo na terra do vice-governador e, ao mesmo tempo, significa a determinação que abraçou para construir o caminho rumo ao Palácio da Abolição. A postura de firmeza, no quadro atual, atrai, também, adversários e dissidentes do grupo do Governador Cid Gomes.
Em 2014, Eunício Oliveira terá encerrado o seu primeiro quadriênio no Senado. Se concorrer ao Governo do Estado e não conquistar o poder, Eunício continuará cumprirá mais quatro anos de mandato. A votação de governador o fortalecerá para uma reeleição em 2018.
Como antes de 2018, tem 2014 e 2016, então, Eunício tem olhos voltados exclusivamente para as eleições do próximo ano. Nessa caminhada, não perde tempo. Conversa com lideranças do PDT , PR , PT, PSD B e outras siglas e, em Brasília, faz o dever de casa como senador.
A boa relação com a cúpula nacional do PMDB o permite, também, sonhar com o palanque de Dilma no Ceará. Eunício tem conversado com os dirigentes regionais do PT e trabalhado para os petistas apoiarem a sua candidatura ao Governo do Estado, ficando com a vaga ao Senado. Se inviabilizado esse caminho, a mesma estratégia pode ser adotada com o PSD B. A partir do dia 5 de outubro, esse cenário terá outro formato.
(Jornal Grande Porto)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Em carta a Dilma, Eduardo Campos afirma 'desapego a cargos' e apoio no Congresso

Em uma carta de duas páginas destinada à presidente Dilma Rousseff (leia a íntegra abaixo), o presidente do PSB, Eduardo Campos, formalizou à petista o desembarque de seu partido do governo.

Leia a íntegra da carta

Brasília, 18 de setembro de 2013
À Sua Excelência Senhora Dilma Rousseff
Em mãos.

Senhora Presidenta,

Desde 1989, quando da criação da "Frente Brasil Popular", o Partido Socialista Brasileiro integra, juntamente com o Partido dos Trabalhadores e outros do campo da esquerda, a base política e social que, durante as sucessivas eleições presidenciais de 1989, 1994, 1998 e no segundo turno de 2002, apoiou e, finalmente, levou à Presidência da República, o companheiro Luís Inácio Lula da Silva, cujo governo contou com nossa participação, colaboração e sustentação, no Executivo e no Parlamento.
Convidado a ocupar funções governamentais, nosso Partido contribuiu para os avanços econômicos e sociais proporcionados ao País pelo governo do honrado Presidente Lula, dedicando seus melhores esforços e sua total lealdade nos momentos mais difíceis dos oito anos de mandato.
Em março de 2010, embora contássemos com um pré-candidato à presidência da República e fosse desejo manifesto de nossa base e das lideranças do partido o lançamento de candidatura própria, o PSB, a partir de uma profunda reflexão e discussão política com o companheiro Lula, abdicou dessa legítima pretensão e decidiu integrar a frente partidária que apoiou a candidatura de Vossa Excelência à Presidência da República.
Quando da formação do governo, Vossa Excelência convidou-nos para discutir nossa participação, ocasião em que manifestamos a possibilidade de apoiar sua administração sem necessariamente ocupar cargos. Vossa Excelência, entretanto, expressou o desejo de quadros do PSB na Administração, com o que concordamos sem apresentar condicionantes.
Neste momento, temos sido atingidos, sistemática e repetidamente, por, comentários e opiniões, jamais negadas por quem quer seja, de que o PSB deveria entregar os cargos que ocupa na estrutura governamental, em face da possibilidade de, legitimamente, poder apresentar candidatura à Presidência em 2014.
Longe de receber tais manifestações como ameaça, o Partido Socialista Brasileiro - que nunca se caracterizou pela prática do fisiologismo - reafirma seu desapego a cargos e posições na estrutura governamental, e reitera que seu apoio a qualquer governo jamais dependeu de cargos ou benesses de qualquer natureza, e sim do rumo estratégico adotado que, a nosso ver, deve guardar identidade com os valores que alicerçam a trajetória política do nosso Partido. Nossas divergências, todavia, não impediram nosso apoio ao governo de Vossa Excelência, mas pretendemos discutir com a sociedade, de forma mais ampla e livre.
O Partido Socialista Brasileiro, nos seus 60 anos de presença na vida política nacional, jamais transigiu ou negociou suas convicções e seus ideais programáticos.
Com longa tradição na luta pela democracia e pela justiça social, o PSB participou ativamente de importantes momentos da vida nacional, como a memorável campanha do "petróleo é nosso", a luta pela reforma agrária, a luta pelas "Diretas-já" e pela democratização do País. Sempre nos inspiraram exemplos como os de nossos companheiros João Mangabeira, Hermes Lima, Barbosa Lima Sobrinho, Evandro Lins e Silva, Antônio Houaiss, Miguel Arraes e Jamil Haddad.
É justamente pelo apego a essa história que o partido, nos últimos anos, vem merecendo o reconhecimento da sociedade brasileira refletido no seu crescimento nas sucessivas vitorias eleitorais.
Por todas essas razões, o PSB vem à presença de Vossa Excelência, formalmente, declinar de sua participação no Governo, entregando os cargos que ora ocupa, ao mesmo tempo em que reafirma que permanecerá, como agora, em sua defesa no Congresso Nacional. Esta decisão não diz respeito a qualquer antecipação quanto a posicionamentos que haveremos de adotar no pleito eleitoral que se avizinha, visto que nossa estratégia --que não exclui a possibilidade de candidatura própria-- será discutida nas instâncias próprias, considerando nosso programa e os mais elevados interesses do País e a luta pelo desenvolvimento com igualdade social.

Saudações Socialistas,
Eduardo Campos

Presidente Nacional do PSB

Folha

Celso de Mello desempata a favor de novo julgamento do mensalão


O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), defende a aceitação dos embargos infringentes no processo do mensalão e eleva o placar da Corte a 6 votos a 5 em favor desse tipo de recurso, que pode beneficiar 12 dos 25 condenados na ação penal 470.
— Na linha do voto que proferi em 2 de agosto de 2012, ainda subexistem no ambito do STF, nas ações penais originárias, os embargos infrigentes — disse ele. — (O artigo 333 do Regimento Interino do Supremo) não sofreu, no ponto, derrogação tácita ou indireta pela lei 8.038, de 1990.
Em uma de suas primeiras falas, diante de um plenário praticamente lotado, Celso de Mello destacou:
— Ninguém. Absolutamente ninguém pode ser privado (de seu direito de defesa) ainda que se revele antagônico o sentimento da coletividade.

O magistrado também citou Aristóteles, lembrando que “o direito há de ser compreendido em sua compreensão racional, da razão desprovida de paixão” e pediu que o STF anule “as paixões exacerbadas das multidões”. Mais à frente, ressaltou:
— Entendo monstrar-se de fundamental importância proclamar sempre, a todo momento, que nada se perde quando se respeitam as leis e a Constituição da República. Tudo se tem a perder quando a Constituição e as leis são transgredidas e desconsideradas.
Por volta das 15h15, o ministro lembrou a história dos embargos infringentes no Supremo:
— Todos os regimentos internos do STF previram, dispuseram sobre os embargos infringentes, mesmo o primeiro regimento da República sobre o STF, de 1821. Ele não cuidava dos embargos em causas terminativas, mas isso foi introduzido em 1902 por uma lei federal editada pelo Congresso Nacional.
Às 15h50, o decano lembrou posicionamento do ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence a favor dos embargos infringentes e também a votação feita no Congresso Nacional sobre o assunto. Segundo Celso de Mello, na época em que os parlamentares debateram a permanência dos embargos infringentes no STF, o único líder contrário a ele foi o do PDT.
— PFL, hoje DEM, PSDB, PT, PTB e PTdoB deram apoio (a esse recurso) — lembrou.
Mais cedo, ao iniciar seu voto, Celso de Mello saudou o novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que participa de sua primeira sessão no STF e disse que a semana que teve para refletir sobre os embargos infringentes (iniciada após a última sessão da Corte, na quinta-feira) só serviu para que ele tivesse ainda mais certeza sobre sua posição. O magistrado lembrou ainda que, há exatos 67 anos, no Rio de Janeiro, se promulgava a constituição de 1946, pondo fim à ordem autocrática imposta pelo Estado Novo.
FGV comenta
Na opinião da equipe da Fundação Getulio Vargas (FGV) que acompanha a sessão com O GLOBO, embora Celso de Mello tenha enfatizado em seu voto que não se guiará pelos clamores populares, destinou a parte inicial dele para se dirigir, sobretudo, à opinião pública.
Para o ministro — destacam os juristas — a legitimidade das decisões do Supremo não deve decorrer de possíveis convergências entre suas as decisões e a vontade das maiorias. Isso, em primeiro lugar, porque “a Corte não teria como papel fundamental representar os interesses pontuais de grupos majoritários, mas o próprio povo em um sentido mais amplo”. Ao Supremo caberia ser o “representante argumentativo” da população, o que subordinaria suas decisões não à força das paixões transitórias, mas, segundo o ministro, exclusivamente à razão.
Defesa otimista
Advogados de réus do mensalão dão como certo que Celso de Mello acolherá os embargos infringentes.
— Minha expectativa é que o ministro confirme no pronunciamento dele externado no início do julgamento do mensalão, no sentido da admissibilidade dos infringentes — disse Alberto Toron, advogado do deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
O advogado Marcelo Leonardo, que representa o publicitário Marcos Valério, também entende que Celso de Mello deverá reconhecer a existência do embargo infringente.
— Foi assim que ele se manifestou na sessão do julgamento em 2 de agosto — disse Leonardo.
Do lado de fora da Corte, há protestos. No alambrado do STF, manifestantes colocaram três faixas. Em uma delas lê-se “Pobre STF, quem te viu quem te vê”. Outra diz “Votar a favor é participar do complô”.
Um grupo de rapazes botou bonecos de José Genoíno e de José Dirceu em frente ao Supremo. Eles estão representados com trajes de presidiários com a inscrição “PT 171 mensaleiro”.
— A gente quer justiça — disse Wenynson Roberto, de 26 anos, um dos que ajudaram a montar o protesto.
Uma semana de pausa
Na última sessão, o ministro Marco Aurélio Mello passou uma hora e meia tentando convencer seus pares a votar contra o recurso. No sábado, em entrevista ao GLOBO, ele disse que o STF estava à “beira do precipício”.
Já o ministro Gilmar Mendes alertou para o perigo de transformar o caso em pizza, se houver ainda mais demora na conclusão do processo. Dos 25 condenados, 12 teriam o direito a um novo julgamento.
Se os infringentes forem mesmo aceitos, será sorteado um novo relator para a causa, excluído o atual, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandowski. Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello defendem que o novo relator seja escolhido ainda nesta quarta-feira, caso a Corte decida pela validade dos embargos, e que leve o processo para o julgamento em plenário logo. A distribuição dos processos no STF é feita por meio eletrônico.
— Eu tenho a impressão de que é importante, desde logo, estabelecer ritos, prazos, para encaminhar este assunto. Quer dizer, que o tema não fique solto. Que de fato haja um procedimento. Distribuir processo, amanhã já pode distribuir processo. Aquele que tiver encaminhado assuma o compromisso de trazer dentro de um prazo razoável. Estou dizendo é que haja, de fato, uma responsabilidade em relação a isso. Isso aqui não é um tribunal para ficar assando pizza, e nem é um tribunal bolivariano — declarou Gilmar.
Na véspera
Ontem, Celso passou a manhã em casa descansando, porque havia permanecido no gabinete do STF até de madrugada, como é de costume. À tarde, voltou ao gabinete para continuar trabalhando em seu voto. Contrário aos infringentes, Marco Aurélio está resignado:
— Tudo indica que ele (Celso) vai admitir (os recursos).
Apesar de defender o julgamento rápido dos infringentes, Marco Aurélio pondera que não se pode fixar prazo para os atos do novo relator. Ele explicou que o colega, ainda desconhecido, vai impor seu ritmo à nova fase do julgamento:
— Quanto antes terminar o julgamento, melhor. Mas vai depender do relator, ele é o senhor do tempo. Depende do relator e da rapidez que vai imprimir ao processo. Não cabe ao colegiado fixar prazo. O relator pode ser sorteado hoje mesmo.

O GLOBO