quarta-feira, 6 de abril de 2016

Após oito sessões, Maluf enfim comparece à comissão do impeachment

Foram oito reuniões desde o início dos trabalhos da comissão da Câmara que analisa o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Até a reunião desta quarta (6), apenas um deputado do grupo havia faltado a todas elas, segundo consta no site da Câmara: o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP-SP). Os registros também mostram que, até terça-feira (5), ele não justificou nenhuma de suas ausências. A comissão do impeachment é a única de que Maluf participa neste ano, até agora. Nesta quarta, ele enfim compareceu ao colegiado.

Deputados da oposição protestam contra negociação de cargos pelo governo

Deputados federais da oposição fizeram nesta terça-feira (5) um protesto ironizando as negociações de cargos feitas pelo governo Dilma Rousseff, com auxílio do ex-presidente Lula, após a saída do PMDB da base aliada. Parlamentares ergueram duas faixas com as frases "Troca-se o futuro dos brasileiros por cargos no governo. Falar com Lula". O governo busca recompor sua base e, com isso, impedir que a oposição consiga os 342 votos necessários para dar prosseguimento ao processo de impeachment de Dilma. Mais cedo, a presidente declarou que não haverá reforma ministerial antes da votação do impedimento. Pelo menos três partidos -- PP, PR e PSD -- estariam em conversas com o PT sobre cargos na administração pública.

Marco Aurélio diz que Cunha cometerá crime se não cumprir ordem do STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello afirmou nesta terça-feira (5) que reconhece o "direito de espernear" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas disse que pode configurar crime de responsabilidade o deputado deixar de cumprir a decisão que determinou à Casa dar início ao processo de impeachment do vice-presidente, Michel Temer. "É impensável que não se observe uma decisão do Supremo. A decisão não é do cidadão Marco Aurélio, é do Supremo", disse o ministro.

Moro autoriza Conselho de Ética a ouvir testemunhas contra Cunha em Curitiba

Em audiência nesta terça-feira (5) com o juiz federal Sérgio Moro, a cúpula do Conselho de Ética acertou para este mês a realização de audiências para ouvir as testemunhas que estão presas e foram arroladas no processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Moro autorizou os depoimentos, mas determinou que as oitivas ocorram em sessões fechadas e em Curitiba, sede das investigações da Operação Lava Jato.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Deputado entrega amanhã relatório da comissão de impeachment

O relatório que dirá se a Câmara deve ou não acolher a denúncia para abertura do processo contra a presidente Dilma Rousseff está "60% ou 70%" concluído. A informação é do relator da comissão de impeachment, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO), que prometeu entregar o documento amanhã, às 14h. O papel será analisado e votado pela comissão antes de seguir para o plenário. A previsão é que a votação na comissão deva ocorrer até segunda (11).

Carlos Matos defende renúncia de Dilma para retomada de rumo do País

O deputado Carlos Matos (PSDB) defendeu, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (05/04), a renúncia da presidente Dilma Rousseff. "O País está diante de um impasse, porque o Governo perdeu a capacidade de governar e não se vislumbra um ponto de vista otimista para o futuro com as soluções apresentadas no momento”, assinalou.
Segundo o deputado, momentos de impasse exigem gestos de grandeza. “Apelo para que a presidente renuncie e sejam convocadas novas eleições, porque não merecemos ficar neste impasse e nesta luta fratricida pelo poder, que não leva a nada, e buscar um caminho inteligente para o futuro do Brasil”, salientou.
Carlos Matos comentou ainda o conteúdo do editorial do jornal Diário do Nordeste de hoje, que questiona os cortes para a área de educação, por conta do ajuste fiscal, promovidos pelo Governo Federal.
De acordo com a publicação, do novo conjunto de gastos eliminados em prol do ajuste fiscal, o Ministério da Educação (MEC) teve retirado, de seu orçamento para 2016, R$ 4,2 bilhões. “É um valor contundente, atestando que, ao contrário do que o Governo propagandeia, a educação não é uma prioridade para ele.”
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) destacou que “todos estão testemunhando a degradação da política brasileira”. “Se não tiver o impeachment, como vai ficar o Governo sem o apoio de sua base? E se tiver o impeachment, será que os movimentos sindicais não vão sair às ruas com armas para defender o PT?”, questionou João Jaime.
RG/AT  

Renan "vê com bons olhos" ideia de antecipar as eleições

O presidente do Senado gostou da proposta de senadores de antecipar o pleito para outubro deste ano, o que diminuiria o mandato de Dilma pela metade. Para o peemedebista, no entanto, o novo pleito deve englobar todos os cargos eletivos, sendo ampliado para além da escolha de um novo presidente da República, incluindo também governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores.

Dilma altera agenda para defender seu governo

A presidente decidiu participar ainda hoje do lançamento da "Hora do Enem", um programa online para ajudar estudantes a se prepararem para aprovação do Exame Nacional do Ensino Médio. A solenidade seria realizada, a princípio, no Ministério da Educação, mas foi transferida para o Planalto a fim de que Dilma possa participar do evento e aproveitar para fazer mais um evento em defesa do seu governo, mostrando que a administração não está parada, mas tocando as iniciativas de sua gestão. Nesta manhã, Dilma já conversou com jornalistas depois de conhecer um novo avião cargueiro na Embraer, em Brasília.

Deputado da Rede diz que votará a favor do impeachment

O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), declarou que votará a favor do impeachment da presidente Dilma. Ele afirmou que tomou a decisão após ouvir as interceptações telefônicas de conversas entre Dilma e o ex-presidente Lula. "Eu votarei a favor do impeachment porque fui convencido pela voz da presidente da República", afirmou. "Oferecendo ao Lula o termo de posse para o caso de necessidade. Pelo menos aos meus ouvidos, jamais tão curta frase confessou tantos crimes. Ali está tentativa de atuar contra administração da Justiça". A Rede lança nesta terça-feira (5) a campanha "Nem Dilma, Nem Temer. Nova eleição é a solução!", propondo que sejam realizadas novas eleições como forma de saída para a crise política atual.

Cunha deve dar seguimento a pedido de impeachment de Temer

A determinação veio do ministro Marco Aurélio Mello, do STF. Segundo ele, o presidente da Câmara não poderia ter simplesmente arquivado o pedido de impeachment contra o vice-presidente, o que caberia a comissão especial integrada por parlamentares, que deve avaliar se as acusações contra Temer têm ou não consistência.

Temer rebate provocação de Lula

O vice-presidente Michel Temer divulgou uma nota nesta manhã depois que o ex-presidente Lula mandou um recado direto para ele durante um ato no ABC Paulista na noite de ontem: "Temer, você quer ser presidente? Então disputa eleição, meu filho. Vai pedir voto". "O vice-presidente não faz nenhum movimento político para criar atalho algum. Se o Congresso, que é um poder independente, tomar alguma decisão sobre o processo que lá tramita, os resultados estão previstos na Constituição Federal", diz a resposta.

Capitão Wagner cobra anúncio de índice de reajuste dos servidores

O deputado Capitão Wagner (PR) fez pronunciamento, nesta terça-feira (05/03), no primeiro expediente da sessão plenária, para lamentar a não definição do índice do aumento salarial dos servidores públicos estaduais. Na  avaliação do deputado, há um alinhamento entre Prefeitura e Governo do Estado para que não haja a recomposição dos salários pelo índice da inflação.
O parlamentar afirmou que o reajuste deveria ter sido anunciado já em janeiro, de acordo com lei que disciplina a política salarial. “Porém, o Governo pediu prazo de mais 60 dias. Conforme Capitão Wagner, esse intervalo “seria para o Estado conseguir a ampliação dos prazos de pagamento da dívida com a União” e, assim, conhecer as reservas de caixa para conceder o reajuste. Para o deputado, o aumento deveria ser de, no mínimo, o equivalente ao índice anual da inflação.
Capitão Wagner salientou ainda que, enquanto não são conhecidos os índices de reajuste, o Estado gasta mais com servidores terceirizados do que com o quadro próprio. “A Casa Civil gasta 408% a mais com terceirizados, e o Conselho de Política e Gestão gasta 887% a mais com terceirizados do que com servidores”, disse.
Ao mesmo tempo, criticou o deputado, "o Governo pede urgência para aprovar incentivo de redução de 60% do ICMS para termelétricas”. Ele avaliou que a pressa para a concessão da isenção fiscal para as termelétricas é porque o plano de alongamento da dívida também veda a criação de novas leis ou programas que deem incentivos ou renúncia fiscal. Para o parlamentar, o plano está “eivado de maldades”, estabelecendo ainda que não haverá concessão de vantagens ou adequação de renumerações de servidores".
Capitão Wagner considerou ainda uma incoerência o governador Camilo Santana colocar culpa na crise econômica do País e, ao mesmo tempo, defender em praça pública o Governo que é responsável pela crise.
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) disse que é “um verdadeiro absurdo o Governo não recompor salários pelos índices da inflação”.     
JS/CG