terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Governo sem resposta para carta de Temer

O governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre a carta enviada pelo vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma Rousseff. Ele disse que passou os quatro primeiros anos do mandato como vice decorativo e que perdeu todo o protagonismo político do passado para afiançar o projeto da petista. Temer afirmou também que tem a convicção de que Dilma não confia nele nem no PMDB. Apesar disso, o vice-presidente afirmou, pelo Twitter, que o texto não propôs rompimento entre partidos nem com o Planalto.

Papa inicia no Vaticano o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, ano sagrado para os católicos

O papa Francisco iniciou hoje no Vaticano o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, ano sagrado para os católicos. Diante de cerca de 50 mil fiéis, o pontífice celebrou uma missa e abriu a Porta Santa da basílica de São Pedro, rito que marca o começo do evento. A cerimônia também foi marcada pelo encontro entre os papas Bento 16 e Francisco.

O fracasso das tornozeleiras eletrônicas

Um relatório do Ministério da Justiça revelou que as tornozeleiras eletrônicas não estão ajudando na redução da massa carcerária. Apenas 3% dos presos no Brasil utilizam o equipamento. O estudo também apontou falhas na garantia dos direitos fundamentais dos usuários das tornozeleiras.

Ventania no Espírito Santo

A forte ventania que atingiu ontem a cidade de São Gabriel da Palha, no Espírito Santo, destelhou mais de mil casas. Cerca de 100 vias tiveram de ser interditadas por causa da queda de árvores e três pessoas ficaram feridas. Não há informações sobre o estado de saúde delas.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Leia a íntegra da carta enviada pelo vice Michel Temer a Dilma

São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.
Senhora Presidente,
"Verba volant, scripta manent".
Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.
Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.
Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.
Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.
Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.
Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.
Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo não gerou confiança em mim, Gera desconfiança e menosprezo do governo.
Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.
1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.
2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.
3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC. Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração".
5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequência no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.
6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.
7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar.
8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden - com quem construí boa amizade - sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança;
9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa.
10. Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal.
11. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.
Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.
Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã. Lamento, mas esta é a minha convicção.
Respeitosamente,
\ L TEMER
A Sua Excelência a Senhora
Doutora DILMA ROUSSEFF
DO. Presidente da República do Brasil
Palácio do Planalto

Deputado se desfilia do PSC após indicação de Bolsonaro e Feliciano para comissão especial

O deputado Sílvio Costa anunciou que pediu a sua desfiliação do PSC por causa do descontentamento com a indicação do partido pelos deputados Eduardo Bolsonaro e Marco Feliciano, ambos de São Paulo, para a comissão especial que vai analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo Costa, o partido está sendo conivente com um dos maiores ataques à democracia brasileira e Bolsonaro e Feliciano nutrem um ódio pela presidente Dilma.

Comissão do impeachment já tem mais de 60 nomes

Veja quais nomes já foram confirmados pelas lideranças e quantas vagas cada partido terá:
PT – Número de vagas: 8. Titulares: José Guimarães (CE), Sibá Machado (AC), Arlindo Chinaglia (SP), Henrique Fontana (RS), Wadih Damous (RJ), Vicente Cândido (SP), José Mentor (SP) e Paulo Teixeira (SP). Suplentes: Afonso Florence (BA), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zaratini (SP), Léo de Brito (AC), Maria do Rosário (RS), Pepe Vargas (RS), Paulo Pimenta (RS) e Valmir Assunção (BA)
PMDB – Número de vagas: 8. Nomes confirmados: Leonardo Picciani (RJ), Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR), José Priante Junior (PA) e Washington Reis (RJ)
PSDB – Número de vagas: 6. Nomes confirmados: Carlos Sampaio (SP) e Bruno Araújo (CE)
SD  Número de vagas: 2. Nomes confirmados: Arthur Maia (BA) e Paulo Pereira da Silva (SP)
PRB  Número de vagas: 2. Nomes confirmados: Jhonatan de Jesus (RR) e Vinicius Carvalho (SP)
PDT  Número de vagas: 2. Nomes confirmados: Afonso Motta (RS) e Dagoberto Nogueira Filho (MS). Suplentes: Flávia Morais (GO) e Roberto Góes (AP)
PPS  Número de vagas: 1. Nome confirmado: Alex Manente (SP)
PV  Número de vagas: 1. Titular: Sarney Filho (MA). Suplente: Evair Melo (ES)
Psol  Número de vagas: 1. Titular: Ivan Valente (SP). Suplente: Chico Alencar (RJ)
PMN – Número de vagas: 1. Nome confirmado: Antônio Jacome (RN)
PCdoB – Número de vagas: 1. Titular: Jandira Feghali (RJ). Suplente: Orlando Silva (SP)
PR – Número de vagas: 4 – Titulares: Aelton Freitas (MG), Maurício Quintella Lessa (AL), Márcio Alvino (SP), Lúcio Valle (PA); suplentes: Miguel Lombardi (SP), Altineu Côrtes (RJ), João Carlos Bacellar (BA), Wellington Roberto (PB)
PP – Número de vagas: 4
PSB  Número de vagas: 4. Confirmados: Fernando Coelho Filho (PE), Danilo Forte (CE) e Tadeu Alencar (PE)
PSD  Número de vagas: 4. Confirmados: Rogério Rosso (DF), Júlio César (PI) e Paulo Magalhães (BA)
PTB – Número de vagas: 3
DEM – Número de vagas: 2
PSC – Número de vagas: 2. Titulares: Eduardo Bolsonaro (SP) e Pastor Marco Feliciano (SP). Suplentes: Irmão Lázaro (BA) e Marcos Reategui (AP)
Pros – Número de vagas: 2
PHS – Número de vagas: 1
PTN – Número de vagas: 1
PEN – Número de vagas: 1
PTC – Número de vagas: 1
Rede – Número de vagas: 1
PTdoB – Número de vagas: 1
PMB – Número de vagas: 1
Com informações do Congresso em Foco e Agência Câmara

33 mortes por gripe suína no Irã

Pelo menos 33 pessoas morreram e 600 foram internadas por causa de um surto de gripe suína que atinge o Irã há três semanas. Em junho de 2009, a Organização Mundial da Saúde declarou uma epidemia do vírus H1N1 depois que um surto no México e Estados Unidos se expandiu para outras regiões. O alerta foi encerrado em agosto de 2010 após a doença deixar 18 mil mortos em 214 países.

Microcefalia na Bahia

Subiu de 112 para 150 o número de casos suspeitos de microcefalia na Bahia. Ao todo, seis bebês morreram no estado por causa da doença. Nesta semana, governadores e prefeitos devem discutir com o governo federal a epidemia. O ministério da Saúde confirmou mais de mil e duzentas notificações em todo o país. 

Temer envia carta para Dilma e aponta desconfiança do governo contra ele

O vice-presidente Michel Temer enviou uma carta para a presidente Dilma Rousseff para desabafar sua insatisfação com o papel que tem exercido no Executivo desde que assumiu o cargo em 2011. Temer publicou em sua conta no twitter, mais tarde, que a carta não era para ser pública. Segundo a mensagem em sua página, o texto não propôs rompimento entre partidos ou com o Palácio do Planalto.  No entanto a mensagem aponta a desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB.

Padilha deixa governo depois de conversa com Dilma e Jaques Wagner

O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, deixou oficialmente o governo federal na tarde desta segunda-feira (7) após entregar o cargo no Palácio do Planalto. O peemedebista teve uma conversa, à tarde, com o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e, na sequência, falou com a própria presidente Dilma Rousseff.
Padilha argumentou que o pedido de demissão não tem relação direta com o processo de impeachment. A carta de demissão foi datada em 1º de dezembro e protocolada no dia 3.
Eliseu Padilha chegou às 14h15 ao gabinete de Jaques Wagner e saiu pouco depois.
Veja a íntegra da carta de demissão do ministro da Aviação Civil:

Cidades onde acontecerão protestos pró-impeachment