O Ministério do Trabalho divulgou o pior resultado de geração de empregos para o mês de setembro dos últimos 13 anos. Foram criados 123.785 ocupações com carteira assinada no mês passado. O número é o mais baixo registrado desde 2001, quando foram criados 80.028 novos postos de trabalho no mesmo período. O resultado também representa queda de 41,35% em relação a setembro de 2013. Apesar do número, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, qualificou o resultado do último setembro como um "sucesso". "Os números são positivos. O Banco Mundial levantou que há 100 milhões de trabalhadores desempregados na Zona do Euro. O mundo desemprega 900 milhões de trabalhadores. Está tudo para baixo no mundo inteiro", comparou. Ele chegou a dizer que não haveria onde "colocar" mais trabalhadores. "Não estamos vivendo pleno emprego? Se gerássemos 200 mil empregos, não tínhamos onde colocar. A tendência natural é que, a cada ano, vá diminuir a necessidade de novos empregos. Geramos 22 milhões de novos empregos em dez anos. Isso vai suprindo a demanda e as necessidades", justificou. De janeiro a setembro deste ano, foi computada queda de 31,6% frente ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o parlamentar, o governo tucano justificava as privatizações com o argumento de que, assim, seria possível oferecer serviços de melhor qualidade e a preço mais baixo. “Vamos pegar um setor (como exemplo): telefonia. O discurso é que esse setor iria melhorar e baixar os custos. Hoje, temos a telefonia mais cara do mundo e campeã de reclamações nos Procons e Decons”, afirmou. Na avaliação dele, as privatizações representaram uma “doação de empresas públicas a alguns grupos privados que eram seus aliados (do governo do PSDB)”.
Professor Pinheiro também lembra o interesse em privatizar os três bancos públicos: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Como teríamos grandes projetos habitacionais sem Caixa e Banco do Brasil e grandes projetos de infraestrutura sem o BNDES?”, questionou.
Por fim, o deputado destacou avanços nos 12 anos de governo do PT. Entre os pontos positivos, ele citou a política de valorização do salário mínimo (que permitiu um aumento real de 78%) e a criação de empregos. “Fizemos um governo de esquerda que favorece a maioria da população”, defendeu.
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