segunda-feira, 8 de julho de 2013

MPF ajuiza ação contra vereador por receber Bolsa Família

Foi ajuizada pelo Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) ação civil pública contra o vereador de Fortaleza Leonelzinho Alencar (PTdoB) e Adriana Lúcia Bezerra de Alencar, esposa do parlamentar, por ato de improbidade adminsitrativa. Adriana teria recebido indevidamente benefícios financeiros do programa Bolsa Família quando já era casada com o vereador. O dinheiro que foi sacado já foi devolvido por Adriana.

Leonelzinho Alencar e sua esposa, Adriana Lúcia, já devolveram o dinheiro recebido, cerca de R$ 600, segundo advogado da família. 
De acordo com a ação, ambos somavam renda familiar superior a R$ 10 mil na época do primeiro saque - foram 8, ao todo. Pela mesma prática, a esposa de Leonel Alencar já responde a processo criminal instaurado em 2012 na Justiça Federal.

A ação foi ajuizada pelo procurador da República Alexandre Meireles. O texto aponta que "as investigações sobre o caso evidenciaram que houve crime de improbidade administrativa na conduta tanto de Adriana quanto de Leonelzinho Alencar quando ambos omitiram a verdadeira renda familiar do casal ao receber os benefícios do Bolsa Família".

O MPF afirma que Adriana prestou informações falsas inicialmente em 2007, quando se inscreveu no programa. À Justiça, Adriana Lúcia alegou que o cartão do Bolsa Família chegou à sua residência sem que tenha sido solicitado.

"Mesmo que a demandada assegure que recebeu o benefício de boa-fé e que nada sabia acerca dos requisitos do programa, referido argumento configura uma falácia, tendo em vista que é de conhecimento público, notório, que o benefício do Bolsa Família é dirigido a famílias de baixa renda, pressuposto no qual não se encaixava a requerida", argumenta o procurador.

Advogado da família afirma que clientes estão "tranquilos"

Procurado pela Redação Web do Diário do Nordeste, o vereador optou por deixar a cargo do advogado da família, Paulo Quezado, manifestar-se quanto à ação. Paulo afirmou à reportagem que seus clientes estão "tranquilos" quanto à ação. "A quantia que foi retirada já foi devolvida, cerca de R$ 600. Houve um equívoco, e ela (Adriana) acabou recebendo (o benefício). Mas estamos tranquilos pois não houve prejuízo ao patrimônio", afirmou.

Diário do Nordeste

Artigo: O PSB e o novo Brasil

Povo ocupando as ruas é sinal de vigor democrático e o papel dos governos, dos partidos e dos políticos é entender sua voz e transformar os seus sonhos em medidas efetivas.
As recentes manifestações populares revelam a justa insatisfação de nossa sociedade com a degradação da vida pública brasileira e a qualidade dos serviços públicos, em especial nas áreas de saúdeeducaçãosegurança e mobilidade urbana.
Enfrentando a incompreensão de muitos aliados, vínhamos, há meses, advertindo governo e partidos quanto à necessidade de uma análise crítica da realidade brasileira. Se reconhecia as conquistas dos últimos anos, nosso povo, dizíamos, também reclamava por avanços sociais, dependentes da melhor gestão do Estado.
Advertimos sobre o agravamento da crise internacional do capitalismo e suas inegáveis implicações sobre nossa economia. Advertíamos o governo para a artificialidade de sua base parlamentar, sem consonância com a realidade social, nem correspondência com os propósitos do governo de centro-esquerda.
Sem demérito quanto ao muito que já havia sido feito, dizíamos que era possível e necessário avançar.
O povo, nas ruas, exige esse avanço.
Ao mesmo tempo em que põe em xeque a democracia representativa, o clamor popular fortalece a democracia participativa, cujos principais instrumentos, aliás, já estão previstos na Constituição de 1988. Ao lado do plebiscito, do referendo, da iniciativa popular na proposição de projetos de lei, que precisam ser facilitados, cogita-se agora a possibilidade de revogação de mandatos.
O PSB e sua prática
No Executivo
Transparência e qualidade na gestão dos recursos públicos é prática do PSB onde exerce funções executivas. O princípio que defendemos e praticamos nas nossas administrações é simples: trocar o gasto ruim pelo bom investimento. Não deixar que o dinheiro público se perca na gaveta da burocracia. Fazer com que se transforme em escolas, creches, hospitais, em crédito para quem produz. Além de gastar melhor, é preciso distribuir melhor. Os recursos estão cada vez mais concentrados no governo federal, enquanto os estados e municípios na sua maioria estão falidos.
No Congresso Nacional
O PSB vem contribuindo para as reformas sociais e o avanço da democracia participativa. Na Câmara dos Deputados, por intermédio da deputada Luiza Erundina, promoveu  a instituição da Comissão de Participação Legislativa e da proposta de emenda constitucional que torna o transporte coletivo direito social. É da autoria do  senador Rodrigo Rollemberg  a PEC que reduz de 1,4  milhão para 500 mil o número de assinaturas necessário para a apresentação de projetos de iniciativa popular. O senador Antonio Carlos Valadares apresentou PEC que visa à  introdução do voto revogatório (recall). O senador João Capiberibe é o autor da ‘Lei da Transparência’, que hoje permite aos cidadãos informar-se sobre os gastos públicos.
Sem atender a qualquer reclamo ou manifestação, mas simplesmente consciente de seu dever político, o PSB lançou candidatura própria à presidência da Câmara dos Deputados, com Júlio Delgado, e no Senado Federal apoiou a candidatura de Pedro Taques, do PDT. Fomos movidos pela consciência da necessidade de contribuir para a autonomia do Congresso, sua eficiência legislativa e a necessária recuperação de sua imagem junto à opinião pública. Um Parlamento frágil e desgastado só interessa aos inimigos da democracia.
A democracia como valor
A defesa da democracia é um dos princípios básicos dos socialistas brasileiros. O PSB nasceu na luta contra a ditadura Vargas e se reorganizou na redemocratização de 1984. Resistente ao Estado Novo e à ditadura militar, conhece a importância dos valores democráticos que compreendem a liberdade de ir e vir, a liberdade de informação e de expressão, a igualdade social e o direito à felicidade.
O partido defende uma ampla reforma do Estado com vistas à sua eficiência e maior democratização, como primeiro passo para um regime de igualdade social. Essa reforma deve alcançar todos os poderes da República para que o Brasil oficial se aproxime do Brasil real. Muitas medidas dependem de reforma constitucional, outras porém, podem ser introduzidas por nossos governos e pelo Congresso.
Muitas das medidas reclamadas pelas multidões requerem prévia consulta plebiscitária e mesmo o referendo para sua eficácia. Mas tanto um quanto outro exigem oportunidade para não perder legitimidade. Assim, entendemos que o plebiscito sugerido pela presidente Dilma Rousseff não deve estar limitado à reforma política, mas dar oportunidade à ampla participação da sociedade na elaboração das perguntas.
Em qualquer hipótese, o PSB exigirá o rigoroso cumprimento do princípio da anualidade para vigência de qualquer alteração da lei eleitoral. O dispositivo constitucional, cujo objetivo é a segurança jurídica, foi inserido na Constituição de 1988 graças à emenda de seu então presidente, senador Jamil Haddad.
Mais do que nunca está claro que a prioridade de nosso país, como temos sustentado sistematicamente, é cuidar de 2013, para poder pensar no futuro. Os fatos mostram a correção de nossa crítica quando condenávamos, e continuamos condenando, a antecipação da disputa eleitoral. O Brasil precisa estar unido para poder enfrentar os problemas que nos desafiam.
Devemos nos concentrar na governabilidade e esta depende da reversão das expectativas pessimistas sobre a economia brasileira. É urgente retomar o crescimento, sem detrimento do combate à inflação e da distribuição de renda como instrumento de redução das desigualdades sociais e econômicas que persistem. O Brasil, que foi eficiente na construção de estádios de excelência internacional, pode ser eficiente na construção das obras e manutenção dos serviços de que depende nosso povo.
O PSB recomenda
Aos seus parlamentares:
Conscientes de que nenhuma melhoria de serviço pode ser alcançada sem a alteração do atual pacto federativo e o fortalecimento da democracia, recomendamos aos nossos parlamentares que articulem amplo entendimento entre as diversas forças políticas e a sociedade brasileira, para a votação imediata dos projetos-de-lei que ampliam a participação e o controle social, e a melhoria dos serviços públicos, em consonância com o recado das ruas, e que ampliem a participação e o controle social bem como a criação de novos mecanismos de democracia participativa.
É o caso de:
efetivar como prática de consulta o uso do referendo  e do plebiscito
fim do voto secreto no Congresso e em todas as Casas Legislativas;
reforma do Poder Judiciário visando à democratização da justiça, e à agilidade processual;
pacto federativo que redistribua melhor os recursos e as competências da União dos Estados e Municípios;
unificação das eleições com o fim da reeleição e instituição de mandatos de cinco anos;
extensão dos critérios da ficha limpa para o exercício de cargo ou função pública em todos os níveis do Estado;
redução do número de assinaturas necessário à propositura de projeto de iniciativa popular;
fim das coligações proporcionais;
apoio à destinação de 10% do Orçamento da União para Saúde como instrumento necessário para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde-SUS, seu aperfeiçoamento e melhoria da qualidade do serviço prestado às populações; incluir
aprovação do Plano Nacional de Educação com a destinação  de 10% do PIB para a educação;
desoneração tributária do transporte coletivo;
emenda constitucional e lei de responsabilidade social que definam índices mínimos de desenvolvimento humano (IDH);
Aos governantes:
privilegiar as políticas de investimentos em transporte público de massa;
adotar a transparência da aplicação dos recursos públicos e facilitar o acesso da população à informação;
adotar os critérios da chamada ‘lei da ficha limpa’ para o ingresso no serviço público  e ocupação de cargos comissionados de qualquer natureza;
amplia os mecanismos de diálogos presencial e vrtual para aprofundar e valorizar a democracia participativa;
adotar o planejamento como regra das administrações.
À militância:
interagir, por intermédio dos segmentos organizados na estrutura partidária (juventude, negritude, lgbt, sindical, mulheres, movimentos populares) com  os diversos movimentos sociais e populares, respeitadas suas autonomias  e diversidades.
À Fundação João Mangabeira:
Privilegiar em suas diversas atividades o estudo da realidade brasileira com vistas à formulação das políticas públicas necessárias ao desenvolvimento do país, de que são meros exemplos:
reforma urbana com destaque para a mobilidade urbana, o saneamento básico, a segurança  pública, saúde universal, gratuita e de qualidade, educação universal, pública,  gratuita e de qualidade;
novo federalismo;
política industrial;
reforma agrária;
reforma do Estado, visando à sua democratização e eficiência;
restauração e melhoria da infraestrutura e logística.
Abre-se um novo ciclo que conclama a busca de novos consensos e diálogo. Há muito, alertamos para a necessidade de debate mais aprofundado sobre os rumos e o futuro do país. Nas ruas, os brasileiros mostraram vigor democrático.
O verdadeiro diálogo se inicia quando o silêncio é rompido. 
* Eduardo Campos
 é o governador de Pernambuco e presidente Nacional do PSB . Este texto  foi aprovado pela executiva nacional do partido, em reunião realizada em Recife no último dia 1º.

PT e PC do B defendem "regulação da mídia"

Alerta vermelho na imprensa
Sucessivas leis aprovadas em países de governos populistas do Caribe e América do Sul preocupam jornais de todo o mundo. Elas preveem penas de censura ou prisão a jornalistas, ditadas por ‘conselhos’ de notáveis, e apareceram na chamada ‘regulamentação da mídia’. Costa Rica, Guatemala, Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina já têm ou buscam as suas. No Congresso, os grupos de trabalho parlamentar ganharam forças em recentes pacotes de leis. PCdoB e PT são os partidos que desejam a revisão dos meios de comunicação.

Vingança
Em todos os casos citados, há uma similaridade ao proposto no Brasil: um debate político-partidário, e não amplamente social. São políticos que querem se vingar.

Recuo
O Congresso costa-riquenho aprovou lei de mídia que previa prisão de um a seis anos para repórter que denunciasse ‘Segredos de Estado’. Pressionado pelo povo, recuou.

Vergonha
O Brasil é vice-líder no rank mundial de jornalistas assassinados em 2013. Perde para Síria e Irã, empatados. Com tiros de borrachas em repórteres, a PM vai tentando ajudar.

Por Leandro Mazzini
Da Coluna Esplanada

Com estado de saúde grave, Dominguinhos retorna para a UTI

O estado de saúde do cantor Dominguinhos é considerado grave, de acordo com o boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês no último domingo (7).
O músico está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 1º de julho e respira com ajuda de aparelhos.
“Foi transferido para a UTI do Hospital Sírio-Libanês com quadro de arritmia cardíaca, oscilação de pressão arterial e infecção respiratória”, afirma o bolotim.
Dominguinhos está internado desde o dia 17 de dezembro. O cantor estava na Unidade Coronária do Hospital Santa Joana, em Recife, e foi transferido para o Sírio Libanês no dia 13 de janeiro. O músico luta contra um câncer no pulmão. Verdes Mares 

Anatel divulga Nota à Imprensa sobre denúncias de violação de sigilo de dados e de comunicações no País

Em relação às notícias relacionadas à violação de sigilo de dados e de comunicações no País, a Agência Nacional de Telecomunicações vem a público informar que:
1) A Anatel instaurou procedimento de fiscalização com o objetivo de apurar se empresas de telecomunicações sediadas no Brasil violaram, de alguma forma, o sigilo de dados e de comunicações telefônicas;
2) A Agência trabalhará em cooperação com a Polícia Federal e demais órgãos do governo federal nas investigações referentes ao assunto, no âmbito de suas atribuições.
Por fim, cabe esclarecer que o sigilo de dados e de comunicações telefônicas é um direito assegurado na Constituição, na legislação e na regulamentação da Anatel, sendo que a sua violação é passível de punição nas esferas cível, criminal e administrativa. 

Prefeitos se encontram com ministra do Planejamento

A Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, recebe, nesta semana, 16 governadores e prefeitos de todo Brasil para discutir a distribuição dos recursos do PAC Mobilidade, prometidos pela presidente Dilma Rousseff (PT), no último mês, após os protestos.
Os recursos, na ordem de R$ 50 bilhões, serão repartidos entre esses estados. A audiência da ministra com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), está marcada para próxima quarta-feira (10). A assessoria do governador Eduardo Campos (PSB) ainda não confirmou a presença do socialista.
Nesta segunda-feira, segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo, a romaria começa com reuniões reservadas com Geraldo Alckmin (PSDB/SP) e Fernando Haddad (PT/SP), Sérgio Cabral (PMDB/RJ) e Eduardo Paes (PMDB/RJ), e Jaques Wagner (PT/BA) e ACM Neto (DEM/BA).

Ministra Ideli Salvati deverá deixar Relações Institucionais

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse a interlocutores que decidiu mudar sua articulação política, mas não fará a troca enquanto for mantida a pressão de aliados, principalmente dos próprios petistas, pela demissão da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Segundo um conselheiro presidencial, a líder nacional avalia que Ideli "já deu sua contribuição" e será substituída para aperfeiçoamento da relação com a base aliada. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o interlocutor, que esteve com a mandatária brasileira na semana passada, acrescentou que ela mantém o apoio ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, apesar do aumento das pressões dentro e fora do governo por sua troca. Segundo colaboradores da presidente, há no governo expectativa de que a própria Ideli entregue o cargo durante o recesso parlamentar, a partir da semana que vem. Na quinta, Ideli sofreu um novo golpe: Dilma transferiu para a Casa Civil a tarefa de acompanhar o atendimento das emendas parlamentares. Com o rearranjo, a ministra da pasta, Gleisi Hoffmann, fica encarregada de cobrar dos demais ministérios a liberação de recursos em atendimento a emendas. E Ideli perde seu principal trunfo para negociação com deputados e senadores.

Inscrições abertas para o Fórum Macrorregional de Atenção Primária no Cariri

Estão abertas até a próxima segunda-feira (15) as inscrições para o Fórum Macrorregional de Atenção Primária à Saúde do Cariri, que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) realizará de 7 a 9 de agosto deste ano, no município do Crato, no Cariri. As inscrições podem ser feitas nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) da Macrorregião de Saúde do Cariri, por meio de formulário padrão. São oferecidas quatro vagas para cada Coordenadoria, cinco por município e duas vagas para cada uma das demais instituições. O Fórum reunirá gestores regionais e municipais de saúde, trabalhadores da saúde, representantes das instâncias de controle social, escolas de saúde do SUS, universidades, faculdades e Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço, vinculados aos 45 municípios das CRES de Icó, Iguatu, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte, com público estimado de 300 participantes.

A Política Nacional da Atenção Básica e o papel da atenção primária como ordenadora das Redes de Atenção à Saúde e coordenadora do cuidado estão no centro dos debates do Fórum Macrorregional. Em três dias de trabalhos, o Fórum colocará em pauta o debate sobre Saúde na Família, Saúde Bucal, Núcleo de Apoio à Saúde na Família (NASF), Programa Saúde na Escola, Programa Academia da Saúde, Serviço de Atenção Domiciliar e Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. Haverá, ainda, exposições e debates sobre saúde do idoso, saúde do adolescente, saúde do homem, saúde da mulher, alimentação e nutrição, saúde da criança e saúde do adulto. O Fórum será encerrado com a sistematização das discussões e os encaminhamentos.

Ceará supera meta de vacinação contra paralisia infantil

As equipes de imunização do Estado e dos municípios cearenses, que desde o dia 8 de junho entraram em campo para vacinar crianças contra a paralisia infantil, podem comemorar. A vacinação foi além da meta de 95%. Até às 16 horas desta sexta-feira, 5 de julho, último dia da campanha nacional de vacinação, o Ceará já havia imunizado 96,29%. A superação da meta deve ser ainda maior quando todos os 184 municípios repassarem os dados atualizados para serem lançados no portal pni.datasus.gov.br . Isso deve ocorrer até o final de segunda-feira (08).

No ano passado o Ceará também superou a meta. Chegou a vacinar 98.63%. Em 2011, quando o Ministério da Saúde realizada duas campanhas por ano, o Estado atingiu 100,71% na primeira etapa e 98,27% na segunda etapa.

Polêmico projeto de lei a favor do ensino domiciliar tem oposição do MEC

Doce lar. Escritora de livros infantis, Flávia Beck defende o ensino domiciliar dos filhos Rafael, de 6 anos, e Gabriela, de 10: "Achamos que as escolas aqui são fracas", diz ela
Desafio. Portador de necessidades especiais, Arthur, de 8 anos, aprende a contar com sua mãe, Consuelo Martin
A rotina de estudos começa cedo para os irmãos Rafael, de 6 anos, e Gabriela, de 10. A dupla mal acorda e já está em aula, às 8h, aprendendo lições de disciplinas como Português, História e Geografia. Na parte da tarde, Gabriela se concentra em aulas de música, enquanto o caçula prefere praticar seu traço com desenhos. A rotina descrita poderia se passar numa escola, mas acontece no apartamento em Jacarepaguá onde moram as crianças, que estão sendo educadas pelos pais, Flávia e Tom Beck. Rafael e Gabriela não estão matriculadas num colégio.
- Achamos que essa forma de ensino é mais eficaz que uma escola, e trabalhamos a autoestima deles. Que colégios oferecem um psicólogo apenas para isso? - argumenta o pai, Tom, filósofo e professor de português e inglês.
Eles não estão sozinhos, mas são uma minoria. De acordo com a Associação Nacional de Ensino Domiciliar (Aned), há 800 famílias no país declaradamente adeptas de uma forma de ensino não regulamentada no Brasil. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), é dever dos pais ou responsáveis matricular na escola os filhos com idades entre 4 e 17 anos. Em alguns países, porém, a prática é reconhecida. Nos EUA, por exemplo, estima-se em 2 milhões o número de famílias adeptas do homeschooling .
Em 12 de junho último, entusiastas da educação caseira foram a uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde tramita o Projeto de Lei 3179/12, que propõe a inclusão da educação familiar na LDB. Mas a ideia está distante de atrair um consenso.
Enquanto especialistas em educação se dividem sobre o tema, o próprio Ministério da Educação se posiciona contra. "A proposta de ensino domiciliar não apresenta amparo legal, ferindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a LDB e a própria Constituição Federal. O entendimento do parecer é de que a família não deve privar seus filhos do convívio escolar, sendo que cabe obrigatoriamente ao Estado o dever de assegurar a educação escolar das crianças e adolescentes", alegou o MEC em nota ao GLOBO.
- Quem pratica o homeschoolling afirma que uma das razões para educar os filhos em casa é a baixa qualidade do ensino no Brasil. Mas se a qualidade é baixa, devemos melhorar a escola, e não abandoná-la. Além disso, a criança não cria espírito coletivo. Desenvolve-se um individualismo exacerbado - critica o professor Carlos Alberto Cury, da Faculdade de Educação da PUC-MG.
Pelo texto do projeto de lei, só seria possível regulamentar a prática se observadas "articulação, supervisão e avaliação periódica da aprendizagem pelos órgãos próprios desses sistemas, nos termos das diretrizes gerais estabelecidas pela União e das respectivas normas locais".
Para aulas do ensino básico, a família Beck diz que segue o modelo curricular do MEC e compra material escolar recomendado no Plano Nacional do Livro Didático (PNLD). Como se ambos cursassem o ensino fundamental, Rafael lê obras referentes à 1º série, enquanto que Gabriela estuda em material pedagógico do 5º ano.
Flávia sabe que vai precisar de auxílio quando os filhos chegarem ao currículo do ensino médio. Professores particulares são uma opção, mas o casal espera contar também com o intercâmbio existente entre pais adeptos da mesma prática. Se numa casa, a mãe é formada em Ciências Humanas e pode dar aulas de História, por exemplo, e, em outro, o pai tem diploma na área de Ciências Exatas, essas duas famílias ensinam conjuntamente seus filhos.
- Queremos que eles façam faculdade, que tenham uma carreira. Apenas achamos que as escolas aqui são fracas - comenta Flávia, que é escritora de livros infantis. - Quando chegar a hora, vamos orientar nossos filhos a se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Assim, eles poderão obter o certificado de conclusão do Ensino Médio.
O artigo 246 do Código Penal define como abandono intelectual "deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar". Mas, de acordo com o advogado Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned, quem educa seus filhos em casa não está, "de maneira alguma", cometendo uma infração.
- O que está na lei é deixar de instruir o filho na idade obrigatória, mas não cita a escola. Não há risco de ser punido criminalmente. O Código Penal não se refere à escola, mas, sim, à instrução - interpreta Magno. EM

Opinião: um governo sem rumo


A manchete do Correio Braziliense, na 1ª página, em 2 de julho, e mais seis páginas, mostra a pressa com que a presidente Dilma quer fazer o plebiscito. E o Brasil? Indaga o Correio.

A reforma para fazer o plebiscito é a principal bandeira do Palácio do Planalto. Este escriba lembra que a presidente mudou de ideia em face das semanas de passeatas, no Brasil, contra o papel triste do governo Dilma, do PT, do PMDB e de outros aliados.
Para onde vamos? Seria o caso de esse governo, perdido no caminho, recorrer ao sistema de um aparelho simples, o GPS, em português, sistema de posicionamento global. O governo não sabe onde está.

Os jornalistas estão perplexos. Este escriba procurou ler o que disseram cronistas e jornalistas políticos, todos que lemos, no dia a dia, por serem pena de alto nível. Vejamos.

Dorrit Horazim aconselha políticos em apuros e recomenda: “Saiba tudo sobre seu adversário”. Guido Mantega diz que o governo não abrirá mão do compromisso e já está cortando despesas em vários ministérios. Ainda bem.

O ex-ministro Armínio Fraga sente o populismo no ar. Ele acha possível, mas difícil, especialmente diante dos acontecimentos, cumprir a meta fiscal. Ele lamenta o pecado de nossa política externa ser excessivamente terceiro-mundista.

João Ubaldo Ribeiro deu descanso ao Zecamunista, em Itaparica, mas pediu cuidado com Sebastião e usou, pela primeira vez, o “a”, chamando-a de presidenta, dizendo que ela amarelou e tem andado cada vez mais fugidia. Para saber o que fazer como “adolescenta”, abraçou Lula, em busca de seu apoio.

Por essas e por outras, o general Charles de Gaulle, ex-presidente da França, chegou à conclusão de que a política é coisa tão séria, que não devia ficar nas mãos de políticos. Ele disse isso referindo-se a Winston Churchill, que o ofendera, acusando-o de ser o peso-pesado da Cruz de Lorena, na França. Isso são trocas de tricas políticas. Eles que se entendam. Por Rubem Azevedio Lima

Após PEC 37, MP quer derrubar PEC 75


Após a derrubada no Congresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, o Ministério Público (MP) volta às atenções para outra PEC, a 75, que entre outras coisas possibilita a demissão e a cassação da aposentadoria de promotores e procuradores por decisão administrativa, e ameaça a vitaliciedade conferida à carreira.
O senador pernambucano Humberto Costa (PT) é o autor da PEC. O parlamentar afirmou ao Correio Braziliense deste domingo (7) que apresentou a proposta para eliminar distorções que beneficiam “malfeitores” que, quando flagrados, são afastados do cargo, mas continuam recebendo o salário integral.
É o caso do ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado por haver usado a prerrogativa de parlamentar para favorecer o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ele está impedido de exercer as funções de procurador de Justiça em Goiás, mas recebe salário bruto superior a R$ 24 mil.
Porém, informações de bastidores dão conta que a intenção do senador petista é retaliar o MP, que o investigou no Escândalo dos Sanguessugas.