segunda-feira, 8 de julho de 2013

Anatel divulga Nota à Imprensa sobre denúncias de violação de sigilo de dados e de comunicações no País

Em relação às notícias relacionadas à violação de sigilo de dados e de comunicações no País, a Agência Nacional de Telecomunicações vem a público informar que:
1) A Anatel instaurou procedimento de fiscalização com o objetivo de apurar se empresas de telecomunicações sediadas no Brasil violaram, de alguma forma, o sigilo de dados e de comunicações telefônicas;
2) A Agência trabalhará em cooperação com a Polícia Federal e demais órgãos do governo federal nas investigações referentes ao assunto, no âmbito de suas atribuições.
Por fim, cabe esclarecer que o sigilo de dados e de comunicações telefônicas é um direito assegurado na Constituição, na legislação e na regulamentação da Anatel, sendo que a sua violação é passível de punição nas esferas cível, criminal e administrativa. 

Prefeitos se encontram com ministra do Planejamento

A Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, recebe, nesta semana, 16 governadores e prefeitos de todo Brasil para discutir a distribuição dos recursos do PAC Mobilidade, prometidos pela presidente Dilma Rousseff (PT), no último mês, após os protestos.
Os recursos, na ordem de R$ 50 bilhões, serão repartidos entre esses estados. A audiência da ministra com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), está marcada para próxima quarta-feira (10). A assessoria do governador Eduardo Campos (PSB) ainda não confirmou a presença do socialista.
Nesta segunda-feira, segundo a coluna Painel, da Folha de São Paulo, a romaria começa com reuniões reservadas com Geraldo Alckmin (PSDB/SP) e Fernando Haddad (PT/SP), Sérgio Cabral (PMDB/RJ) e Eduardo Paes (PMDB/RJ), e Jaques Wagner (PT/BA) e ACM Neto (DEM/BA).

Ministra Ideli Salvati deverá deixar Relações Institucionais

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse a interlocutores que decidiu mudar sua articulação política, mas não fará a troca enquanto for mantida a pressão de aliados, principalmente dos próprios petistas, pela demissão da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Segundo um conselheiro presidencial, a líder nacional avalia que Ideli "já deu sua contribuição" e será substituída para aperfeiçoamento da relação com a base aliada. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o interlocutor, que esteve com a mandatária brasileira na semana passada, acrescentou que ela mantém o apoio ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, apesar do aumento das pressões dentro e fora do governo por sua troca. Segundo colaboradores da presidente, há no governo expectativa de que a própria Ideli entregue o cargo durante o recesso parlamentar, a partir da semana que vem. Na quinta, Ideli sofreu um novo golpe: Dilma transferiu para a Casa Civil a tarefa de acompanhar o atendimento das emendas parlamentares. Com o rearranjo, a ministra da pasta, Gleisi Hoffmann, fica encarregada de cobrar dos demais ministérios a liberação de recursos em atendimento a emendas. E Ideli perde seu principal trunfo para negociação com deputados e senadores.

Inscrições abertas para o Fórum Macrorregional de Atenção Primária no Cariri

Estão abertas até a próxima segunda-feira (15) as inscrições para o Fórum Macrorregional de Atenção Primária à Saúde do Cariri, que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) realizará de 7 a 9 de agosto deste ano, no município do Crato, no Cariri. As inscrições podem ser feitas nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) da Macrorregião de Saúde do Cariri, por meio de formulário padrão. São oferecidas quatro vagas para cada Coordenadoria, cinco por município e duas vagas para cada uma das demais instituições. O Fórum reunirá gestores regionais e municipais de saúde, trabalhadores da saúde, representantes das instâncias de controle social, escolas de saúde do SUS, universidades, faculdades e Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço, vinculados aos 45 municípios das CRES de Icó, Iguatu, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte, com público estimado de 300 participantes.

A Política Nacional da Atenção Básica e o papel da atenção primária como ordenadora das Redes de Atenção à Saúde e coordenadora do cuidado estão no centro dos debates do Fórum Macrorregional. Em três dias de trabalhos, o Fórum colocará em pauta o debate sobre Saúde na Família, Saúde Bucal, Núcleo de Apoio à Saúde na Família (NASF), Programa Saúde na Escola, Programa Academia da Saúde, Serviço de Atenção Domiciliar e Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. Haverá, ainda, exposições e debates sobre saúde do idoso, saúde do adolescente, saúde do homem, saúde da mulher, alimentação e nutrição, saúde da criança e saúde do adulto. O Fórum será encerrado com a sistematização das discussões e os encaminhamentos.

Ceará supera meta de vacinação contra paralisia infantil

As equipes de imunização do Estado e dos municípios cearenses, que desde o dia 8 de junho entraram em campo para vacinar crianças contra a paralisia infantil, podem comemorar. A vacinação foi além da meta de 95%. Até às 16 horas desta sexta-feira, 5 de julho, último dia da campanha nacional de vacinação, o Ceará já havia imunizado 96,29%. A superação da meta deve ser ainda maior quando todos os 184 municípios repassarem os dados atualizados para serem lançados no portal pni.datasus.gov.br . Isso deve ocorrer até o final de segunda-feira (08).

No ano passado o Ceará também superou a meta. Chegou a vacinar 98.63%. Em 2011, quando o Ministério da Saúde realizada duas campanhas por ano, o Estado atingiu 100,71% na primeira etapa e 98,27% na segunda etapa.

Polêmico projeto de lei a favor do ensino domiciliar tem oposição do MEC

Doce lar. Escritora de livros infantis, Flávia Beck defende o ensino domiciliar dos filhos Rafael, de 6 anos, e Gabriela, de 10: "Achamos que as escolas aqui são fracas", diz ela
Desafio. Portador de necessidades especiais, Arthur, de 8 anos, aprende a contar com sua mãe, Consuelo Martin
A rotina de estudos começa cedo para os irmãos Rafael, de 6 anos, e Gabriela, de 10. A dupla mal acorda e já está em aula, às 8h, aprendendo lições de disciplinas como Português, História e Geografia. Na parte da tarde, Gabriela se concentra em aulas de música, enquanto o caçula prefere praticar seu traço com desenhos. A rotina descrita poderia se passar numa escola, mas acontece no apartamento em Jacarepaguá onde moram as crianças, que estão sendo educadas pelos pais, Flávia e Tom Beck. Rafael e Gabriela não estão matriculadas num colégio.
- Achamos que essa forma de ensino é mais eficaz que uma escola, e trabalhamos a autoestima deles. Que colégios oferecem um psicólogo apenas para isso? - argumenta o pai, Tom, filósofo e professor de português e inglês.
Eles não estão sozinhos, mas são uma minoria. De acordo com a Associação Nacional de Ensino Domiciliar (Aned), há 800 famílias no país declaradamente adeptas de uma forma de ensino não regulamentada no Brasil. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), é dever dos pais ou responsáveis matricular na escola os filhos com idades entre 4 e 17 anos. Em alguns países, porém, a prática é reconhecida. Nos EUA, por exemplo, estima-se em 2 milhões o número de famílias adeptas do homeschooling .
Em 12 de junho último, entusiastas da educação caseira foram a uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde tramita o Projeto de Lei 3179/12, que propõe a inclusão da educação familiar na LDB. Mas a ideia está distante de atrair um consenso.
Enquanto especialistas em educação se dividem sobre o tema, o próprio Ministério da Educação se posiciona contra. "A proposta de ensino domiciliar não apresenta amparo legal, ferindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a LDB e a própria Constituição Federal. O entendimento do parecer é de que a família não deve privar seus filhos do convívio escolar, sendo que cabe obrigatoriamente ao Estado o dever de assegurar a educação escolar das crianças e adolescentes", alegou o MEC em nota ao GLOBO.
- Quem pratica o homeschoolling afirma que uma das razões para educar os filhos em casa é a baixa qualidade do ensino no Brasil. Mas se a qualidade é baixa, devemos melhorar a escola, e não abandoná-la. Além disso, a criança não cria espírito coletivo. Desenvolve-se um individualismo exacerbado - critica o professor Carlos Alberto Cury, da Faculdade de Educação da PUC-MG.
Pelo texto do projeto de lei, só seria possível regulamentar a prática se observadas "articulação, supervisão e avaliação periódica da aprendizagem pelos órgãos próprios desses sistemas, nos termos das diretrizes gerais estabelecidas pela União e das respectivas normas locais".
Para aulas do ensino básico, a família Beck diz que segue o modelo curricular do MEC e compra material escolar recomendado no Plano Nacional do Livro Didático (PNLD). Como se ambos cursassem o ensino fundamental, Rafael lê obras referentes à 1º série, enquanto que Gabriela estuda em material pedagógico do 5º ano.
Flávia sabe que vai precisar de auxílio quando os filhos chegarem ao currículo do ensino médio. Professores particulares são uma opção, mas o casal espera contar também com o intercâmbio existente entre pais adeptos da mesma prática. Se numa casa, a mãe é formada em Ciências Humanas e pode dar aulas de História, por exemplo, e, em outro, o pai tem diploma na área de Ciências Exatas, essas duas famílias ensinam conjuntamente seus filhos.
- Queremos que eles façam faculdade, que tenham uma carreira. Apenas achamos que as escolas aqui são fracas - comenta Flávia, que é escritora de livros infantis. - Quando chegar a hora, vamos orientar nossos filhos a se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Assim, eles poderão obter o certificado de conclusão do Ensino Médio.
O artigo 246 do Código Penal define como abandono intelectual "deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar". Mas, de acordo com o advogado Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned, quem educa seus filhos em casa não está, "de maneira alguma", cometendo uma infração.
- O que está na lei é deixar de instruir o filho na idade obrigatória, mas não cita a escola. Não há risco de ser punido criminalmente. O Código Penal não se refere à escola, mas, sim, à instrução - interpreta Magno. EM

Opinião: um governo sem rumo


A manchete do Correio Braziliense, na 1ª página, em 2 de julho, e mais seis páginas, mostra a pressa com que a presidente Dilma quer fazer o plebiscito. E o Brasil? Indaga o Correio.

A reforma para fazer o plebiscito é a principal bandeira do Palácio do Planalto. Este escriba lembra que a presidente mudou de ideia em face das semanas de passeatas, no Brasil, contra o papel triste do governo Dilma, do PT, do PMDB e de outros aliados.
Para onde vamos? Seria o caso de esse governo, perdido no caminho, recorrer ao sistema de um aparelho simples, o GPS, em português, sistema de posicionamento global. O governo não sabe onde está.

Os jornalistas estão perplexos. Este escriba procurou ler o que disseram cronistas e jornalistas políticos, todos que lemos, no dia a dia, por serem pena de alto nível. Vejamos.

Dorrit Horazim aconselha políticos em apuros e recomenda: “Saiba tudo sobre seu adversário”. Guido Mantega diz que o governo não abrirá mão do compromisso e já está cortando despesas em vários ministérios. Ainda bem.

O ex-ministro Armínio Fraga sente o populismo no ar. Ele acha possível, mas difícil, especialmente diante dos acontecimentos, cumprir a meta fiscal. Ele lamenta o pecado de nossa política externa ser excessivamente terceiro-mundista.

João Ubaldo Ribeiro deu descanso ao Zecamunista, em Itaparica, mas pediu cuidado com Sebastião e usou, pela primeira vez, o “a”, chamando-a de presidenta, dizendo que ela amarelou e tem andado cada vez mais fugidia. Para saber o que fazer como “adolescenta”, abraçou Lula, em busca de seu apoio.

Por essas e por outras, o general Charles de Gaulle, ex-presidente da França, chegou à conclusão de que a política é coisa tão séria, que não devia ficar nas mãos de políticos. Ele disse isso referindo-se a Winston Churchill, que o ofendera, acusando-o de ser o peso-pesado da Cruz de Lorena, na França. Isso são trocas de tricas políticas. Eles que se entendam. Por Rubem Azevedio Lima

Após PEC 37, MP quer derrubar PEC 75


Após a derrubada no Congresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, o Ministério Público (MP) volta às atenções para outra PEC, a 75, que entre outras coisas possibilita a demissão e a cassação da aposentadoria de promotores e procuradores por decisão administrativa, e ameaça a vitaliciedade conferida à carreira.
O senador pernambucano Humberto Costa (PT) é o autor da PEC. O parlamentar afirmou ao Correio Braziliense deste domingo (7) que apresentou a proposta para eliminar distorções que beneficiam “malfeitores” que, quando flagrados, são afastados do cargo, mas continuam recebendo o salário integral.
É o caso do ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado por haver usado a prerrogativa de parlamentar para favorecer o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ele está impedido de exercer as funções de procurador de Justiça em Goiás, mas recebe salário bruto superior a R$ 24 mil.
Porém, informações de bastidores dão conta que a intenção do senador petista é retaliar o MP, que o investigou no Escândalo dos Sanguessugas.

Joaquim Barbosa recebeu R$ 580 mil em benefícios atrasados, diz jornal


Reportagem deste domingo da "Folha de S. Paulo" mostra que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, recebeu R$ 414 mil do Ministério Público Federal por conta de controverso bônus salarial criado nos anos 90 para compensar, em diversas categorias, o auxílio-moradia concedido a deputados e senadores.
O jornal destaca que Barbosa, conhecido por criticar os gastos do Judiciário, recebeu o benefício chamado de PAE (Parcela Autônoma de Equivalência), o qual já foi repassado para 604 membros do Ministério Público Federal, consumindo R$ 150 milhões nos pagamentos.
Embora legalizado, o benefício causa polêmica, especialmente porque Barbosa discorda de outros auxílios. Em junho, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), presidido por Barbosa, autorizou o pagamento de cerca de R$ 100 milhões a oito tribunais de Justiça nos Estados relativos a auxílio-alimentação. Barbosa foi contrário, e sua posição contra os penduricalhos salariais ganhou amplo destaque. Ele chamou de "esdrúxula" e "inconstitucional" a resolução do CNJ.
A "Folha" destaca ainda que, além do PAE, o presidente do STF recebeu, em 2007, R$ 166 mil (ou R$ 226,8 mil, em valores corrigidos) mediante a conversão em dinheiro de 11 meses de licenças-prêmio não gozadas.
Esse benefício, não mais em vigor, permitia que um servidor recebesse três meses de folga a cada cinco anos de vínculo empregatício. A ideia era estimulá-los a efetivamente tirarem as folgas, mas muitos, como Barbosa, preferiram não usá-las, deixando que elas se acumulassem. Em outubro de 2007, o Conselho Nacional do Ministério Público autorizou a conversão em dinheiro, no ato da aposentadoria, das licenças-prêmio e férias não gozadas.
Somando os dois benefícios, o presidente do STF recebeu do Ministério Público Federal R$ 580 mil referentes ao período em que ele foi procurador. Corrigido pelo IPCA, o total atinge R$ 704,5 mil.
O outro lado
A assessoria do STF informou à "Folha de S. Paulo" que Barbosa, após ser empossado na corte, "viu-se impossibilitado" de tirar licenças a que tinha direito e "requereu, com êxito, ao procurador-geral da República" o pagamento delas, o que teria sido feito também "por antigos membros do MPF que ingressaram na magistratura".
Segundo o jornal, a resposta é diferente da fornecida pela Procuradoria Geral da República, que afirmou: "A conversão do saldo de licença-prêmio não foi feita a pedido do servidor, mas por decisão administrativa".
Sobre a PAE, o STF informou que "o presidente esclarece que não recebeu nada ilegal, e nada além do que foi recebido por todos os membros do Judiciário do país, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União". Folha

EUA tiveram base de espionagem em Brasília


Os EUA mantiveram em Brasília uma estação de espionagem de dados coletados por satélites de outros países. Funcionou pelo menos até 2002. Abrigava agentes de duas agências: a CIA (Agência Central de Inteligência) e a NSA (Agência de Segurança Nacional). Estava conectada a uma rede de 16 bases de bisbilhotagem de satélites estrangeiros. O Brasil não dispõem de satélites próprios. Mas aluga oito.

As revelações constam de notícia veiculada pelo Globo nesta segunda (8). Produziram-na os repórteres Roberto Kaz e José Casado. A dupla se baseou em documentos da NSA vazados por Edward Snowden para Glenn Greenwald, repórter do jornal britânico The Guardian, que mora no Brasil. Hoje caçado pelo governo americano, Snowden trabalhou numa empresa privada que presta serviços à NSA. Por isso teve acesso aos papéis secretos.

A novidade sobre a base americana em Brasília vem à luz um dia depois de outra reportagem que provocou enorme incômodo em Dilma Rousseff. Veiculada na edição de domingo do Globo, informara que os EUA monitoraram milhões de telefonemas e mensagens eletrônicas no Brasil. A presidente reuniu um grupo de ministros e comandou a reação. O Itamaraty cobrou explicações da diplomacia americana. Decidiu-se, de resto, acionar a Polícia Federal e a Anatel para apurar o caso. O governo de Barack Obama informou que não tratará da encrenca em público. Dará explicações pelas vias diplomáticas.

A presença de espiões americanos em Brasília é mencionada num documento de 2002. Nele, a NSA descreve o modo como operava -ou ainda opera- a rede montada em conjunto com a CIA. Busca-se sobretudo “converter sinais de inteligência captados no exterior a partir de estabelecimentos oficiais dos EUA, como embaixadas e consulados.” Não se sabe se a base brasiliense continuou operando depois de 2002.

Além de anotar que “a NSA trabalha junto com a CIA”, o documento diz que o acervo de dados coletados no estrangeiro é manuseado por agentes “disfarçados de diplomatas.” Um detalhe que deve potencializar a irritação de Dilma. A estação de Brasília era a única instalada na América Latina.

As 16 bases de espionagem de informaçõe de satélites compõem uma rede bem maior. O mesmo documento de 2002 informa que equipes da NSA e da CIA estavam presentes em 75 cidades, das quais 65 eram capitais de países. Em Brasília e Nova Déli, na Índia, havia mais do que simples equips. Nessas localidades, informa o texto, a bisbilhotagem era tocada por “forças-tarefa”.

Os papéis vazados por Edward Snowden mencionam os “alvos” da superestrutura espiã. Vão muito além do alegado desejo dos EUA de se proteger contra novos ataques terroristas. “Sistemas de comunicação de satélites comerciais estrangeiros são usados no mundo inteiro por governos estrangeiros, organizações militares, corporações, bancos e indústrias”, anota o texto de 2002.

Ainda de acordo com a NSA, o sistema de coleta de informações baseia-se em alianças da agência americana com com empresas privadas. Diz o texto a certa altura: “A NSA, em conjunto com seus parceiros estrangeiros, acessa sinais de comunicação de satélites estrangeiros.” Fica a impressão de que os “parceiros estrangeiros” colaboram. Considerando-se a reação de Dilma, o governo brasileiro é o último a saber. Blog do Josias

Agenda política para esta segunda-feira(08)


Dilma e os médicos – presidente lança o Pacto Nacional pela Saúde, que inclui o programa Mais Médicos, para levar médicos brasileiros e estrangeiros a postos do SUS em cidades onde faltam profissionais, e o programa Mais Formação, que prevê a abertura de 11 mil vagas de graduação e 12 mil de residência. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) deve participar. Às 15h, no Palácio do Planalto.

Senado trabalha – o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) convocou sessão deliberativa extraordinária para hoje. A ordem do dia terá início às 14h. Na sessão extraordinária de 6ª (5.ju.2013), não houve quórum suficiente para votações importantes.

Miriam com prefeitos e governadores – a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, se reúne com os governadores e prefeitos das capitais de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB), e Bahia, Jacques Wagner (PT) e ACM Neto (DEM), para discutir investimentos de recursos federais em obras de mobilidade urbana.

Reforma política 1 – movimento Eleições Limpas lança campanha pela reforma política na OAB de Goiás, em Goiânia. Participam o presidente do MCCE (Movimento Contra a Corrupção Eleitoral, Marlon Reis, e o secretário-geral da OAB nacional, Cláudio Pereira de Souza Neto. Às 18h.

Reforma política 2 – OAB do Distrito Federal promove debate sobre a reforma política, com a presença do deputado federal Miro Teixeira (PDR-RJ).

Terceirização – centrais sindicais se reúnem no Palácio do Planalto com representantes do governo, empresários e congressistas para discutir o projeto de lei 43.330/04, que amplia as hipóteses de contratação de trabalho terceirizado. O PL será votado na 4ª feira (10.jul.2013) na CCJ da Câmara. Se for aprovado, as centrais prometem intensificar as greves previstas para a 5ª feira (11.jul.2013).

Leão – Receita Federal libera consulta ao 2º lote de restituição do Imposto de Renda de Pessoa Física.

Rede social oficial – é previsto para hoje o lançamento do Observatório Participativo, uma rede social desenvolvida pelo governo. Nela, o visitante cria seu usuário e interage com os demais e com o próprio governo.

Água da Copa – o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) promove seminário em Brasília sobre a fiscalização da produção de água mineral nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. O evento vai até 4ª feira (10.jul.2013).

Aeroportos em debate – a Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado promove audiência pública sobre investimentos em aeroportos. O diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, é um dos convidados.

Emprego – FGV divulga o Indicador Coincidente de Desemprego e o Indicador Antecedente de Emprego.

Inflação – FGV divulga resultados do IPC-S

Centenário de Marighella – Senado homenageia o centenário do nascimento do líder comunista Carlos Marighella, morto em 1969.

Governo quer regras para compartilhamento de postes de luz com teles


O governo quer aumentar a concorrência entre as empresas de telefonia que hoje alugam espaços nos postes de luz. Por isso, já está em reta final um decreto que vai criar novas regras para o compartilhamento de infraestrutura entre as teles e as distribuidoras de energia. De acordo com as exigências, os postes serão divididos em cinco pontos, que deverão obrigatoriamente ser ocupados por diferentes grupos econômicos. Além de reduzir o emaranhado de fios, que poluem visualmente as cidades e colocam em risco a segurança elétrica, o objetivo é elevar os investimentos das companhias, que encontram dificuldade para expandir sua rede Brasil afora.
O decreto já está na Casa Civil e foi fruto de trabalho conjunto entre os ministérios das Comunicações, de Minas e Energia, dos Transportes e das Cidades. Atualmente, o compartilhamento dessa infraestrutura esbarra na falta de interesse das empresas de energia, já que 90% das receitas com os alugueis dos postes são convertidos em redução tarifária da conta de luz. Assim, dizem fontes do governo, não há interesse em uma gestão mais eficiente dos contratos com as teles. Como resultado, empresas que usam os postes desde a privatização do setor, em 98, pagam entre R$ 1 e R$ 2 por poste a cada mês, enquanto as novas companhias chegam a pagar R$ 13 mensais pelos postes.
— Assim, a competição é penalizada. As teles que estão entrando hoje têm de fazer um investimento maior, construindo toda a rede. O objetivo do decreto é que haja um tratamento igual. Essas regras vão guiar o mercado. Mas claro que haverá um prazo para as empresas se adequarem. Por isso, a divisão dos postes será por grupo econômico e não por serviço (como telefonia fixa, móvel e banda larga), o que vai permitir a integração desses serviços numa única rede — adiantou ao GLOBO Maximiliano Martinhão, secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações.

Mudanças no cálculo de reajuste da luz

Para atender ao setor elétrico, o decreto vai rever a fatia de 90%, oriunda das receitas das distribuidoras com aluguel dos postes, usada na modicidade tarifária. Segundo Maximiliano, a ideia é que esse percentual seja reduzido.
— Com essa queda, as elétricas terão incentivo para melhorarem a gestão (dessas estruturas) e até poder rever os contratos antigos (com as teles). Quando uma empresa deixa de pagar R$ 13, esse benefício chega ao consumidor, pois há aumento de competição. Ao ter uma melhor organização dos fios, haverá mais qualidade. Hoje é uma verdadeira teia de aranha, e os técnicos (de telecom) têm muitos problemas de segurança — afirmou Maximiliano.
Do outro lado, as elétricas dizem que não foram procuradas. Segundo Nelson Fonseca Leite, presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), é preciso ordenar as ocupações atuais de postes, com a criação de normas de procedimentos técnicos e de segurança.
— As teles instalam os cabos sem seguir normas em muitos casos, aumentando os riscos à população. A concorrência entre as teles é importante, mas deve haver uma migração planejada dos atuais contratos de compartilhamento — ponderou Leite, ressaltando a importância da redução dos 90% das receitas do aluguel para o cálculo de reajuste tarifário.
A maior parte das teles esperam novas regras de compartilhamento há anos, já que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não conseguiu chegar a um acordo até hoje e agora decidiu esperar o decreto. A Embratel disse que a padronização de preços e critérios de utilização são fundamentais para que as empresas possam fazer todos os investimentos. A TIM, que considera a iniciativa do governo importante, afirmou que as operadoras não conseguem desenvolver suas redes, devido aos altos valores que são cobrados. A GVT lembrou que a infraestrutura deve ser utilizada da forma mais racional com o objetivo de viabilizar a competição. Já a Oi informou que entende que o assunto não deveria passar pela interferência do poder público, sob risco de onerar o serviço. O Globo