quinta-feira, 6 de junho de 2013

Criação de "ficha suja" para motoristas bêbados em SP é aprovada

O projeto de lei que cria a "ficha suja" para motoristas que forem pegos dirigindo embriagados foi aprovado por unanimidade nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo. A proposta torna obrigatória a publicação no Diário Oficial do Estado, pelo Detran, da relação dos condutores de veículos punidos com a perda da carteira de habilitação por dirigir sob influência do álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, conforme regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). 
A publicação que deverá constar no Diário Oficial terá o nome completo do infrator, o respectivo número do registro da carteira de habilitação e a fundamentação da punição administrativa aplicada. Segundo o deputado Cauê Macris (PSDB), autor do projeto, o número crescente de acidentes automobilísticos graves causados por motoristas drogados exige medidas coercitivas à continuidade dessa prática.

Para Macris, a publicação facilitará a identificação dos infratores reincidentes. "Como todo mundo poderá acompanhar esta lista pelo Diário Oficial, o infrator pode ter efeitos negativos práticos em seu cotidiano - como, por exemplo, encontrar dificuldades para renovar o seguro do automóvel ou ter seu perfil consultado em casos de entrevistas de emprego. Qualquer pessoa vai poder fazer essa consulta", afirmou. 

O Diário Oficial do Estado já publica o número da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de motoristas que tiveram as habilitações suspensas ou canceladas. "Entendemos que a sociedade tem o direito de saber quem são aqueles que dirigem embriagados e colocam em risco a vida das pessoas", disse o deputado. "É mais uma medida, além de todas as outras legais que já são tomadas, para fazer o cidadão pensar duas vezes antes de beber", afirmou Macris. 

Terra

Deputado Estadual propõe que feriados que caírem na semana sejam comemorados na segunda-feira

Os feriados que caírem nos dias da semana poderão ser comemorados, por adiamento, na segunda-feira seguinte, no Ceará. É o que propõe projeto de Lei do 1° vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Tin Gomes (PHS). A matéria começou a tramitar nesta quinta-feira (6). Além dela, outros dois projetos de Lei, um de Indicação e três mensagens do Executivo também foram lidos.
projeto de Tin Gomes estabelece também que, no caso de ocorrer mais de um feriado na mesma semana, eles serão comemorados em dias subsequentes à segunda feira. A proposta, contudo, exclui feriados nacionais, valendo apenas para feriados estaduais. A mudança não vale para feriados que ocorrerem no sábado e no domingo.
O parlamentar justificou o projeto, afirmando que os “feriados estaduais no meio da semana provocam grande prejuízo para os municípios e para o Estado, visto que a prática de ‘imprensar’ o dia da semana entre o feriado e o final de semana reduz a produtividade em todas as áreas, seja no setor público, seja no setor privado”.
Diário do Nordeste

PRB-CE disposto a conversar com PMDB

Para a sucessão estadual de outubro do próximo ano, o PRB está aberto para conversar com Eunício Oliveira (PMDB), Cid Gomes (PSB) e outros pretendentes a entrarem na disputa do cargo.
O convite é do presidente estadual em exercício do partido, deputado Ronaldo Martins. Ele lembra que a sigla, atualmente, está na base de apoio do governador, mas isso não significa que tenha obrigação de apoiar um possível candidato do PSB ao cargo. Martins disse que o partido tem projeto de lutar para aumentar a bancada estadual.
O Estado CE

Congresso promulga PEC que cria quatro novos tribunais regionais federais

O primeiro vice-presidente do Congresso Nacional, o deputado federal André Vargas (PT-PR), presidiu nesta quinta-feira (6) sessão solene conjunta no Senado para promulgar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que cria quatro novos tribunais regionais federais: Amazonas, Bahia, Minas Gerais e Paraná. Com a promulgação, a PEC entra em vigor, e contraria a vontade do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-PA).
Vargas assume hoje o posto no lugar de Renan, que vai para Portugal em viagem oficial. Renan já havia se posicionado contra a proposta, mas disse que não tomaria nenhuma atitude para evitar uma possível manobra do parlamentar petista para colocar a PEC em vigor, o que acabou acontecendo nesta quinta (6).
"Eu não promulguei a proposta que cria os tribunais exatamente porque há uma redação que a Câmara aprovou diferente da redação que o Senado havia aprovado. Mas é evidente que eu não posso deixar de fazer uma viagem oficial, nem posso limitar o papel constitucional do primeiro vice-presidente. Se ele desejar promulgar, eu não tenho o que fazer", afirmou Renan na última sexta-feira (6).
A proposta também foi duramente criticada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa. O magistrado afirmou que a proposta foi aprovada de forma "sorrateira" e geraria impacto anual de ao menos R$ 8 bilhões aos cofres públicos, segundo estimativas informadas por ele ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
As declarações de Barbosa foram rebatidas por associações de juízes e senadores. Em nota, juízes disseram que Barbosa "agiu de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada". Enquanto, o relator da PEC no Senado, Jorge Viana (PT-AC) negou que tivesse feito qualquer "encontro sorrateiro" ou negociata para levar adiante a tramitação do projeto.
De acordo com o juiz Nino Toldo, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais ), os gastos dos novos tribunais são factíveis com o que suportaria o Orçamento da União e não "custará anualmente mais do que em torno de R$ 700 milhões".  A média seria de R$ 175 milhões anuais por tribunal.
Até então, os cinco tribunais regionais - de Brasília, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo – julgavam os processos com origem nos demais Estados brasileiros.
De acordo com a emenda, os tribunais a ser criados irão trabalhar da seguinte forma:  aquele com sede em Curitiba atenderá causas originárias do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O tribunal de Belo Horizonte atenderá todo o Estado de Minas Gerais. O tribunal de Salvador ficará responsável por casos da Bahia e Sergipe.  Já o tribunal de Manaus cuidará dos processos do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.
UOL

Eduardo Campos tem encontro com Dilma nesta quinta-feira

O embate pré-eleitoral entre o governador Eduardo Campos (PSB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) terá que dar uma trégua nesta quinta-feira (6). É que o socialista e a petista terão encontro, em Brasília, para discutir ações para a Copa das Confederações. A chefe do Executivo nacional tem recebido, em Brasília, os governadores dos Estados que abrigarão jogos do torneio, e nesta quinta-feira será a vez de Campos.
O encontro, que está programado para ocorrer por volta das 15h, deverá ter a segurança como um dos principais pontos a serem discutidos. A situação de cada sede tem preocupado Dilma, e a gestora tem conferido os detalhes com os governadores anfitriões. Mobilidade urbana também é outra questão que ganhará destaque na conversa.
Apesar do caráter administrativo da conversa, há sempre a expectativa para que Eduardo e Dilma discutam o atual estágio da aliança entre seus partidos. O governador ensaia ingressar na disputa pelo Palácio do Planalto e a petista trabalha para demovê-lo.
A conversa entre Eduardo e Dilma ainda corre o risco de ser contaminada pelo último encontro entre o governador e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), quando Campos disse que o dinheiro para a realização das obras nos Estados não é da presidente, mas do povo. A declaração sintomática colocou ainda mais molho numa disputa que promete ser acirradíssima. Folhape

Charge


Região do Cariri ganha Universidade Federal


cid bsbA presidenta Dilma Rousseff sancionou, nesta quarta-feira (5),  no Palácio do Planalto, as leis que criam as universidades federais do Cariri (UFCA), do Sul Sudeste do Pará (Unifesspa), do Oeste da Bahia (Ufob) e do Sul da Bahia (Ufesba). O governador Cid Gomes esteve presente à cerimônia, agradeceu a nova Universidade e fez um pedido.

"O Ceará triplica a quantidade de oferta de ensino superior. Mas já que me pediram pra falar, e eu aprendi com meus colegas líderes políticos do Interior, a gente agradece e faz um pedido. O Ceará tem a Universidade Federal do Ceará (UFC) na Capital e a federal no Sul. O oeste, o noroeste do Estado, região da qual tenho origem, tem um sonho de algum dia, quem sabe no seu segundo mandato, ter uma universidade federal. E não será uma meta tão ousada, porque hoje lá já funciona um campus avançado da Universidade Federal do Ceará", destacou.

A criação das universidades faz parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras (Reuni), pelo qual o governo federal tem adotado uma série de medidas que objetivam retomar o crescimento do ensino superior público, tendo como meta inicial a interiorização deste nível de ensino.

Entre 2003 e 2010, o programa foi responsável pela criação de 14 novas universidades federais e 126 novos campi ou unidades acadêmicas, chegando agora a 63 universidades e 321 campi em todo o país. A expansão aumentou também o número de municípios brasileiros atendidos por universidades federais, de 114 em 2003, para 272, em 2010, beneficiando a partir do início do funcionamento destas quatro universidades, mais 16 municípios brasileiros.

A Universidade Federal do Cariri será implantada a partir do desmembramento dos campi de Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato da Universidade Federal do Ceará (UFC) e com a criação dos campi de Icó e Brejo Santo. Serão criados 27 cursos de graduação, tendo como meta atender a 6.490 estudantes. Serão contratados 197 professores e 530 técnicos administrativos.

No mesmo estado, a sede da Universidade Federal do Oeste da Bahia será em Barreiras, com unidades em Barra, Bom Jesus da Lapa, Santa Maria da Vitória e Luiz Eduardo Magalhães. Funcionará com 35 cursos de graduação, para os quais serão ofertadas 7.930 vagas. Serão contratados 357 professores e 408 servidores administrativos.

Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado

Em ato contra gays, Silas Malafaia diz que união homoafetiva é crime

Milhares de evangélicos participaram nesta quarta-feira, 5, de uma manifestação em Brasília, convocada por pastores e liderada por Silas Malafaia, em defesa da liberdade religiosa. Pastores e políticos fizeram ataques ao movimento LGBT, ao governo federal e ao poder Judiciário.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que estimativa era de um público de 40 mil pessoas. A organização estimou em 70 mil o número de presentes e informou ter gasto R$ 500 mil na realização do evento, incluindo propagandas televisivas convocando o público. A Associação Vitória em Cristo arcou com os custos.
Principal organizador do evento, o pastor Silas Malafaia foi quem falou por mais tempo e fez o discurso com mais ataques aos "adversários" dos evangélicos. Ele começou com diversas críticas ao que chamou de "ativismo gay", em referência ao movimento LGBT.
"O crime de opinião foi extinto e o ativismo gay quer dizer que a minha opinião sobre a união homoafetiva é crime. Nós chamam de fundamentalistas, mas eles são fundamentalistas do lixo moral, o ativismo gay é o fundamentalismo do lixo moral", afirmou Malafaia. "Tentam comparar com racismo, mas raça é condição, não se pede para ser negro, moreno ou branco. Homossexualidade é comportamento. Ninguém nasce homossexual", complementou.
Malafaia criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por terem "na caneta" aprovado a união civil entre pessoas do homossexual e obrigar cartórios a registrar o casamento gay. Criticou ainda o governo pela indicação de Luís Roberto Barroso para o STF por ele já ter defendido a legalização do aborto. Atacou ainda o PT destacando o julgamento do mensalão e sugerindo que a indicação de Barroso poderia ter como objetivo absolver os condenados. "O povo quer ver os mensaleiros na cadeia", disse. Encerrou destacando ser o objetivo do evento mostrar a força dos evangélicos. "Esse nosso evento é um ensaio, um exercício de cidadania. Não somos cidadãos de segunda classe, vamos influenciar a nação".
Um dos mais ovacionados pelo público foi o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da comissão de Direitos Humanos da Casa. Ele citou em seu discurso os ataques que sofreu desde que assumiu a comissão. "Depois de 90 dias no vale da sombra, das mortes, estou aqui para dizer que represento vocês", disse Feliciano. Ele afirmou ainda que a "família" tem de vir antes do governo e da sociedade e concluiu seu pronunciamento dizendo esperar pela eleição de um presidente da República evangélico.
Outro tema que motivou protestos de vários dos convidados a discursar foi o projeto que criminaliza a homofobia, em tramitação no Congresso. O senador Magno Malta (PR-ES) afirmou que há um objetivo de criar uma "casta de homossexuais" e garantiu que a bancada evangélica não deixará essa proposta ser aprovada.
Apesar de o evento ter sido convocado como manifestação pacífica houve truculência no palco quando seguranças confundiram, no palco, a bandeira de uma igreja com a do movimento LGBT. O material era da Igreja Quadrangular e foi apreendido de forma brusca pelos seguranças que retiraram com força um pastor e outro integrante do grupo. Após ter sido esclarecido que os envolvidos na confusão eram evangélicos a entrada deles foi liberada, mas a organização confiscou a bandeira afirmando que o material não poderia ser exibido para não vincular o evento a nenhuma igreja específica. Estadão

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Deputado Vasques Landim propõe criação da semana estadual de educação para motociclistas

No primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (05/06), o deputado Vasques Landim (PR) destacou o crescente número de acidentes envolvendo motociclistas. Falou também sobre seu projeto de lei nº 121/2013, que objetiva criar a Semana Estadual de Educação de Trânsito para Motociclistas no Estado do Ceará.

O parlamentar apresentou estatísticas que mostram uma situação preocupante. Em média, 25 pessoas morrem todos os dias no Brasil em decorrência de acidentes de motos. Além disso, entre 2008 e 2010, o número de mortes causadas por acidentes com motos cresceu 21%. De acordo com dados do Ministério da Saúde, houve aumento de 113% nos custos de tratamento para os feridos em acidentes com motocicletas, passando de R$ 45 milhões, no período, para R$ 96 milhões em 2011.

Vasques Landim destacou ainda o fato de os números mostrarem que 27% dos acidentes com moto provocam mortes, diante de 13% nos acidentes com carros. Além disso, os acidentes com motociclistas são causadores do maior número de tetraplégicos e paraplégicos. De cada 100 mil brasileiros com sequelas de acidentes de motos, mais de cinco mil têm lesão medular.

O deputado atribui a situação à falta de educação e civilidade e ao aumento da frota, causado pela facilidade na compra de uma moto, devido ao baixo custo para manter o veículo. Ele destacou que o homem do campo trocou o cavalo e o burro pela moto, aumentando a incidência de acidentes no interior.

ALECE

Criança nascida de violência sexual terá direito a pensão, diz comissão


A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou nesta quarta-feira (5/6) substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 478/2007 que estabelece o Estatuto do Nascituro e prevê, entre outros pontos, o direito ao pagamento de pensão alimentícia, equivalente a um salário mínimo, às crianças concebidas de violência sexual. A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A proposta estabelece também que o nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido, e inclusive “os seres humanos concebido in vitro, os produzidos por meio de clonagem ou por outro meio científico e eticamente aceito. O texto diz ainda que o nascituro adquire personalidade jurídica ao nascer com vida, mas sua natureza humana será reconhecida desde a concepção.

O debate da proposta foi acompanhado por defensores dos direitos das mulheres, contrários ao projeto, e manifestantes contrários ao aborto e defensores da proposta. As duas partes lotaram a sala da comissão e exibiram faixas e cartazes pró e contra a matéria. O substitutivo, aprovado anteriormente na Comissão de Seguridade Social e Família, modificou o projeto original e ressalvou o direito de aborto em caso de gravidez resultante de estupro, atualmente permitido pelo Código Penal.


Apesar de a votação na Comissão de Finanças e Tributação não tratar diretamente do mérito da proposta, mas da adequação financeira e orçamentária, a discussão entre os membros do colegiado ficou concentrada em torno da possibilidade ou não do aborto nos casos de estupro.


Os deputados do PT na comissão chamaram a iniciativa de “bolsa estupro” e disseram que a proposta fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, ao não prever o impacto financeiro. Eles ainda discordaram do mérito, sob argumento de que a proposta representa diminuição dos direitos das mulheres. 

O Artigo 12 do projeto estabelece que é vedado ao Estado e aos particulares causar qualquer dano ao nascituro em razão de um ato delituoso cometido por algum dos genitores. Também prevê que, se for identificado o genitor, ele será obrigado a pagar pensão alimentícia. Caso isso não ocorra, nem a mãe tenha condições financeiras para sustentar a criança, caberá ao Estado o pagamento.

De acordo com a proposta, aquele que causar, culposamente, morte ao nascituro, poderá ser condenado a pena de um a três anos de prisão. A pena será aumentada de um terço se o crime resultar da inobservância de regras técnicas de profissão ou omissão de socorro.

O projeto também proíbe o congelamento, a manipulação ou o uso do nascituro com experimento, com pena de um a três ano de prisão, mais o pagamento de multa. Também poderá ser preso pelo período de um a seis meses aquele que referir-se ao nascituro com palavras ou expressões depreciativas. Correio Braziliense

Francisco Diá não é mais o técnico do Icasa

Após duas derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro Série B a situação do técnico Francisco Diá no Icasa ficou insustentável. O treinador se reuniu com dirigentes na madrugada desta quarta-feira e pediu demissão. A diretoria alviverde acatou o pedido e deve deslocar o coordenador das categorias de base Roni Araújo para comandar o Verdão do Cariri na sexta-feira, em Arapiraca, contra o ASA.

Diário do Nordeste

Eunício Oliveira participa de encontro com Mantega sobre a renegociação de dívidas de produtores rurais

Em busca de uma solução para o problema das dívidas dos produtores rurais do semiárido do Nordeste, os presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) se reuniram nesta quarta-feira (5) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a  pedido da presidente Dilma Rousseff.
Durante o encontro, eles acertaram a inclusão de emendas na MP 610/13, para acelerar a suspensão das execuções e a renegociação dos débitos rurais em conformidade com a decisão anunciada pela presidente Dilma Rouseff nesta terça-feira (4). A MP 610/13 trata de ações emergenciais para socorrer municípios atingidos pela seca no Nordeste.
Entre as medidas antecipadas por Dilma Rouseff, está a autorização da suspensão das execuções das dívidas dos agricultores juntos aos bancos, além da garantia da renegociação dos valores, com descontos de até 85%.
A presidente ainda anunciou a intenção de suspender os prazos processuais até 2014. Os agricultores, com dívidas de até R$ 35 mil contraídas antes de 2006, terão 85% de desconto. Para dívidas de até R$ 200 mil também contratadas antes de 2006, o montante será renegociado com prazo de dez anos para o pagamento. Por fim, para os empréstimos feitos após 2007, os valores também poderão ser renegociados, com três anos de carência.
- Para que os bancos possam suspender essas cobranças, é preciso que haja um instrumento legal, que é justamente a aprovação do relatório da MP 610 – disse o relator da MP, o senador Eunício Oliveira.
Segundo Eunício, outras medidas para beneficiar os produtores nordestinos estão sendo estudadas e negociadas com a área econômica do governo.
- Serão incorporadas outras medidas que estamos discutindo não apenas a suspensão, a elevação desses valores, mas a discussão da taxa de juros. Também a renegociação dos médios e grandes produtores, ampliando o prazo de carência do banco do Nordeste – disse Eunício.
O presidente do Senado observou que atualmente os produtores rurais não têm condições de arcar com as dívidas.
- O indexador utilizado foi a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), então isso gera uma distorção brutal. Você financiou um trator e esta devendo cinco, seis, sete. Essas dívidas precisam ser equacionadas – observou Renan Calheiros.
Ainda não há uma data definida para apresentação do relatório, conforme informou Eunício Oliveira. Agência Senado