Por maioria, os líderes da Câmara dos Deputados negaram nesta terça-feira (9) conceder o caráter de urgência para que os projetos de reforma política relatados pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS) fossem apreciados pelo plenário antes de serem analisados pelas comissões da Casa. A proposta de Fontana, debatida nesta tarde pelo colégio de líderes, consiste em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei.
Em reunião para tratar sobre o assunto, no gabinete da presidência da Câmara, boa parte dos líderes defendeu que a votação das propostas fosse, mais uma vez, adiada. Há resistência entre os partidos em torno de pontos polêmicos da reforma, como o fim das coligações para eleições proporcionais.
Com a decisão das lideranças, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), informou ao final da reunião que a Casa tentaria votar uma PEC relatada pelo líder do PSD, deputado Eduardo Sciarra (PR), que trata da coincidência de todas as eleições em um mesmo ano. No entanto, Alves ponderou que alguns partidos advertiram que irão obstruir até mesmo a votação dessa proposta.
“É o começo. Há quantos anos ouço falar que a reforma política é prioridade, mas na hora de votar sempre se busca um consenso impossível e há uma dificuldade de construir uma maioria. Esta Casa tem que começar a votar, como puder, a reforma política. Se não pode votar três itens, vote um. Espero que comece na noite de hoje e tenha seguimento na semana seguinte”, disse Alves.
G1
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