terça-feira, 9 de julho de 2013

PSDB cearense pode perder dois deputados estaduais

O PSDB do Ceará pode estar perdendo dois deputados estaduais. João Jaime e Fernando Hugo não estão satisfeitos na sigla e avaliam que rumo vão seguir, de olho nas eleições do ano que vem.
João Jaime deve ir para o DEM. Fernando Hugo não se definiu, mas tem vários convites.
O ninho tucano pode perder ainda um de seus melhores quadros, o ex-presidente da Assembleia e ex-deputado estadual, Marcos Cals.
Insatisfeito com as mudanças na direção, Cals, se quiser, será muito bem vindo ao PMDB, onde o senador Eunício Oliveira gostaria de filiá-lo.
*Com informações da coluna "... E Tem Mais!" do jornal Aqui Ce.

Partidos terão R$ 300 mi neste ano


No momento em que discute a realização de um plebiscito para definir termos da Reforma Política e se inclui no debate o financiamento público de campanha, números apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre a distribuição do Fundo Partidário, suscita mais discussão.

Os recursos do Fundo Partidário são oriundos do Orçamento Federal e por doações de pessoas físicas ou jurídicas, efetuados por intermédio de depósitos bancários diretamente na conta do Fundo. Acrescente-se mais a esses recursos, os valores de multas que são arrecadas pela Justiça Eleitoral. Até o momento já foram distribuídos entre os partidos políticos brasileiros R$ 147.084.062,00 milhões só da parte referente ao Orçamento Federal de 2013. De multas foram distribuídos até maio um total de R$ 5.307.804,18.

O Partido dos Trabalhadores é a legenda que tem direito a maior parcela dos recursos do Fundo Partidário. A divisão de 95% dos recursos é feita de acordo com a representação partidária na Câmara dos Deputados eleita no último pleito. Os outros 5% são distribuídos, em partes iguais, com todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no TSE.

O PT tem a maior bancada de deputados federais, seguido do PMDB, do PSDB, DEM, PP e os demais partidos representados naquela Casa do Congresso Nacional. O PT já recebeu de janeiro a junho deste ano a importância de R$ 23.712.152,03 só correspondente à parte do Orçamento da União. O partido recebeu ainda de janeiro a maio de 2013 o total de R$ 5.031.970,78.

Aplicar

Até o fim do ano o Fundo Partidário, administrado pelo Tribunal Superior Eleitoral, deverá distribuir entre os partidos a importância aproximada de R$ 300 milhões. Segundo a definição da lei, para que eles possam aplicar "na manutenção das sedes e serviços do partido - permitido o pagamento de pessoal, até o limite máximo de 50% do total recebido -, na propaganda doutrinária e política, no alistamento e campanhas eleitorais, na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política - sendo esta aplicação de, no mínimo 20% do total recebido -, e na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, observado o limite de 5% do total recebido".

A liberação dos recursos do Fundo Partidário é feito mensalmente. O depósito é feito na conta da Executiva Nacional de cada agremiação que, conforme critérios de cada uma delas, pode redistribuir com as direções estaduais. Os órgãos de direção partidária devem discriminar na prestação de contas as despesas realizadas com os recursos do Fundo Partidário. A Justiça Eleitoral pode, a qualquer tempo, investigar a aplicação, pelas legendas, dos recursos provenientes do Fundo Partidário que ela distribui.

Liberação

A aplicação incorreta dessas verbas pode acarretar ao partido a suspensão dos repasses de cotas do Fundo de um a 12 meses, dependendo da gravidade das irregularidades encontradas pela Justiça Eleitoral. A falta de prestação de contas desses recursos também pode acarretar a suspensão da liberação de cotas pelo TSE. Recentemente, no Ceará, o PTB foi punido pela não prestação de contas e ficou sem receber a sua parte.

Das 30 agremiações partidárias devidamente registradas no Tribunal Superior Eleitoral, segundo nota do próprio TSE, "apenas o Partido Trabalhista Nacional (PTN) deixou de receber recursos do Fundo em junho. A legenda está impedida de receber cotas por oito meses, conforme decisão proferida em julgamento de prestação de contas. Os repasses não foram feitos em setembro de 2011 e de fevereiro a junho de 2013, restando, portanto, mais duas suspensões".

Financiamento

Do total de recursos distribuídos até o mês de junho, segundo dados oficial do TSE, os cinco partidos que mais receberam parcelas do Fundo Partidário foram: PT com R$ 23.712.152,03; o PMDB foi beneficiado com R$ 17.697.184,42; o PSDB, em terceiro lugar ficou com R$ 16.315.362,76; o PR recebeu R$ 10.342.051,27 e o PP ficou com R$ 9.902.111,17. Os demais receberam o restante.

O financiamento de campanha hoje é feito com recursos dos partidos, dos candidatos e ajudas de pessoas físicas e jurídicas, com limites de acordo com a capacidade econômico-financeira do doador. A Justiça Eleitoral examina as prestações de cada um dos candidatos ao fim da campanha eleitoral.

Os recursos geralmente doados aos partidos geralmente já chegam carimbados para alguns dos candidatos daquela agremiação, uma das maneiras de evitar a ligar direta do doador com o beneficiário. Ao contrário, a ajuda da pessoa física é feita diretamente em nome do candidato da preferência do doador. Diário do Nordeste

Izolda Cela é a convidada desta quarta do ciclo de visitas de secretários à AL

A secretária de Educação do Estado do Ceará, Izolda Cela, participa, nesta quarta-feira (10/07), do ciclo de visitas de secretários estaduais à Assembleia Legislativa. Durante o segundo expediente da sessão plenária, ela vai apresentar aos parlamentares as ações desenvolvidas pela pasta, tendo como pontos principais o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), as escolas estaduais de educação profissional e as experiências exitosas no ensino médio. 

Na oportunidade, a secretária vai responder também a questionamentos e dúvidas dos deputados acerca dos projetos e investimentos do Governo do Estado na área da educação.

De acordo com o presidente da Casa, deputado José Albuquerque (PSB), o objetivo das visitas, que começaram no último dia 21 de março, é promover a interação entre o Legislativo e o Executivo.

Já participaram do ciclo de visitas os titulares das secretarias da Fazenda, Mauro Filho (21/03); Infraestrutura, Adail Fontenele (03/04); Recursos Hídricos, César Pinheiro (17/04); Especial da Copa, Ferruccio Feitosa (08/05); Saúde, Arruda Bastos (05/06), e Cidades, Camilo Santana (26/06).

Michel Teló desmente prefeito e confirma cancelamento de show

Na manhã de ontem, 8, o show que o cantor Michel Teló faria no encerramento do festival junino de São Gonçalo do Amarante, que acontece de 11 a 13 de julho, enfim, saiu da agenda e do site do sertanejo.
À tarde, a equipe do jornal Aqui CE conseguiu entrar em contato com a assessoria de Teló e descobriu que, ao contrário do que o prefeito Cláudio Pinho (PS B) declarou ao jornal O Povo, no último domingo, 7, não houve adiamento da atração, mas sim, cancelamento. “Não há sequer previsão de outro show em 90 dias”.
Atendendo ao desejo das ruas, Cláudio Pinho teria desistido de sangrar os cofres públicos com a contratação de Michel Teló. Entretanto, o que intriga é o fato de o gestor ter negado o cancelamento do evento. Essa omissão é vista como uma maneira de esconder que ele, ainda assim, desembolsou uma boa quantia de dinheiro público para pagar a multa em caso de quebra de contrato.
A assessoria do artista não quis revelar a justificativa, nem os valores do cancelamento. No dia 28 de junho, a população foi às ruas criticar o prefeito e pedir mais zelo na administração das finanças municipais. “Como falta dinheiro para educação e para saúde, mas sobra dinheiro para pagar cachê”, questionavam em cartazes.
Cláudio Pinho revelou que o cachê do artista sairia por nada mais, nada menos que R$ 270 mil, mas garantiu que o valor seria bancado por uma emenda do Ministério da Cultura, que nunca foi liberada. Diante da vigilância da imprensa e da população, o prefeito foi obrigado a admitir que o custeio do show ultrapassava a capacidade de pagamento do Município e que, caso o recurso federal não fosse liberado a tempo, a participação do artista seria adiada para novembro durante o São Gonçalo Festeiro.
Entretanto, a assessoria do cantor desmentiu a informação passada pelo gestor, confirmando o que adiantamos na edição do último sábado, 6: o cantor Michel Teló, tão cedo, não subirá nos palcos de São Gonçalo do Amarante.Fonte: Aqui CE.

Governo publica medidas do Programa Mais Médicos


O governo federal publicou nesta terça-feira (9), no Diário Oficial da União (DOU), o conjunto de documentos que formalizam o Programa Mais Médicos, lançado nesta segunda pela presidente Dilma Rousseff. Os documentos incluem medida provisória, que institui o programa, decreto criando comitê de monitoramento das ações, portaria dos ministérios da Saúde e da Educação com as diretrizes para a implementação do programa e dois editais, um para adesão de entes federados e outro para adesão de profissionais. Segundo o governo, o Programa Mais Médicos tem como objetivos melhorar o atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a formação do médico brasileiro. Entre as medidas, o plano prevê que, a partir de 2015, o curso de Medicina passará de 6 para 8 anos e os estudantes terão de trabalhar dois anos no SUS, antes de conseguir o diploma. A ampliação está prevista na medida provisória e deverá ser regulamentada em 180 dias. No período em que trabalhar nos serviços públicos de saúde, o aluno receberá uma bolsa, financiada pelo Ministério da Saúde. O programa inclui ainda o recrutamento de profissionais estrangeiros para trabalhar em setores preferenciais, a abertura de 11.447 novas vagas para graduação e outros 12.376 postos de especialização em áreas consideradas prioritárias até 2017.

Agenda política para esta terça-feira(09)


Proposta de plebiscito  – Câmara instala comissão destinada a analisar a proposta de plebiscito sobre reforma política, sugerida pela presidente Dilma Rousseff, e deve apresentar seus resultados em até 90 dias.
Fim da reeleição – CCJ do Senado deve votar PEC que acaba com a reeleição. A medida tem apoio da bancada do PMDB.
Minirreforma eleitoral – plenário da Câmara vota projeto que altera pontos da legislação eleitoral. Entre as medidas, uma impede que candidatos que renunciam às vésperas do pleito sejam substituídos na última hora. Outra estabelece que seja convocada nova eleição se um prefeito for cassado.
Reunião do Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para definir a nova taxa básica de juros, a Selic, hoje em 8% ao ano. A reunião termina na 4ª feira (10.jul.2013)
Vetos presidenciais – o presidente do Senado, Renan Calheiros, retoma o cronograma de votação dos vetos presidenciais.
Centrais sindicais em Brasília – representantes da centrais sindicais se reúnem com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para ouvir pedidos de derrubada de vetos presidenciais que interessam aos trabalhadores. O fim do fator previdenciário é o principal.
Miriam com prefeitos e governadores – a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, se reúne com os vice-governador de Minas Gerais e o prefeito de Belo Horizonte, Alberto Pinto Coelho e Marcio Lacerda (PSB), com o governador do Ceará e o prefeito de Fortaleza, Cid Gomes (PSB) e Roberto Bezerra (PSB), com o governador do Paraná e o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB) e Gustavo Fruet (PDT), e com o vice-governador do Rio Grande do Sul e o prefeito de Porto Alegre, Beto Grill (PSB) e José Fortunati (PDT), para discutir investimentos de recursos federais em obras de mobilidade urbana.
Orçamento de 2014 – a Secretaria-Geral da Presidência da República e o Ministério do Planejamento realizam audiência pública com representantes da sociedade civil para debater o orçamento federal de 2014. A partir das 9h, no Auditório do Anexo do Palácio do Planalto.
Corrupção crime hediondo – a Câmara vota projeto proposto pelo governo do ex-presidente Lula para transformar a corrupção em crime hediondo. Projeto semelhante já foi aprovado no Senado há 2 semanas e depende de apreciação da Câmara, mas há uma disputa de protagonismo entre as duas Casas.
Vaga no CNMP – a CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) do Senado analisa recurso do senador Wellington Dias (PT-PI) para que o plenário realize nova votação sobre a indicação do procurador da República Vladimir Aras para uma vaga no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). A indicação de Aras foi vetada na Casa na 4ª feira (3.jul.2013)
Reforma política tucana – PSDB apresenta proposta de reforma política: feita pelo Congresso Nacional, fatiada por temas, e submetida posteriormente a referendo popular.
PMDB reunido – Partido realiza reunião da executiva nacional, em Brasília, e discute a reforma política.
Bombeiros e policiais em Brasília – Policiais e bombeiros de todo o país devem ir à Esplanada dos Ministérios pressionara pela aprovação da PEC 300, que cria um piso nacional para a categoria.
Produção agrícola – IBGE divulga o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola
Orçamento de 2014 – Comissão Mista de Orçamento tenta votar relatório preliminar sobre o o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014
Prefeitos em Brasília – prefeitos de todo o país participam da 16ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. A sessão de abertura, às 9h30, terá a participação da presidente Dilma Rousseff, do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. O evento vai até 5ª feira (11.jul.2013).
Música na Câmara – o secretário de cultura da Paraíba, cantor Chico César, e o grupo Móveis Coloniais de Acaju apresentam manifesto cultural na Comissão de Cultura da Câmara em defesa de maiores recursos para o setor.

Pesquisa: de cada 5 brasileiros, 4 acham que partidos são corruptos

Um relatório da organização Transparência Internacional sobre percepção de corrupção aponta que 81% dos brasileiros acreditam que os partidos políticos são corruptos. Numa escala de 1 a 5, onde cinco é o maior grau de corrupção, as legendas partidárias no Brasil receberam nota de 4,3. No levantamento de 2010, quando os brasileiros também elegeram os partidos como as instituições mais corruptas, a nota foi de 4,1.
O estudo Barômetro da Corrupção Global 2013, que ouviu 114 mil pessoas em 107 países entre setembro de 2012 e março de 2013, mostra que os partidos políticos também são vistos como as instituições mais corruptas em 51 países.
Na percepção de 72% dos brasileiros, após os partidos, o Congresso é a instituição mais corrupta, seguido pela polícia (70%), serviços médicos e de saúde (55%) e pelo Judiciário (50%).
Ainda segundo o relatório, cinco em cada dez dos 2.002 brasileiros entrevistados opinam que a corrupção aumentou no País nos últimos dois anos, resultado idêntico à média global. E para 56%, o governo é "ineficiente ou muito ineficiente" no combate à corrupção. Terra

Liderança de Dilma Rousseff questionada em Brasília

Outra pesquisa promete preocupar a presidente Dilma Rousseff e seus aliados. Segundo a coluna Radar, da Veja Online, um levantamento do Ipsos Public Affairs entregue a parlamentares do PT e do PMDB mostrou que 55% dos entrevistados disseram não considerar Dilma uma grande líder. Realizado entre 20 e 21 de junho, a pesquisa revelou ainda que 80% dos entrevistados consideravam que a “presidente precisava agir rápido e não só declarar intenções”. Conforme a Radar, os aliados da presidente temem as próximas pesquisas.

Aumenta pressão empresarial e política pela candidatura Lula

Luiz Inácio Lula da Silva não planejava retornar à vida pública neste momento, mas, se a presidente Dilma Rousseff não se recuperar politicamente, ele pretende se apresentar. O ex-presidente ainda acredita na recuperação de Dilma, que na última pesquisa do Datafolha viu sua popularidade cair para 30%, depois de chegar a 65% em março. O objetivo é salvar o projeto que levou o PT ao poder há 13 anos.
Nos últimos meses, Lula tem ouvido queixas de empresários, petistas e aliados quanto à postura da presidente. As reclamações vão da condução da economia à articulação política, passando pela maneira como Dilma trata ministros, assessores e políticos aliados. Todos reclamam da "falta de disposição" da presidente ao diálogo.
Em todas as conversas, o ex-presidente defende a sucessora, mesmo concordando com algumas das críticas feitas a ela. Lula assumiu compromisso de apoiar a reeleição de Dilma em janeiro deste ano. Em dezembro, quando foi à França, deu a entender que poderia se candidatar em 2014. Fez isso não porque desejasse voltar ao cargo que ocupou por oito anos, mas talvez porque não aceite bem a ideia da "aposentadoria", ainda mais quando provocado por jornalistas e adversários políticos.
Dilma não cobrou apoio de Lula. No dia 25 de janeiro, aniversário de 459 anos de São Paulo, os dois se reuniram na capital paulista e, no encontro, o ex-presidente deixou claro que não pretendia se candidatar. "Você é minha candidata. Não tem outra solução", teria dito Lula. "Não conte com isso."
Em seguida, Lula informou ao presidente do PT, Rui Falcão, que faria um "movimento" para tornar pública sua decisão. E o fez. Mais tarde, arrependeu-se. Ele entendeu que, ao declarar apoio à reeleição da presidente, antecipou a campanha eleitoral, obrigando possíveis adversários, como Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede), a fazerem o mesmo. É como se o mandato de Dilma tivesse encurtado. Para complicar a situação, a economia, combalida, deu gás aos opositores.
Muitos acharam que Lula tinha desistido de uma possível candidatura por enfrentar recidiva do câncer que o acometeu dois anos atrás. Lula, de fato, voltou a sentir um incômodo na laringe no início do ano. Seus médicos pediram uma biópsia, mas em abril constatou-se que se tratava apenas de uma inflamação.
O compromisso do ex-presidente com Dilma muda diante do quadro atual, em que a presidente sofre com baixa popularidade, economia fraca, protestos nas ruas, insatisfação de aliados, desânimo de ministros e isolamento político. Para Lula, o momento difícil pode despertar na presidente o "espírito de sobrevivência" dos políticos e levá-la a tomar decisões que corrijam o rumo de seu governo e recuperem a popularidade.
O ex-presidente não fez sugestões de mudanças de equipe a Dilma. Há cerca de dois meses, ouviu de um grupo de empresários a ideia de propor à presidente a troca de comando no Ministério da Fazenda. O arranjo seria substituir Guido Mantega por Henrique Meirelles, com o claro objetivo de dar um choque de credibilidade à política econômica, especialmente à área fiscal. Lula não levou adiante a conversa.
O único aceno foi deixar claro para Dilma que não via empecilho na saída de Mantega. Diferentemente do que foi divulgado na transição de governo, Lula não pedira à presidente para manter Mantega no cargo. O ex-presidente também não propôs o retorno de Meirelles, mas não gostou quando a presidente, ao montar sua equipe, descartara a permanência do ex-presidente do Banco Central.
Para Dilma, trazer Meirelles de volta seria como aceitar a derrota de sua gestão. Ela decidiu mudar a política econômica - a política herdada de Lula -, com a qual nunca concordou, mesmo quando esteve à frente da Casa Civil no governo anterior. Na visão dela, trazer de volta Meirelles ou mesmo o ex-ministro Antonio Palocci, como chegou a ser cogitado no mercado, a enfraqueceria politicamente. "Ela quis marcar uma diferença em relação a Lula na economia", diz um interlocutor.
A presidente admite recuar na condução da política econômica, como já fez em relação às políticas monetária e cambial e, agora, aparentemente, também à area fiscal, mas não quer mexer no ministério. "Ela gosta desse modelo com o Mantega na Fazenda porque ela interfere muito. Decidiu pilotar a economia no detalhe", informa um aliado.
Dilma tem, desde os tempos de Casa Civil, o estilo de conversar diretamente com auxiliares dos ministros, quebrando a hierarquia. Foi assim, por exemplo, com Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo da Fazenda, que deixou o posto após desentendimento com Mantega. É também o caso de Arno Augustin, que, por causa da proximidade da presidente, assumiu funções que extrapolam os limites do cargo se secretário do Tesouro Nacional. Recentemente, Dilma recebeu, de um de seus conselheiros informais, a recomendação de tirar Augustin do Tesouro. Ignorou-a solenemente.
Para aliados da presidente, ela enfrenta dois problemas: um de natureza econômica, que pretende enfrentar mudando o rumo da política, como já vem fazendo, mas sem alterar a equipe; e outro de cunho político. Em relação ao último, a esperança é que a crise das ruas obrigue Dilma a negociar. "Isso pode salvá-la", acredita um aliado. O problema é que, assim como na economia a "reforma" é incompleta sem a troca de nomes, na política ocorre o mesmo.
A presidente é criticada por não ter um "grupo de diálogo", um núcleo político ao qual recorrer, como teve Lula em seus dois mandatos. Os líderes do governo no Congresso são desautorizados constantemente, os ministros não têm autonomia nem para dar entrevistas sobre os temas de suas áreas, as coordenadoras políticas - as ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) - não têm força.
Dilma agora estaria trazendo os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Gilberto Carvalho (Secretaria-geral da Presidência) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento) para o centro das decisões. Curiosamente, não trouxe Ideli, a articuladora política. Mercadante é a figura mais proeminente do grupo, embora o ex-presidente Lula, por exemplo, não veja nele o nome ideal para dar solução aos dois principais desafios do governo neste momento - o econômico e o político. Valor Econômico

Crise internacional: Brasil reage, eleva o tom e investiga espionagem

O governo brasileiro reagiu, ontem, em várias frentes, às denúncias de espionagem dos Estados Unidos no País e determinou uma investigação para apurar o caso. Para a presidente Dilma Rousseff, caso fique comprovada a atuação de empresas não brasileiras no esquema, isso será, "seguramente, violação de soberania e de direitos humanos". "Não concordamos com a interferência dessa ordem, não só no Brasil", declarou a presidente, acrescentando que o governo vai rever legislações em curso para aumentar a proteção dos dados brasileiros. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu um inquérito para apurar o caso e contará com a ajuda da Polícia Federal (PF). As comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado convidarão autoridades para prestarem explicações.
As denúncias, reveladas pelo jornal O Globo, mostraram que o Brasil, assim como China e Europa, foi alvo de ampla espionagem eletrônica de cidadãos feita pela americana Agência de Segurança Nacional (NSA, pela sigla em inglês). Ontem, a publicação afirmou que, ao menos até 2002, teria funcionado em Brasília uma das 16 estações de espionagem da NSA, em operação com a Agência Central de Inteligência (CIA), para a coleta de dados de satélites. As embaixadas do Brasil em Washington e na ONU, em Nova York, teriam sido monitoradas. As informações foram divulgadas pelo ex-agente da CIA Edward Snowden, em entrevista a Gleen Greenwald, colaborador do britânico The Guardian. Snowden estaria retido na área de trânsito do Aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou (Rússia), desde 30 de junho.
A presidente confirmou que o Brasil recorrerá a organismos multilaterais, como havia indicado o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. De acordo com Dilma, o governo buscará uma discussão na União Internacional de Telecomunicações para preservar a segurança cibernética. Ela afirmou que o Brasil apresentará à Comissão dos Direitos Humanos da ONU uma proposta que garanta, como preceito fundamental, a "liberdade de expressão, mas também de direitos individuais, principalmente o da privacidade".
Satisfação
Em Belo Horizonte, Patriota disse que o governo manifestou satisfação com a "disposição ao diálogo" dos EUA diante das denúncias. Ele reiterou que o Brasil manterá o posicionamento sobre o pedido de asilo feito por Snowden, que é o de não respondê-lo. "O governo americano está demonstrando disposição para o diálogo, o que considero alentador, apesar de termos que aprofundar as discussões", declarou. Segundo o chanceler, o embaixador brasileiro em Washington, Mauro Vieira, se reuniu com autoridades americanas para tratar do assunto.
A Anatel explicou que um inquérito foi instaurado para apurar se empresas de telecomunicações no Brasil violaram o sigilo de dados e de comunicações telefônicas. O SindiTelebrasil, que representa as maiores operadoras, negou qualquer apoio intencional das companhias na quebra de sigilo. O trabalho da Anatel terá a cooperação da PF, que recebeu ordem do Ministério da Justiça para investigar as denúncias.
Houve reação no Congresso. Hoje, as Comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado julgarão os pedidos de audiência com autoridades. Na Câmara, foram convidados os diretores da PF, Leandro Daiello Coimbra, e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza; o chanceler Patriota; e o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon. No Senado, além de Patriota e Shannon, devem ser chamados os ministros da Defesa, Celso Amorim; das Comunicações, Paulo Bernardo; e do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito Siqueiro. Os presidentes, no Brasil, do Google, Fábio Coelho, e Alexandre Hohagen, do Facebook, além de Greenwald, também serão convocados.
Se houver participação de outros países e empresas que não as brasileiras, seguramente há violação de soberania, sem sombra de dúvida"
A posição do Brasil nesta questão é muito clara e muito firme. Não concordamos de maneira alguma com interferência desta ordem"
Dilma Rousseff, presidente do Brasil
Correio Braziliense

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Ivo Gomes discute com internautas no Facebook

O secretário de Educação de Fortaleza, Ivo Gomes, “bateu boca” com internautas em uma página do Facebook na tarde desta segunda-feira (8). A “discussão virtual” começou após o secretário postar um vídeo no grupo ‘+ Pão – Circo sobre a Conferência Municipal de Educação, que acontece entre os dias 15 e 17 de julho no Centro de Eventos.
O internauta Gustavo Mineiro insultou o secretário que respondeu a provocação. Ivo usou termos como “bandidim”, “criminoso”, “picareta”, “pilantra” e frases como: “to vendo que tem de tudo por aqui… até fãs de Feliciano” durante a discussão que até as 16h já chega a quase 200 mensagens.
A equipe do Portal Tribuna do Ceará entrou em contato com a assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Educação (SME), que informou que Ivo Gomes não irá comentar o assunto, porque a postagem foi realizada de sua conta pessoal.
Confira alguns trechos do bate-boca:
Ivo Gomes usou seu perfil pessoal no Facebook para rebater críticas (FOTO: Reprodução/Facebook)
Ivo Gomes usou seu perfil pessoal no Facebook para rebater críticas (FOTO: Reprodução/Facebook)

Detalhamento dos gastos com deputados ganha a web



    Os protestos pelo País ganharam, nos últimos dias, um incentivo a mais para cobrar mudanças na estrutura político-administrativo do Brasil. Um quadro com o detalhamento dos gastos que a Câmara Federal tem para manter cada um de seus representantes circula nas redes sociais, especialmente no Facebook. A ilustração deixa claro que a despesa co esse tipo de parlamentar vai muito além do já robusto salário de R$ 26.500. Vale a pena conferir, curtir e compartilhar.