terça-feira, 18 de junho de 2013

Osmar Baquit nega participação em atentado contra rádios no Ceará

O deputado estadual do Ceará, Osmar Baquit, durante pronunciamento realizado nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa, negou ter qualquer envolvimento com o atentado contra as rádio do município de Quixadá, a 158 km de Fortaleza.
O parlamentar afirmou estar surpreso com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MP-CE). “Como eu posso estar envolvido se nem ouvido eu fui? Não consta meu nome em nada”, afirmou.
Na noite de quinta-feira (13), o MP-CE encaminhou ao Tribunal de Justiça do estado (TJ-CE), uma denúncia contra Osmar Baquit. De acordo com o MP-CE, uma investigação policial realizada em Quixadá aponta Baquit como mandante de atentados contra emissoras de rádio e TV no município, todos ocorridos em março deste ano. No entanto, segundo o deputado, as testemunhas apontadas pelo proprietário das rádios negam saber de relações do parlamentar com os suspeitos. "Para mim é uma surpresa", disse.
Conforme o MP-CE, a Delegacia Regional de Quixadá realizava investigação referente a um outro caso quando descobriu indícios que apontavam o deputado estadual como mentor dos atentados. Os dados da investigação foram encaminhados para o coordenador da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), Maurício Carneiro. A Procap verificou todas as informações da investigação e encaminhou a denúncia diretamente para o Tribunal de Justiça, uma vez que Osmar Baquit é deputado e, por isso, tem foro privilegiado. G1

Lula Morais ressalta importância das manifestações pelo Brasil

O deputado Lula Morais (PCdoB) chamou atenção, nesta terça-feira (18/06), durante o primeiro expediente da sessão plenária, para a importância das manifestações realizadas ontem em diversas cidades brasileiras. “Parecia uma manifestação pontual, mas transbordou no significado dos fatores que levaram as pessoas para as ruas”, ressaltou.

Para o parlamentar, os protestos foram um grito de alerta para os diversos problemas sociais dos dias atuais. “As manifestações são fruto de administrações desastrosas, que geraram um acúmulo de problemas”, pontuou. Ele citou as demandas de melhoria na mobilidade urbana, tanto no transporte público como no privado, na saúde pública e no atendimento precário dos serviços públicos. “E não podemos deixar de fora a questão da corrupção”, enumerou, acrescentando ainda questões econômicas, como o aumento da inflação. Para o deputado, outro objetivo das manifestações foi fazer um contraponto com os recursos gastos com a Copa e não com educação e saúde. “Isso tem a ver com execução orçamentária”, apontou.

Lula Morais disse ainda que foi observada muita truculência nos protestos. “Não podemos deixar de escutar a voz nas ruas. Observamos um movimento progressista e reconhecemos a luta pelos direitos”, afirmou. O deputado lembrou que muitos brasileiros passaram a integrar uma classe com mais acesso social e que agora luta pelos seus direitos.

Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) disse que o momento é espetacular. “A democracia brasileira começa a se fortalecer”, declarou. “Os jovens se organizaram em grandes manifestações ordenadas, em várias cidades do País”, afirmou. O petista disse ainda que o País está passando por muitas transformações e abre-se um canal de discussão importante, em que a juventude está sabendo incorporar lutas de todo o Brasil.

Também em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) disse que a manifestação foi difusa. “Isso vai prejudicar o Brasil, porque os investidores internacionais estão vendo isso e não vêm para cá”, afirmou. Para o parlamentar, as manifestações foram “uma vagabundagem sem precedentes”.

O deputado Danniel Oliveira (PMDB) lembrou que Fortaleza sediou há alguns dias uma manifestação ordenada, sem nenhuma ocorrência, e fez com que o governador Cid Gomes fosse receptivo para escutar as pessoas. “É importante a juventude ir para rua e se colocar. O que não podemos deixar é que aconteça a baderna, como tem acontecido no Rio e em São Paulo”, disse.

Lula Morais encerrou dizendo que não chamaria 250 mil brasileiros de vagabundos. “A grande maioria estava com a vontade de se manifestar pacificamente. Poucos fizeram bagunça”, concluiu. ALECE

Novo protesto em São Paulo hoje, 118 mil já confirmaram presença

Um dia após mais de 60 mil pessoas saírem as ruas de São Paulo , o Movimento do Passe Livre (MPL) marcou um novo protesto para esta terça-feira, às 17h, com concentração na Praça da Sé. Pelo Facebook, onde foi convocada a sexta manifestação pela redução da tarifa do transporte público em São Paulo, pouco mais de 118 mil pessoas confirmaram até as 9h30 desta manhã a participação, dentre o 1 milhão que foram convidadas. No texto de apresentação do ato, o MPL diz: "O destino é claro, único, objetivo e específico: revogar o aumento". 

Pela manhã, a Prefeitura de São Paulo realiza uma reunião extraordinária com o Conselho da Cidade para discutir o transporte público na capital. O Movimento Passe Livre (MPL) foi convidado para fazer uma apresentação.

Fiat nega que 'Vem pra rua' sairá do ar por ser tema de protestos

A Fiat negou nesta terça-feira que a propaganda "Vem pra rua", cantada pelo grupo O Rappa e criada para a Copa das Confederações, irá sair do ar por ter se tornado tema dos protestos contra o aumento das passagens de ônibus que ocorreram na segunda-feira nas principais capitais do País. No entanto, a empresa anunciou que a peça publicitária realmente será retirada do ar em "alguns dias". "A Fiat não vai tirar a campanha do ar ou antecipar a sua retirada. Será um encerramento de acordo com a programação original", disse a empresa em nota.
A informação de que a propaganda teria saído do ar foi publicada no blog Radar da Propaganda, do jornal O Estado de S.Paulo na segunda-feira. No entanto, na manhã desta terça-feira, a propaganda foi ao ar três vezes na Rede Globo.
"A Fiat elaborou a campanha Vem Pra Rua com foco único e exclusivo na Copa e na alegria e paixão que o futebol desperta nos brasileiros. Ela se insere em uma ampla plataforma de comunicação para celebrar os muitos momentos esportivos que o Brasil vive no presente e nos próximos anos. Essa fase da campanha, planejada para a Copa das Confederações, encerra-se nos próximos dias, conforme programação original, completa nota. Terra

Após protestos, grupo Anonymous invade site oficial do PMDB

site do PMDB foi invadido na madrugada desta terça-feira pelo grupo de hackers Anonymous Brasil. Na página foi incluída uma mensagem de apoio aos protestos contra o aumento das passagens do transporte público no Brasil. Um vídeo com várias cenas das manifestações também foi disponibilizado no endereço www.pmdb.org.br.
“A luta da população contra o aumento das passagens de um transporte que se diz público está cada vez maior e mais forte!”, diz a mensagem no site. “Eles querem nos calar, nos separar, nos enfraquecer. Mas nós não deixaremos! Ninguém vai nos deter em nosso direito de nos manifestar até a tarifa baixar!”, completa a mensagem, que encerra com um convite aos internautas: “vem pra rua!”
Site oficial do PMDB foi invadido na madrugada desta terça-feira
Site oficial do PMDB foi invadido na madrugada desta terça-feira
Na tarde de segunda-feira, o mesmo grupo invadiu o perfil no Twitter da revista Veja. O responsável pelo ato, que se identificou como @AnonManifest!, utilizou a conta do veículo para publicar a seguinte mensagem: "'Jornalismo fascista nós não precisamos de vocês.' A #LUTA CONTINUA #Brasil #OGiganteAcordou #Brasil #rEvolução", em alusão aos protestos contra o aumento das tarifas no transporte público.

Ciro Gomes muda postura e agora admite apoio a candidatura de Eduardo Campos

O ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PSB) mudou o tom do discurso. Depois de uma reunião com o governador e correligionário Eduardo Campos recentemente, o socialista já defende o apoio à uma eventual candidatura do partido ao Palácio do Planalto nas eleições de 2014. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (18), Ciro declarou que a gestão da petista é “muito ruim”, apesar da presidente ser uma “boa pessoa”. Ele e o irmão, o governador do Ceará Cid Gomes, defendiam publicamente o apoio do partido ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
“Ela (Dilma) pode até chegar na eleição, mas não ganha do jeito que as coisas estão indo. O buraco das contas externas do Brasil é o maior da história”, disse ex-ministro em referência ao cenário econômico. A inflação bateu 6,5% no acumulado de 12 meses, atingindo o teto da meta, o buraco das contas externas chegou a US$ 70 bilhões e o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,6% no primeiro trimestre. “O governo da Dilma é muito frágil. Ela é uma boa pessoa, boa presidente, mas o governo é muito ruim”.
Ciro Gomes era um dos integrantes do PSB que vinha se opondo de forma mais intensa ao projeto do governador Eduardo Campos em disputar a Presidência em 2014. Nos bastidores, comenta-se que ele e Campos fizeram um acordo de “cessar-fogo”. Mesmo assim, o ex-ministro de Lula ainda defende o apoio à reeleição de Dilma. O socialista justifica o apoio como forma de manter a coerência no PSB, já que a legenda mantém cargos no governo federal e deu apoio a ela na eleição de 2010.
“Se o partido decidir (lançar candidato pelo PSB), não tenha dúvida (que vou apoiar)”, disse. “Se o governo não entender que é preciso discutir as questões do país, conversar com ele (Campos), reconhecê-lo como uma liderança importante do país, não há razão para ele se submeter.”
Críticas ficaram no passado
No mês de abril, Ciro chegou a dizer que a possível candidatura de Campos era inoportuna.  “Se meu partido tiver candidato, depois que fizer minhas ponderações, vou acompanhar o partido. Mas vou fazer uma discussão dizendo que a candidatura é inoportuna", disse Ciro, na ocasião. Na época, ele lembrava que em 2010, quando se apresentou como pré-candidato à Presidência pelo PSB e Dilma era ainda pouco conhecida, o seu partido decidiu apoiá-la. “Qual a explicação para mudar de posição agora?”.
Criticou ainda, naquela oportunidade, o slogan ensaiado por Campos nos programas de TV do PSB. “Está bom mas podemos fazer melhor? Isso é conversa de marqueteiro. O Brasil precisa de debate profundo de ideias.” E foi adiante: “O PSB não tem ideia nenhuma, pelo que eu saiba”, disse. Diário de Pernambuco

Fiat tira do ar propaganda 'Vem pra rua'

A montadora de automóveis Fiat anunciou nesta segunda-feira a decisão de tirar o ar sua campanha publicitária com o tema "Vem pra rua, que é a maior arquibancada do Brasil". A música virou uma espécie de hino dos protestos que se realizam em todo o País.

Veja o vídeo:

PPS adia criação de novo partido até agosto

Líderes do PPS reconheceram o adiamento pelo menos até agosto da criação da Mobilização Democrática (MD), legenda que surgiria a partir de uma fusão com o PMN, diante da insegurança jurídica relativa à regras para criação de novos partidos brasileiros. Com fundação anunciada em abril, a sigla foi formalizada em cartório. Na época, os idealizadores do partido estimaram a filiação de até 30 deputados. Atualmente, somados, PPS e PMN têm 13 deputados federais. Desde então, porém, as movimentações em torno da formalização da MD diminuíram. Mesmo assim, a direção do PPS nega a perda de força da tese da fusão. “Nossa decisão está mantida. Não houve nenhum recuo”, diz o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP). Informações da Folha

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Os protestos devem ser compreendidos antes de rotulados", diz Aécio Neves

O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, divulgou uma nota sobre os protestos em sua página oficial no Facebook. Confira abaixo a íntegra:
Os protestos devem ser compreendidos antes de rotulados. Vivemos num mundo novo e as redes sociais permitem um inédito compartilhamento de ideias e sentimentos. É nítida a existência de um forte sentimento de insatisfação, especialmente entre os jovens, e que, ainda que de forma difusa, ganha as ruas e precisa ser respeitado. São brasileiros de diversas partes do país se mobilizando, entre outras questões, contra o aumento de passagens, contra a baixa qualidade dos serviços públicos, de transporte, de saúde e de educação, contra os desvios éticos na política e contra a pressão exercida pelo aumento do custo de vida. São brasileiros que enviam um recado à sociedade, em especial, aos governantes, e que precisam ser escutados.

Manifestantes organizam protesto perto do Castelão durante Brasil e México


Em meio às diversas manifestações contrárias a investimentos públicos na Copa do Mundo 2014 País afora, o movimento “mais pão e menos circo, Copa para quem?” organiza protesto para esta quarta-feira, 19, em Fortaleza. A concentração está marcada para as 10h, em frente ao atacado Makro da Avenida Alberto Craveiro. De lá, manifestantes seguem para a Arena Castelão, onde ocorre jogo entre Brasil e México.

A página do evento no Facebook, que possui mais de 10 mil presenças confirmadas, ressalta que a manifestação é pacífica e não apoia conflitos ou depredações. Como ocorre no resto do País, a ação contesta – entre outros pontos – o uso de dinheiro público na construção de estádios da Copa do Mundo.

“Não vamos reivindicar, pois o investimento já está feito, mas mostrar ao governo que não nos calamos diante dos investimentos absurdos na copa enquanto não temos o básico, que é educação, saúde e segurança”, informa a página do evento.
Manifestações contrárias à Copa do Mundo vem ocorrendo em todas as cidades que receberam jogos da Copa das Confederações nos últimos dias. Em Brasília e no Rio de Janeiro, protestos terminaram em confronto com a Polícia, com denúncias de abusos de força e diversas pessoas presas.
O Povo tentou entrar em contato com as assessorias de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e da Polícia Militar do Ceará, mas não obteve resposta.
Gastos
No Ceará, despesas com a construção da Arena Castelão totalizaram R$ 518 milhões dos cofres públicos, em valor considerado destaque positivo entre os Estados. No Rio de Janeiro, por exemplo, reforma do Maracanã tinha valor inicial previsto de R$ 600 milhões, mas acabou saindo por mais de R$ 1,2 bilhão. O POVO

Milhares de manifestantes protestam nas ruas de Fortaleza

O cruzamento da Avenida da Universidade com a 13 de Maio, em Fortaleza, ficou parado durante cerca de 15 minutos devido a uma manifestação, na tarde desta segunda-feira (17).
Com o nome de “Ato Anticapitalista de Repúdio à Repressão Policial do Estado: Gentilândia, Largo do Batata, Candelária”, os manifestantes se reuniram na Praça da Gentilândia, seguindo pela Avenida da Universidade, atravessando a Domingos Olímpio, chegando a Avenida Duque de Caxias, no Centro.
Segundo um dos manifestantes, em frente a sede do PT, localizada também na Avenida da Universidade, está acontecendo um protesto contra o governo de Dilma Roussef.
Além disso, o manifestante informou que a polícia e a AMC estão acompanhando o protesto.
Nota de convocação
No Facebook, um evento foi criado convidado aos fortalezenses para o protesto. Segundo a nota do criadores, a manifestação é realizada em apoio as manifestações nacionais, solicitando também mais segurança pública e criticando os gatos com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.
“É assim que, numa manifestação não hierárquica, auto organizada, autônoma e, portanto, apartidária e sem ‘programa’, chamamos às ruas todos aqueles que compreendem que suas lutas individuais só se tornam eficazes no momento em que unem forças com outros movimentos que igualmente estejam em luta por mais liberdade e fuga das amarras do mercado e do estado”, consta.
Tribuna do Ceará

Dilma Rousseff acompanha manifestações com os “olhos grudados à TV”

A presidente Dilma Rousseff acompanhou pela televisão, do Palácio do Planalto, em Brasília, a onda de manifestações que está sendo realizada em todo Pais nesta segunda-feira (17).
Segundo a ministra da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas, a presidente estava com os “olhos grudados à TV” e recebendo informações sobre o movimento de cada um dos Estados onde há protestos.
Dilma deixou o Planalto por volta às 19h e, de acordo com a ministra, a presidente considera que as manifestações pacíficas são próprias da democracia e que é próprio dos jovens se manifestarem.
A presidente esteve com o secretario-geral da presidência, Gilberto Carvalho, que declarou estar preocupado com a onda de manifestações, mas garantiu que o governo busca o diálogo. R7