terça-feira, 18 de junho de 2013

Ciro Gomes muda postura e agora admite apoio a candidatura de Eduardo Campos

O ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PSB) mudou o tom do discurso. Depois de uma reunião com o governador e correligionário Eduardo Campos recentemente, o socialista já defende o apoio à uma eventual candidatura do partido ao Palácio do Planalto nas eleições de 2014. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (18), Ciro declarou que a gestão da petista é “muito ruim”, apesar da presidente ser uma “boa pessoa”. Ele e o irmão, o governador do Ceará Cid Gomes, defendiam publicamente o apoio do partido ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
“Ela (Dilma) pode até chegar na eleição, mas não ganha do jeito que as coisas estão indo. O buraco das contas externas do Brasil é o maior da história”, disse ex-ministro em referência ao cenário econômico. A inflação bateu 6,5% no acumulado de 12 meses, atingindo o teto da meta, o buraco das contas externas chegou a US$ 70 bilhões e o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,6% no primeiro trimestre. “O governo da Dilma é muito frágil. Ela é uma boa pessoa, boa presidente, mas o governo é muito ruim”.
Ciro Gomes era um dos integrantes do PSB que vinha se opondo de forma mais intensa ao projeto do governador Eduardo Campos em disputar a Presidência em 2014. Nos bastidores, comenta-se que ele e Campos fizeram um acordo de “cessar-fogo”. Mesmo assim, o ex-ministro de Lula ainda defende o apoio à reeleição de Dilma. O socialista justifica o apoio como forma de manter a coerência no PSB, já que a legenda mantém cargos no governo federal e deu apoio a ela na eleição de 2010.
“Se o partido decidir (lançar candidato pelo PSB), não tenha dúvida (que vou apoiar)”, disse. “Se o governo não entender que é preciso discutir as questões do país, conversar com ele (Campos), reconhecê-lo como uma liderança importante do país, não há razão para ele se submeter.”
Críticas ficaram no passado
No mês de abril, Ciro chegou a dizer que a possível candidatura de Campos era inoportuna.  “Se meu partido tiver candidato, depois que fizer minhas ponderações, vou acompanhar o partido. Mas vou fazer uma discussão dizendo que a candidatura é inoportuna", disse Ciro, na ocasião. Na época, ele lembrava que em 2010, quando se apresentou como pré-candidato à Presidência pelo PSB e Dilma era ainda pouco conhecida, o seu partido decidiu apoiá-la. “Qual a explicação para mudar de posição agora?”.
Criticou ainda, naquela oportunidade, o slogan ensaiado por Campos nos programas de TV do PSB. “Está bom mas podemos fazer melhor? Isso é conversa de marqueteiro. O Brasil precisa de debate profundo de ideias.” E foi adiante: “O PSB não tem ideia nenhuma, pelo que eu saiba”, disse. Diário de Pernambuco

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