sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Candidata do PSB critica 'desespero' do PT

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, atribuiu ao "desespero" do PT a discussão sobre os rendimentos que obteve como palestrante nos últimos três anos e meio durante entrevista ontem na capital gaúcha.
Questionada sobre a informação de que o comitê de campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) pedirá ao Ministério Público Eleitoral uma investigação sobre eventual omissão de ganhos, Marina qualificou a iniciativa de "acusação injusta, factoide". E explicou que, desde 2011, quando deixou o Senado, vive de seu trabalho e, sem entrar no circuito comercial de palestras, limita-se a aceitar convites.
Os contratantes pagam à empresa que Marina criou em 2011 e que faturou R$ 1,6 milhão desde então. "Pagamos todos os encargos, ficou R$ 1,016 milhão", disse Marina, ressalvando que o faturamento bruto da empresa não pode ser confundido com rendimento líquido pessoal. "Minha média salarial é de R$ 22 mil, R$ 24 mil, é só verificar".
A candidata reiterou que toda a movimentação financeira da empresa e dela está informada à Receita Federal e passou ao ataque. "O desespero está fazendo com que eles façam esse tipo de coisa", afirmou. "Lamento que a presidente Dilma se submeta a esse tipo de lógica do poder pelo poder, de que vale tudo para ganhar uma eleição", prosseguiu, admitindo que pode levar a acusação ao Ministério Público.
A ex-ministra afirmou, ainda, que não se sente pressionada pelo pastor Silas Malafaia "nem por ninguém". Segundo ela, as mudanças feitas em seu programa de governo no trecho que trata do casamento gay se deu para cumprir o que foi acordado com os representantes da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).
"Eu não me sinto pressionada por ele e nem por ninguém. Vou agir de acordo com a Constituição e com o princípio do Estado laico", garantiu a candidata.

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