O Brasil é a economia do G-20 que registrou a maior queda no número de pessoas que de fato são economicamente ativas no último ano. Dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que o Brasil tem o quinto menor índice de desemprego entre os países do G-20. Mas o país é um dos exemplos, ao lado de Argentina, Espanha e Estados Unidos, de economias que viram essa taxa cair não por causa de um maior número de vagas no mercado, mas por uma queda na taxa de participação na população economicamente ativa. O índice de desemprego representa a parcela da população que está sem trabalho. Mas, ainda assim, está em busca um emprego. Aqueles que nem trabalham nem buscam uma vaga não são contabilizados. O informe da OIT foi preparado para a reunião dos ministros do Trabalho do G-20 nesta semana na Austrália. A constatação da entidade é de que o mundo perdeu uma década em termos da luta contra o desemprego e a crise será sentida pelo menos até 2018. Segundo o informe, a taxa de desemprego no Brasil no primeiro trimestre deste ano foi de apenas 4,9%, a quinta menor entre os países que fazem parte do G-20. A taxa está muito distante dos 25,3% de desemprego na Espanha e 24% na África do Sul. Mas o que chama a atenção da OIT é que, em março de 2014, 60,8% da população participava do mercado de trabalho. Em 12 meses, o índice recuou 1,6%, a maior queda entre todas as economias avaliadas. Em mercados como o do México, Coreia do Sul e África do Sul, a taxa de participação aumentou em até 1%. De fato, a taxa de brasileiros que estavam empregados foi de 57,8%, com uma redução de 1,2% em comparação ao mesmo período de 2013. A queda também é a maior entre todas as economias do G-20. Para a próxima década, porém, o crescimento populacional no Brasil pode ajudar. Entre 2010 e 2020, a previsão é de que o País tenha uma expansão de sua população de 1,3% ao ano. Mas, entre 2020 e 2030, o aumento seria de apenas 0,6%.

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