O vice-presidente Michel Temer considerou o resultado da convenção do PMDB, ontem, uma traição. Ele não esperava que peemedebistas que haviam se comprometido com ele a apoiar a reedição da aliança com o PT não cumpririam a palavra. Ao meio-dia, quando os convencionais estavam votando, percebeu as movimentações em curso e que o placar não seria um passeio.
O recado das urnas
O resultado apertado da convenção do PMDB em apoio a presidente Dilma foi visto pela cúpula do partido como um recado: o PT precisa rever sua postura nas negociações com o PMDB nos estados, sob pena de comprometer a reeleição nacional. Nas urnas das regiões Sul e Sudeste, o resultado foi quase empate: 164 votos a favor da aliança contra 147. O Rio votou em massa contra Dilma: pelo menos 80%. Integrantes da cúpula dizem que parte do problema é “a falta de um José Dirceu” no PT, que enquadre o partido e cumpra a palavra com os aliados, em nome da composição e pacificação da base.
Na última hora
O que garantiu a manutenção da aliança PT-PMDB foi o apoio do senador Roberto Requião (PR), obtido pelo vice Michel Temer nos dias que antecederam a convenção. Sem os votos do Paraná, avalia a cúpula, poderia ter sido o fim.
“Primeiro a gente tem que ganhar a eleição para depois resolver como vai ser”
Ilmar Franco

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